Rosa de Alexandria! Em Dezembro!!!
Em 16 de Dezembro!
Quintal de Cima:
Aldeia da Mata:
Em 17 de Dezembro, hoje!
Festas Felizes!
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Em 16 de Dezembro!
Quintal de Cima:
Aldeia da Mata:
Em 17 de Dezembro, hoje!
Festas Felizes!
Sementes de Amizade num Correio, à moda antiga!
No dia 6 de Dezembro, chegou ao meu correio este envelope!
O que será?! (Questionei-me.)
Vi o remetente: José Silva Costa… (Autor dos blogues “Cheia” e “Sociedade Perfeita”.)
O que me terá enviado o José?!
Abri. Deparei com este frasco de Centrum!!!
Mais intrigado fiquei!
Querem ver que o José, pensa que eu, estando a publicar tão pouco, preciso de energia extra?!?!
Abro! E o que vejo?!
Comprimidos tonificantes?!
Acompanhando o recipiente, este “escrito” manual...
...Tão ao jeito e modo dos "tempos antigos", em que se escrevia manualmente, se poupava no correio… se poupava em tudo... porque vivíamos numa "economia de subsistência"...
Tantas lembranças me ocorreram. Porque esta prática de enviar escritos, acompanhando encomendas simples ou elaboradas, foi um costume que todos usámos, ricos e pobres, antes do eclodir de todas estas funcionalidades modernas com que hoje lidamos tu cá, tu lá!
(Até aos anos sessenta, setenta, talvez ainda nos oitentas, do século XX, eram práticas vulgaríssimas.)
E no texto, vem a explicação: Frutos / Sementes de Dragoeiro.
Achei o máximo! Adorei!
E logo tratei de semear.
Nuns vasos, coloquei uma base de “estrume” vegetal, um pouco de terra em cada um e as sementes espalhadas. Quatro ou cinco por cada vaso.
Depois, tapei com um pouco de terra.
E, agora?!
Agora é aguardar a Primavera!
Obrigado, José, pela sua extraordinária lembrança!
Foi um “Presente de Natal” maravilhoso!
Muitíssimo Obrigado e também “Votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo”!
E, O/A Caro/a Leitor/a, o que acha desta prenda tão interessante?!
(...) (...)
(Igualmente, também para si, votos de Excelente Natal e Óptimo Ano Novo!)
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
Antologia
No propósito que estabeleci de divulgar, em suporte digital, uma Poesia de cada um dos Poetas participantes na 13ª Antologia do CNAP, dá-se a conhecer, hoje, “Sonata de Outono”, de Manuela Machado, Aljustrel.
Não tive oportunidade de falar com todos os antologiados, mas com todos os que estabeleci contacto, nenhum se opôs a esta metodologia. Caso alguém se oponha, agradeço que me dê conhecimento e procederei em conformidade.
Também continuo a ilustrar cada poema com uma foto ou outro suporte de imagem sugestiva, preferencialmente original, no sentido de enquadrar o texto. Quando não disponho de nada pessoal, pesquiso na “net”. O procedimento mencionado no parágrafo anterior, também se aplica neste caso. Perante eventual discordância, agirei segundo o que me for sugerido. Na net, apesar de ficar sempre “rasto” do que se deixou, também se pode remover o que não se quer.
Algum erro que seja detetado, agradeço que me seja dado conhecimento.
E, efetuadas algumas considerações sobre “metodologias de trabalho”, segue-se o Poema.
“Sonata de Outono”
“Louvemos o Outono…
Que anuncia mudanças
Com o seu verde indefinível
A doce aragem
O seu céu azul lilás
O sol coado…
Que sejam boas as mudanças
Como sempre esperamos.
Assim, seguimos o delicado zéfiro
Confiantes, embriagados
Com os tons enganadores
De tão doces
O cheiro dos frutos
Das colheitas
As folhas que dançam no ar
Douradas
Ainda cheias dos reflexos do sol
Que já foi
Seguimos cegos de esperança
Nem calor nem frio
O regaço de Ceres transbordante
Em alegre dança sem euforia
Nem cuidados
Louvemos pois o Outono
Paragem ilusória, doce torpor
Que anuncia
Com delicadeza
A chegada
Do solene Inverno.”
Manuela Machado, Aljustrel.
Ilustra-se com uma foto original de F.M.C.L., 2014.
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
Antologia
Continuamos com a divulgação da Poesia publicada na 13ª Antologia de Poesia do CNAP, 2015.
Neste post nº 264, damos a conhecer, “Poeta Caminhante”, de Maria Ana Tavares, Arronches.
"Poeta Caminhante"
"Vai, com as estrelas,
Sua luz de encantamento
E o luar e o mar e o vento…
Seu manto de silêncio e solidão
Abre-se a acordes de harmonia
Oriundos do além-crer,
Vindos em sonhos de infinito…
Seu coração vive e respira
A música que só ele escuta,
A beleza que só ele entende,
A luz que só ele apreende,
Em tudo à volta que se lhe oferece,
Para dar a tudo que vive e sente…
E vai, em seu caminho
De ardentes rosas, radiantes,
Que para ele se abrem ao passar,
Cercando-o de perfumes cambiantes
Em seivas de espinhos transformantes
Enquanto vai, mais e mais adiante,
Em sua busca, que o faz sempre ir…
Poeta ástreo e solitário,
Criatura errante, ensimesmada,
De olhos para lá do horizonte,
Caminhante do tempo e das estrelas,
De coração aberto ao Universo
Que, inteiro, se abre em seu caminho,
Dando-se em rimas de cósmica visão…
E vai, figura em trevas-luz envolta,
Em busca do adiante etéreo
Que ao longe entende, sem o alcançar,
Sonhando asas que o levem lá,
Vibrando rimas que o façam Ser,
Escutando, intuindo, andando,
Até poder, até morrer, até viver…"
Maria Ana Tavares, Arronches.
Ilustramos com um desenho original de F. M.C.L., de inícios deste milénio.
“Vai, com as estrelas, / Sua luz de encantamento/ …” (M. A. T.)
Ler também: Caminhadas.
E Ícaro.
O Impossível Sonho...
De um Castanheiro...
Que almejava...
Ser Árvore de Natal!
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
Antologia
Hoje, neste Post nº 262, o primeiro após o Natal, continuo a divulgar poesias publicadas na 13ª Antologia de Poesia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2015.
Damos a conhecer a Poesia “Sejamos Felizes!”, de Maria Cotovia (Vila Nova da Rainha).
“Sejamos Felizes!”
“Meu amigo se queres saber a verdade
sobe comigo ao alto da montanha
onde uma paz e ternura nos invade
e a felicidade em nós se entranha…
A resposta, meu amigo, trá-la o vento
que atravessa todos os continentes
sem amarras nem grilhetas, só um portento
a que ninguém consegue por correntes…
Só o vento é mais livre que tudo na terra
e leva as sementes para terreno fértil,
e depois nasce a beleza que a natura encerra
e a verdade se reflete no regato subtil!
E a felicidade está nos frondosos amieiros
que ladeiam o rio que corre sem parar,
a felicidade está em ver no pasto cordeiros
e as mães paradas e embevecidas a olhar!”
Maria Cotovia, Vila Nova da Rainha
Ilustramos também com uma fotografia original de D.A.P.L., de um rebanho no "Vale", na Aldeia, 2014.
Leia, também, SFF!
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
Antologia
Hoje, divulgamos mais um poema da XIII Antologia de Poesia do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2015.
O Poema “Vontade” de Maria de Lourdes Guedes (Vinhais).
"Vontade"
"de te querer
de te amar
de te não perder"
"Medo"
"de sofrer
de me deixares
e eu não te esquecer"
Maria de Lourdes Guedes, Vinhais
Ilustrado com uma sugestiva fotografia original de D.A.P.L., de 2015, que poderíamos intitular “Rosa Agrilhoada”.
E, para quem ainda não desejei, formulo Votos de um Santo Natal!
Consulte também S.F.F.
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
Antologia
Neste Post nº 260, divulgamos o Poema “A Jornada”, de Maria Manuela de Mendonça, de Faro.
“A Jornada”
“Naquelas horas mortas da jornada
Quando o cansaço mui pouco se tolera
Pensamos que afinal a caminhada
Não é tão doce quanto se quisera…
Subindo a montanha enviesada
Parece-nos de altura não severa
Mas, olhando p’ra trás, rude estirada,
Acreditamos que a rota foi austera!
Chegados ao cume, alto e belo,
Sofremos, afinal como fazer
A descida tem sempre mui anelo
Um solo derrapante vem trazer
Ingente e mui difícil duelo:
É mais fácil subir…do que descer?!!”
Maria Manuela de Mendonça (Faro)
Ilustramos também com uma fotografia lindíssima de D.A.P.L., 2014, também de Cacela Velha, Algarve, de que uma idêntica também ilustra o meu Poema “Caminhadas”.
Consulte também, SFF, C. N. A. P.
Círculo Nacional D’Arte e Poesia
XIII Antologia
Neste post, divulgamos uma Poesia de Rolando Amado (Lisboa):
“Eu Vos Venero, Ó Pedras”
"Passou água, passou vento, tudo e nada
Como deuses de várias formas, sois meu guia
Eu olho as pedras do rio e da estrada
E me esmagam de tempo e sabedoria.
Calhaus rolados ou dunas do deserto
Sedimentos mudos e dispersos
São vidas caladas que eu desperto
Dos pensamentos mais diversos.
Pedras que eu beijo e a que me entrego
Com amor maior humildemente
Ao Nirvana que busco e não renego
Pedras de ti, de mim, pó de semente.
Minha família, irmãs, eu vos escuto
Nesse desejo de amor absoluto
Das vossas entranhas um sinal.
E por toda a verdade que eu sei
Que a vós juntar-me um dia irei
Eu vos venero, ó pedras, afinal."
Rolando Amado (Lisboa)
Nota Final: As fotos são originais de D.A.P.L.
Ribeira do Salto - Aldeia da Mata, 2015
Ciclo de Cinema Indiano na RTP1
Fandry
(Sábado – 19 de Dez. 2015)
A RTP1 tem estado a transmitir um Ciclo de Cinema Indiano, na sequência de outros Ciclos que já apresentou.
Mercê de algum preconceito relativamente ao Cinema de Bollywood, filmes realizados em Bombaim, atualmente Mumbai, não me interessei, “à priori”, pelos filmes. A imagem estereotipada dos filmes indianos que numa determinada época, julgo que nos anos setenta, enchiam a programação de muitas salas de cinema de Lisboa: danças muito coreografadas, música a jorros e um enredo em torno de uma jovem muito bela e pobre por quem um jovem rico e de casta superior se apaixona, as oposições familiares e, no final, casamento deslumbrante. Repito, este é, de algum modo o “cliché” associado a esta filmografia, quiçá injusto e reducionista. No programa, também da RTP1, julgo que “Agora Nós” não sei se patrocinado pela firma homónima de telecomunicações, o “boneco” criado por José Pedro de Vasconcelos, “o crítico de cinema indiano”, de algum modo também joga nessa estereotipia.
Pois, ontem, peguei-me a ver o filme que passou. Primeiro, de pé atrás, a ver no que dava. Depois fiquei “agarrado” e fascinado com a temática. Se o tema dos amores contrariados pela desigualdade social, cultural, religiosa, de castas, era fulcral no enredo... Acentue-se, que a sociedade indiana, apesar de ser a “maior Democracia do Mundo”, herança britânica; possuidora de uma cultura riquíssima e multimilenar, é estruturalmente uma sociedade profundissimamente desigual. Tremendamente desequilibrada, chocante nesse mesmo desequilíbrio!
Pois, se essa temática de amores frustrados enredava o enredo, a história era muito mais rica que apenas isso, e estava muito além disso. Diria antes que o filme é um filme de denúncia, é um filme verdade, que nos apresenta a realidade dura e cruel dos sofrimentos e humilhações, reforçaria este aspeto, humilhações, a que os seres humanos das castas mais baixas estão sujeitos, mais ainda os que não pertencem a nenhuma casta! Párias da Sociedade. Que era o caso da família e do jovem herói apaixonado do filme, Jabya. Cuja paixão era dirigida para Shalu.
Estava tão embebido na história, que na cena final, completamente inesperada, quando o jovem atira mais uma pedra ao opressor, qual David atirando-se a Golias, e o realizador direcionou a pedrada não ao agressor do filme, mas à câmara, ao cameraman e, consequentemente, ao espetador, a cada um de nós que víssemos o filme, pois, instintivamente, desviei rapidamente o rosto, como se a pedra me fosse dirigida. Magistral!
E esta cena final, inequivocamente, diz tudo. Além da revolta, justa, justíssima, do oprimido contra o opressor e contra séculos de opressão, ela é também uma pedrada arremessada à consciência dos espetadores.
E tenho dito! Imperdível, de visualização obrigatória. E uma prova que os estereótipos, que as ideias formatadas “à priori”, são muitas vezes completamente falaciosas.
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