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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

"Governanças" e Bitaites - Outubro 2024

Eleições… Poder Local… Lembranças de outros tempos… Governanças… Bitaites…

Aproximam-se as Eleições para os Orgãos das Autarquias Locais. Para daqui a um ano – Set./Out. 2025.

Já por aí andam muitas movimentações, que o pessoal dos partidos “não perde eira nem jeira”!

As eleições são sempre fundamentais. As do Poder Local são muito importantes. Assim os eleitos se interessem por promover as localidades.

O Poder Local, nos anos seguintes a 1974, foi um dos motores de desenvolvimento do País. Os autarcas contribuíram, implementaram muitas das infraestruturas básicas que faltavam por todo o lado. E não falo apenas nas localidades do Interior. Também das Cidades. Sei, sabemos do que falo.

(Em 1974 e 1975, “corri” Lisboa e alguns arredores, em inquéritos de opinião, estudos de mercado, sobre os mais diversos assuntos. Em part-time, por conta de duas empresas que não sei se ainda existem: Norma e IPOPE. Subi e desci escadas e escadas e elevadores, calcorreei ruas, avenidas, ruelas, becos e travessas. Questionei sobre as condições das habitações, vi, porque também me mostravam. E, nalguns bairros, nomeadamente os mais tradicionais, e mais pobres, faltava o básico, tal como nas Aldeias do Interior. Percorri desde os bairros mais estruturados e mais ricos da Cidade, aos das classes médias, médias baixas, dos trabalhadores mais diversificados, operários, que ainda havia muitas indústrias, aos bairros mais pobres e miseráveis. Lembro-me de fazer entrevistas, por ex., no Casal Ventoso, muito antes dos ventos alterosos e perigosos que o haveriam de invadir na década de oitenta. Que, aliás, também invadiriam um pouco todo o País. Muita miséria, mas pessoas simpatiquíssimas. Em 74, ainda cheias de Esperança, que Abril trouxera a todos, não direi a todos - todos, porque para “muito boa e santa gente”, Abril ainda é um espinho na garganta! Mas há vidas e vidas…

Vi de tudo e registei, nas respostas aos inquéritos para as empresas referidas, o que era de registar e documentar. As mencionadas empresas faziam esses estudos de mercado por conta de outras empresas e entidades, as mais diversas. Não sei se também por conta própria. Eu era apenas entrevistador, em part-time. Não tinha qualquer vínculo. Assinaria um acordo temporário, talvez, que já não me lembro. Sei que não fizeram qualquer desconto para as coisas que, agora, são de praxe, nem sei se naquela altura isso seria obrigatório. Sei, porque, quando me reformei, fui saber e não havia nada. Se calhar, à data, também não seria obrigatório. Também isso nada me preocupava, era demasiado jovem para pensar que também haveria de ser velho.

Todo este arrazoado de conversa veio a propósito de nada, só porque me apetece falar sobre coisas de há cinquenta anos e também de agora.

A pobreza, a miséria, eram ainda mais generalizadas. Faltavam muitas das condições básicas que hoje nem consciencializamos: água, saneamento, eletricidade, educação, saúde, habitação, além da vida consumista que temos.

(Bairros da lata em redor das Lisboa(s)?! Nem se fala!)

***   ***   ***

Nestes últimos anos temos andado em muitas eleições legislativasdesnecessárias, frise-se.

As legislaturas são para serem cumpridas. Esta, que está em curso, tal como deveriam ter sido as duas anteriores. Mas isso são águas passadas…

Agora, a atual legislatura também deve ser cumprida. Mas sendo este governo minoritário, acha que deve continuar a comportar-se como se tivesse maioria absoluta?!

Deve negociar, chegar a acordos, a consensos. Ser mais humilde, menos arrogante.

Mas é o que vemos e temos…

Não podem pensar que têm a faca e o queijo na mão, lá por “Deus estar com os Anjos”!

(E tem havido grandes sustos já. Este mais recente, dos desacatos, e os incêndios…)

Toda esta conversa, porque quero expor alguns assuntos, propostas para os candidatos, lá para as minhas bandas de nascimento, pensarem como projetos futuros… (independentemente dos partidos…)

Mas isso ficará para o Apeadeiro.

(Se alguma vez se apearem nele e lerem o que eu escrevo e proponho.)

Aliás, o apeadeiro real continua apenas a ver passar os comboios, de vez em quando.

Até já, ou até logo…

 

 

Eleições Legislativas antecipadas?!

Não, Obrigado!

(Política e Politiquices!)

Pela minha parte, dispensava completamente que houvesse eleições antecipadas.

Será perceção minha ou todos os partidos, a modos que estavam pugnando para que o orçamento não fosse aprovado e viessem as eleições?! Todos com exceção do PAN e de alguns deputados a nível individual que tiveram o bom senso de se abster.

Atitude que outros partidos também poderiam ter tido. Tanto da dita esquerda parlamentar como da respetiva direita. Sim, porque se os partidos se centrassem nos interesses do País, porque não haveriam de viabilizar a aprovação do orçamento?! E porque não haveriam de se abster todos?! Que viessem eleições, sim, mas na altura própria.

Um País que está como está, endividado, que interesse para o País, advém de se ir gastar uma dinheirama em “propaganda” eleitoral?!

E Sua Excelência o Senhor Presidente da República antecipou-se desde logo a cenários desnecessários ou seria melhor que muitas e santas vezes se resguardasse mais um “poucochinho”?!

Não teria sido melhor que se situasse apenas enquanto Presidente?! Que se abstraísse da sua condição de Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, das suas antigas funções de político e partidário e ainda mais da de comentador televisivo?! Isto digo eu, que não sei nada.

Só sei que o País pouco ganhará com este cenário de eleições antes do tempo.

Não haveria outro modo de resolver o assunto?!

O Senhor Primeiro-Ministro começou logo a fazer campanha, mal houve a desaprovação do orçamento. E a pedir maioria absoluta? Mas que nos interessam maiorias absolutas com gente que não quer negociar com os outros partidos?! São sempre de más memórias.

E porque não fizeram acordos credíveis e viáveis, preto no branco, no papel, logo à partida?! Com os partidos com que se sentissem mais identificados. Porquê este “navegar ao sabor da maré”, sem uma definição de princípios e objetivos que melhorem a condição do país?!

Estamos…. Estou farto de eleições desnecessárias que só interessam às estratégias partidárias e aos respetivos líderes efetivos ou putativos. Este ano já tivemos presidenciais e autárquicas.  Cada uma no seu tempo e respetivo modo. Bastava-nos! No tempo próprio viriam as legislativas.

Agora já “anda tudo aí de rabo alçado”, a mandar vir uns com os outros. Até, internamente, alguns partidos são verdadeiros “sacos de gatos”!

Gatos. Foto Original. 2021.10.28.jpg

E, a propósito de gatos, ilustro com foto recente, dos gatinhos do meu quintal que, por enquanto, se dão mui bem.

Também continuo sem saber se são gatos, se gatas, se gato e gata! Eles ou elas que se amanhem!

Tenho dito! A Saúde é que nos move.

A chuva já chegou. Está cá desde sexta, dia vinte e nove.

Dos Marmelos, já se foi o Verão.

Falta o  do Martinho: Santo ou São?!

 

Eleições Autárquicas 2021 - Rescaldo

Inclusão e Tolerância!

Despedidas de Verão. Foto Original. 2021.09.19.jpg

No rescaldo das Eleições Autárquicas 2021, quero felicitar todos os envolvidos neste processo eleitoral. Não só os eleitos, mas todos os participantes nesta orgânica que englobou todo o País. (Bem sei que a grandessíssima maioria, se não a totalidade, é paga para o exercício dessas funções. Trabalhar pro bono acabou nos tempos de utopia, pós 25 de Abril de 74!)

Em primeiríssimo lugar, os cidadãos que votaram, exercendo o seu direito de cidadania, também obrigação. Mais deveriam ter votado. A abstenção foi muito elevada.

Dar os parabéns a quem foi eleito para o exercício de funções autárquicas.

Estas eleições são as que aproximam mais os cidadãos dos órgãos de soberania. Em todas as candidaturas conhecemos pessoas. Uns são nossos amigos, colegas de infância e adolescência, colegas de trabalho, outras pessoas com quem trabalhamos, vizinhos. Alguns familiares. Em todas as listas estamos ligados a alguém por laços de afinidades eletivas.

 

Choca-me a linguagem por vezes utilizada, o recurso a chavões, como “ganhar”, “perder”, “ganhou contra”, “contra tudo e todos”, derrota, vitória… a euforia, lógica e natural, mas exagerada, tantas vezes.

Figueiras da Índia. Foto original. 2021.05.24.jpg

Deve ser utilizada linguagem, promovidas atitudes e comportamentos mais inclusivos, mais tolerantes, mais positivos.

Quem foi eleito, foi-o para “servir” as populações que os elegeram, os territórios em que estão inseridos, sejam freguesias, concelhos, regiões.

Devem trabalhar em conjunto, e não uns contra os outros, para alcançarem objetivos que valorizem as comunidades na sua globalidade.

Servir e não servir-se! Gerir a autarquia, porque de um cargo de gestão se trata, sempre para melhorar.

Não conflituar desnecessariamente.

Quando há mudanças nos “gestores”, não deitar abaixo tudo o que os anteriores fizeram, só porque não. Dar continuidade ao que está começado ou a meio.

Não “fazer obra” só por fazer. Muitas obras devem ser intermunicipais, regionais.

Não é cada concelho ou freguesia querer um estádio de futebol emblemático para cada um, um centro cultural em cada sede de concelho. Muitos destes benefícios, que o são à partida e teoricamente, depois passam o tempo “às moscas”, mas sempre com os inerentes custos de manutenção, para além dos encargos financeiros da respetiva construção.

Rotundas nem se fala. Algumas perfeitamente supérfluas. Há sedes de concelho que é uma semeadura delas!

 

Houve algumas mudanças, umas esperadas, outras perfeitas surpresas. A comunicação social tem explorado bem o assunto. Para os meus lados, nas localidades a que estamos ligados, também houve de tudo.

 

Das nacionais, Lisboa foi talvez a maior surpresa. Mas continuo frisando que Portugal não é só Lisboa.

 

E o Interior, a que estou mais ligado afetivamente e que está mais desprotegido, também tem de ser olhado com outra visão.

Ao longo de vários postais tenho sugerido realizações, umas mais nacionais, outras mais regionais.

(P.S. - Fotos? Despedidas de Verão e Figueiras da Índia: metáforas)

 

Obrigado pela sua atenção.

Votos de muita saúde.

 

Eleições Autárquicas 2021 - Campanha(s)

Haja Paciência!

Grafiti Almada. Foto Original. 2019.07.13.jpg

Anda tudo numa grande azáfama, por aí.  Não haverá localidade deste nosso País em que não andem caravanas de candidatos a cargos e funções em freguesias, câmaras.

É bom sinal, que é uma forma de exercício da Democracia.

Mas… por outro lado, será apenas uma perceção minha, ou muito boa e santa gente anda por ali mais para ganhar protagonismo? Para dar nas vistas? Para eventuais e futuras benesses?!

Faz-me confusão que haja câmaras, com candidaturas até à dezena ou quase.

As promessas são mais que muitas. Anda por aí uma “bazuca” que é uma espécie de varinha de condão. Vai permitir fazer tudo e mais alguma coisa. De repente vão surgir verbas de todo o lado e vai-se construir tudo o desejado e pensado. Até os sonhos mais sonhados vão ser realidade a curto prazo.

Tanta publicidade. Tanta papelada. Tantos outdoors. Chamar-lhes ia antes “fora de portas”. Porque são um exagero. Não vejo necessidade de tanta poluição visual.

Costa Caparica. Foto original. 2020.08.24.jpg

Numa das minhas Cidades, “Cidade de Rio e de Mar”, para além desses fora de portas há uma quantidade de “outDores” anunciando “Obra” em todo e mais algum “buraco” que esteja espalhado pelo Concelho. Alguns desses “buracos” são monos que por ali estão, há dezenas de anos, englobando vários períodos de gestão autárquica.

Pois, em todos, caso ganhe determinada força política e candidata… “Vamos ter obra”! É só obrar!

E não gostando de ver tantos e tantos cartazes e outdoors, menos gosto ainda de ver cartazes rasgados ou grafitados. Pese embora eles possam ser realmente exagerados em quantidade e enormidade. Mas não devem ser destruídos.

E, sim, logo que acabe a campanha eleitoral, devem ser removidos o mais rápido que puderem. O que muita vez não acontece, que ficam por ali esquecidos.

Portalegre. Foto original. 2021.04.05.jpg

Noutra das minhas Cidades, “Cidade de Régio”, na 5ª feira ao final da manhã, deparei-me com uma caravana que subia a “Rua do Comércio”, mesmo ao cimo, para lá do Conservatório. Muita gente jovem, por sinal.

(Agora, muita juventude adere a algumas forças políticas, mais ligadas ao Poder. Dizem que é uma forma de se “aparelharem”. Dizem!)

Desviei-me. Segui pela “Rua da Paciência”. Sugestivo o nome!

Sobre a “Rua do Comércio”, é como quem diz. Que essa nomenclatura é para apenas uma parte dela e o comércio já se foi, há muito.

E não é de agora. Nem das últimas eleições. Foi um derivar do comércio para as proximidades da “Zona Industrial”. Decisões de há anos…Onde concentraram uma data de grandes superfícies.

Para os Senhores e Senhoras Candidatos/as, já deixei sugestões noutros postais.

Portalegre. Foto original. 2021.02.16.jpg

Por agora e por aqui me fico. Ficam as mensagens. Esperemos que os mensageiros as levem aos destinos certos!

Portalegre. Foto original. 2021.06.14.jpg

Obrigado pela sua atenção e votos de muita Saúde! 

Portalegre. Foto original. 2021.06.14.jpg

 

 

Covid, que não nos larga! Eleições Americanas.

Este postal continua a temática do anterior.

 

Foto Original. 2020. 04. jpg

 

Como agora faço, quando um postal se alonga, desdobro-o em dois.

Voltando ao país cuja decisão eleitoral se arrasta…

 

Estranho que o País, que deveria ser o mais avançado tecnologicamente, seja tão atrasado no processo eleitoral. Que pode demorar dias, até semanas, ou meses, para se saberem, definitivamente, os resultados eleitorais. É um modelo anacrónico, anquilosado e nada democrático, frise-se. Sujeito a muitas fraudes possíveis.

Para além de não ser uma eleição direta. Além do mais, o candidato mais votado, já aconteceu, não vir a ser o vencedor.

Praticamente, a eleição centra-se sempre em dois candidatos. E, neste ano, qual deles o melhor.

Obviamente, Biden merece a nossa simpatia, quanto mais não seja para não ficar aquele indivíduo novamente no poder. (Mas Biden é uma pessoa já com certa idade…)

Impressiona como é que num País com todos os recursos de que dispõe, tal fulano, Trump, possa ter sido presidente. Desejamos que saia!

Também impressiona que com tantos recursos haja tanta miséria, tantas clivagens sociais, tanto ódio, tanto racismo!

E os povos autóctones?! Segregados em guetos, quase extintos.

E tanto gastam em guerras e guerras que fomentam por todo o Mundo!

Não é que, com Biden, as coisas melhorem nestes aspetos, mas talvez melhorem noutros. (Mantem-se a mesma plutocracia, o mesmo conceito de nação imperialista.)

Todavia com o fulano que lá tem estado é que não, de todo!

 

E voltando à Covid…

 

Independentemente de tudo o que possam decidir no nosso Portugal ou no Mundo, também nos cabe a nós, a cada um de nós, cumprir o seu papel.

 

Tenho dito isso, aqui, por diversas vezes, como também tenho chamado a atenção para as discrepâncias nas decisões dos nossos dirigentes.

 

O que nós gostaríamos era que todos, mas todos os que mandam neste País, no Mundo, se concentrassem em encontrar um remédio, para este mal que aflige a todos.

A todos, sem excepção!

Se deixassem de tantas questiúnculas sem sentido e se concentrassem no fundamental: encontrar remédio para erradicar o corona!

 

Candidaturas à Presidência da República 2021

Entrevista de Drª Ana Gomes à RTP3, anteontem, 16 de setembro, 4ª feira.

Malva Rosa. 2019. 05. jpg

Algumas recomendações:

Precisa de preparar melhor a respetiva candidatura, estudando bem o correspondente programa.

Fez bem em apresentar-se de preto, temi que se vestisse com alguma cor, só para chocar. (O adereço dourado na blusa fica bem!)

Não atire para todo o lado, não se esqueça que é candidata a Presidente da República, de todos os Portugueses, mesmo dos monárquicos, queiram eles ou não e dos que não gostam de si, nem vão com a sua cara.

Falar da família dá sempre uma sensação de proximidade e de afeto. Mas não é preciso exagerar, nem se deixar resvalar para a pieguice. (Bem sabemos, todavia, que vive fase problemática na vida.)

Alguma calma e contenção, sem deixar de ser quem é, e de defender o que defende e realmente a motiva.

Quanto às diatribes ventureiras, o melhor é ignorar. Não entre em despiques desnecessários. Foque-se no essencial, deixe o acessório.

Esta recomendação é para todos os candidatos.

Para Sua Excelência, o Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, que toda a gente sabe que será candidato, pelos vistos, apenas o próprio ainda não sabe, para o Senhor Professor, dispensam-se recomendações deste tipo. Pois que, Sua Excelência, sabe mais que o Mestre da Música, enrola todos os candidatos e vai efetivamente recandidatar-se e desempenhar novo mandato.

E boa sorte! E muita saúde, para todos. Candidatos e todos os Portugueses e Portuguesas, já se vê!

*******

P. S. - A foto?! Uma Malva Rosa. O seu partido diz-se que é o da Rosa. Como ele não a vai apoiar, nem oferecer-lhe essa flor e nós também não podemos fazê-lo, oferecemos-lhe uma Malva Rosa. Que também é uma flor bem bonita!

Politica-eleicoes-e-algumas-questoes

Eleicoes-presidenciais-o-obvio

Elogios post mortem

Foto Original. 2017.jpg

 

Elogios Fúnebres!

(Eleições!)

Hoje, 2ª feira, sete de Outubro, efetivadas as eleições ontem, domingo, e com algum tempo, retorno ao blogue e com algumas das minhas questões pertinentes, perguntas impertinentes.

Face ao falecimento do Professor Doutor Freitas do Amaral, alvo dos mais variados e praticamente unânimes elogios, provenientes das mais diversas origens, alguns de personagens que foram seus detratores em vida, ele que fora sujeito aos mais diversos ódios, alguns de estimação, inclusive de entre os seus correligionários…

Ocorre-me questionar:

- À partida essa atitude elogiosa será inteiramente merecida, não ponho sequer essa situação em dúvida, todavia e para o próprio que já cá não está, de que vale toda essa consideração?

- Não teria sido preferível que tivesse sido feita em vida?

- Para quê a forma como os seres humanos se destratam em vida, com tanto ódio e rancor, por vezes de forma desadequada e caprichosa, mas que deixa marcas nas pessoas em quem são projetadas essas atitudes odiosas?!

- Que sentido faz a Humanidade, nos mais diversos contextos, odiar-se tanto?!

E volto ao início. Para os próprios, após o falecimento, nem lhes adianta nem atrasa. Só, eventualmente (!) se esses elogios vierem a servir numa Outra Vida! Só, talvez nesse caso…

Para os familiares que cá ficam esse reconhecimento poderá trazer algum consolo, ainda que tardio.

E termino, com votos de pesar à Família e ao falecido, que “Descanse em Paz”!

*******

E já que houve eleições ontem, cujos resultados alguns esperados, outros surpresas, a abstenção por demais elevada, caso para refletirem… populismos radicais à mistura.

E futuros acordos?! Bom senso por parte do PS, recomenda-se! Que não inventem uma “Paningonça”, que ainda teremos cães a comer nos restaurantes, de faca e garfo!

 

Eleições Presidenciais! O Óbvio e o menos Óbvio.

Ainda volto a escrever sobre as Eleições Presidenciais.

 

Que não são a mesma coisa que as Legislativas. Óbvio!

 

Que não apreciei especialmente a forma com a campanha decorreu, já o explicitei noutros posts.

 

Se fiquei contente com o resultado? Não!

Se era o que esperava? De algum modo, receava que fosse este o resultado. Por isso, agi de forma a opor-me a essa hipótese.

Inclusive no blogue. Que as “entidades” deveriam ler. E refletir! (Manias... Megalomanias?! Ou bizarrias?!)

 

Se tinha alguma esperança que houvesse 2ª volta? Apesar de observar como se encaminhava a campanha e nenhum dos candidatos, enquadrados no âmbito da designada “esquerda”, ter desistido para concentrar votos em apenas um deles, tinha, embora cada vez mais remota, esperança de haver ainda uma 2ª volta.

 

Se a estratégia desses partidos foi boa? Os resultados falam por si!

 

Destas eleições retiro algumas ilações. Umas mais sisudas, outras mais irónicas.

 

Com tanta abstenção, apesar de menor que noutras edições, e dado tratar-se da eleição para a Presidência da República, talvez possamos concluir que o nosso Povo é essencialmente monárquico. Sente a falta de um Rei. Se atentarmos que até um Jornal refere que “Marcelo foi coroado!”, então definitivamente essa é a forma de governação preferida.

 

Dos resultados, alguns recados:

 

Para o P. S., e concernente estrutura diretiva.

Não entendi a respetiva estratégia, se estratégia tiver havido, de não apoiar nenhum candidato diretamente. Terão preferido o Professor Marcelo?

 

Para o P.C.P.

Face ao resultado obtido pelo respetivo candidato, é preciso explicitar algum recado?!

Lembrar que selaram compromisso com a governação atual. Será necessário andarem sempre a colocar se... se... se(s) nesse compromisso?!

Lembramos que o País precisa de Estabilidade. E Dignidade, nacional e internacional!

 

Para o Bloco de Esquerda

Conquistou bastantes votos. Não perdeu eleitorado. Protagonizou outra figura mediática, ganhou notoriedade. Sinceramente surpreendeu-me, pela positiva. Está de parabéns, muito especialmente, a candidata Marisa Matias.

Mas é preciso não engalanarem em arco.

Lembrar também que selaram acordo com o Governo atual. E, repito, o País precisa de Estabilidade e Dignidade.

 

Para estes três Partidos, até o nome é significativo e significante: partidos; lembro a parábola do “Pai, os Filhos e o Feixe de Vimes”. Conhecem essa parábola? Não conhecem?! Procurem por “Parábola dos sete vimes” e irão certamente encontrar, que eu, desta vez, não vos irei facilitar a vida... É do escritor Trindade Coelho!

Lede! E refleti!

 

vimes in. firmepedra.blogspot.com

 

Quanto ao futuro Presidente da República, expressou-se num discurso apelativo e claro, que é quase de uma tomada de posse. Nele explanou os fundamentais valores e princípios, metodologias e linhas mestras da sua futura ação presidencial.

Gostei de ouvir dizer que vai ser o “Presidente de todas as Portuguesas e de todos os Portugueses”, mas isso penso que todos os anteriores Presidentes se terão posicionado no mesmo sentido.

Exprimiu mais um conjunto de ideias sobre o seu papel presidencial. Que também achei relevantes.

Mas do que gostei muito especialmente de ouvir, proferido da sua boca, foi que “O Povo é quem mais ordena!” Por momentos julguei que iríamos escutar os acordes da célebre canção... E, este dito, não sendo, à partida, esperado, é peculiar de Professor Marcelo. Surpreender o auditório com o inesperado e pouco plausível. E um nítido piscar do olho esquerdo, ou não fora ele “a esquerda da direita”, não acham?!

A ver vamos! Nunca se sabe...

E merece, também, os nossos parabéns, ou não?! Claro que merece! E fica sempre bem parabenizar os vencedores. Nunca se sabe...

 

E as eminências pardas, recentemente desempossadas da governação, na matriz ideológico-partidária de Marcelo, não seus apoiantes, mas apoiantes... Que será feito dessas ilustres personagens?!

Pois, aguardam o(s) momento(s) oportuno(s)!

 

E de Sampaio da Nóvoa?! Pois, também lhe manifesto os meus parabéns, pois conseguiu subir a votação mais do que o esperado e não tendo também nenhum apoio partidário. Pena não ter conseguido forçar uma 2ª volta. No meu ponto de vista, erro tático e estratégico dos três partidos da “parábola dos sete vimes”!

Mas, como ele referiu, a sua candidatura esgotou-se, terminou ali, presumo que no seu discurso de encerramento. De que também gostei. Simples. E gostei muito de o ouvir a agradecer a todos os seus apoiantes. Mas isto também é óbvio, não?!

 

E, com esta tirada de óbvio ou menos óbvio, encerro esta narrativa! Que ainda gostaria de escrever sobre a série alemã. Nem que seja só para publicar amanhã. Até rima, ainda que pobre(mente)!

 

 

Eleições Presidenciais - 2016 - II

Aos Excelentíssimos Senhores Candidatos à Presidência da República Portuguesa!

presidenciais in. rtp.pt.jpg

Eu presumo que todos os Senhores Candidatos tenham lido a Constituição da República Portuguesa, antes de terem decidido candidatar-se.

Todavia, e por via de eventuais dúvidas, anexo alguns links sobre a Presidência da República.

 

Título II 

 

Presidente da República

 

Capítulo I - Estatuto e Eleição

 

Artº 120º - Definição 

 

E ainda

 

Capítulo II - Competência

 

Artº 133º

 E artigos seguintes...

 

NOTA FINAL: A candidatura à Presidência da República não é propriamente uma candidatura à presidência de um qualquer clube de futebol!

 

bola futebol in. youtube.com png

 

 

Política – Eleições – e Algumas Questões Pertinentes

Educação... E não só!

 

Escola pública in. pt.wikipedia.org.jpg

 

Pontos Prévios:

 

0 – Volto a interromper a divulgação dos Poemas da XIII Antologia do C.N.A.P., para expor alguns aspetos sobre outras temáticas.

Também penso ainda voltar às Séries. Que até me informaram que se iniciou “Guerra e Paz”!

 

1 - Já que me debrucei em dois posts sobre questões de política, numa perspetiva “tout court”, isto é, no sentido imediato do termo, não vou deixar de continuar a debruçar-me sobre alguns temas que me despertem mais a atenção, quando achar conveniente. A não ser que me desiluda completamente…

Friso e repito, que essa é uma forma de expressão da Liberdade, que a Democracia nos deu e que a Internet permite exercer num contexto alargado.

 

2 - Esta nova Governação, bem como a nova Legislatura, dada a sua novidade formal, trouxera-me algumas esperanças, quiçá ilusões, que alguma coisa mudasse em termos de conteúdo.

Mas o que tenho observado, nomeadamente na Educação, deixa-me algumas perplexidades.

 

3 - Será que algum dos candidatos a próximo Presidente da República conseguirá pôr cobro a esta situação que é a de nos mais diversos campos e muito especificamente na Educação a legislação estar sempre a mudar?! Será?!

 

4 - Mudou o Governo, mudou bastante o enquadramento político partidário que sustenta esta governação, criou-se até um suporte governativo inédito em Portugal, algo que se suponha ser impensável, todavia, as metodologias, as estratégias governativas não mudaram nada.

 

5 - Mal tomou posse, este Governo logo tratou de alterar as Políticas legislativas onde mal tinham começado, especialmente na Educação. Onde era preciso haver alguma estabilidade, dado que o ano letivo já havia arrancado, em Setembro, quando o Governo tomou posse bem mais tarde, assim como a entrada em funcionamento da nova Assembleia da República.

Além de que o Ano Letivo começa a ser preparado pelos principais Agentes Educativos, bem antes de começar. Em muitos aspetos, de um ano letivo para o outro.

E as eleições para a Assembleia da República foram só a 4 De Outubro!

Mas não, mal se iniciou esta Legislatura e este Governo tomou posse trataram logo de alterar questões fundamentais como seja a da Avaliação.

 

Questão principal:

 

- Não teria sido possível manter o que estava em funcionamento, deixar correr o ano letivo normalmente, ir fazendo análises e auscultações periódicas sobre o que eventualmente se pensasse mudar, no final fazer uma avaliação global e parcelar sobre os aspetos considerados críticos, e decidir então se haveria mudanças ou não e, caso fosse necessário mudar global ou parcialmente, implementar essas mudanças apenas no próximo ano letivo (2016/2017)?!

 

 

Algumas Inferências:

- Se há algo que tem sido pernicioso ao longo destes quarenta anos de Democracia e concretamente na Educação, têm sido as constantes mudanças que têm havido. Muda o governo, muda a legislação, mudam completamente os procedimentos, mesmo já tendo o ano letivo começado.

 

- Não há uma coerência estruturante na Educação. Não há um Projeto Educativo consistente, não há um pensar global sobre a Educação, se se pretende uma Escola Pública de qualidade, se o Ensino Privado deve ou não continuar a ser financiado pelo Estado, qual o modelo de Avaliação a implementar… (…)

 

Escola primária in pt.wikipedia.org.jpg

 

E, já agora, gostaria de levantar outras Questões.

 

- Será que os Exames fazem assim tanto “mal” aos alunos? Provas escritas, provas orais são assim tão traumatizantes?! Não serão também formas de aprender, de aprender a agir, de agir num contexto específico, sem dúvida alguma mais rigoroso do que é habitual numa sala de aula… Mas não será também essa uma outra forma de aprender, nomeadamente a saber estar nesse contexto específico de maior rigor e exigência?!

 

- A exigência e o rigor serão prejudiciais ao desenvolvimento, ao crescimento harmónico, dos jovens alunos?! Ao longo da Vida nunca irão vivenciar situações de stresse semelhantes ou muito mais desafiantes até, do que aquelas que se vivem numa sala de exames?

 

- Rigor e exigência promovem a desigualdade?

 

- O trabalho mata os Cidadãos?

 

Futuramente, voltarei ainda, talvez noutro dia, novamente a mais algumas proposições ou questões sobre Educação. Talvez…

 

Mas agora quero deixar mais algumas questões de âmbito mais alargado:

 

1 – Continua a fazer sentido persistir em “dividir”, este País tão pequeno, em “Esquerdas” e “Direitas”, como se não fossemos todos Cidadãos Nacionais de pleno Direito?!

2 – E insistir em criar e executar políticas sempre sob este prisma reducionista, de divisão, de malquerenças e equívocos?!

 

3 – Não haverão questões, situações, de tal ordem importantes que justifiquem uma abordagem nacional, independentemente de divisões e questiúnculas político-partidárias, que justifiquem “um sentar à mesa” de Pessoas capazes e avalizadas para a resolução de problemas globais e nacionais?!

 

Se os nossos políticos não reparam, nem quando andam de feira em feira, de mercado em mercado, sugiro que observem o estado calamitoso em que estão os cascos antigos de muitas das nossas Cidades, Vilas e Aldeias.

Chalet Cova Piedade Foto original de DAPL 2014.jpg

 

É só passearem-se, com olhos de ver, e repararem como se encontram muitos dos bairros antigos e zonas emblemáticas das nossas povoações.

A começar pela Capital!

 

Praça da Figueira Lisboa Photo original FMCL 2015 .jpg

 

Este é um campo que deveria ser um desígnio nacional!

Recuperar e investir nas zonas antigas das nossas povoações!

E este seria um trabalho sem fim que envolveria Todos, a todos os níveis.

Lisboa Avenidas Novas Foto original de FMCL 2015 .jpg

 

Voltarei a este assunto?!

 

 

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