Rainha Isabel II: Paz à sua Alma!
E que sobrevenha a Paz!
Não há como não comentar alguma coisa sobre a morte da Rainha Isabel II, apesar dos provavelmente milhões ou mesmo biliões de comentários que terão sido tecidos por esse mundo fora. Que esta Rainha o foi ou terá sido, à escala planetária.
Rainha de um Reino Unido! Uma redundância! Porque se é rainha é certamente de reino. E sendo-o, acaba e começa por ser o cimento que congrega as diferentes nações que constituem esse Estado. Objetivamente um oportunismo que funciona muito peculiarmente. Muitas vezes funciona unido, a maioria é cada um para seu lado. No Desporto é onde se observa mais essa idiossincrasia: Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte. Mais uma quantidade de territórios espalhados por vários continentes e mares. Para além da Commonwealth!
Bem, mas que foi uma Rainha à escala global, lá isso foi!
Em termos domésticos, à escala do respetivo reino, considero-a mais “Rainha de Inglaterra”. Uma redução do conceito, de facto. Mas é mais assim que vejo a senhora! Mas também que raio de Estado, onde reinou, que não encontrou um nome próprio para se batizar?! A Espanha, também ela formada por diversas nações ou expressões nacionalistas, encontrou o seu próprio nome, que está para além dos subnomes dos diversos espaços territoriais que a constituem.
Nalguns comentários que ouvi na TV, mesmo pessoas conhecedoras, designavam erradamente o Estado. Ouvi insistir em Grã-Bretanha, por ex.
A monarquia britânica funciona como um conto de fadas. Não só para o respetivo reino, mas para todo o planeta. Em que a Rainha Isabel era uma personagem boa, fadada para o bem, para a simpatia. Era esse o seu papel. Por breve período ofuscada pela Princesa Diana, um meteoro que iluminou e rejuvenesceu essa forma de estado.
Convém de todo à Inglaterra manter esse modus operandi. Porque a monarquia é uma instituição, uma entidade, uma firma, uma empresa, que vende, vende, vende… que rende, rende, rende… Que dá trabalho e rendimento a muita, muita gente, não só no país, como por todo o mundo.
Só escrevi e publico, após a senhora ter sido sepultada. Porque não me parece que a respetiva Alma tenha tido descanso com todas aquelas cerimónias, aquelas pompas, todas aquelas circunstâncias e constrangimentos. Tanto espalhafato!
Agora, sim, após todo o findar das cerimónias, tantas e tão bizarras… a Alma da senhora terá finalmente PAZ!
Paz à sua Alma! R.I.P.
E que todos tenhamos Paz!
P.S. – Que aquela família, a seu modo e nas especiais circunstâncias em que se estrutura, consegue, apesar de tudo, ser ou funcionar como exemplo para o Mundo
Veja-se o caso daquele filho, também príncipe, mas destituído das funções de Estado a figurar ao lado dos irmãos e em todo aquele enquadramento, apenas na condição de filho. Funcionará como uma expiação pública.
Uma Monarquia com sentido de Estado. Reportemo-nos para o triste espetáculo na célebre galeria da parada militar no bicentenário do Brasil!
E que a Rainha Isabel II tenha descanso na Vida Eterna! Que bem merece!