Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Ontem, 7 de Janeiro de 2025, o postal, referido em epígrafe, esteve realçado na página do SAPO, no espaço dos Blogs.
Venho desta forma agradecer. Muito Obrigado. Um agradecimento, que são vários agradecimentos!
Em primeiro lugar, um obrigado genérico. É sempre bom recebermos um sinal de destaque, certamente prova de “valorização” do que escrevemos. No caso, muito associado à atualidade vivida. Trasladação de Eça! De Baião para o Panteão!
(Claro que Eça merece “Honras de Panteão”! Escrevi eu. Por demais! Reforço.)
Valorizo ainda mais essa nota de destaque, dado que “Aquém-Tejo”, desde 2023 e durante quase todo o ano 2024, não figurava sequer nas “tags” / etiquetas habituais. Nem mesmo em “Últimos Posts”, onde deveria surgir sempre, por inerência funcional. Todavia, não aparecia, não faço a mínima ideia porquê. Sobre o assunto escrevi, comentei, apresentei situação à Equipa. Era como se estivesse “clandestino”!
De repente, também não sei como, passou a surgir. Precisamente, quando escrevi sobre “Ruben Amorim”. Felicitando-o. (Abençoado treinador, que tenha sucesso lá para a velha Albion!). (Aquém-Tejo deixou de estar “clandestino”!)
Por outro lado, Obrigado é sempre Obrigado e devemos agradecer, como Pessoas educadas que somos. Ponto e pronto!
Ainda, maravilha das maravilhas, o texto vinha acompanhado de uma linda e sugestiva foto da “Igreja de Santa Engrácia” – Alfama. Atualmente Panteão!
Esclareço que a fotografia não é minha. (Bem que gostaria!)
Obrigado, na mesma, porque dá relevo ao texto. E de que maneira! Porque é muito bonita. E a arquitetura da Igreja, do séc. XVII, é muito harmoniosa, na sua estrutura clássica. (Não vou a Alfama, há anos! E como gostaria!)
Que tenham divulgado o postal com foto a condizer, dá para perceber a minha frustração de não conseguir publicar e divulgar nos postais as fotos que vou tirando.
Agora que sei tirar fotos com estes “novos” telemóveis, desde 2020/21 e até já sabia editar fotos e publicar postais, a partir do celular, as Plataformas que conheço dizem-me que já esgotei o “teto” possível!
Não dá para entender!
Já esgotei as gratidões?!
Muito Obrigado, para finalizar. Se me lembrar de algo, acrescentarei nos comentários!
E, a propósito, este agradecimento era para figurar como comentário, mas, devido à extensão, sai como postal.
A propósito. O postal mencionado atingiu 29 comentários! É o 2º postal mais comentado. E 579 visualizações! (Num total do blogue de 535 visitas e 765 visualizações, nesse dia 7 de Janeiro de 2025.)
Andou por aí muito boa e santa gente celebrando o 25 de Novembro!
Direito que lhes assiste totalmente, mas surge-me pergunta impertinente. Talvez até obtusa.
Será que esse afã celebrativo tem algo a ver, em sentido figurado, simbolicamente, com o que Édipo fez ao pai?!
Esta questão aplica-se genericamente a essa boa e santa gente, contextualizando, simbólica e inconscientemente, 25 de Novembro e 25 de Abril. E, especificamente, ao primordial promotor dessa celebração, alentejano ilustre e cosmopolita, aspirante de lisboeta.
(Interessante lembrar que, no início da década anterior, os feriados de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro haviam sido abolidos! Escuso-me de frisar a importância destes dois feriados!)
Eleições antecipadas: necessárias e imprescindíveis? Não! Nem estas, nem as anteriores. Em ambos os casos, tinha sido perfeitamente possível encontrar soluções, no quadro institucional, sem recorrer a esta alternativa. Bastava que, quem pode e manda, nestas situações, tivesse orientado as suas decisões nesse sentido.
(É claro que o pessoal dos partidos adora! Delira!) E agora…já! As sondagens!!! Manipuladoras?!
Neste contexto “eleitoralista”, chovem as promessas. Promessas são só palavras!
Na sequência do respetivo pedido de demissão, que poderia muito bem não ter sido aceite, será que houve um certo alívio, digamos até “libertação”, por quem fez o pedido?!
Será que este “personagem da política” estará a pensar em candidatar-se a futuro cargo nacional, sucedendo a quem lhe aceitou a demissão?! (Conjeturas minhas, apenas…)
Saúde! Saúde! Saúde e Educação são dois dos setores fundamentais ao desenvolvimento de um País. A Justiça! A Habitação! Então e a Indústria? A Agricultura? E o Comércio?!
Só que os dois primeiros setores mencionados estão maioritariamente dependentes do Estado – e faz sentido que estejam. E o terceiro, Justiça, representa um dos três pilares fundamentais em que assenta o Estado: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judicial.
Retornando a Saúde.
É um sistema muito complexo, envolvendo muitas variáveis, muitas das quais nem conheço, nem conhecemos bem. (Nomeadamente a Comunicação Social.) E, em termos profissionais, não engloba só os médicos.
Ainda há poucos dias, foram transmitidos resultados do concurso para o Internato Médico.
Porque ficaram tantas vagas por preencher, nomeadamente em MGF – Medicina Geral e Familiar e Medicina Interna, dois dos setores que abrangem e se direcionam à maior percentagem da população, dos utentes / doentes efetivos ou prováveis?
E tantos médicos jovens que não concorreram ao Internato?!
São questões que nos devem interpelar a todos!
Ainda hei-de voltar a estes assuntos da Saúde e da Educação.
Mas que Costa?! Um Costa que não era o Costa, que deu à costa!
Uns bitaites e não só, a propósito de um filme num país que é uma farsa, uma comédia de filme, numa tragicomédia de país!
O Castelo do Costa ruiu de vez!
E que castelo! Um castelo de cartas. De cartas e de que baralho! Mais do que um sarilho, foi um “saralho”! As cartas sempre a cair! Tantas caíram, que o baralho caiu de vez.
O baralho de cartas desfez-se! De vez?!
Uma tristeza, este país! Esta governança resultou de eleições antecipadas. Tanta gente a desejar a ruína do Costa e o país deu-lhe os naipes todos: maioria absoluta. Mesmo assim foram estes meses de constantes sobressaltos. O Costa e os seus “amigos” deram cabo disto tudo. Desperdiçaram oportunidades, umas atrás das outras.
Quem tem amigos assim, a quem confiar assuntos de relevo, não precisa de inimigos. Nem sequer de adversários. Foi por dentro que a governança se desfez! Foi sendo corroída internamente. Mas sempre “apertada” de fora. Não havia necessidade!
Tanta gente a rir, a saborear! A gozar o pagode!
Anda já tudo num rebuliço. Já todos andam numa roda-viva com as eleições, outra vez. Outra vez?! Se, entre as oposições, se vislumbrassem umas cartas de jeito, vá que não vá… Mas a desgraça é tal que, se estes são o que são e que mostraram, nos outros não se descortinam melhores qualificações, outros níveis de habilitações!
Há muito boa e santa gente achando piada a estas barafundas. Não acho piada nenhuma. É o país que se afunda. Por seis meses o país vai ficar “em banho-maria”!
São assuntos fundamentais, que vão ficar parados, novamente congelados, adiados.
E refiro os que mais se reportam às Pessoas. Tudo o que respeita ao SNS – Serviço Nacional de Saúde. À Educação. À Justiça. (Tanto no respeitante aos utentes / beneficiários, como aos trabalhadores, prestadores destes serviços.) À Habitação.
Não falo no aeroporto! Por mim, se puder e nos tempos que me restem de viver, evitarei andar de avião! Mas será importante definir um novo aeroporto, segundo se diz e se trata há mais de meio século! Opinando, se de facto vierem a concretizar um novo aeroporto, e se o que digo tiver algum valor, que o construam fora da “Grande Lisboa”. Na Margem Norte do Tejo. Nunca na Margem Sul. (Jamais, como disse o outro. Jamais! – em francês.) (Quem tem de ir todos os dias trabalhar para Lisboa, atravessar a “Ponte 25 de Abril”, que o diga.)
Olhem e porque não dão melhor utilidade ao de Beja?!
E os comboios?! Nem sequer andamos a vê-los passar, porque muitas linhas estão completamente desativadas. Não há uma ligação direta a Madrid; quanto mais Paris, ou a Europa! Saudades dos tempos em que era possível viajar de Lisboa a qualquer destas capitais, de comboio. Diária e diretamente! E correr a Europa no inter-rail.
(E pelos comboios me fico que estou com pressa e este postal está por demais atrasado. Como, aliás, os comboios!)
E, afinal, o Costa a modos que se foi, por um recado que parece que não era para o Costa!
E se me perguntassem sobre aspetos relevantes deste ano de 2022, a findar?!
Se me perguntassem, eu responderia. Não sem antes frisar que não tenho qualquer pretensão a ter uma opinião afinada sobre o assunto. Todavia, como qualquer cidadão, sou capaz de opinar, tendo ou não valor o que diga, seja ou não relevante o que perore! Cada um é como cada qual! E que valor ou interesse tem o que digo ou escrevo?! Adiante…
Um dos acontecimentos relevantes que destaco é o das Cheias, recentemente ocorridas na minha Aldeia. Em contraponto à Seca que vínhamos vivenciando há vários anos!Foi um acontecimento local, que observei, registei, “vi claramente visto”, parafraseando o Poeta. Sendo local, foi também regional. Choveu no Alto Alentejo, como há décadas não se presenciava. Igualmente nacional, que, por todo o País, São Pedro abriu as portas do Céu! E internacional, que por essas “Espanhas”, “nuestros hermanos” tiveram a bênção de receber água, que Deus a mandou (!), para encher barragens por esses Tejos, Guadianas e Douros! E assim dar um banho de chuva aos agricultores, à beira de uma taque de nervos, ameaçando uma guerra, não direi militar, nem convencional, que a última havida entre os dois países foi no distante 1801! (Também de raiz agrícola (??!!) Aparentemente: “Guerra das Laranjas”!!!!!!)
E a propósito de malfadadas guerras, a “guerra da Ucrânia”, foi algo que negativamente nos marcou. Apesar da distância (?) sentimo-la demasiado próxima. Pela injustiça, insensatez, de tal ocorrência; despropósito, crueldade, destruição pura e dura! E dura. Parece nunca mais ter fim!
Positivamente, as mudanças atitudinais, comportamentais, face à Covid. Com as sucessivas vacinas de que temos beneficiado, podemos organizar as nossa vidas com relativa normalidade. Até nos esquecemos que o bicho anda por aí, duvido que alguma vez se vá definitivamente, mas vamos estando protegidos. E, deste modo, temos vida quase idêntica à da era pré-covid! Mas, não esqueçamos que, na China, como há três anos, o vírus circula em força.
Um aspeto negativo, no que respeita a este nosso querido País, e que me toca sobremaneira, é o desconserto / desconcerto que observamos face à Saúde e à Educação. Dois dos setores fundamentais ao progresso e desenvolvimento de qualquer nação, país, estado. Quase todos os dias nas “bocas do mundo” pelo lado negativo. Há que resolver o que realmente é preciso, por quem tem efetivamente competências para tal.
E por competências, choca, nas políticas, dominarem as politiquices, os casos e casinhos, a toda a hora. A “cunha”, agora com outros nomes: amiguismo, partidarismo, “rapazes e raparigas”, para traduzir “boys and girls”, nepotismo, portas giratórias, corrupção, esse o termo exato e preciso. Choca! Dói, a quem trabalha e é honesto!
(As entradas e saídas nas (des)governanças já não me dizem nada!)
Não falo nos milhões para aqui e para ali, dos governos para bancos, para tapes e outras coisas que tais. Das futebolices! Aí o pessoal nada em dinheiro. (Depende dos escalões, claro!)
E não vendo nós grandes créditos em quem nos governa ou desgoverna (?!), também não observamos melhores qualidades nos outros que nos querem governar. Governar?! Se…?!
E porque vivemos esta época natalícia / final do ano, não quero deixar de mencionar o nosso consumismo exagerado. Comprar, comprar, consumir, gastar, comer, comer… e tanta gente a passar fome, a viver na rua sem teto, sem abrigo, catando comida no lixo!
E, parece-me que vi principalmente “coisas” negativas! Que 2023 seja melhor!
…Basta de Crispação e … Objetividade na Informação!
É necessário que os vários profissionais do ramo da Saúde possam exercer as suas funções com calma, sem estarem sujeitos a um constante escrutínio mediático, como se um caso que corra mal seja o panorama generalizado da atividade. Os media, mais do que informar, a sua função básica e elementar, o que mais fazem é propagandear. Não são objetivos na informação. Empolam situações e, por vezes, noticiam pela rama. Fazendo uma barulheira infernal das ocorrências negativas, sobrevalorizando o superficial, mas que é chamativo do público, ignorando a substância do assunto, por vezes relativamente diferente do que está à superfície.
(Com os fogos passa-se algo semelhante. Há um “apelo” descarado à piromania! O fogo como espetáculo!!!! O que não deveria acontecer de modo algum. Noticiar. Informar objetivamente.)
A Saúde e a Educação são dois dos setores que mais têm contribuído para o desenvolvimento das nações, dos povos, dos países. Em Portugal, idem. Também no nosso País, são dois serviços que se foram tornando tendencial e gradualmente mais "baratos", "gratuitos" até, após 25 de Abril de 74.
Mas o que perceciono é que também se vem assistindo a uma gradual desvalorização dos mesmos pela parte de quem deles beneficia. Desvalorização nomeadamente no que respeita aos seus profissionais.
O SNS – Serviço Nacional de Saúde, uma melhoria incomparável na vida dos portugueses, no contexto da Democracia, está a ser minado, nos mais diversos enquadramentos. Não sei com que objetivos, a servir que interesses! Mas é imperioso que volte a servir as comunidades, nomeadamente as mais desprotegidas, quem mais precisa, as pessoas, doentes / utentes. Todos nós, em suma.
Todos nós já contactámos com os serviços de saúde, enquanto pacientes, nos mais diversos contextos, beneficiando de diferenciados serviços: hospitais, centros de saúde, farmácias.
Será que o panorama que observamos, que vivenciamos, é assim tanto um descalabro, como parece que se pretende propagandear através dos media?!
Globalmente o que tenho observado ao longo de dezenas de anos, mesmo antes de existir o SNS, é um grande empenho dos diversos profissionais, face aos pacientes. Após a criação do SNS, as condições de prestação dos cuidados de saúde melhoraram para todos. É inegável!
Os profissionais que nele trabalham dão o seu melhor todos os dias para que os serviços, mesmo com dificuldades, funcionem a bem de quem necessita.
(… … ...)
Já há Novo Ministro da Saúde?
Que venha com capacidade e vontade de resolver os problemas que existam. Desde logo com coragem e poder para encontrar solução para a equação: Setor Público – Privado – Social!
(Não sabia que também são tóxicas e originárias da África do Sul! Vou ter em conta a questão da toxicidade e não plantar mais. Em todos os parques, avenidas, alamedas, sebes e jardins abundam variadas plantas tóxicas. O aloendro e a lantana são dois exemplos, por demais abundantes, pela efetiva beleza que proporcionam ao olhar.)
Nas primeiras semanas de Setembro, lá rebentam as “Beladonas”! Pequenos brotos, gomos que vão surgindo do solo, as hastes que vão crescendo, um a dois palmos e brotam as flores, iluminando o jardim. Ao crepúsculo, de coloração branco rosado ou rosa claro, parecem luzes, bordejando os muros do quintal onde se localizam. Também exalam um perfume suave e adocicado. Anunciam as primeiras chuvas, e a proximidade do Outono. Durante o Verão mal se dá por elas, sem folhas, que secaram. Encerradas nos bolbos, mal se veem, mas sabemos que estão logo à superfície. Após a floração no final do Estio, criam as sementes. Mais tarde, ressurgem as folhas, que, no Inverno, Primavera e início do Verão, dão cor verde escuro aos espaços que embelezam, com os seus tufos localizados, onde persistem os bolbos no solo.
E sobre as Beladonas, ficam as fotos. Originais!
“O Verão já terminou… Foi um sonho que findou.” Lembra-se ou conhece a canção?!
Anteontem, passei junto de uma das minhas Escolas. Miúdos no recreio, com máscaras, é certo, mas nas brincadeiras e convívios habituais e naturais nestas idades. Sem cumprirem regras de distanciamento físico. E será isso possível?!
Nas ruas, nas redondezas, mais próximos ainda, que o afeto e as saudades, nos recomeços, não se compadecem da falta de abraços… E sem máscaras!
O futebol também recomeçou, desde logo, coxo. Jogos adiados. Quantos mais acontecerão? E público?! O dinheiro faz muita falta, é certo. E quando os dirigentes dos clubes têm as orelhas grandes, megalomanias, a fazerem conta com o dinheiro das lotarias… E é comprar! E é vender! E são jogadores em saldos! E acha-se natural este vocabulário!...
E sobre despedidas, ainda… Vieira “despediu”, da sua “comissão de honra” os “ilustres políticos” que “não saíram pelo seu pé”! Estariam à espera do “lay off”?!
E, por agora, despeço-me. Aprecie a beleza das “Despedidas de Verão”. Mas, cuidado, que também são venenosas!
E, antes de mais, referir que, Informática, atualmente, também é uma disciplina estruturante e base do currículo. Ferramenta indispensável ao ensino e à aprendizagem. (Havia-me esquecido!)
E, novamente, ao Direito inalienável a opinar, concordar ou discordar. E à sua livre expressão!
Todos concordarão que a Disciplina Base, estruturante de qualquer modelo de Ensino, do processo de ensino – aprendizagem formal, a nível do Básico e Secundário, é a Língua Materna – Língua Portuguesa.
Mas, também a este nível, existirão variadas perspetivas de análise e discordância.
Apresento, por hipótese, três.
(Está sempre presente o conceito de Cidadania, o Direito ao seu exercício, e o pressuposto base, de que, como Seres Humanos, somos eminentemente Sociais.)
Um Cidadão Estrangeiro, matriculando seu filho numa Escola Portuguesa, mas porque é estrangeiro, acha-se no Direito de que a Língua base não seja o Português. Proíbe, por isso, o seu educando de frequentar a disciplina de Língua Portuguesa. (?!...)
Um Cidadão Português, de pleno Direito, discorda da aplicação do normativo de escrita em vigor, obrigatoriamente aplicado nas Escolas desde 2011, dimanado do célebre Acordo Ortográfico 90. Ele próprio não o aplica. (Em muitas situações, faz de facto muita confusão e tem pouca lógica, diga-se. Mas é o que está em vigor e é ensinado nas Escolas.)
Resolve proibir o seu educando de frequentar as aulas de Língua Portuguesa!
Um terceiro Cidadão, também Português de pleno Direito, discorda dos textos apresentados na disciplina de Língua Portuguesa e ainda mais de alguns Autores / Escritores consignados nos programas, apresentados nos manuais e recomendados, como leituras fundamentais.
Também por essa razão, proíbe o seu educando de frequentar aulas de Língua Portuguesa!
(Não teço comentários sobre estes exemplos / hipóteses. Deixo-os à sua reflexão, Caro/a Leitor/a!)
Não esqueça que essa prerrogativa / direito de opinar, concordar ou discordar e agir em conformidade, ao aplicar-se a Língua Portuguesa pode e deve ser extensiva a todas as Disciplinas.
Não! Não apenas às de Ciências Sociais e Humanas. Também às Exatas e Naturais. Sim! Também às Áreas de Expressões. Sim! Também Educação Física!
Agora, imagine, Caro/a Leitor/a, que dava um amoque aos mais variados Encarregados de Educação, Pais e Mães e que se ponham a contestar os mais diversos conteúdos das variadas disciplinas. (Que é possível encontrar sempre motivos para a discordância nos mais variados conteúdos.)
E que proibiam os respetivos Educandos de frequentar as Disciplinas!
Sim! Concordo com esta disciplina no Currículo Escolar. Sim, concordo!
Nos tempos que correm, é por demais importante que os jovens tenham possibilidade de análise e discussão de temas como os que são propostos na disciplina.
Todos somos Cidadãos / Cidadãs. Prepararmo-nos para o exercício da Cidadania, pressupondo Direitos e Deveres, nos tempos tão problemáticos e complexos em que vivemos, é fundamental.
Percebo que a Disciplina possa, eventualmente, ser polémica. Que Pessoas, Cidadãos, Encarregados de Educação, Pais de Alunos/as, discordem.
Se, atualmente, fosse Encarregado de Educação de Aluno/a e, eventualmente, discordasse da obrigatoriedade da disciplina, proibiria o/a meu/minha Filho/a da respetiva frequência?! Não! De modo algum!
Aproveitaria, sim, essa oportunidade para, com ele/ela, conversarmos, analisarmos, discutirmos os temas propostos. Perspetivando-os segundo o meu ponto de vista, ouvindo e escutando o meu filho ou filha, proporcionando espaço e tempo para nos enriquecermos mutuamente, permitindo crescimento e desenvolvimento pessoal. Ajudava-o como Filho/a e também como Cidadão / Cidadã.
Ele / Ela, eventualmente, em contexto de sala de aula, portador/a desses instrumentos de análise, poderia, com mais propriedade, discutir esses temas com Professores e Colegas. Porque, de certeza, essa disciplina proporciona espaço e tempo de reflexão, discussão, troca de ideias.
Hoje, todos temos opinião sobre tudo e mais alguma coisa. E ainda bem que temos. É um Direito que nos assiste. E, porque vivemos em Liberdade, temos Liberdade de Expressão.
Todavia, também deveremos ter a Humildade suficiente para aceitarmos que não percebemos de tudo e mais alguma coisa, com propriedade.
No referente à estrutura curricular no Ensino, ela abrange desde Disciplinas de Línguas, a Língua Materna como dominante, em Portugal, a Língua Portuguesa; várias disciplinas das designadas Ciências Sociais e Humanas, das Ciências Exatas e Naturais, das Expressões Artísticas, Educação Física. Que me lembre, estes campos do Conhecimento, de entre as obrigatórias.
Ainda que possamos formular opinião sobre conteúdos ou sobre as diversas disciplinas, é completamente impossível, ao comum dos mortais, opinar, de forma conceituada, sobre todas elas.
Todavia também reconheço que deveríamos ter mais acesso, também mais interesse, por estes assuntos. Mas não temos. Mas sempre podemos enviar, para quem de direito, a nossa opinião sobre as mais diversas temáticas.
Sempre tenho tomado essa atitude sobre os mais diversos campos e para diferentes entidades.
Desde que tenho o blogue, faço-o nesse enquadramento genérico e também específica e oficialmente. Já aqui documentei sobre o facto. Algumas ações não passam por este meio de comunicação.
Na internet, na comunicação social, na "politiquice", anda tudo aos "tabefes" virtuais!
Andam todos indignados com tudo e mais alguma coisa. Mas é sol de pouca dura. Depressa partem para outra “luta”.
Quando as coisas correm bem ninguém fala. É por omissão que sabemos.
Bem sei, até demais, que os nossos políticos, ademais os dirigentes máximos, falam por demais. E quem muito fala, lá diz o ditado… Ou como dizia o outro que agora está não sei para onde… “Porque não te calas?!...”
Estamos em finais de Agosto. As férias letivas estão em vias de terminar e iniciar-se novo ano letivo.
O ano de 2019/20 decorreu, grande parte do tempo, em modelo virtual. O que todos desejamos é que o próximo ano se concretize o mais possível com aulas presenciais.
Perspetivei a análise com base nas premissas de incerteza e de desconhecimento que à data dispunha, melhor, dispúnhamos. Ainda hoje, a incerteza e o relativo desconhecimento são a tónica dominante da perceção do problema. Aos mais diversos níveis e enquadramentos.
Na altura, manifestei bastantes receios sobre o recomeço das atividades letivas e subsequentes ações, mas também desejando que tudo viesse a correr pelo melhor.
Quero constatar e frisar que o ano letivo transato, apesar de todas as “anomalias”, foi concluído com êxito, dentro das suas peculiaridades.
Decorreram as aulas virtuais para os anos de escolaridade em que foram exclusivas, concluíram–se as avaliações.
Para os anos terminais do Secundário, 11º e 12º anos, também se realizaram as aulas presenciais, as avaliações, os exames finais.
Ao longo deste processo, no decurso dos três meses anteriores, não ocorreram situações de monta, de cariz problemático, nomeadamente existência de casos de contágio, que significativamente tivessem levado ao disfuncionamento do sistema educativo.
Quero realçar satisfatoriamente esse aspeto.
Quero felicitar todos os Professores, Alunos, Funcionários, Encarregados de Educação, Ministério de Educação, Entidades envolvidas no processo educativo, pois apesar de todas as limitações e condicionamentos concluiu-se o ano com êxito.
Formulo votos que o próximo ano letivo possa realizar-se o máximo dentro da normalidade possível e também com redobrado êxito.
Porque todos merecemos o melhor!
A Educação como a Saúde são dois setores fundamentais ao desenvolvimento das Sociedades.
Nestes, como noutros campos de atividade, é imperioso e urgente diminuir as desigualdades existentes entre pessoas.
É necessário proporcionar aos jovens deste País um futuro promissor, reconhecer as suas competências, no seu e nosso País!
Mas supondo que tudo vai prosseguir numa relativa, muito relativa “normalidade”, isto é, que pelo menos vão haver aulas de esclarecimento de dúvidas para exames e os respetivos ditos cujos, todas estas ações implicarão medidas cautelares diversas.
Desinfeção de Escolas, antes e depois das aulas, antes e depois de cada exame. Corredores, salas de aulas, casas de banho, mesas e cadeiras e outros equipamentos nas salas…
Controle à entrada e saída das Escolas, de todas as Pessoas, como têm feito noutros países, com a medição da temperatura?!
Toda a gente, todos os agentes educativos ou não, de máscara e luvas.
(Fatos especiais se a situação se agravar?!
Neste caso de agravamento, suspender-se-ia todo o processo a meio?!)
E os alunos que já estejam doentes ou neles seja detetada, no processo de controle, temperatura acima do normal?
E no caso dos exames, os respetivos enunciados, envelopes que os contêm e as respetivas provas resolvidas, tudo também devidamente desinfetado?!
E depois seguem para Escola centralizadora do processo e daí para casa dos respetivos professores corretores e os procedimentos e cautelas anteriores são todos seguidos?!
E na sala de exames ou na sala das aulas presenciais, quantas pessoas presentes?! Mais que dez, são demais.
Nos exames, como convém estarem dois professores, oito alunos por sala?!
Para os exames com mais alunos, Português, por ex., quase não chega a Escola.
Bem sei que estou apresentando um cenário um pouco pessimista, quando tudo parece dar indicações que irá melhorar a curto prazo?! Irá?!
E os exames, a realizarem-se, serão só lá para final de Junho, início de Julho… até lá…queremos que tudo isto vá passar… Queremos… Mas podemos?!
Eu penso, fraca opinião, que esta ideia de manter exames previstos, como habitualmente e como se nada estivesse acontecendo de anormal, é um pouco precipitada.
Bem sei que no início de Maio vão reanalisar a situação. E tem mesmo que se planificar e prever situações…
E a avaliação interna, nos vários anos, como vai funcionar?!
Vai ter que haver muito bom senso de todas as partes envolvidas. Vai haver, de certeza, muita condescendência, só pode haver, mas também vai haver alguma injustiça. Porque muitos, a maioria dos Alunos, corresponderão de forma interessada e empenhada, mas também muito boa gente se estará completamente baldando.
Situação que não é específica deste momento insólito e virtual, mas que também era comum no contexto transato e real!
E na hora da avaliação?!
Na prática e embora não convenha afirmar isso, o que acabará por acontecer será a ocorrência, ou quase, de muitas “passagens administrativas”.
Vai ser prejudicial para todos, mas também não sei de saída mais “airosa”!
Eu, muito sinceramente, agora, não queria estar no papel de Professor!
Relativamente a Exames penso, muito sinceramente, que na prática talvez nem se devessem realizar. Acediam ao Ensino Superior com as avaliações do 11º e 10º ano. Para o próximo ano equacionariam novo modelo de acesso ou reformulariam o atual. Contariam as notas do 10º, 12º e exames desse último ano.
Mas percebo que tomar essa atitude já, aqui e agora, era mandar tudo para a balda!
Se tudo der para o melhor, vier a decorrer em normalidade, sou o primeiro a desejar e congratular-me com isso.
Se tudo o que escrevi anteriormente de negativo e pessimista não se vier a concretizar, ótimo, que é o que mais desejo, que voltemos à “normalidade”, o mais rápido e melhor possível!
Ainda mais uma questão.
E como irão processar-se as deslocações dos estudantes para aulas e exames?!
Uma boa parte dos Alunos ia de transporte público para a Escola. Na Província, implica deslocação entre localidades e concelhos e muitos transportes têm sido suspensos.
(…)
Meus Caros Leitores/as!
O que escrevi são apenas desabafos de alma.
O que mais desejo é que tudo decorra na melhor das normalidades!
E a propósito de desabafos de Alma... Lamento muito o falecimento do escritor Luís Sepúlveda!