Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Ainda se lembra?! Tanta ocorrência nestes oito dias, que nem damos pelo tempo a passar.
E o que aconteceu de especial nesse dia 5 de Abril?
Pois, entre outros factos, iniciou-se a 2ª fase deste desconfinamento. Já nem damos por isso…
Mas acontecendo várias aberturas ao confinamento, a que estávamos sujeitos, uma que parece ser do agrado de muito boa e santa gente: A reabertura das esplanadas! E foi, e é, vê-las. Quem pode e gosta, não perde nem tempo nem espaço. O pessoal andava ansioso por se amesendar. Sequioso de umas cervejolas, sedento de saborear um cafezinho, uma bica ou um cimbalino, que é tudo o mesmo, dependendo do lugar. Desejoso de umas conversas com amigalhaços, de trocar dedos de prosa com conhecidos e familiares, afastados há tempos. Bem, elas aí estão. Abertas! Mas, acautelemo-nos, que o Corona anda por aí.
Nesse dia, melhor, no início da tarde, resolvemos fazer um passeio, uma caminhada que tinha de ser feita antes do Verão. (Explicarei porquê.) E, neste início de Primavera, o tempo estava mesmo bom!
Seguindo na direção do Boi D’Água, percorrendo parte do trilho pedestre da “Fonte dos Amores” e do “Salão Frio”, subimos diretos ao Miradouro, por um “caminho de cabras”, usado também pelo pessoal dos BTT, que poderão, eventualmente, ser um perigo nestas situações.
Atingido facilmente o Miradouro, aonde pontificavam vários "mirantes", serão assim nomeados os sujeitos que, nos miradouros, miram a paisagem?! Os sobreiros estavam limpos, alguns cortados, não sei sob que critério…
Seguimos pela Estrada da Serra, diretos à Quinta da Saúde, ao Centro Vicentino da Serra. Aí chegados, cortámos na direção do Cabeço do Mouro, deixando, mais uma vez, o trilho pedestre assinalado.
Pois… tem toda a razão, Caro/a Leitor/a, ainda não disse em que localidade se processou esta caminhada.
Sim… é na Cidade de Régio, como facilmente pensou. Em Portalegre, Cidade…
O Cabeço do Mouro é uma pequena povoação, bem localizada na Serra, com vista privilegiada para a Cidade, para Marvão, para São Mamede, num espaço territorial planáltico, de boas terras e suponho de melhores águas.
Daí, chegámos ao “Cabeço das antenas”, que dominam todo o espaço territorial, vários quilómetros em redor. O nosso objetivo. E o consequente: descer essa encosta da Serra, relativamente íngreme, mais uma vez por caminhos de cabras e de BTTs, e chegar ao Boi D’Água, de onde havíamos iniciado. Fizemos não uma tapada, como diria meu saudoso Pai, mas um tapadão!
O caminho serpenteia em esses, pela encosta. Os terrenos, uns matagais. Árvores autóctones: sobreiros, azinheiras; arbustos com porte arbóreo, caso dos medronheiros; imensas giestas amarelas, floridíssimas, de cheiro acre característico; estevinhas brancas, estevas ou xaras; eu sei lá de vegetação herbácea, que a maioria não sei nome. Imensos, até por demais, pinheiros: bravos e mansos. A precisarem de um desbaste, corte radical, que, tantos milhares como são e no local onde estão, se tornam num perigo para todas as localidades, povoados e habitações próximas.
E esta é a principal razão, porque não queria efetuar esse passeio no Verão! Porque é um perigo!
A quem de direito: Urge mandá-los cortar, desbastar! Tanto pinheiral… O respetivo corte não renderá uma boa pipa de massa para os donos?!
E para quando criar, por esse País afora, centrais de produção de energia ou outras unidades industriais, que utilizem toda a biomassa obtida com a limpeza de terrenos, matas e matagais?!
(Será conveniente re-industrializar o País, respeitando o Ambiente. Difícil?!)
Adiante…
Quis escrever sobre um passeio pedestre, acessível a muito boa e santa gente, como alternativa ao amesendar nas esplanadas. Sem ofensa ou algo contra. Mas temos paisagens tão bonitas em redor das nossa Localidades, pelo País fora.
Aventure-se! Atreva-se!
(As fotos, originais, são de alguns dos locais referidos, mas não do dia a que me refiro. Quando puder, elaborarei postal com fotos específicas.
Se as utilizar, noutro contexto, faça favor de citar a origem!)
A preocupação com a continuidade na utilização das Centrais Nucleares, para mais obsoletas, como a de Almaraz, supostamente seria um tema que deveria “inundar” as redes sociais.
Mas não. Nem parece ser um tema preocupante.
Mas é.
Daqui, modestamente, se apela às Entidades Governativas em Espanha que providenciem no sentido da desativação, com os necessários requisitos de segurança, da referida Central Nuclear.
É imperioso e urgente que o façam!
Será que um País com tantas horas de Sol não deverá, cada vez mais, promover a utilização dessa fonte energética inesgotável que é o Sol?!
E muitas outras Energias Alternativas podem ser utilizadas.
Não é a primeira vez que aqui, no blogue, me debruço sobre esta questão da substituição das energias poluentes por fontes de energia mais limpas.
É uma questão política, essencialmente. Só que é determinada por questões económicas e financeiras que lhe estão subjacentes e que a condicionam.
Quisessem os vários poderes instituídos e seria possível substituir cada vez mais as fontes energéticas poluentes e/ou perigosas, carvão, petróleo, nuclear, por outras mais limpas.
O SOL nasce todos os dias e fornece energia inesgotável, que não é aproveitada e que sendo, poderia facilmente prescindir-se da maioria das fontes energéticas poluentes e perigosas.
Alterar-se-ia muito a geoestratégia política e económica.
Uma estratégia financeira menos assente na obtenção do lucro fácil!
São possíveis outras fontes de energia, alternativas às fósseis, nomeadamente a solar, a eólica, a hídrica, a da biomassa, …
Já abordei este tema, em “Gás de Xisto”, a 08/05/15.
Também se apela ao Governo Português que não desista de pressionar os Governantes Espanhóis para que estes se comprometam na desativação da referida central.
É sua Obrigação Moral. Portugal não usa a energia nuclear. Uma razão acrescida para não estar sujeito às consequências nefastas das centrais nucleares espanholas.
Como vê, bem perto de Portugal e à beira do “nosso” Tejo. Qualquer contaminação, o Rio seria, desde logo, afetado. Que a poluição não conhece limites geográficos nem fronteiras.
"GÁS DE XISTO GARANTE SUPREMACIA ECONÓMICA DOS EUA DURANTE AS PRÓXIMAS DÉCADAS"
In: greensavers.sapo.pt/. ---- 15/11/2013
Foto: Beyond Coal and Gas, sob licença Creative Commons.
Como é possível, os poderes instituídos continuarem a insistir e a "vender-nos" a ideia de que as energias fósseis são as mais baratas?!
Poderão sê-lo a curto prazo, mas a longo prazo são muito mais caras.
Observem-se os impactos que têm no Ambiente!
O Sol "nasce" todos os dias e fornece "energia limpa" à Terra, há milhões de anos. Diretamente na energia solar e indiretamente, por ex. na energia eólica e na energia das marés...
"Sol e Mar"
Foto de D.A.P.L. - 2015
O processamento de todos os resíduos produzidos pela sociedade de consumo, seja nos lixos domésticos ou nos resíduos florestais, devidamente (re)aproveitados permitiriam reduzir o consumo energético e produzir igualmente energia.
Entre outras alternativas...
Mas os poderes humanos instituídos insistem em "descobrir novas energias fósseis" altamente poluentes, com impactos imensamente destrutivos do meio ambiente, como é o caso da energia obtida a partir do "gás de xisto", a pretexto de que são "mais baratas"!
Foi o carvão no século XIX, na China ainda neste século; o petróleo no século XX e mais tarde o gás.
Agora, o Gás de Xisto!!!!
As alternativas limpas só são aparentemente mais caras e apenas a curto prazo.
Se os Poderes Financeiros e Económicos, que tutelam, de facto, os Poderes Políticos, quisessem investir nelas, a todos os níveis, nomeadamente no plano científico e tecnológico, tornar-se-iam mais baratas e de melhores efeitos para a Humanidade e para o Ambiente!
Mas não, preferem continuar a investir no que lhes é rentável de imediato, pouco se preocupando com os outros Seres Humanos...
Precisam-se outros Poderes Políticos que tenham efetivamente poder sobre os Poderes Financeiros e Económicos!