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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Abril 2025: Mês de três estações!

Este mês de Abril, de 2025, tem sido peculiar!

Tem feito justiça ao ditado: "Abril, águas mil!"

Não me lembro de um Abril tão chuvoso, como o deste ano.

Dias de Inverno rigoroso. As festividades da Páscoa foram marcadas pela chuva, frio, até neve na Serra da Estrela! Na 2ª feira de Páscoa, fartou-se de chover!

Outros dias de Verão.

E a Primavera, como é apanágio.

A Cidade branca..."

20250422_194532.jpg

enquadrada pela "boninhas" amarelas e as "aveias silvestres".

***

A Corredoura...

20250423_111623.jpg

... e o banco com a "Memorieta a José Duro".

***

E uma folha de Carvalho Negral:

20250422_190250.jpg

Os Carvalhos mais peculiares no Nordeste Alentejano.

Com os lóbulos bem acentuados!

Também já aqui falámos em Carvalho Cerquinho e Carvalho Roble ou Alvarinho.

Bons feriados, em Liberdade. Boa Pascoela!

 

"Os nossos Poetas - José Duro"

Plátano. Portalegre. Foto original. Março. 2023.

Caro Carita, caso queira, terei muito gosto de ver este artigo incluído no seu excelente magazine.

Abraços,

Rolando Maria Olívia.

*******

Alameda Corredoura. Foto original. Out. 23.

OS NOSSOS POETAS

JOSÉ DURO

Com a morte na alma

Parece que existem certos seres humanos marcados desde o princípio da sua vida para penarem até ao fim e morrerem jovens. É o caso do poeta de que hoje nos ocupamos. José António Duro, nascido em Portalegre a 22 de Outubro de 1875, abandonado à nascença, foi registado como filho de pais incógnitos. Seria a sua querida avó, quem mais recordaria em termos afectivos, na sua curta vida. «Ó minha avozinha, Lua de Janeiro / Branca de cuidados / Olha o teu netinho - face de coveiro / E olhos encovados…»

Na sua infância brincou e frequentou a escola primária na cidade natal. Mais tarde, o liceu. Não se tendo dado bem com a matemática, José Duro escolheu a Escola Politécnica e os seus estudos levaram-no à cidade do Porto e também a Lisboa, onde igualmente não se deu bem, tendo regressado a Portalegre.

Em Lisboa, o convívio com os jovens dados às letras, às tertúlias e às farras, fizeram-no sonhar e escrever os primeiros textos e colaborar em jornais. Numa revista lisboeta sai o soneto A Morte, tema fantasma que o perseguiria sempre. «Ó morte, vai buscar a raiva abençoada com que matas o mal e geras novos seres…»

A colaboração em jornais, mais em prosa do que em poesia, repartiu-se pelos periódicos Diário de Elvas, Campeão de Portalegre, Comércio do Alentejo, o Distrito de Portalegre, A Plebe e Branco e Negro. Textos inéditos seriam posteriormente publicados na imprensa da época.

A tristeza e a intuição de uma morte anunciada e iminente sempre o perseguiram e ocuparam a maioria da sua poesia, como Dor Suprema, O Coveiro e Doente. Em 1896 é publicado em Portalegre, o folheto Flores, e, dois anos mais tarde, o livro Fel, numa altura em que já se sabia tuberculoso e sem esperança. Pouca produção numa vida breve e que mais não permitiu. Por esse motivo repleto de desespero, revolta e melancolia sem fim. «Bendita sejas tu, ó morte, inexorável / Pelo mundo a chorar, desde que o mundo existe» e ainda «Que eu vivo ao abandono e sou miserável / Aos tombos pela vida, em busca de mim mesmo…»

Admiradores da sua poesia, entre muitos, foram Irene Lisboa, Augusto de Castro e José Régio, que sobre ele escreveu: «Se há poeta que não baste admirar, mas que é preciso amar, esse é José Duro.»

Qual o jovem na flor da vida que não se revoltará de ver a vida a fugir-lhe, com as asas cortadas antes de conseguir voar e numa alma sensível, ensombrada e amordaçada? Daí a mágoa, assim expressa em Doente:

«Quando o meu corpo, já sem vida, inerme,

Lançado for à podridão do verme.

- Se ele é verme também, e o verme é pó

Porque de todo o meu olhar eu cerre,

Pede, pede ao coveiro que me enterre

Na terra mais humilde, ó minha avó!

 

Escrevo e choro; dói-me a alma; tenho febre

Não sei quantos graus - calor insuportável;

- Moderno Lázaro – ó que vida miserável

Eu vivo aqui. Doente e só, no meu casebre…»

*******

Amargura. Foto Original. Set.23.

José Duro, poeta decadentista, a quem a vida mais não concedeu do que 24 anos de idade, faleceria em 1899, da tuberculose de que sofria e lhe minava o corpo e a alma. Deixou-nos as suas palavras de um desespero sem fim, melancólicas, trágicas, mas belas, como aqueles sonhos bonitos que se deixam apenas deslumbrar, mas que se sabem fatalmente perdidos.

Um poeta sofredor.

Texto de ROLANDO AMADO RAIMUNDO - (29/01/2024)

 

Memorieta a Poeta José Duro

Jardim da Corredoura – “Cidade de Régio” -Portalegre

Homenagem José Duro. Foto Original. 2021.11.04.jpg

“Portalegre a Cidade e a Serra”, de Ângelo Monteiro, com Introdução, revisão e notas de Luís Bacharel. Edição de “A CIDADE” – Revista Cultural de Portalegre” – 1982.

Vista da Cidade. Foto original. 2021.01.08.jpg

Este livro debruça-se sobre a temática citada, englobando “Resenha histórica, Roteiro urbano, Descritivo, Volta à Serra, Freguesias rurais, Triângulo turístico e Notas.»

Nele, fazem-se referências ao monumento evocativo do Poeta José Duro. E, pelo descritivo e foto apresentada, constatam-se algumas alterações ao modelo inicial. (Tal como o Jardim e equipamentos da Corredoura que sofreram grandes alterações na sequência da intervenção do Programa Pólis: 2004, …).

Algumas citações do livro:

«… encontra-se em ampla praceta, a memorieta a José Duro (XVI)»… pag.20

(...)

«XVI – Duro (Memorieta ao poeta José Duro)

Por justa iniciativa dos estudantes portalegrenses, em 23 de Julho de 1944, foi inaugurada a memorieta que homenageia o notável e infeliz poeta José Duro, nascido nesta cidade em 27 de Outubro de 1878. Depois de uma curta vida, torturado pela doença e quase esquecido, veio a falecer em 1899, em Lisboa, no dia 18 de Janeiro.» pag. 41

(Nesta página 41, contendo a breve descrição anterior, figura também uma foto do medalhão com a efígie do poeta e subscrevendo a imagem, os seguintes dizeres: «HOMENAGEM DOS ESTUDANTES».)

«Nota (41) – O projecto da memorieta é do pintor portalegrense João Tavares e o trabalho em bronze de Inácio Perdigão.» pag. 82

Assinatura I. Perdigão. Foto original. 2021.11.04.jpg

Este postal completa o anterior sobre o assunto, esclarecendo um pouco mais sobre o monumento evocativo, de que me lembro das diferenças, nomeadamente o texto evocativo da homenagem dos estudantes, que não figura atualmente no monumento.

Medalhão José Duro. Foto original. 2021.10.15.jpg

Face também à Autoria do monumento, João Tavares, não seria justo figurar uma placa evocativa dos promotores da homenagem, da autoria do singelo, mas sugestivo monumento e a data da respetiva concretização?! (Digo eu... Sei lá!)

E quem foi Ângelo Monteiro?!

(...)

Grato pela atenção. Votos de muita saúde!

 

Portalegre: Valorização da Poesia!

E dos seus Poetas!

Não tenho dúvidas que Portalegre é uma Cidade de Poesia! Por muitas, diversas e variadas razões. E situações.

De Poetas! E, entre todos, Portalegre: “Cidade de Régio”.

Se quiser ter a amabilidade de navegar em Aquém-Tejo, terá essa confirmação.

Hoje, Caro/a Leitor/a, trago-lhe esta singela Homenagem prestada, na “Cidade de Régio”, a José Duro, postada num banco, de “sentar”, no Jardim da Corredoura.

Banco na Corredoura. Foto original. 2021.10.15.jpg

Tentarei saber mais sobre o Poeta e sobre o banco.

De “sentar”, friso. Que os outros…

José Duro. Portalegre. Foto Original. 2021.10.15.jpg

Excertos Poéticos...

Excerto poético I. Foto original. 2021.10.15.jpg

Preste atenção à mensagem e à ortografia, S.F.F.

Excerto Poético. Foto original. 2021.10.15.jpg

E que saudades de “Momentos de Poesia”!

Mas com “Isto da Covid”…

Obrigado pela sua atenção. Votos de muita Saúde!

 

Um passeio virtual pela Cidade de Régio (I)

Que é também um passeio pelo campo!

 

Como referi no postal anterior, neste, vamos passear um pouco pela Cidade. Não vai ser um passeio real, mas virtual. E como realmente nos fazem falta os passeios! Temos que cumprir a reclusão, mas se nos confinamos demasiadamente, é caso para se dizer que. “Se não morremos do mal…” nos vamos da cura.

Nesta fase que vivemos, um dos aspetos que impressiona quando saímos à rua, a tratar do que é indispensável, para além de quase não se verem pessoas, poucos carros, felizmente (!), é a ausência do barulho excessivo. Nalguns momentos e locais até chega a raiar o silêncio e até faz impressão. O silêncio, nas nossas cidades tão ruidosas! Adiante!

 

Mas bem, o que vos proponho é um passeio virtual por alguns locais da Cidade. Uns mais conhecidos que outros, alguns icónicos, emblemáticos. Todos peculiares.

Foto Original. Azulejo num palácio. Antigo Liceu. *Cena de caça. 2018. 11. jpg

 

A primeira imagem que apresentei é de um azulejo, bem sugestivo, cheio de movimento, uma autêntica banda desenhada, até cena cinematográfica, tal o realismo que dela se depreende e a sensação de movimento inerente. Infiro que será do séc. XVIII.

Uma caçada a um “bicho”, que é o que mais precisamos. Que cacem o “bicho”, de vez!  Na cena é um javali. E estes bichos bem precisam de ser caçados. Durante grande parte do séc. XX pouco existiam, como muitos outros animais selvagens, a partir de finais do século e atualmente, chegam a constituir praga. Pois que os cacem!

Onde se encontra  este azulejo?!  (...)

Foto original. Enquadramento da Fonte. Vista da Serra da Penha. 2017. 12. jpg

 

Do azulejo passei para outro local. Este, já foi emblemático…É uma das Fontes da Cidade. Mas já não corre…

Foto original. Sobreiro descortiçado. 2019. 01. jpg

 

Corremos já para o Passadiço. Puxa! É uma zona de passeio imprescindível. Excepcional! (Assim mesmo com p! E, para mim, disse uma interjeção, que não escrevo, por causa da etiqueta.)

Para esta bela sobreira! (Sim, pode dizer-se sobreira, árvore em pleno rendimento e também sovereiro e mais, certamente. Fora descortiçada nesse ano.)

 

Foto original. Passadiço e casa amarela. 2017. 12. jpg

 

E uma imagem sugestiva de uma casa, à beira do Passadiço. Já foi Casa Amarela, agora é Casa Branca. Bonito demais todo o enquadramento da Casa. A dita não sei, mas deve ser bem interessante. Lembra uma varanda debruada da Serra!

Foto original. Corredoura. Plátanos. 2018. 11. jpg

 

E, agora, um passeio por um dos locais maís visitados da Cidade! A Natureza na Cidade. Está mais desprovido do encanto que tinha, antes da intervenção ocorrida à data do célebre tsunami, mas sempre proporciona um passeio alegre. E, no Outono, ainda mais bonito!

Mas este espaço precisa e ainda pode ser melhor arborizado. Já o escrevi noutro postal.

Foto original. Corredoura e gato preto. 2018. 11. jpg

Nesta foto, circula também um “bicho”. Este, "caseiro". E que o tal “bicho” não passe para os “bichos domésticos”…

 

E vamos terminar com duas imagens do espaço urbano.

Foto original. Porta de Alegrete. Casco urbano. 2018. 11. jpg

A anterior, de uma das “Portas da Cidade”. Imagem sugestiva do casco histórico, que é merecedor de visita bem detalhada. Apesar de estar muito degradado e tenha perdido muita da sua vitalidade.

E a seguinte é um pormenor dessa mesma Porta. Repare na estrutura construtiva. Simultaneamente simples e complexa, altamente segura e defensiva. E como o nosso organismo precisa, necessita, de defesas!

Foto original. Trecho de muralha. Porta de Alegrete. 2018. 11. jpg

 

Concluo o passeio por hoje. Mas ainda voltaremos! Obrigado por nos acompanhar na visita. Volte sempre, SFF.

 

Afinal ainda apresento esta foto das coisas simples que nos passam despercebidas.

Foto original. Folha Plátano. Ex-libris da Cidade. 2018. 11. jpg

 

Será Portalegre uma Cidade de Poesia?

Portalegre, Cidade...

 

Portalegre, porto ou porta / Na encosta, ridente alegria…”, escrevi, há alguns anos, sobre a Cidade de Régio.

Epifania  Primavera 2015. Original DAPL. jpg

 (Epifania da Primavera. Foto original DAPL 2015.)

 

E, nem de propósito, “Momentos de Poesia”, evento já com foros de Cidadania, da responsabilidade de Drª Deolinda Milhano, subordina-se no próximo Dia 21 de Março, a uma visita guiada e poética sobre as “Portas da Cidade”.

Sendo Portalegre um burgo de raiz medieval, ainda mantém parte da sua estrutura muralhada e algumas das portas que lhe davam acesso, estruturadas sob a forma de arcos de volta inteira, com maiores ou menores alterações epocais.

 

E tentando responder à questão formulada inicialmente, para se aperceber melhor dessa possibilidade, nada como palmilhar as ruas do povoado.

Miradouro Portalegre 2017. jpg

Mas eu atrevia-me a sugerir, algo mais inusual… Um passeio, a pé, subindo pela “Estrada da Serra”, até ao miradouro. (Estrutura, a que me atrevi de batizar de “Passadiço.) Pouco a pouco, contemplando a urbe, o seu enquadramento paisagístico, o seu casco construtivo, não tenho dúvidas que se perceciona uma visão muito mais poetizada da sua mole urbana, num soberbo cenário, englobando serra e campina alentejana…Perdendo-se nas lonjuras, quase se confundindo céu e terra. E sempre a perspetiva e recorte da Cidade e de alguns dos seus monumentos mais icónicos.

2017 Portalegre. Original DAPL. jpg

Mas ainda retornando à Poesia. É sintomático que, na Cidade, logo duas Escolas tenham escolhido como patronos, dois Poetas: Cristóvão Falcão e José Régio. É indubitavelmente uma prova da estima da Cidade pelos seus Poetas, não querendo esta afirmação dizer que eles são, em contexto natural, devidamente apreciados e lembrados pela sua Poesia. Que não são!

E na Cidade há grupos de resistentes que não esquecem a Poesia. Há “Momentos de Poesia”, evento pioneiro, a que já tive o grato prazer de assistir a algumas tertúlias, com enorme satisfação e constatado o trabalho altamente meritório que tem sido desenvolvido.

E existe e desenvolve também atividade poética um outro grupo designado “Amigos da Poesia”!

Haverá assim tantas Cidades no País, na dimensão e com as características de Portalegre, em que a Poesia seja celebrada regularmente em eventos poéticos?!

Não sei, não!

Ah! E voltando ao périplo pelas “Portas da Cidade”, lembrar que irão ser calcorreadas as vetustas ruas, iniciando-se a ronda pela Porta da Devesa, Portas do Crato, ainda existentes; pelas de Elvas e Évora, de que só já resta a memória. Pela de Alegrete, terminando na Porta do Postigo, atualmente desestruturada do seu local primitivo e encastrada na antiga muralha, alguns metros mais a sul.

 

Irei voltar a “Momentos de Poesia”, após a concretização do evento!

 

E, nem a propósito: porque não institucionalizar “Portalegre como Cidade de Poesia”?! (Fica a sugestão.) E ainda e já agora… calcorreando a Cidade.

Metem dó, tantos prédios, pelo casco antigo, ameaçando ruína. (Algo tristemente comum a muitas aldeias, vilas e cidades deste nosso Portugal!)

Paralelamente construiu-se, na Rua 1º de Maio, um “business center”, só o nome (!), entaipando-nos da Cidade, a vista espantosa da Serra da Penha; e a partir do IP2, a visão das muralhas. (E tão perto, quase se esboroando, o prédio da antiga loja do Srº Hermínio, prestes a implodir!)

E!... Que tanques, aqueles da Corredoura?! Saudosa, a lembrança do antigo lago e do cisne!

Carvalho Portalegre 2017.jpg

E, para quando replantar de árvores autóctones, carvalhais, aquele espaço?! E umas manchas de amendoeiras, como embelezariam aquelas encostas desprovidas de coberto arbóreo!

 

(Nota final: As fotos são originais DAPL - 2015 e 2017.)

delitodeopiniao.blogs.sapo.

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