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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Espigas… Pessoas… Conhecimento (II)

Glosas inspiradas em mote de Leonardo da Vinci

 

Espigas vazias - cabeças ocas,

Sempre no ar! Nariz arrebitado

Pensando voar, sem grão p’ra malhar!

Cabelo emplumado, em todo’lado

Vivem ufanas no seu velejar

Levadas p’lo vento, lançando bocas

Leveza tola no seu navegar!

 

Espigas cheias, repletas de grão

Chama-lhes o peso à reflexão

Baixam cabeça, rezam oração

Humildes e crentes em devoção

Presas e prenhes, sua condição

São espigas cheias, plenas de grão!

 

Assim as Pessoas, espigas são.

Quem sabe, sabe, não é orgulhoso

Pelo seu saber, não faz galardão

Tal qual a espiga cheia de grão.

Humilde, Sábio, não é presunçoso

Não se ufana de Sabedoria

Na Humildade encontra Alegria!

 

*******

 

Na construção destas estrofes, inspirei-me na “metodologia” Camoniana, que tenho bebido no blogue Sociedade Perfeita. E o mote é texto de Leonardo da Vinci, publicado em MJP e citado nas linhas seguintes.

*******

"Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe."

Leonardo da Vinci

 

 

Espigas… Pessoas… Conhecimento! (I)

Glosas inspiradas em mote de Leonardo da Vinci!

 

Espigas vazias - cabeças ocas,

Sempre no ar! Nariz arrebitado

Pensando voar, sem grão p’ra malhar!

Cabelo emplumado, em todo’lado

Vivem ufanas no seu velejar

Levadas p’lo vento, lançando bocas

Leveza tola no seu navegar!

 

Espigas cheias, repletas de grão

Chama-lhes o peso à reflexão

Baixam cabeça, rezam oração

Humildes e crentes em devoção

Presas e prenhes, sua condição

São espigas cheias, plenas de grão!

***

Na construção destas estrofes, que quero completar com mais uma sétima, inspirei-me na “metodologia” Camoniana, que tenho bebido no blogue "Sociedade Perfeita". E o mote é o texto de Leonardo da Vinci, publicado em "MJP".

Obrigado a ambos os bloguers.

Sigo também o modus operandi que apliquei noutros postais. Publico algumas estrofes de possível poema a construir, quando a Inspiração surgir!

Ver também, SFF!

 

A Senhora das Candeias

Bonfim. Foto original. 2021. 01. jpg

Dia Dois de Fevereiro (02/02/21)

 

“Senhora das Candeias a rir, o Inverno está para vir. Senhora das Candeias a chorar, o Inverno está para acabar.”

 

Este é um provérbio que relaciona a meteorologia do dia da Senhora das Candeias ou da Luz com a eventualidade da continuação ou não do tempo invernoso.

 

Este Inverno tem-se prezado bastante das condições atmosféricas que lhe são peculiares. Chuva, frio, geada, neve, mesmo no Alentejo.

Ontem, dia um de Fevereiro, o dia até esteve bonito. Deu para andar no campo, a passear e também a trabalhar.

Hoje, dia dois, o tempo tem estado sempre chocho. Chuviscos, frio, tempo encoberto, o sol nem se viu. Por aqui, pela Cidade de Régio.

Como caraterizar face ao adágio?!

Pela minha perceção, a Senhora não se esteve a rir. Esteve mais a chorar que outra coisa.

Então, se dermos razão ao ditado, dito popular, teremos o Inverno a acabar?! Isto é, virá o tempo risonho. Temos o “bom” tempo a chegar?

Bem, oxalá que assim seja. Já andamos um pouco aborrecidos do “mau” tempo.

Aguardemos. O futuro nos dirá, se o rifão falha ou não. (Que os provérbios valem o que valem. Funcionam como formas de conhecimento empírico. Modos de transmitir o saber, a sabedoria alicerçada na prática geracional, transmitida de pais para filhos.)

Que a Senhora das Candeias nos traga Luz!

 

Notas finais: Vale do Peso é uma povoação do Alto Alentejo de grande devoção da Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz.

A foto ilustrativa não é de hoje. É do mês passado. Hoje não deu para sair. O dia tem estado com pior aspeto.

 

Até próximo postal!

A Senhora das Candeias

Bonfim. Foto original. 2021. 01. jpg

Dia Dois de Fevereiro (02/02/21)

 

“Senhora das Candeias a rir, o Inverno está para vir. Senhora das Candeias a chorar, o Inverno está para acabar.”

 

Este é um provérbio que relaciona a meteorologia do dia da Senhora das Candeias ou da Luz com a eventualidade da continuação ou não do tempo invernoso.

 

Este Inverno tem-se prezado bastante das condições atmosféricas que lhe são peculiares. Chuva, frio, geada, neve, mesmo no Alentejo.

Ontem, dia um de Fevereiro, o dia até esteve bonito. Deu para andar no campo, a passear e também a trabalhar.

Hoje, dia dois, o tempo tem estado sempre chocho. Chuviscos, frio, tempo encoberto, o sol nem se viu. Por aqui, pela Cidade de Régio.

Como caraterizar face ao adágio?!

Pela minha perceção, a Senhora não se esteve a rir. Esteve mais a chorar que outra coisa.

Então, se dermos razão ao ditado, dito popular, teremos o Inverno a acabar?! Isto é, virá o tempo risonho. Temos o “bom” tempo a chegar?

Bem, oxalá que assim seja. Já andamos um pouco aborrecidos do “mau” tempo.

Aguardemos. O futuro nos dirá, se o rifão falha ou não. (Que os provérbios valem o que valem. Funcionam como formas de conhecimento empírico. Modos de transmitir o saber, a sabedoria alicerçada na prática geracional, transmitida de pais para filhos.)

Que a Senhora das Candeias nos traga Luz!

 

Notas finais: Vale do Peso é uma povoação do Alto Alentejo de grande devoção da Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Luz.

A foto ilustrativa não é de hoje. É do mês passado. Hoje não deu para sair. O dia tem estado com pior aspeto.

 

Até próximo postal!

Adão e Eva

ADÃO e EVA

 

No Paraíso, inocentes… Adão e Eva

Estavam. Eram.

Duas crianças no Éden… da Infância.

Desconhecendo. Desconhecendo-se.

 

Não diz o mito, mas…

O que em Adão é serpente

Tentou a Eva.

E, nas crianças, fez crescer o Homem e a Mulher.

 

A Mulher – Maçã deu de seu fruto de Afrodite

Ao Homem – Adão.

E o Homem, da Mulher provou…

O fruto.

Ambos comeram da maçã… Da Árvore da Sabedoria.

Igualaram-se aos Deuses.

 

Conheceram. Conhecendo-se.

 

E o Paraíso Perdido foi… na Infância

Eternamente gratificante na Memória

Dos Homens.

 

 

Escrito em 1989.

Publicado em: Boletim Cultural Nº 47 do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Jul. 1997.

 

 

 

Albrecht_Dürer_-_Adam_and_Eve_(Prado)_2.jpg

 

Adão e Eva (1507), pintura de Albrecht Dürer (1471 - 1528); Museu do Prado, Madrid - wikipédia, enciclopédia livre

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