Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Vou iniciar este texto pelo que abordei no final do último post, frisando que a série continua ainda na 2ª Temporada, no episódio 11.
E sobre a dúvida com que ficáramos sobre quem teria sido morto, naquele duelo à sombra, entre paredes de edifício abandonado, e para que não fiquemos mais na expectativa, informamos que o nosso herói, Morey, matou a “assassina” contratada, Laura Hidalgo, em legítima defesa.
Grande frustração foi a de Serra, apesar de bem disfarçada.
Mas não durou muito esse disfarce que, Morey e Fran, através de um estratagema inteligente, confirmaram convincentemente as suspeitas, quase certezas, que já tinham.
Aliás, Hidalgo, antes do tiro de misericórdia, disparado por Morey, ainda teve tempo de avisá-lo que Serra era um traidor e que haveria de acabar com ele.
Confrontado com esta afirmação, Serra bem resfolegou, negando, que a agente os queria virar um contra o outro.
Constatamos que, de momento, e até novidades, dos agentes do CNI, em Ceuta, restam apenas os dois referidos. Se todas as instituições assim funcionassem era uma verdadeira razia.
No final do episódio, Serra, ao regressar a casa, para junto dos filhos e da mulher, teve mais uma visita de todo inesperada.
Na sequência da confirmação das suas suspeitas, Morey pespega-se-lhe na própria casa madrilena e irá confrontá-lo da sua traição e de se ter vendido aos franceses, perante a própria esposa.
Mas esta parte apenas veremos no episódio que será transmitido hoje.
A temática associada às ações do CNI foram um dos assuntos que estruturaram o desenrolar do enredo neste episódio.
Fixei o nome do chefão que “dá ordens” a Serra. Chama-se Robledo.
Neste contexto e enquadramento, constatamos que Morey na sua ação, apenas pode verdadeiramente contar com Fran, que lhe reafirmou o seu apoio, para além de Fátima, esta em permanente perigo, já que vive no covil do lobo, o seu marido Khaled. (Perdoem-me os lobos esta analogia ancestral!)
No decurso do episódio, o nosso super agente resolveu recrutar mais uma colaboradora. A imprevisível Mati, que se tem revelado como uma leal e perspicaz investigadora, apesar daqueles comportamentos por vezes paralisantes.
Desde logo, e mal chegou à esquadra, pôs o colega Samy no devido lugar e confrontou Fran sobre as suas sonegações informativas.
Veremos no que vai dar a sua atuação.
Um dos fios condutores da narrativa, neste décimo primeiro episódio, só podia ter sido a busca das raparigas que acorreram à “chamada”, do jovem louro e ex cristão, Sérgio, convertido em islamita e renomeado Mohamed.
Nessa busca e antes que as moçoilas “viúvas” fossem retiradas de Tânger, em Marrocos e enviadas para a Síria, intervieram, em aliança estratégica, e diferentes campos de ação, personagens contraditórios.
Para além dos elementos da esquadra, Fran e Morey, também Serra, do CNI, que já sabemos se ter vendido e também Faruq, pois a sua irmã Nayat compunha o elenco de meninas destinadas a “servas”.
Uma cena, bem à americana, de que resultou a morte de vários sequestradores, a ameaça de morte a uma das meninas, por um dos que escapara ao tiroteio inicial, que quase paralisou os nossos agentes, mas que Morey e Fran, com a sua argúcia, e Faruq com o seu sentido de oportunidade, conseguiram neutralizar e mais um que enviaram para o cangalheiro, ou para as águas do Estreito, como é costume na região. Que tudo acaba em água salgada!
Destapado o rosto da menina, julgaríamos ser Nayat, e era outra rapariga!
Nayat também não estava entre as restantes. Nem Nasirah, que nunca apareceu.
À miúda caçula dos Ben Barek valeu a esperteza do cunhado Khaled, que já se apresentara com ela sã e salva à Família que ele tanto preza e que se lhe rendeu agradecidíssima. Enquanto os outros se digladiavam aos tiros com os sequestradores, apresentara-se ele, como salvador da menina, junto da sogra, cunhada e mulher.
Só esta percebeu o embuste e confirmou o que já sabe. Que Khaled é o xeque, chefe local da Akrab, em Ceuta.
O irmão, Faruq, no findar da refrega, receberia uma mensagem telemóvel, com a selfie de Nayat e Fátima.
Querem melhor modernidade?! Tudo à distância de um clique!!
Também este sabe até demais quem é o cunhado, a ponto de lamentar que tivesse pugnado pelo casamento da irmã com tal personagem e estar a pensar, muito seriamente, em retirar a família toda para outro lugar, onde possam viver de forma mais segura e até aceitar a possível ajuda de Morey, com quem também se aliou tática e estrategicamente.
Aliás, Faruq alia-se com quem lhe convém!
Como todos os outros, diga-se!
E, queiramos ou não, falar de “El Príncipe” é também e sempre abordar a temática da droga.
Sabemos que Faruq, agora, é o rei do narcotráfico no Bairro.
Mas o primo, de nome Paco, tem mais ambições do que parece, não pretende apenas ser subchefe e braço destro de Faruq, destronando El Tripas.
Apareceu um novo personagem, julgo que chamado Paquito, que lhe veio pedir contas sobre os projetos que lhe haviam encomendado, que estão a abarrotar de coca… Apareceu El Tripas e, mal este se descuidou, estava com uns tirázios no buxo e estrebuchando no chão.
Esta cena foi presenciada pela cozinheira de Fátima, que, por esse facto, Paquito também a queria mandar para o outro mundo!
Discordando, Paco passou-lhe a ele a guia de embarque e Paquito haverá de ser enviado para as profundezas do mar, que será essa a ordem do chefe Faruq.
A este, Paco contou apenas uma parte da estória, o seu conto.
Que quem conta um conto…
Já retirado Paquito e apenas El Tripas estendido no chão, chamariam a polícia, acorrendo Fran, Mati e Morey, aos quais foi contada outra versão, ainda mais parcial e parcelar, da estória.
E ficaram os agentes investigando, tentando conjeturar sobre a nulidade do direito à reforma do adjunto de Faruq.
Que se cuide este ou também não terá direito a ela.
(Também não sabemos se esse pessoal desconta ou não para a Segurança Social!)
A cena foi também mais uma oportunidade para os criminosos passarem a perna aos policiais e para estes serem invetivados pela sua inoperância!
E este meu conto também fica por aqui, com muito ainda por contar.
Que pouco já falta para ser transmitido o 12º episódio!
No episódio de ontem, a trama central da narrativa situou-se na fusão/incorporação da firma “Sterling Cooper” na “MacCann – Eryckson”.
Situação que se foi desvendando no decurso do episódio. Inicialmente a partir de um aparente não pagamento da renda do espaço ocupado pela “Sterling”, que depois se veio a saber, advir de os diretores da “MacCann” quererem transferir os serviços da “Sterling” para os escritórios da “MacCann”. Este facto começou por ser apenas do conhecimento dos cinco sócios executivos, Roger, Don, Pete, Joan e um quinto que não consegui identificar.
Tudo se estava a passar em relativo segredo, mas segredos destes são “o segredo da abelha”! Várias reuniões entre os sócios, entre estes e os representantes da “MacCann”; Pete que contou a Peggy; Peggy que contou a outro elemento criativo e sempre a mesma recomendação “não é para dizer, nem ao cônjuge nem ao melhor amigo… só te digo a ti, que és de confiança e sei que a tua boca é um túmulo!” Que isto dos segredos é como no “Príncipe das Orelhas de Burro”. O barbeiro que cortava o cabelo ao Príncipe não conseguindo guardar o segredo, confiou-o a um buraco que escavou e tapou com terra. Onde veio a nascer um canavial. E, crescidas as canas, o vento ao nelas passar, assobiava… “o Príncipe tem orelhas de burro… ” E fazia eco… E todo o reino veio a saber.
Assim aconteceu na empresa de publicidade.
Incorporar uma empresa em outra maior, já com uma estrutura formada, equivalia a dizer que iria haver dispensa de pessoal, para além da deslocação dos serviços.
Uma verdadeira bomba!
Esse receio foi primeiro dos executivos, ao saberem da situação. Alguns não queriam ir para as instalações da nova empresa. Foram equacionando alternativas, inclusive mudarem com a firma para as instalações que tinham na Califórnia! No outro lado do Continente, imagine-se, tal era o receio de, ao fundirem-se com a empresa maior, eles próprios se extinguirem nela… De serem devorados! Engolidos!
Mas também nem todos queriam ir apanhar banhos de sol na Califórnia, nem podiam, que tinham as suas vidas em NY.
Peggy, que não é sócia, logo que soube do segredo, tratou de contratar um angariador de trabalho, para lhe arranjar outra colocação, pois supostamente também iria perder o seu posto, por que ela tanto lutara, abdicando inclusive das funções da maternidade. Tinha imensas qualidades e experiência e vontade de trabalhar… mas tinha um handicap, não era licenciada. E os empregadores começam desde logo a recrutar nas Universidades…
As secretárias negras, quando souberam, que entretanto tudo se foi sabendo, que o vento foi propagando o boato, questionavam-se como iriam elas para a nova empresa, se uma delas nem sequer era primeira secretária, era apenas a segunda, que a primeira era a moça loura, como convinha ao status sócio profissional da firma. Será que Draper a iria levar com ele?! E na nova empresa iriam aceitá-la, a ela que era negra?!
A loura também veio a saber dos cochichos e interpelou diretamente o chefe, Don Draper. E este tranquilizou-a, que a levaria com ele.
Nesta altura já houvera a reunião final com o diretor da Mac Cann. E o diretor criativo e sócio da firma, Draper, sabia que podia dar esperanças à menina, sua segunda secretária!
Para essa reunião final os cinco executivos prepararam-se devidamente, estudando toda a sua carteira de clientes, tendo feito contactos com as empresas com que poderiam contar caso decidissem “abalar” para Los Angeles. E Draper, macho alfa e cérebro criativo, preparara uma apresentação com cartazes elucidativos, contando com a sua eloquência e sagacidade para defenderem a autonomia da Sterling.
Mas o diretor da MacCann surpreendeu-os completamente, dizendo que nada do que eles estavam a pensar fazia sentido, que tudo não passara de um teste à capacidade de resiliência da “Sterling”, que eles haviam ultrapassado, que eles não se anulariam na fusão e apontou-lhes as cinco empresas multinacionais de que disporiam como clientes, com um vasto mercado de publicidade para explorarem. Ou seja, só ficariam a ganhar. “Venceram! Parem de se debater!”
Eis as empresas, todas de grande potencial: Buick, marca premium de automóveis, ligada à General Motors; a Ortho Pharmaceutical, a dos contracetivos; Nabisco, National Biscuit Company, a dos biscoitos; Coca-Cola, a da célebre bebida, que se as pessoas tivessem conhecimento de que é feita, que é um verdadeiro lixo, ninguém a bebia… mas para o consumo a nível mundial dessa beberagem, muito contribuíram estes “Homens Loucos ”.
E haveria uma quinta, mas ou ele não a disse ou eu não a percebi.
Aparentemente cada um dos executivos homens ficaria com uma destas clientes. E que clientes!
A hipotética quinta empresa foi mesmo omissa?
Joan também se queixou que ele não lhe atribuiu nenhuma empresa… propositadamente, por ela ser mulher e por não a irem levar a sério na nova empresa, a ela que tanto tinha lutado para se afirmar dentro da Sterling, para além de ser o mulherão que é, que enche as vistas de qualquer um. Mas ela queria também afirmar-se como profissional, o que já conseguira na Sterling, sendo nomeadamente sócia, estatuto que não queria perder, que não tinha apenas um belo corpo de mulher, mas também era cabeça pensante.
E pensando nisso tudo, os executivos realizaram uma reunião com todo o pessoal da “Sterling Cooper” aonde oficializaram o que já toda a gente sabia, que iriam mudar-se para a MacCann – Erickson e que a transição iria ser o mais suave possível!
Coube a Roger Sterling fazer esse anúncio oficial, para isso tem o sobrenome na firma.
Paralelamente ocorreram cenas das vidas particulares de alguns personagens.
Joan, de vento-em-popa com o novo namoro, ainda vai à terra dos faraós, a recriar Cleópatra, com o seu Marco António.
A ex-mulher de Pete, agora divorciado, não conseguiu colocar a filha de ambos num reputado colégio onde os filhos família do ex-marido haviam estudado há gerações. Socorreu-se de Pete, para irem à escola privada a saber do sucedido. E foi um desfile de atitudes “bem”, ares e maneiras finas e requintadas, desde o trajar ao linguajar, que terminou numa cena de cow-boys, à boa maneira americana, em que Pete socou o diretor. Um ajuste de contas que já dura há três séculos, desde os primeiros colonos americanos.
Ficámos também a saber, que ela, ex-esposa, o disse, que na sua qualidade de divorciada, era assediada das mais diversas maneiras, quando tratava de qualquer assunto e essa condição era exposta.
Sem comentários!
Que os assuntos abordados no enredo dão pano para mangas. Permitem-nos constatar e comparar como era o Mundo em que vivíamos há meio século e as mudanças e alterações que vivenciámos nos mais diversos aspetos.
Sobre essa constatação ainda quero elaborar um “post” sobre duas ocorrências vividas…
“Não é de um hotel que precisamos, em Fortitude. É de uma morgue maior!”, dissera Hildur, outra vez!
E eu acrescento.
Neste episódio e no seguinte, o que irão precisar é de um inseticida! De um potente inseticida!
E lá vamos nós à narração!
Após alguma indecisão de Dan, alguma é como quem diz, que o pedido de Henry foi formulado no episódio anterior, décimo, e cumulativamente interpôs-se o fim-de-semana, de modo que só ontem, 2ª feira, no episódio XI, é que se processou a intervenção de Dan.
Bem, de helicóptero chega-se rapidamente. E ao chegar, Dan, logo constatou a dimensão do desastre. Henry, estendido na neve gelada, um tiro na cabeça, vermelho de sangue a colorir o branco gelado.
Encostado à moto, Morton, afinal ainda não estava morto, apenas moribundo, eu é que julgara que ele morrera na 6ª feira. Mas não! Esteve todo o fim-de-semana para morrer, que sábados e domingos os serviços públicos estão encerrados. Morton, quase acabado, ainda esperava que o xerife chegasse, mas não quis que o levasse para ser socorrido, queria ficar já ali, que o glaciar é um sítio ideal para se encontrar a serenidade e a luz e com ela a morte, para mais com a garantia de se poder ficar congelado até à eternidade, ou até à próxima alteração climática!
Mas antes de partir, quis que Dan lhe contasse a verdade!
E Dan contou. Verdade nua e crua, trágica e cruel, para mais tendo ocorrido num dia sagrado. Num dia de Natal! E soubemos, através do relato para Morton, como tudo ocorrera, e que Dan sempre fora, de facto, o assassino de Billy Pettigrew. Que guardava esse crime na sua consciência também atormentada.
Não vou relatar os pormenores dos trágicos acontecimentos a esse assassinato associados. A foto apresentada, no post anterior, diz tudo.
Lembrar, só e apenas, que amor e ódio são duas faces da mesma moeda, que foi por amor a Elena, que Dan entregou a morte de urso, Billy, por quem o amor à sua amada se transformou em ódio a Billy, que a quisera possuir, agrilhoada à cabeceira da cama! Grilhão que serviu para acorrentar o geólogo ao poste do farolim, como isco para ursos tresloucados de fome.
“Confessa! Ou nunca terás Paz!” Lhe disse Morton, para que Dan fizesse.
Só depois, Morton morreu, suponho que em paz. Soube a verdade do que buscava, desde que chegara a Fortitude, que fora essa a sua razão de chegar. E, sabendo, já poderia partir!
Que partiria, o seu corpo, não para o Continente, que ele, como cidadão britânico, também é de uma ilha! A sua alma, essa terá ficado eternamente aprisionada no gelo do glaciar.
E Dan, após muitos avanços e recuos, conseguiu confessar a Elena, o que por várias vezes e em diversos episódios, ela lhe perguntara. Se fora ele que matara Billy.
Confessou e uma vez confessado, também ficou mais liberto para lhe confessar, ao seu jeito desajeitado, o seu amor, desde que Elena chegara a essas terras de fim de mundo gelado.
E depois de explicados os comos e os porquês, textos e contextos, de tudo o que e como e porquê se passou, Elena rematou à laia de conclusão:
“Estamos juntos, sozinhos!”
E haverá melhor definição para aquele amor?! Aguardemos o último episódio, que provavelmente, como é apanágio das séries, deixa tudo em aberto, para futuras temporadas. Estratégias de guionistas!
Voltando a Billy, morto logo no 1º episódio, mas cujo tema foi estruturando todo o enredo.
Nessa célebre, trágica e fatídica noite de Natal, ele, com os copos, desatara a língua com o russo Yuri, sobre o célebre tesouro escondido no glaciar. Centenas, milhares (?) de presas de mamute, aprisionadas no gelo! E, após a briga com Eric, para além de ficar com as ventas partidas, também perdeu o célebre documento cartografando o local de tão precioso e macabro achado! Documento que o russo apanhou.
Com base nele, Yuri, estudara as coordenadas do local e, neste episódio XI, com a ajuda de Max, resolveu assaltar o armazém onde se encontrava a broca para furar o gelo do glaciar, transportá-la no camião onde ela estava acondicionada e irem procurar o cemitério dos mamutes, para recolherem o marfim.
Consegui-lo-ão?!
Também só o saberemos no derradeiro episódio. Que Eric, apenas armado de rifle, também se dirigiu para o local onde eles se encontram, mas pensando que fora Jason que roubara a broca!
Que Jason, também já sabemos, está igualmente possuído por essa doença que atacou Liam, que matou Charlie Stoddart, o cientista; Liam que contaminou Margaret, a médica; que contagiou a filha, Shirley, que atacou a própria mãe. “Doença” que também terá contagiado e esventrado Ronnie, que estará escondido na cave da sua própria casa.
“Doença”, que tudo indica terá sido despoletada na sequência da descoberta macabra do mamute, que Ronnie e Jason esconderam num armazém, para onde Jason se foi refugiar novamente, obcecado por tão terrífico achado, que tantos dissabores trouxe à pacífica Fortitude. Antes tivesse ficado onde estava, ou tivessem tido o procedimento correto, dando a conhecer à comunidade científica, que até dispõem na ilha, que teria procedido com os formalismos adequados e exigidos nos protocolos próprios.
Mas a ganância, a ambição, a fome do dinheiro fácil, sobrepõem-se a tudo o mais!
E nisto ficamos. Jason agarrado ao mamute, após ter passado no laboratório e ter pregado um susto de morte a Natalie.
E a comunidade julgando que fora ele o autor do roubo da broca.
E pergunto eu. E Carrie não terá sido contaminada?!
No episódio apenas soubemos que ela, juntamente com Elena, foi visitar o amigo Liam. E que foram recebidas por Jules e que Frank também apareceria um pouco mais tarde.
E foram conversando todos, circunstancialmente!
E vamos para o excerto final desta narração.
A parte científica, que é o tema do enredo que ainda está por deslindar, uma vez que em princípio, os principais crimes estão esclarecidos.
Natalie e Vincent continuam nas suas investigações e centram-nas no cão do cientista, que, quando Vincent entrou na cozinha, onde estava o corpo de Charlie, reagiu muito agressivamente para Vincent. Que o cão poderia ter sido contaminado por aquilo que contaminou o dono.
Por acaso, ironia da sorte, ou perspicácia do guionista, o dito cujo estava para ser embalsamado, pelo já falado xamã, que não queria sê-lo, que era apenas embalsamador, conforme referiu a Henry.
E fazendo autópsia ao animal, inicial e aparentemente inconclusiva, mas graças à persistência de Natalie, acabou por ser descoberto um verme estranho no interior do tubo digestivo do cão.
O que seria? Como evoluiria?! Que o verme corresponderia a um estádio larvar de desenvolvimento de outro animal qualquer. E o que será?!
Não tardámos a saber de forma bem preocupante e arrepiante!
Os jovens cientistas decidiram avançar na investigação e partir para a pesquisa na própria médica, Drª Margaret, não sem antes se terem questionado sobre a ética de tal procedimento numa pessoa ainda viva!
E, foram!
Mas a evolução natural das coisas não se compadeceu com quaisquer procedimentos ou pruridos éticos ou não éticos.
Estando Vincent no compartimento isolado em que a Drª Margaret estava deitada, e começando a observá-la, foi ficando sem palavras, mudo de espanto, admirado e estarrecido com o que os seus olhos viam! Sem acreditar, nem dizer palavra.
E até nós, apesar de sabermos estar em ficção.
Do rosto, dos braços, do corpo, da senhora, formavam-se furúnculos, abriam-se pústulas, de onde brotavam dezenas, centenas de insetos voadores que encheram o compartimento.
De onde vinham tantos bichos?!
Lembremos que as zonas boreais, as planícies de tundra, no verão boreal, são infestadas por milhões e milhões de mosquitos que fazem a vida negra às renas.
E aquela bicharada toda terá ressuscitado do túmulo em que estivera trinta mil anos guardada no gelo do corpo dos mamutes? E, agora, subitamente tendo encontrado hospedeiro adequado, regressavam à vida, passados milénios?!
Aguardemos como irão proceder para extirpar tal ameaça.
Que Natalie ainda não havia entrado no compartimento isolado e providenciou a vinda de Dan, o xerife, que no exterior já observava aquele aterrador espetáculo.
E como exterminá-los sem eliminar também Vincent, encerrado também naquele contentor de morte?!
Quando vi a cena dos insetos a brotarem do corpo da médica, não pude deixar de me lembrar do filme “Allien – O Oitavo Passageiro”, quando aquele ser estranho brotara repentinamente do corpo do astronauta! Esse fora um viajante no Espaço!