Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Se Entidades do Setor Florestal defendem que a Central do Pego seja “reconvertida” para produzir energia elétrica, como fazia, mas a partir da biomassa, é porque certamente será exequível essa mudança.
Lembramos que a Central do Pego produzia energia elétrica, a partir do carvão. Modalidade de produção de energia que foi suspensa em Portugal, como noutros países europeus, por ser altamente poluente. O que é verdade. Já bastará o que acontece em grande escala, nomeadamente na China, na Índia e em muitos outros países por esse mundo fora.
(Um pormenor ou pormaior(?) histórico. A China cuja grande industrialização praticamente atingiu o boom no século XXI, utilizou como base energética o mesmo recurso fundamental que a Inglaterra, no século XVIII: o carvão. A matéria-prima que tinha mais disponível. Sem considerar os efeitos nefastos conhecidos nos países cujo arranque industrial foi muito anterior, nomeadamente na já referida Inglaterra.
A Humanidade parece aprender pouco com os erros do passado.
E ainda na China, agora uma Grande Potência, também parece ignorar os tempos imediatamente anteriores à eclosão da 2ª grande guerra mundial.
Isto, no referente às ações político-militares face por ex. a Hong Kong ou Taiwan.
Mas isto são pormenores, ou pormaiores(?), que me ocorrem.)
Voltando ao tema central. Concordo inteiramente que se reconverta essa Central para usar todo o potencial produtivo de material lenhoso, arbustivo, herbáceo, eu sei lá mais o quê, para obtenção de energia elétrica, a partir da biomassa.
Lembrar que o Pego fica precisamente a sul da região vulgarmente conhecida por “Zona do Pinhal”. Material de combustão, matéria-prima não faltará.
Podem faltar outros requisitos, que não sei.
Estudem bem o assunto. E criem, sim, Centrais de Produção de Energia, a partir da Biomassa.
Todavia, ter sempre atenção aos efeitos poluidores.
Haja saúde e menos fogos. E mais energia elétrica. E mais limpeza nas matas. Todas estas situações estão interrelacionadas.
Outros postais em que já abordei anteriormente este tema:
(Fotos?! - Todas do "Cabeço do Mouro", Cidade de Régio. Em toda a Serra, mesmo em todo o Alto Alentejo, também há imensa matéria prima para produção de energia através da biomassa. Implementem as Centrais, SFF!)
Será que as Hortas Urbanas têm alguma importância num contexto sócio-económico e cultural?!
Ou será que elas são apenas um escape para um segmento populacional mais ou menos desenraízado no contexto urbano ou suburbano em que se insere?!
Será que este modelo de intervenção cultural, de raízes campestres, mas intervindo num espaço citadino e urbano, será apenas passageiro? Reflexo de um tempo de crise e como tal associado a estratos populacionais mais desfavorecidos?
Mais questões poderão ser levantadas…
À partida, quero expressar que sou defensor da sua existência.
Mais, reforço que deverão ser incentivadas as pessoas interessadas nesta prática, apoiadas pelas instituições que o possam fazer, promovendo e definindo práticas de uso de terras camarárias para esta finalidade.
Nesta ação de cultivo de terrenos abandonados no espaço urbano, penso que ganham todos os intervenientes.
Ganham os agricultores urbanos, pois produzem alimentos para si próprios, para familiares e também amigos, pois normalmente quem amanha a terra tem esta característica de personalidade: o prazer de oferecer o que obteve da sua produção. O gosto da dádiva!
Em princípio, os produtos obtidos serão de melhor qualidade, dado que quem produz nestas situações gosta de ter algum cuidado no processo produtivo, evitando, ou pelo menos não exagerando, nos pesticidas.
Possibilita uma saudável ocupação dos tempos livres, de forma construtiva, em contacto com a natureza.
Promove também a interação, o convívio entre os vários participantes nestas tarefas, que muitas vezes se ajudam entre si e com as respetivas famílias.
Ganha a Sociedade globalmente.
Os terrenos são limpos de mato e sujidade, evitando o abandono, a negligência, sem que para isso as entidades autárquicas tenham que intervir.
Evitam-se e previnem-se hipotéticos fogos.
Favorece-se a infiltração das águas pluviais, retendo-as, deste modo não escorrendo tão repentinamente quando chove e infiltrando-se o líquido nos solos. Abastece os aquíferos e evita também a erosão.
Diminui-se o circuito de distribuição e todo o gasto energético inerente, pois produtor e consumidor estão no mesmo elo da cadeia produtiva.
Mas o comércio também ganha com esta prática, com esta moda, digamos.
Nas grandes cadeias de supermercados prolifera periodicamente toda a gama de artigos necessários a estas atividades. Desde as sementes e plantas até aos sistemas de rega e recolha da produção, numa parafernália imensa de objetos mais ou menos engenhosos, de modo a ajudar, facilitar e promover a ação do agro urbano.
E algo que normalmente não valorizamos devidamente. Com o plantio de árvores, arbustos e hortícolas, há uma permanente produção de oxigénio, que nos é indispensável à vida.
São um modelo de intervenção cívica, num contexto de urbes em que, muitas vezes, os laços de Cidadania se foram perdendo.
São uma forma de ocupar as pessoas construtivamente, sabendo nós que o trabalho é uma excelente forma de terapia. E que faz imensa falta a muito boa gente que vegeta por aí sem fazer nem querer fazer nada de construtivo!
E qual o papel que as entidades autárquicas ou outras podem desempenhar?
Como? Disponibilizando terrenos, água, conhecimentos, informação… E, porque não, também formação?!
Criando feiras e/ou locais de venda, facilitando o escoamento da produção, que poderá ser excedentária.
Uma outra forma de promover, divulgar e incentivar seria organizando uma espécie de Concurso entre produtores e respetivas hortas, como se faz noutros ramos de atividade. Algo que teria que ser bem estruturado, auscultando previamente os possíveis interessados.
E outras Entidades como poderão intervir?!
Por ex. Escolas.
As Hortas que visitámos situam-se a norte da Escola Secundária António Gedeão, confinando com a mesma.
Será que na Escola não poderiam ou não serão até já desenvolvidas atividades de intercâmbio?! Visitas de estudo, workshops, troca, partilha de conhecimentos e saberes. Estruturação de ações no âmbito de disciplinas ligadas à Natureza: Ciências Naturais, Geografia?! Ou integradas no contexto da Cidadania: Formação Cívica, Educação para a Cidadania?! Ou outras...
Ou atividades interdisciplinares. Trabalhos de Projeto, por ex.
Note-se que não sei se atualmente ainda existem as Disciplinas mencionadas!
Nas hortas visitadas criaram, nas “divisões/partilhas” de terrenos, um caminho entre sebes de canas entrançadas, que servem de divisórias. Pois esse caminho pedonal é utilizado diariamente por estudantes na ida e vinda das atividade escolares.
Mas e para finalizar.
Realce-se que, embora a intervenção de outras entidades possa ser importante, este movimento tem muito de espontâneo e autónomo! Pelo que convirá ter sempre essa característica em conta nas atitudes e intervenções hipoteticamente a serem feitas!
"GÁS DE XISTO GARANTE SUPREMACIA ECONÓMICA DOS EUA DURANTE AS PRÓXIMAS DÉCADAS"
In: greensavers.sapo.pt/. ---- 15/11/2013
Foto: Beyond Coal and Gas, sob licença Creative Commons.
Como é possível, os poderes instituídos continuarem a insistir e a "vender-nos" a ideia de que as energias fósseis são as mais baratas?!
Poderão sê-lo a curto prazo, mas a longo prazo são muito mais caras.
Observem-se os impactos que têm no Ambiente!
O Sol "nasce" todos os dias e fornece "energia limpa" à Terra, há milhões de anos. Diretamente na energia solar e indiretamente, por ex. na energia eólica e na energia das marés...
"Sol e Mar"
Foto de D.A.P.L. - 2015
O processamento de todos os resíduos produzidos pela sociedade de consumo, seja nos lixos domésticos ou nos resíduos florestais, devidamente (re)aproveitados permitiriam reduzir o consumo energético e produzir igualmente energia.
Entre outras alternativas...
Mas os poderes humanos instituídos insistem em "descobrir novas energias fósseis" altamente poluentes, com impactos imensamente destrutivos do meio ambiente, como é o caso da energia obtida a partir do "gás de xisto", a pretexto de que são "mais baratas"!
Foi o carvão no século XIX, na China ainda neste século; o petróleo no século XX e mais tarde o gás.
Agora, o Gás de Xisto!!!!
As alternativas limpas só são aparentemente mais caras e apenas a curto prazo.
Se os Poderes Financeiros e Económicos, que tutelam, de facto, os Poderes Políticos, quisessem investir nelas, a todos os níveis, nomeadamente no plano científico e tecnológico, tornar-se-iam mais baratas e de melhores efeitos para a Humanidade e para o Ambiente!
Mas não, preferem continuar a investir no que lhes é rentável de imediato, pouco se preocupando com os outros Seres Humanos...
Precisam-se outros Poderes Políticos que tenham efetivamente poder sobre os Poderes Financeiros e Económicos!
Também no Canal 2 (RTP2) passa uma série imperdível, embora num horário demasiado tardio: 23h 30’, de 3ª a 5ª feira!
Mas a série não é excepcional. É excepcionalíssima.
Refiro-me a “COSMOS – Odisseia no Espaço.”
É uma 2ª edição desta série científica, cuja 1ª edição ocorrera na década de oitenta e fora realizada e conduzida por Carl Sagan, coadjuvado pela sua mulher, Ann Druyan.
Já nessa edição ficara encantado com a temática abordada e a apresentação pelo cientista de assuntos à partida complexos, mas que ele nos revelava de forma tão simples e extraordinariamente apelativa.
Na altura, década de 80, também li o livro “COSMOS”, em edição da Gradiva / Bolso.
Esta 2ª edição da série não fica nada atrás da primeira. É também magistralmente conduzida, agora pelo astro físico norte-americano Neil deGrasse Tyson.
Também numa forma simples e extraordinariamente cativante dá-nos a conhecer ou chama-nos a atenção para problemas ou situações científicas ou não que, à partida, poderiam ser complexas, ainda que parcialmente possamos ter algum conhecimento sobre elas, mas que nos prendem ao écran, de modo a ficarmos a conhecer ou reconhecer o Mundo em que vivemos e a sabermos mais sobre ele e compreendermos melhor a realidade que nos rodeia.
Sim, porque a Ciência e os problemas científicos fazem parte do nosso dia-a-dia!
E é essa a magistral lição destes programas, mostrar-nos o modo como a Ciência, os cientistas e as suas decisões e principalmente de quem financia a Ciência, determinam o funcionamento das nossas sociedades!
Não posso esquecer o destaque que deu, num dos episódios da semana passada, aos problemas energéticos. Como não faz sentido que a Humanidade continue a utilizar os combustíveis fósseis como fontes de energia, quando o Sol todos os dias ilumina, aquece e põe em funcionamento a Vida na Terra, libertando energia limpa que o Homem não aproveita e que era suficiente para desenvolver todas as atividades em que dela precisamos. E o realce à destruição do homem sobre o seu próprio habitat, com a crescente e incontrolável produção de dióxido de carbono, que num futuro poderá levar à sua própria auto - destruição.
E como as ideias e descobertas dos cientistas nem sempre são compreendidas e aceites à primeira… Às vezes nem no próprio meio científico.
Ocasionalmente, as rivalidades absurdas entre alguns cientistas!
E como os interesses económicos, o imediatismo na obtenção de proveitos financeiros e a cupidez humana condicionam e limitam o progresso da Ciência e da Vida Humana.
E… E….
Pois! É uma série a não perder!
Mas devia ser apresentada num horário menos tardio, talvez até noutros dias da semana, de modo a que fosse acessível, nomeadamente a jovens e estudantes, de qualquer Área, pois as temáticas embora importantes para todas as pessoas, são de especial realce para quem estuda.
Fontes de recolha das imagens:
natgeotv.com/pt/cosmos - national geographic channel