Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Adquirido ou “integrado” (?), o Absalon Bank, no Nova Bank, revela-se a verdadeira face de KCC e a estratégia do banco glutão /canibal.
Aplica as intervenções que a maioria de nós desconhece, não cometendo propriamente ilegalidades, mas agindo de forma e de modo a destruir vidas, empresas, instituições, em benefício de poucos, arrastando milhares para a falência, criando falsas crises, de que todos nós conhecemos os efeitos, sem termos sido vistos e achados para a respetiva eclosão. E de que ainda, através da manipulação dos media, nos querem fazer sentir “culpados”, porque “vivemos acima das nossas posses”!
Os clientes do Absalon foram sendo transferidos para o gabinete de crise do Nova Bank.
Isto é, deixam de lhes conceder novos créditos, “renegoceiam” as dívidas, impõem-lhes juros altos, amortizações frequentes e, em escassos meses, levam-nos à falência.
Estes clientes, pessoas e vidas a crédito, são obrigados a vender os seus bens e propriedades a baixo preço, que empresas de fachada, mas pertencentes a KCC, irão adquirir, para posteriormente venderem a outros interessados. Ganham sempre os mesmos, com dinheiros “sem nome, nem dono, nem origem”, que correm para os paraísos fiscais, algures, numas ilhas virgens (!) quaisquer.
(Esquemas que, infelizmente, tão bem conhecemos aplicados não só às empresas, mas aos próprios países!)
Lançam boatos sobre a situação do Absalon e do banco francês, Crédit Vert, que aquele adquiriu, especulam financeiramente sobre as ações desse banco e tentam levar o Absalon à falência. Reúnem secretamente, incluem criminosos procurados pela Interpol, estruturam as suas acções maléficas. (…)
Simon acordou tarde para a catástrofe que ameaça o seu próprio Banco, embalou-se nos cantos de sereia de KCC, de que continuaria gestor autónomo do seu próprio banco, não quis dar ouvidos à irmã nem a Cláudia e, agora, chora o seu infortúnio. Que é apenas uma peça de uma máquina maior, à qual pertence, lhe disse o tubarão com placidez / cinismo, indiferente.
Será que Amanda, Cláudia e Simon ainda conseguirão salvar o seu próprio banco da falência iminente, perpetrada por KCC e o Nova Bank?!
Cláudia faz-se passar por aliada de KCC, mas a forma como este age, apenas a incrimina a ela na criação das empresas de fachada.
Isto lhe esclareceram Mads e Alf, com quem ela se aliou, para tentar apanhar o tubarão. Mas vai ser difícil, que ele não se compromete assinando papéis e praticamente já sabe de que ela não trabalha só para ele. Já mandou segui-la, por Nicky, que, agora, trabalha diretamente para si, que o Sueco reformou-se, embora continuando a fazer estragos…
Mads e Alf continuam a descobrir cada vez mais sobre todo o esquema fraudulento, as teias tecidas por KCC, mas é difícil incriminá-lo.
Aparentemente, tudo segue na lei e ele não toca nem assina papéis sujos.
Através das informações de Cláudia conseguem saber de Sander, do nome falso que usou para fugir da Dinamarca e de como foi parar ao Brasil, juntamente com o Sueco, Bo Petersson, que, aí, o assassinou à queima-roupa, como vimos em anterior episódio, não sei bem qual.
Este Sueco também foi quem atropelou Mia, a jornalista, em episódio que não vi.
Mads e Alf, com os seus métodos nem sempre muito ortodoxos, conseguem saber-lhe a morada, onde vão interrogá-lo. Ele, raposa matreira, faz-se de doente e, a pretexto de ir buscar comprimidos à wc, quase mata Alf.
Valeu-lhe Mads, que, para ajudar o colega, deixou fugir o Sueco.
Salvar-se-á Alf?!
Nicky foi promovido, veste fato e gravata, como se executivo fora, praticamente já não trabalha de mecânico, continua a matar, a agredir, a ameaçar, quase esquece a família e que fará ele quando invadir a casa de Kristina, mulher de Mads, à beira de ser mãe e em risco com a maternidade?!
Mads, assoberbado com o trabalho e as permanentes buscas e peripécias em que a sua missão o envolve, deixa a mulher muito sozinha.
Enquanto ele segue na ambulância com Alf, para o hospital, Nicky prepara-se para lhe invadir a casa e buscar uma pasta que Cláudia aí foi deixar.
O que acontecerá?!
Irão os agentes, Mads e Alf; Cláudia e os irmãos, Amanda e Simon, conseguir travar e engavetar os criminosos?!
A RTP2 tem-se especializado e esmerado nas séries dos países europeus e faz muito bem. Dizem-nos mais. Pelas suas temáticas, mesmo quando provindas dos Países Nórdicos, caso da Dinamarca, de que nos apresentaram, até agora, a inultrapassável “Borgen”, das que abordam temas atuais, e também a muito interessante “A Herança”.
A que atualmente projetam, “BEDRAG”, no original, certamente da palavra dinamarquesa “bedrageri”, fraude, e é esse o título em português: “A Fraude”.
Só peguei na série já na 2ª temporada.
Ocorreu ontem, 28/12/16, o 6º episódio da temporada em curso. Provavelmente estará quase a terminar.
Mundo atual, com todas as suas idiossincrasias. Alta finança, corrupção, canibalismo bancário, políticas e polícias anti fraude, os cordelinhos da lei, que permitem apanhar o peixe miúdo, mas o graúdo, passa pelas respetivas malhas. Aspetos da vida pessoal dos personagens mais marcantes…
Um banco poderoso, “Nova Bank”! (Onde já ouvi este nome tão original (?), e onde já se viu atribuir nome de novo ao que é tão velho?!)
Neste banco, um diretor /presidente / chefe / dono / acionista maioritário, que ainda não fui informado das respetivas funções no organigrama bancário, de nome Knud Carl Christensen - KCC, está fartinho de fazer das suas, (dele!), no banco e na sua relação com clientes e outras instituições, inclusive tendo levado à morte de inocentes, mas que continua cá fora, numa boa, a comandar ações, de actos e ações, de finanças, usando outros como fautores do que é ilegal e/ou criminoso.
“Atualmente”, através do seu Nova Bank, prepara-se para engolir outro banco, com reputação de honestidade e valores diferentes (?!), o Absalon Bank, gerido até aqui, por dois irmãos gémeos, não verdadeiros, Amanda, o cérebro criativo e Simon, mais executivo.
A trabalhar com os dois irmãos, “mano & mana”, está Cláudia Moreno, advogada talentosa que fora tramada por KCC na primeira temporada, no contexto de fraudes ligadas a uma empresa de energia “Energreen”, trama que a levara à prisão com todas as sequelas subsequentes.
Agora, liberta, ainda sob liberdade condicional, procura retomar a sua vida profissional e também pessoal, em que se destaca a tentativa de conquista do afeto do filho, de quem se viu separada e, porque não?, também de um novo amor!
Convém frisar que a sigla KCC também define uma firma de uma holding, sediada nas Antilhas Holandesas. O esquema de que estamos pelos cabelos, de tanto o constatar nas nossas tristes realidades!
Cláudia está a fazer tudo por tudo, para que o dito cujo KCC seja apanhado, como merece. A sua associação aos manos vem nesse contexto e objetivo.
No combate à fraude, uma Unidade Anti Fraude, nela pontificando dois polícias Alf e Mads, que tudo fazem, com profissionalismo e algum sentido de missão e ideal, para conseguirem apanhar os criminosos, que estão muito bem blindados, com todos os suportes habituais nestes esquemas, infelizmente demasiado verdadeiros.
As investigações e perspetivas dos vários intervenientes, focalizadas em KCC, (uma espécie de DDT?) hão-de cruzar-se e, certamente, engavetar o manda chuva.
Assim esperamos a não ser que os guionistas queiram prolongar a temporada ou, para nossa desgraça e frustração, imitar a realidade.
Voltando a KCC, que manipula a narrativa da estória, ele dispõe de personagens que executam ou mandam executar as tarefas violentas e ilegais.
Um, marcante, intermediário primordial, é designado como Sueco, certamente devido à sua naturalidade: “Svenskeren”. Significa sueco em dinamarquês?
Este é o mandante das ações violentas, agindo às ordens de KCC.
Por sua vez, delega estes atos, pois tem às suas ordens um mecânico de automóveis, seu homem de mão nos atos de violência ou fora da lei: roubos, colocação de escutas, vigilância e entrada abusiva em domicílios, … E, por vezes, mortes. Que me parecem ter acontecido mais por acidente, descuido e inépcia do autor, rapaz meio destrambelhado, de nome Nicky, marcado por uma infância violenta, passivo de agressões paternas.
Este executa tudo quanto é ilegal, já tem à sua conta algumas mortes, ocorridas nem sempre de forma direta e intencional, e agressões, inclusive ao agente Mads.
Já se cruzaram várias vezes, esteve quase a ser descoberto, neste 16º episódio, na casa onde sequestrara a jovem que viria a morrer.
A narrativa encaminha-se para esse cruzamento acontecer, e quando tal ocorrer e simultaneamente a investigação dos agentes anti fraude se encontrar com os conhecimentos da advogada talentosa, Cláudia Moreno, e concernentes investigações, teremos o clímax do enredo.
Teremos?!
Depende do guião ou guiões previstos e do eventual, hipotético e sempre possível prosseguimento da narrativa em futuras temporadas.
Que os guionistas, quando tal lhes convém, esticam o conteúdo narrativo até ao limite, por vezes, enredando, por demais, o enredo!
Por agora, aguardemos o resultado da OPA do Nova Bank sobre o Absalon Bank.
E, como sempre, fica muito por contar. E personagens de que falar!
Não previra escrever sobre este evento, mas parafraseando a letra da canção…
Falar de Almada é falar de Arte, Cinema, Desporto, Poesia, Cante, Atividades Recreativas, Artesanato…, ou seja, de Cultura, nas suas mais variadas vertentes.
Neste fim-de-semana, ocorreram diversas atividades pelas várias freguesias.
Só no centro da Cidade, aconteceram, que eu tivesse tido conhecimento: o “Mercado de Natal Amigo da Terra”, imperdível; o “7º Ciclo de Cinema Católico”, a que só assisti ao filme “A Lenda do Santo Bebedor”, de Ermanno Olmi, filme que eu subintitularia “Os Milagres da Santa”. Curioso que os filmes programados, neste ano, incidam mais na vertente especificamente católica!
E a Homenagem a “Nuno Gomes dos Santos: 50 anos de Cantigas – 25 anos de Livros”.
Este último evento ocorreu no Teatro Municipal Joaquim Benite, a 17 de Dezembro, sábado, pelas 17h., tendo terminado quase às 21 horas.
É sobre este extraordinário espetáculo que vos quero falar, nesta minha crónica.
Foi excepcional. E aqui, volto ao Normativo de escrita antes do famigerado “Acordo” de 1990, porque embora o tente aplicar, tente, há palavras que ficam muito melhor com as consoantes mudas e este evento foi mesmo excepcional, repito! E, atualmente, na prática, praticamente não há "acordo" nenhum, que cada um escreve como quer. Lembra-me as queixas de Almeida Garrett!
Nele participaram muitos Artistas de diferentes matizes, mas com um tronco comum, ligados à Música e ao dom da Palavra, na sua expressão musical e poética.
Para iniciar remeto-vos para um link com a canção “Pedra Filosofal”, Poema de António Gedeão, cantado por Manuel Freire, que esteve presente nesta homenagem.
Espetáculo apresentado predominantemente por Helena Isabel, Cândido Mota e Alberto Albuquerque, que desconhecia e que também disse Poesia, em que se destacou “Cântico Negro”, o celebérrimo Poema de José Régio, imortalizado por João Villaret e dito por muitos outros reputados Artistas.
Cândido Mota, com a sua voz inconfundível, apresentou-se em palco muito descontraidamente, aliás, como todos os participantes e foi sempre dizendo os seus oportunos apartes.
Helena Isabel foi a simpatia em pessoa, sempre cativante na sua dicção, e aqui cabe um aparte meu.
Neste evento tive a oportunidade de rever Artistas, alguns que não veria há dezenas de anos. De alguns deles, lembrava-me da sua “aparição” no saudoso “ZIP ZIP”, alguém ainda se recorda disso?! Dos Festivais da Canção, de finais de sessenta e princípios de setenta. E dos espetáculos de “Canto Livre”.
Falo-vos para além do Homenageado, Nuno Gomes dos Santos e do Grupo Intróito, de Carlos Alberto Moniz, Carlos Mendes, Francisco Fanhais, Manuel Freire, Samuel.
Interessante, agora, revermos pessoas que conhecíamos de jovens e observá-los, atualmente, marcados pelo Tempo. Cabelos brancos, carecas, gordos, barrigas… Neles nos olhamos também a nós mesmos, em que Cronos também nos vem deixando as respetivas cicatrizes!
E o aparte surge, porque onde nos parece que o dito cujo, o Tempo, parece ter feito sentir menos mossa é nas Senhoras.
Que o diga Helena Isabel, que aparece sempre com a mesma jovialidade de quando foi candidata a Misse. Lembram-se em que ano?!
Mas voltando aos cantores, onde o tempo não fez estrago foi nas respetivas vozes. Com que agrado os ouvimos em tão lindas, marcantes e chamativas canções que nos marcaram a Juventude. Os que tiveram o privilégio de vivê-la nos “sixties e seventies”.
Cantaram e encantaram.
E, aqui, volto a novo aparte e ao link inicial.
Manuel Freire, quem não se lembra de quantas vezes nos deslumbrou com a sua musicalização do Poema de Gedeão?!
Pois este Grande Artista, apresentou-se em palco para homenagear Nuno Gomes dos Santos, mas não conseguiu cantar. Explicou-nos que tivera um problema de saúde recente, ainda estivera a tentar ensaiar, mas quanto mais forçava a voz, pior ficava.
Foi um momento muito comovente, sensibilizou-nos a todos, a Vida prega-nos partidas, nas curvas da estrada, quando menos esperamos. O público compreendeu, começou a entoar a canção, a Banda tocou a música… Foram uns minutos lindos, pena o público ser um pouco fracote musicalmente. Por mim falo.
E, já que entrámos na Banda, referir que o maestro e pianista é João Balula Cid e os elementos, Nana Sousa Dias, saxofonista e João Maló, Nelson Oliveira, guitarras; Félix Souza, bateria. (Não sei se os nomes estão exatos. Se não forem, o meu pedido de desculpas!)
E que maestria!
E de entre os cantores mais próximos da minha geração, embora todos mais velhos que eu, destaco o Alentejano, Francisco Naia, sempre com a sua voz portentosa, o seu sentido altruísta e sem nunca esquecer de homenagear o querido Alentejo!
Outro Alentejano presente foi o “dizedor”, declamador, “diseur”, (nunca sei muito bem qual o termo que hei de dizer), Manuel Branco, que nos disse um poema de caráter social e outro de cariz amoroso, como fez questão de nos explicar.
E quão grato foi ouvir “Juliana”, Francisco Naia; “Vemos, ouvimos e lemos…”, Francisco Fanhais; “Ruas da minha cidade…”, Carlos Mendes, também ao piano e interessante a apresentação de Cândido Mota de o músico ter deixado Arquitetura e enveredado pela Música. Lembrar-nos-emos, os mais velhos, dessa história vir contada numa “Flama” antiga, quando ele venceu o festival de 68…
Samuel, “viver em país libre…”
E Carlos Alberto Moniz, que cantou “Veio um pastor lá da serra”, que o autor lembrou ser a primeira canção com que se apresentou vindo dos Açores, no já referido “Zip – Zip”; “Morte que mataste Lira”, “E um dia fez-se Abril”.
E o Coro “Consonantes” ou “Consenso”, não chego a consenso sobre o nome, que no prospeto vem um e no evento nomearam outro. Lembraram Violeta Parra e cantaram outras modas, que não consegui apreender tudo
Dirigido por Luís Pedro Faro, também um ex – Intróito, um total de onze elementos.
E, de entre os mais novos, que já não pertencem à minha geração, estarão para aí nos trintas (?), quarentas (?), digo eu, destaco Filipa Pais, que já conhecia de nome, mas também nunca ouvira ao vivo, que me lembre. Também lembrou Violeta Parra, quem não lembra? Cantou em dueto com Samuel… encantador. E cantou uma morna, em crioulo, para além de ter apresentado a banda. Pena eu ouvir mal e não conhecer muito bem os instrumentos, isto é, distinguir as guitarras.
E houve ainda a atuação do guitarrista clássico, Silvestre Fonseca, que também não conhecia.
E também houve mensagens de nomes sonantes do meio artístico, que não puderam estar presentes: Nuno Nazareth Fernandes, Eládio Clímaco e Luísa Ortigoso, em gravações de novela, que lhe mandou: “… toma lá um beijo, num abraço apertado.” (Bem, a Dona Olga de “Beirais” não poderá apertar muito o homem, que ele está tão magro!... Já o tinha visto algumas vezes em Almada. Impressiona a magreza…)
E aconteceu um “happening” tão à moda dos sixties – seventies, orientado por Urbano Oliveira, percussionista e baterista, que, após nos terem distribuído uma folha de papel A4 e uma baquete, nos pôs todos a “produzir” música, homenageando o homenageado: Nuno! Nuno! Um verdadeiro acontecimento!
E, no início, houve outros Artistas mais novos que também participaram na homenagem, mas que na altura eu não contava escrever nada, só depois me entusiasmei e comecei a apontar. E, sendo de gerações seguintes à minha, acabo por não os conhecer, que pertencem a épocas em que me desinteressei pela música dita ligeira, mais ou menos a partir de finais de oitenta, princípios de anos noventa.
E haverá também as “raparigas” que compuseram o “Intróito”, mas que não fixei os nomes.
No cartaz publicitário figuram os seguintes nomes: Alexandre Ribeiro, Ana S. Silva, Isabel Pires, Leonor Carrilho, Paulo Brissos, Renato Silva, Vitor Paulo.
O conjunto “Tabus” acompanhou Nuno Gomes dos Santos que finalizou o espetáculo com várias atuações.
Da banda “Tabus”, também músicos de há quarenta anos, agora novamente regressados às lides musicais: Carlos Zé, baixo; João António, guitarra (quê?, que as não distingo!); João Coradinho, teclas; e João Vieira, bateria. E também um jovem baixista, Renato, sobrinho do homenageado.
E, nestas andanças de gerações e família, também participou a neta, Violante Carrilho, em flauta transversal, que enquadrada entre tantas sumidades e gentes bem mais velhas e naquele ambiente de palco se enervou bastante. Todos foram muito compreensivos, músicos e público, que o ambiente era de festa e solidariedade.
E a filha de Nuno também esteve muito bem na apresentação de excertos do espetáculo.
E assim se reviram, reouviram e reviveram cinquenta anos de canções, que nos deixaram maravilhados!
E todos foram chamados ao palco e todos cantaram e ainda a finalizar houve nova intervenção do Coro cujo nome não cheguei a “Consenso”.
E a Câmara Municipal patrocinou. Que o objetivo era homenagear o Artista e entregar-lhe uma medalha, entregue por Presidente da Câmara, o que aconteceu quando eu cheguei ao espetáculo, que me atrasei meia hora, mas isso foi logo no início.
Que ao princípio do princípio eu não assisti, mas julgo ter sido uma apresentação retrospetiva, não sei em que suporte, talvez vídeo, não vi, pois atrasei-me. Mas vi o que pretendia, que era o espetáculo.
Parabéns e que conte mais uns tantos, não direi cinquenta, mas mais alguns e que possamos estar cá nós também para ver.
E perante tão bons Artistas, tão bons Apresentadores, tão bom Espetáculo, tão boas Canções… surpreende-me sempre a fraqueza dos atuais programas das “nossas” Televisões.
Ou não?! Como é possível tanta mediocridade atual promovida às horas de maior audiência?!
De TVs presentes, a televisão de Almada.
Porquê só esta TV?! Não seria, este, um programa que mereceria uma projeção nacional?! Porque não filmam outras TVs?! Porquê?!
Muitas questões me perpassam…
… ? …?
*******
Hoje, dia 17 de Janeiro de 2017, em que faleceu o Maestro João Balula Cid, anexo este link
Seguem-se Poemas de: Carlos Fernandes, Catarina Malanho, Clara Mestre, Conceição Oliveira e Cynthia Porto.
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CARLOS FERNANDES
“A GAIVOTA QUE AMAVA LISBOA”
“Gaivota perdida e encontrada por esta maresia,
De cheiros a águas esverdeadas do Tejo,
Levantas-te como o tempo quando a aragem se arriba,
Mas logo num brado da asa vens e mergulhas nas margens,
Da tua Terra amada que é Lisboa.
E vais esvoaçando numa dança divinal,
E bailando por entre raios de luz,
No grande palco que é o teu Tejo,
Tendo como cenário Lisboa,
Por entre as suas águas murmurando,
E dançando do Nascente ao Poente
Vais bailando docemente numa exaltação,
Para quem te vê deixasses um libido amor,
A esta terra esta cidade chamada Lisboa.
E no final da tarde quando regressas da viagem
Para descansar, num cais que se chama das colunas
Que o entendeu como seu, no cimo do mastro Real,
Poisas sempre a ver os cacilheiros chegar,
E agradeces a esta tua linda Lisboa,
Que é a rainha de Portugal.”
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CATARINA MALANHO
“PASSOU-ME O OUTONO À PORTA”
“Sentada a olhar a rua
Pela janela envidraçada,
Vi passar esvoaçando
Muitas folhas descoradas…
Eram amarelas, castanhas
Algumas amarfanhadas,
Observei melhor…
Prestando mais atenção;
Era o vento que soprava
Pois já não havia Verão
E o Outono chegava…”
*******
CLARA MESTRE
“RECORDAÇÕES (Gradil)”
“No meu tempo de menina
A aldeia cheirava
A pão quente
Agora
Os passos cansados
Da minha imaginação
Ainda atravessam
O forno
Lembrando o cozer do pão
Passa o destino a correr
No sangue fraco das veias
Há emaranhado de teias
Que ainda tento defender
Mas…
Na minha imaginação
Não há tempo
Não às guerras
Há sempre satisfação
Porque o cheiro
Da minha aldeia
Trago no meu
Coração…”
*******
CONCEIÇÃO OLIVEIRA
“GENTE FELIZ”
“Ali não há rios
há mar, muito mar.
E cheiro a peixe fresco.
e cães a descansar sobre redes
até que os pescadores voltem ao mar.
E gente, muita gente.
Jovens
Velhos
Crianças.
Tudo junto. Tudo feliz”
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CYNTHIA PORTO
“A QUEM VAI CHEGAR”
“(Soneto Futurista)”
“Espero-te em um clima de ternura,
Em prece, abrindo aos Céus, meu coração,
Pois, sei que chegarás, de alma tão pura,
Neste teu novo lar, com afeição…
A música será uma recepção,
Acolhedor banquete de candura,
A tua vinda a nós, como canção,
Porque é festiva, vem, e assim, perdura…
Terás uma morada aconchegante,
Em meio a muito amor e poesia,
Com fluido angelical, que segue adiante…
Como um presépio, é pleno de harmonia,
Serás a doce Vida radiante,
Também perene fonte de alegria!...”
Notas Finais:
Este post é acompanhado por sugestivas fotografias originais de D.A.P.L., de 2015 e 2016.
Suponho que, enquanto publico este documento ilustrativo do trabalho da APP, da respetiva Direção e dos Antologiados, estará a decorrer o lançamento de livro do Associado, António José da Silva. Desejo-lhe as maiores felicidades e êxitos.
Irei continuando na divulgação da Poesia constante na XX Antologia.
Tenho constatado que, no blogue, as visualizações nos posts, sobre esta excelente Série da Televisão Galega, voltaram a surgir.
Será que este emblemático seriado, apresentado pela primeira vez na RTP2, em Setembro de 2015 e reposto em Fevereiro deste ano, 2016, voltou a ser reapresentado?!
Pesquisei nos programas da RTP2 e na RTP1, mas não encontrei.
… … (?) …
Tendo em vista facilitar a pesquisa, resolvi condensar os vários posts em apenas um, o atual, podendo aceder-se a cada um deles, através dos links, no final, em anexo.
Se tem tempo e paciência e/ou curiosidade, aventure-se a desbravar os textos e, acredite, não se arrependerá!
Tem até o bónus de ler um texto, o que aborda o décimo sexto episódio da série, que, até ao momento, ainda não foi apresentado em qualquer reposição, nem provavelmente será.
Apenas, talvez, quem sabe(?), se os guionistas resolverem continuar uma segunda temporada e queiram seguir as sugestões desse 16º Episódio. Citando a fonte, obviamente!