FORTITUDE– Nova Série Europeia na RTP2
FORTITUDE
Episódio I - 2ª feira - 21/09/2015
Entrementes…
Rainha morta, Rainha posta, parafraseando o célebre provérbio!
Que isto das Séries é assim mesmo.
Terminada a excelente “Hospital Real”, a RTP2 aproveita o balanço e começa uma nova série europeia, esta britânica. Que eu por mim e fora eu a mandar, teria repetido o último episódio de “Hospital”. Mas a mania que tenho de fazer sugestões! Em saco roto…
Entretanto e voltando ao provérbio e à série galega, os reis e as rainhas continuarão a jogar a respetiva partida de xadrez, até próxima temporada.
Entretantos…
Fortitude é o nome de uma povoação, não sei se é real se é ficção, situada numa ilha do arquipélago Svalbard, Noruega, para além do Circulo Polar Ártico, uma pequena comunidade de 800 pessoas, onde, apesar da presença evidente de autoridades policiais e protagonistas no enredo, não há crimes, pelo menos de início.
Aí trabalha uma comunidade internacional, em diferentes contextos, que na série é também representada por atores de diversos países europeus e americanos. Tal terão sido as filmagens com tantas línguas e sotaques pelo meio, nos bastidores, que as falas no filme são em inglês, “english”, de Sua Magestade!
Continuando, que vou fazer uma breve síntese do que consegui apanhar do enredo, que não vi o episódio completo. Azares…
Mas, mais adiante neste texto, remeto para sites onde poderá ficar com um conhecimento mais global, isto se for do seu agrado antecipar-se ao conhecimento e às surpresas que as séries nos podem despertar, que quando não havia internet nos deixavam a semana na expetativa, quando elas eram semanais.
Comunidade mineira, onde a mina existente está em risco de ser encerrada.
Dois mineiros, um deles chama-se Jason, protagonistas do enredo, sentem-se receosos com tal facto. Paralelamente a filha do outro protagonista, juntamente com outra criança, Liam, descobriram o fóssil de um mamute, animal extinto há milhares de anos.
Tentam negociar com o cientista a venda do mamute, já que precisam de dinheiro, estando a mina em risco, mas isso não é possível, pois como sabemos há leis internacionais sobre os achados.
Que as há, há, mas veja-se o que se passa no Iraque e na Síria…
Paisagens soberbas e belíssimas, clima inóspito, mas um estilo de vida com comodidades e conforto, próprios de um universo em que durante meses, no Inverno, não há luz natural, que o sol fugiu para outros horizontes. Quando regressa, há um clima de exaltação “glethi”, estado de espírito que todas as comunidades de Povos do Norte, conhecem!
Nós, por cá, temos as nossas belas praias cheias de sol, que nem no Inverno nos abandona!
Retornando à série, esta tem uma qualidade técnica invejável, a música excecional, bem como a fotografia e luminosidade.
A criança, Liam, é filha de um casal inter-racial, sendo o marido afrobritânico e responsável pelo salvamento de pessoas em perigo na ilha, “serviço de busca e resgate”.
Que é algo que está a acontecer com alguma frequência, pois os ursos polares deram em atacar as pessoas. E foram as primeiras imagens deste episódio, um urso a comer um ser humano, que um fotógrafo tentou salvar!
Henry, um velho fotógrafo de ursos no seu ambiente natural, é também um dos protagonistas, padecendo de um cancro, em fim de vida, vivendo um pouco isolado da comunidade.
A doença aqui também é tema do enredo, ligação com a série “Hospital” e também as doenças infantis.
Liam, doente, com febres altas, chamada a médica da comunidade, esta supôs primeiramente ser papeira, doença contagiosa. Inclusive questionou a mãe, Jules Suter, sobre se pensavam ainda ter mais filhos e se o pai já tivera essa doença, pergunta que a deixou admirada. Não saberia os efeitos colaterais que a papeira pode provocar…
Posteriormente já falou em pólio, poliomelite.
As crianças também serão protagonistas importantes.
A doença também é preocupação relativamente aos animais, nomeadamente as alterações comportamentais que se verificam nos ursos e alterações fisiológicas nas renas.
Outro grupo de protagonistas são os cientistas que aí estão sediados numa base de investigação. À equipa já em funcionamento chega um novo elemento, para investigar em que medida um produto que percebi ser “perfluarino”, mas de que não encontrei nada na net, em que medida poderá ser este o causador das alterações comportamentais nos animais.
Outra temática no enredo é a tentativa de criação de uma unidade de turismo ambiental, criar um “hotel” – refúgio no glaciar, para os amantes de turismo de natureza, em ambientes hostis e de alto risco. Projeto que precisa de ser muito bem equacionado e analisado, nomeadamente pelos cientistas.
Outro grupo de protagonistas são os policiais, que até ao início da série, pouco tinham para fazer, mas que após esta ter começado algo se vai transformar. Que também é para isso que as séries servem, dar trabalho aos polícias ou investigadores e entreter-nos a nós.
E há também a governadora da ilha e mais algumas personagens, que não sei bem, que não vi o episódio todo e não me quero socorrer dos sites que consultei.
Ah e para terminar! Sendo esta série atual e sobre a vida como ela é, e sem os pudores que havia nas séries clássicas, para mais de época, como a anterior, nesta são relativamente explícitos! E quando têm receio do que possa acontecer a um homem nu na sauna, ao ver uma bela mulher nua estender-se a seu lado, não podem fazer mais nada que remete-lo para outro compartimento da ação… que há que manter um certo pudor e recato, apesar de ser uma série moderna e atual.
E, com isto, vou realmente terminar e fazer os possíveis para visualizar o próximo episódio na totalidade.
Peço desculpa pelo discurso narrativo um pouco enviesado, mas para quem tenha dado continuidade a estas narrações, já sabe que sigo parafraseando um pouco o ditado, de que quem conta um conto ou acrescenta ou omite um ponto.
Até breve, e obrigado por me ter lido até aqui.
E pode também já ler mais para a frente!