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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“Torre de Névoa” – Florbela Espanca

“Sonetos”

 

“Livro de Mágoas”

 

Como sugestionei ontem, hoje, divulgo uma POETISA. Só podia ser FLORBELA ESPANCA! Poderia ser Outra de igual valor, mas esta é uma das minhas preferidas.

Difícil foi escolher o Poema, de entre os Sonetos compilados no Livro a mencionar. Dei preferência ao que se segue, mas outros poderiam ter sido... 

Florbela Espanca. In. www.nova-acropole.pt.jpg

 

“TORRE DE NÉVOA”

 

“Subi ao alto, à minha torre esguia,

Feita de fumo, névoas e luar,

E pus-me, comovida, a conversar

Com os poetas mortos, todo o dia.

 

Contei-lhes os meus sonhos, a alegria

Dos versos que são meus, do meu sonhar,

E todos os poetas, a chorar,

Responderam-me então: «Que fantasia,

 

Criança doida e crente! Nós também

Tivemos ilusões, como ninguém,

E tudo nos fugiu, tudo morreu!...»

 

Calaram-se os poetas, tristemente...

E é desde então que eu choro amargamente

Na minha torre esguia junto ao céu!...”

 

 

“Livro de Mágoas” - 1919

In: Espanca, Florbela. “SONETOS”. Publicações Anagrama, Lda. Colecção Clássicos 14

 

 

Gostou, estimada/o Leitora/o?!

Provavelmente teria escolhido outro. Oportunidades não faltarão.

Se quiser aprofundar mais sobre Florbela e os respetivos Sonetos, visite o Blogue: poetaporquedeusquer”. Não só aprecia o estro de Florbela, como da Poetisa Autora do Blogue, que glosa sobre os Poemas de Espanca. Navegue, SFF!

 

Nesta minha escolha de Florbela, para documentar um post, neste “Dia 8 de Março / Dia Internacional da Mulher”, não posso deixar de mencionar que, de algum modo, fui sugestionado a partir da Palestra do Professor Alexandre Castanheira, apresentada no dia 6 de Março, domingo, na Oficina da Cultura, Almada, integrada na 22ª Exposição Anual da Festa das Artes da SCALA.

É sempre um grato prazer escutar os Mestres! E o Professor Alexandre Castanheira é um verdadeiro Mestre! Votos de Saúde. Que ainda gostaria de o poder ouvir novamente “dizer” “As Portas que Abril Abriu”, também de um dos meus Poetas preferidos: Ary.

 

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