Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
O Sol já se põe às 20 Horas! (Constatei isso, hoje, 30 de Agosto, em que fui tirar fotos ao poente. Fotos que ainda não trabalhei. Estas são de 27 de Agosto - Domingo.
Continua muito calor, embora não tanto como na semana passada.)
Não! Estas fotos não são deste ano. São de 2020, de Agosto, 24 e Setembro, 28.
Que, ontem, 24 de Agosto, o Sol resolveu não aparecer.
A Serra de Sintra mandou o nevoeiro, lá das suas encostas brumosas. Este desceu ao Tejo, alastrou à Costa da Caparica, terá seguido à Fonte da Telha, certamente à Lagoa de Albufeira, se calhar ao Espichel e Sesimbra, talvez a Setúbal, que não sei!
O que sei é que a neblina cobria o areal da Costa, o nevoeiro tapava o sol e a cacimba caía-nos nos ombros e embaciava os óculos.
E estava frio, mas a praia estava cheia, imensas crianças, a água até nem estava má, que só molhei os pés, a maré estava vazia, de manhã, como gostamos, para podermos passear.
Primeiro dia, com hipótese de praia, resultou numa bela caminhada, Sul - Norte, até ao primeiro paredão da Costa, um gelado para cada um e regresso, Norte – Sul, ao ponto de partida: Praia da Rainha.
Não me perguntem a que Rainha se refere a Praia, que não sei. Se calhar, à Rainha do Sabá!
E, hoje, vai pelo mesmo. O tempo! Que a Rainha não sei!
Haja Saúde. Boa praia, para quem a tiver. Que esteja fresco, no Alentejo também e parece que está.
Máscaras e cuidados… “caldos de galinha” não apetecem, que é Verão.
E a Covid anda aí com força, outra vez.
Vacinem-se! SFF!
Já bastam os que vivem em países, mais que muitos, que gostariam de serem vacinados e não são, porque a pobreza é mais que muita por aí.
Bem sei que fica longe do seu percurso de Vida, Caro/a Leitor/a. Mas para quem está por perto, proporciona um passeio bem sugestivo. A fonte está lindíssima. Ademais, agora, pintada. Tem uma água ótima. Muito fresca.
Para quem está longe, proporciono esta viagem virtual. Aprecie a arquitetura, singela, mas peculiar, apelativa, tradicional.
A bacia de receção da água e de colocação dos asados, simples, mas artística!
Há sempre, em qualquer localidade, uma fonte perto, mesmo nas cidades, por maiores que sejam.
Aliás, quanto maiores e mais opulentas as urbes, mais majestosas as fontes: a Fonte Luminosa, a Fonte Monumental, a Fonte da Boneca, a Fonte dos Amores, eu sei lá… a Fonte do Ídolo… a Fontana de Trevi!
Na sua localidade qual a fonte que mais se destaca?!
Por aqui, pela Aldeia, eu evidencio esta, a Fonte do Salto! Nome original.
Aventure-se e aprecie, SFF!
Pena não poder oferecer-lhe um copo de água num cocho.
O Jardim – Parque da Gulbenkian é um oásis em Lisboa.
Surpreendente a floresta criada no meio da Cidade. (A Praça de Espanha também está bastante diferente, mas ainda não deu para uma apreciação global e avaliativa. Mas, na questão de circulação automóvel, pareceu-me melhor. Mas ainda terei que ajuizar com mais atenção.)
Voltemos à Gulbenkian e apreciação do coberto vegetal do Jardim. Alguns aspetos de pormenor e outros de por maior. De algumas plantas conheço nome vulgar, de outras não. Nomes científicos, mais corretos, em latim, não conheço. Lamento!
A foto de capa: Roca da Velha
Imagem de por maior: Canavial, de Canas da Índia
Lantana
Roseira florida.
Rosas muito bonitas existem no Roseiral da Gulbenkian. Mas perdem muito do fulgor dos roseirais, porque o arvoredo que limita o espaço a sul – sudoeste cresceu imenso e priva-as de luz solar. Digo eu… Jardim ou parque sem roseiral, não é jardim nem parque, em Portugal!
Azevinho
Acanto
As imagens seguintes são de plantas cujo nome desconheço.
Sabe os respetivos nomes?!
Se souber, agradecemos que os nomeie, Se Faz Favor!
Afinal, o caril não era de gambas, mas de camarão. Correção feita!
Chegados ao Jardim para o piquenique, depressa os preconceitos voaram. O que mais havia era gente a piquenicar. As mesas junto aos eucaliptos estavam ocupadas, precisamente com pessoal a comer. Os bancos em redor, vários deles, em idêntica funcionalidade. Pela relva, também havia grupos, na função digestiva. Debaixo das sombrosas árvores, várias pessoas observei, comendo.
Um dos preconceitos: o “cesto do supermercado”. No final da visita, observaria um senhor, todo descontraído, com um desses cestos a tiracolo, onde levava o que sobrara do piquenicar que ele e a família haviam feito num dos bancos de cimento, debaixo dos eucaliptos!
Não tenho memória, se antes da eclosão da pandemia, era costume ver-se tanto pessoal a almoçar pelo parque. A hora de almoço costumávamos passá-la nessa função.
Comemos, piquenicando, divertimo-nos e tivemos direito a sobremesa, após termos arrumado os apetrechos, conforme foto do postal anterior. Não deixámos restos, nem papéis. Não demos nada, nem aos pombos, nem aos patos, que, gulosos, nos abordaram, enquanto comíamos. Seguimos as instruções que nos interpelam logo à entrada leste do parque, junto ao Centro Interpretativo Ribeiro Teles, conforme foto documental.
Foi precisamente na gelataria que pedimos a sobremesa. Por mim, decidi-me por gelado de alfarroba, nunca havia provado. Gostei. Sou guloso! Mas também houve de morango e de chocolate. Para mim, triviais.
E houve direito a café, para quem quis, com ou sem açúcar! Em chávena. Havia quem não bebesse assim café, há imeeennso tempo! Na bandeja, levei-os para a sombra do exterior, que no espaço interior, apenas se podia ficar tendo o tal certificado. Devolvi a bandeja à origem, claro!
Uma tarde muitíssimo bem passada. Passeata no jardim. Exercícios, à moda olímpica. Aproveito para felicitar os nossos atletas, os medalhados e os não medalhados, que também se esforçaram para tal.
O Jardim oferece excelentes sombras, nalguns locais, verdadeira floresta temperada, sempre bem irrigada. Ouve-se a passarada. Pareceu-me rouxinol, quando chegámos. Gaio também me pareceu no seu “grasnar”?
Não me atrevi a visitar a exposição na galeria principal.
O candeeiro da “prima” Joana está exposto num dos átrios principais. É tão grande que não passa nada despercebido.
A fila para o museu manteve-se sempre crescida até depois das cinco, quando partimos. Também não queríamos visitar. Já o fizemos por diversas vezes.
As esplanadas, a do restaurante do Museu e a do Centro Interpretativo, estavam cheias.
A quase totalidade do pessoal andava de máscara, aonde ela era devida. Nós, inclusive.
No final da visita, encontrámos este casal, bem simpático. Entre oitenta e noventa. Com a devida autorização, fotografei-os. Não costumo colocar, no blogue, fotos com Pessoas. Mas não resisto a esta. Há sempre uma excepção, o que só confirma a regra.
Também fotos de plantas. Esta de uma plantinha minúscula. Para contrapor ao tamanho do candeeiro da “prima”! Há beleza e harmonia em toda a Arte. A natural e a humana, que “copia” a da Natureza?!
Ontem, 1 de Agosto de 2021, entrámos em espírito de férias. Olha, que grande admiração, ó meu! Dirá. Agosto é mês habitual de férias, vacanças, holidays…
Sem dúvida! Mas para quem está “reformado”, serão férias todo o ano… Todavia, fica sempre essa reminiscência. Mas, se para o núcleo familiar fundamental a situação habitual é essa, há quem tenha tido e irá continuar a ter, um ano de muito trabalho e compromissos. Por etapas, que vão sendo concluídas. Adiante…
Resolvemos fazer algo diferente. E o quê?!
Já não íamos à Gulbenkian - Lisboa, há mais de um ano. Desde antes da pandemia. Aos domingos, costumávamos ir com alguma regularidade, desde há cerca de trinta anos!
As saudades de passear no jardim – parque, ainda mais de ir almoçar ao restaurante do Centro de Arte Moderna, são mais que muitas.
Mas o Centro está em obras, acabarão lá para 2022? E o restaurante reabrirá?! E o que será feito do Pessoal sempre tão simpático e atencioso?! (Saudações cordiais!)
Bem… E se fossemos fazer um pique nique no Jardim?! Ideia lançada no sábado e prontamente aceite em família.
Confesso que tinha algum preconceito, apesar de achar a proposta excelente. Como estaria o ambiente? A vivência humana? Será que pareceríamos uns extraterrestres?! E o que levar para comer? E como? E onde comer? Como abancar?!... Aquelas dúvidas que nos assaltam e moem, perante algo inusitado.
(E essa coisa da Covid?!)
Tomada a decisão, aceite, passámos à concretização.
O principal: a comida. Decidimos juntar dois em um. Encomendar no "Nepalês", que é como o nomeamos. Mas cujo nome de batismo é “Everest Montanha”!
Um restaurante, com esta origem e comida condizente, situado na Avenida do Brasil – Lisboa. Apreciamos a paparoca. Caril de gambas, sem picante, que ao natural já pica. Arroz basmati, uma delícia. E pão. Um com alho! (Ai o Quim Barreiros!)
De véspera, havíamos aprontado os apetrechos: toalha, guardanapos, talheres, garrafas de água, recipientes para acondicionar os alimentos e sacos para levar a comida e acessórios. (Não queria levar um daqueles sacos das compras dos supermercados.)
Bem! Ficaram algumas imagens ilustrativas e abordarei pormenores noutro postal.
Posso dizer que foi ótimo. Achámos um piadão. A comida era excelente. Comemos muitíssimo bem. Até tivemos sobremesa e digestivo.
(Aventure-se também num piquenicar num Jardim, perto de sua casa. Ou longe!)
Ah! E, neste dia muito especial, também tivemos o grato prazer de rever dois Amigos que não víamos, desde antes da eclosão da pandemia. O João e a Fatinha! Valeu!