Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Poentes com fotos tiradas a partir do Chão da Atafona.
Nestas datas, o sol já se põe muito próximo das 19 horas. No dia nove, praticamente a essa hora! Cada vez mais cedo. E, quando mudar a hora, mais cedo será. Com o calor que tem estado, os ocasos também proporcionam cores condizentes.
Este tempo não é tempo deste tempo! Imenso calor, sol muito baixo e de verão tórrido. Todavia, proporciona poentes muito interessantes.
Vou lançar um desafio, caso queira aceitar.
São imagens do Pôr-do-Sol nos dias dez, nove, oito, sete, seis, quatro, um de Outubro.
Em todas elas se observa o recorte de árvores no Chão ou no Vale de Baixo.
É capaz de, através do recorte das folhas, decifrar que árvores são?!
As árvores que dominam nestas duas propriedades são as oliveiras, plantadas por antepassados meus.
Depois, as que eu plantei, a maioria semeadas previamente, incluem: Catalpas, carvalhos robles / alvarinhos, cedros, uma grevília, uma palmeira. Um eucalipto plantado pelo meu Pai.
Saberá identificar as plantas, pelo recorte das folhas e ramos?!
A visita à “aldeia” do Chamiço, naquele “Dia da Senhora das Candeias ou da Luz”, no passado 02/02/23, com o Amigo Casimiro, foi uma visita verdadeiramente iluminada. Para além de termos calcorreado o antigo povoado, observando a ancestral localidade, também conhecemos realidades completamente novas.
O nosso cicerone, Sr. Aníbal Rosa, fez questão de nos levar a visitar um local que nos era completamente desconhecido e improvável de conhecer, não fora a sua sugestão. - Que ao abalar, o seguíssemos. O que fizemos. Fomos por outro caminho, que se dirige a Monte da Pedra, em muitíssimo melhor estado do que o que trouxéramos à ida. Este caminho vicinal vai desembocar perto de Monte da Pedra, na estrada que desta localidade segue para Gáfete.
E que local é esse?! Pois. Precisamente uma pedreira onde eram feitas as mós utilizadas nos antigos moinhos, espalhados pelas redondezas. Até à época em que estes eram utilizados na fabricação de farinha, antes do advento das panificadoras industriais. Talvez até aos anos quarenta / cinquenta do século XX, digamos, como limite aproximado, do findar da respetiva utilização.
Sensivelmente a meio caminho entre a “aldeia” do Chamiço e a aldeia do Monte da Pedra, parou a camioneta e incentivou-me a saltar a vedação do Couto, encimada por arame farpado, que ele empurrou para baixo, para eu poder saltar, utilizando a rede como escada. Não foi fácil, friso. Estive para desistir, não fora o seu incentivo. Que ele, mais novo, já estava dentro da propriedade. Não foi a primeira vez que fizera essa acrobacia, pois tem levado várias pessoas a visitar o local. (É a sua função de “Cicerone”!)
(O amigo dele, bastante mais velho e o amigo Casimiro, ficaram nas respetivas carrinhas.)
Eu, apesar da dificuldade, consegui ultrapassar o obstáculo (entrada de acrobata) e em boa hora o fiz, porque o local é bem merecedor de visita.
No local, existem algumas, poucas, mós, acabadas. Outras em processo de fabricação. Muitos pedaços de pedra, já partidos, mas ainda em bruto, à espera que os cabouqueiros as trabalhem e aperfeiçoem em jeito de mós. (Bem podem esperar, sentadas, melhor, deitadas a esmo, amontoadas na pedreira, esperando hora de abalada, que nunca mais vem.)
A 1ª foto titulando o postal é de uma mó, pronta, para ali abandonada.
A 2ª foto é a mesma mó perspetivada face à pedreira.
As anteriores fotos nº 3 e nº 4 são de excertos da pedreira. Bem como a seguinte:
Uma pedra singular, não identificável, em confronto com mó acabada e quase soterrada.
Uma perspetiva do espaço.
Ao longe, uma barragem... O sol a caminho do ocaso... E uma pedra peculiaríssima, dificilmente visível na foto, que merecerá destaque em futuro postal.
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Saída de javali!!?? Porquê?!
Porque, no regresso, já não me atrevi a saltar a rede e optei por uma das saídas utilizadas pelos javalis. (Hão de servir para alguma coisa!) Neste caso, o Srº Aníbal levantou a rede do nível inferior do cercado e eu, qual “javaleco”, saí do Couto do Chamiço para o caminho vicinal.