Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Um Mobile de garrafões de água e de detergentes de roupa. Alguns de marca!
E um dos gatinhos do Quintal de Baixo observando e fazendo-se à foto. Uma Selfie?!
P.S. – Esta instalação “artística” (?) resultou de uma questão prática. A viga de cimento sobressai bastante do telhado. Ao sairmos ou entrarmos no cabanal arriscamo-nos a embater nela. A colocação dos elementos “artísticos” pretende torná-la visível, evitando hipotéticos embates.
Assim criámos um “mobile”, em permanente interação com os elementos, nomeadamente o vento! E enquadrado em Património identitário da Aldeia!
Fazem parte da minha “Criatividade”! Cada um tem a sua! Cada é como cada qual!
Mas pela Natureza nas Cidades, Vilas e Aldeias, em "Aquém - Tejo"!
Volto a modelo de postal que já apresentei várias vezes, inicialmente sob o título “LocaisPitorescos…” e que, no último post sobre o tema, intitulei de “Passeio Virtual na Cidade!” Já ando para elaborar este, há semanas. Sai hoje!
Nestes tempos de passeios problematizados, recordamos algumas imagens de passeios já realizados. Propositadamente não explicito onde se situam as imagens. São todas de Aquém Tejo! Em todas elas a Natureza se apresenta na sua beleza e magia, nos locais mais inimagináveis e na sua simplicidade aparente, mas também na sua enigmática riqueza. A ação humana também nelas se apresenta, explícita ou implicitamente.
A 1ª imagem é de um local de todos os dias. “Azinhaga da Atafona”, assim se nomeia. Azinhaga – caminho estreito e antigo. Atafona – antigo lagar, puxado a animais. Não há memória de tal indústria artesanal no dito caminho, mas dado que o nome persiste, provavelmente terá havido em tempos por demais recuados. Persistência da memória e tradição oral, provavelmente...
Caminho bordejado de papoilas. Sabe que às plantas que dão as lindas flores das papoilas se chamam “papoilegos”? (Será certamente um regionalismo.)
A foto será de há três anos. Nos últimos dois, pelo menos, já o caminho não se bordejou com tal garridice, porque a autarquia persiste em “adubar” o espaço com um daqueles produtos maravilhosos que secam as plantas. Detesto este procedimento!
A 2ª imagem é de duas plantas floridas num local bem distante do primeiro, junto ao mar, e num castelo. Vila, com porto de pesca e excelentes praias, abrigadas pela serra. (2019)
Duas plantas nascidas entre as pedras da muralha. A Natureza tem destas peculiaridades.
A do 1º plano conheço bem. Costuma chamar-se “Coelhos” ou “Bocas de Lobo”. São cultivadas nos jardins, mas também nascem muito espontaneamente, caso desta. A planta, em segundo plano, que foi a que me motivou para a foto, não conheço de todo.
A 3ª imagem é de um pequeno jardim, particular, mas na rua, um “alegrete”, com duas plantas do mesmo tipo, em tons rosa e branco. Conheço-as por malmequeres. Num bairro popular, duma Cidade, com rio e mar, na freguesia da Pietá! A foto foi colhida em 2018, por ocasião de uma celebração tradicional, habitualmente evocada a 1 de Maio!
A 4ª imagem (2018) - com junquilhos e alecrim, também num alegrete, numa aldeola antiga, situada numa colina, no meio da planície, com uma vista incomensurável. Tem topónimo replicado na Vila, situada no plaino.
E esta 5ª imagem?!
Num local icónico da Grande Cidade - 2019. Espaço natural, mas construído pelo Homem, tentando seguir a Natureza. As espécies animais presentes também foram introduzidas pelo Homem. O pato não tenho a certeza.
A 6ª imagem é de uma Barragem, à data, Outubro 2019, quase completamente seca. Entretanto, Dezembro, choveu e voltou a encher-se. A estrutura central, sempre submersa, intriga-me sobremaneira.
A 7ª. Uma bela laranjeira carregada. (2018) - Junto a muro de antigo cinema ao ar livre, na Cidade. Que é o que mais jeito dá agora. Eventos ao ar livre, mas com lugares marcados e devidamente distanciados.
Como referi no postal anterior, neste, vamos passear um pouco pela Cidade. Não vai ser um passeio real, mas virtual. E como realmente nos fazem falta os passeios! Temos que cumprir a reclusão, mas se nos confinamos demasiadamente, é caso para se dizer que. “Se não morremos do mal…” nos vamos da cura.
Nesta fase que vivemos, um dos aspetos que impressiona quando saímos à rua, a tratar do que é indispensável, para além de quase não se verem pessoas, poucos carros, felizmente (!), é a ausência do barulho excessivo. Nalguns momentos e locais até chega a raiar o silêncio e até faz impressão. O silêncio, nas nossas cidades tão ruidosas! Adiante!
Mas bem, o que vos proponho é um passeio virtual por alguns locais da Cidade. Uns mais conhecidos que outros, alguns icónicos, emblemáticos. Todos peculiares.
A primeira imagem que apresentei é de um azulejo, bem sugestivo, cheio de movimento, uma autêntica banda desenhada, até cena cinematográfica, tal o realismo que dela se depreende e a sensação de movimento inerente. Infiro que será do séc. XVIII.
Uma caçada a um “bicho”, que é o que mais precisamos. Que cacem o “bicho”, de vez! Na cena é um javali. E estes bichos bem precisam de ser caçados. Durante grande parte do séc. XX pouco existiam, como muitos outros animais selvagens, a partir de finais do século e atualmente, chegam a constituir praga. Pois que os cacem!
Onde se encontra este azulejo?! (...)
Do azulejo passei para outro local. Este, já foi emblemático…É uma das Fontes da Cidade. Mas já não corre…
Corremos já para o Passadiço. Puxa! É uma zona de passeio imprescindível. Excepcional! (Assim mesmo com p! E, para mim, disse uma interjeção, que não escrevo, por causa da etiqueta.)
Para esta bela sobreira! (Sim, pode dizer-se sobreira, árvore em pleno rendimento e também sovereiro e mais, certamente. Fora descortiçada nesse ano.)
E uma imagem sugestiva de uma casa, à beira do Passadiço. Já foi Casa Amarela, agora é Casa Branca. Bonito demais todo o enquadramento da Casa. A dita não sei, mas deve ser bem interessante. Lembra uma varanda debruada da Serra!
E, agora, um passeio por um dos locais maís visitados da Cidade! A Natureza na Cidade. Está mais desprovido do encanto que tinha, antes da intervenção ocorrida à data do célebre tsunami, mas sempre proporciona um passeio alegre. E, no Outono, ainda mais bonito!
Mas este espaço precisa e ainda pode ser melhor arborizado. Já o escrevi noutro postal.
Nesta foto, circula também um “bicho”. Este, "caseiro". E que o tal “bicho” não passe para os “bichos domésticos”…
E vamos terminar com duas imagens do espaço urbano.
A anterior, de uma das “Portas da Cidade”. Imagem sugestiva do casco histórico, que é merecedor de visita bem detalhada. Apesar de estar muito degradado e tenha perdido muita da sua vitalidade.
E a seguinte é um pormenor dessa mesma Porta. Repare na estrutura construtiva. Simultaneamente simples e complexa, altamente segura e defensiva. E como o nosso organismo precisa, necessita, de defesas!
Concluo o passeio por hoje. Mas ainda voltaremos! Obrigado por nos acompanhar na visita. Volte sempre, SFF.
Afinal ainda apresento esta foto das coisas simples que nos passam despercebidas.
Neste ramo sócio profissional onde os milhões proliferam como areia no deserto, e muitos desses milhões vêm precisamente desses campos no deserto (!), no futebol, digo, têm surgido iniciativas meritórias, da parte de futebolistas, empresários, clubes. Valorizem-se essas atitudes!
É altura de quem mais ganha abdicar em favor dos que menos auferem, ajudar clubes e colegas onde há menor poder financeiro. (Que no futebol também há filhos e enteados.)
E para que precisam uns de ganhar tanto, tanto, e outros tão pouco?!
Agora ninguém está a jogar.
E, a propósito, de o aqui e o agora sem futebol…
Têm notícias de alguém que tenha morrido por não se estarem a realizar jogos de futebol?!
(...)
E quantas Pessoas têm morrido devido ao corona?!
(…) Não digo mais. Para bom entendedor…
Então, distribuam os salários exorbitantes dos futebolistas e associados a todos os que trabalham para assegurar a Vida de nós todos, sem excepção!
Essas Pessoas são os Verdadeiros Heróis!
(Ainda ontem foi noticiado que Jota Jota, lá no seu Mengão, renovou por milhões.
Então, mas esta gente não se enxerga?!
Num país em que a miséria é o que é, tão gritante?!
E como gostaríamos de ir colher limões e sair desta reclusão e abraçar quem gostaríamos e não podemos…
Vou debitar algumas ideias sobre esta situação que vivemos.
No que respeita a Portugal e à Educação, há que definir medidas já, de curto prazo, que contemplem esta situação excecional.
Medidas e normativos gerais, comuns a todo o País, em função dos vários ramos de Ensino, mas também com alguma flexibilidade, deixando margem de manobra às Escolas, porque há, de certeza, múltiplas variedades e especificidades.
E mesmo em cada Escola haverá casos e casos, tanto no referente a Alunos, como no respeitante a Professores. Ter também em conta as particularidades disciplinares, porque se nalgumas disciplinas os processos definidos foram mais fáceis de aplicar, noutras não terá sido assim tão fácil.
Ouvir as Escolas, e os Agentes Educativos!
Equacionar uma Avaliação o mais justa possível. Pensar e definir sobre Exames, sobre Acesso ao Ensino Superior. (…)
Há muito que fazer e atempadamente, porque é óbvio que não haverá aulas presenciais no 3º período. (Não se iludam nessa possibilidade.)
Futuramente e de modo muito provável, o ensino à distância e as novas tecnologias em contexto de sala de aula ganharão outra dimensão e relevância, maior que a que já tinham. Digo eu, não sei!
A valorização da Escola e dos seus diversos Agentes Educativos, desejo que seja uma aprendizagem interiorizada por todos os seus principais beneficiários: Alunos, Pais, Encarregados de Educação. Digo eu, sei lá!
E, Senhor Encarregado de Educação, teve mais oportunidade de acompanhar o seu Educando?!
Bem sei que muitas Pessoas trabalham, enquanto eu debito estes bitaites. Bem sei!
Aproveito para agradecer a todos os Profissionais que trabalham, para assegurar a nossa vivência quotidiana.
A todos, sem exceção, não podendo, porém, deixar de realçar todos, mas todos os que trabalham no ramo da Saúde, direta ou indiretamente, nos mais diversos locais. Cuidem-se também, que são imprescindíveis.
(E tantos Profissionais infetados, porque as condições de trabalho têm sido terríveis e os meios e equipamentos escassos…)
E lembrar que nestes tempos, com especial realce, o Setor Privado tem as mesmas obrigações que o Público.
Porque o dito cujo “bicho” não faz quaisquer distinções.
Tanta gente, que há bem pouco tempo, achincalhava SNS, os Profissionais de Saúde e da Educação.
Mas, adiante, que se faz tarde…
O processo produtivo, no que é essencial, não pode parar. Os bens e serviços fundamentais não podem sofrer quebras desnecessárias.
Ruturas na sociedade serão prejudiciais para todos.
Há que tomar medidas para que a Economia não colapse, e que as Pessoas não percam os meios financeiros para acederem às condições básicas de Vida: Alimentação, Habitação, Saúde…
(Mas todos estes problemas se processam a uma escala global…Somos todos interdependentes.)
(Notas Finais: Foto do célebre Limoeiro. Árvore com mais de 40 anos. Foi o meu Pai que o comprou e plantou. Anos setenta!
Poema inspirado, ainda, nestes tempos que nos percorrem.
Imagens da Cidade, captadas no ano passado, na vinda do “Boi D’Água”. Local icónico, uma aldeia na Cidade. Uma paisagem serrana em plena Planície.
E também fotos tiradas no mesmo local, em datas diferentes, de uma papoila garrida, verdadeira Primavera e de uma planta muito peculiar, folhas de forma lanceolada, guerreira, portanto, mas cujo nome desconheço.)
Dizia-me o meu Pai (1926 – 2008), que lhe dizia o Ti Zé Tabaco, que “ter um limoeiro à porta é como ter um médico em casa”.
Nestes tempos ou contratempos de reclusão forçada, tenho aproveitado também para arrumar o acervo de fotos tiradas com o telemóvel nestes últimos anos.
Entre elas, várias do Limoeiro que temos no quintal.
Não sei porquê, acho por bem divulgar e publicar algumas delas e, deste modo, constituir este postal.
(Algumas notas finais:
O Ti Zé Tabaco era de uma geração anterior à do meu Pai. Terá nascido nos inícios do século XX ou mesmo no século XIX. Não sei. Não éramos de família. “Ti” é expressão comum nas Aldeias. Morava numa quinta frente à Horta do Carrasqueiro, ainda existente, com uma casa bem bonita, pintada de uma cor quase salmão, que me lembra paisagens de outros países.
Ainda sobre o limão, todos sabemos da sua componente Vitamina C e do respetivo poder preventivo que tem nas defesas do organismo.
Realço ainda a expressão “ O meu Pai dizia, que lhe dizia…”, forma tradicional de transmissão do conhecimento, em épocas transatas e entre Pessoas que maioritariamente não sabiam ler ou escrever, nem havia acesso generalizado a livros ou jornais, quanto mais a todas estas novas tecnologias e a este “informar” (?) segundo a segundo, em ene meios de comunicação!
E os limões lembram-me também as canções: "Limão, verde limão..." e a "Rosinha dos limões...", da Amália?)
Fotos de trabalho que desenvolvi na sequência desta situação que estamos vivendo, quando ainda esta epidemia não estava instalada na Europa.
Elaborei estes desenhos no início de Fevereiro deste ano, quando ainda pouco se falava sobre "coronavírus", nem se imaginava toda a problemática que estamos a viver atualmente.
Fotos de trabalhos artísticos de relax, realizados nestes dias de stress
Nestes dias de reclusão forçada, a partir da generalização da pandemia “Covid – 19”, no dia 19 de Março, “Dia do Pai”, de que este ano mal se lembraram as “redes”, produzi estes trabalhos que aqui vos apresento.
Fiz separadamente cada um dos elementos, mas no final constitui um tríptico.
1º trabalho:
2º a ser executado, mas que constitui o 3º elemento do tríptico:
3º trabalho na execução, mas que foi criado para constituir precisamente a ligação entre os outros dois, formando o 2º elemento e intermédio do conjunto do tríptico.
Como referi em post anterior, sempre a inspiração chegou, a tempo de escrever um poema. De certo modo também para participar na Tertúlia online da APP - Associação Portuguesa de Poetas.
O tema é sobre o assunto que atualmente nos atormenta. Todavia reportando para uma certa esperança, que, no final, vencerá o Amor. Até porque, amanhã, começa a Primavera e é o "Dia da Árvore". Apesar dos dias sombrios que vivemos, melhores dias virão.
Ainda quero publicar uns posts divulgando trabalhos que tenho estado a elaborar, aproveitando estes dias de reclusão.