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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Senhor, para onde vai este caminho?

Depende… para onde o Senhor quiser ir!

Lírio Roxo. Foto original. 2021. 04. jpg

Nem mais nem menos, foi sensivelmente esta a resposta que me foi dada ontem, na Serra, em mais um dos habituais passeios campestres, perante a minha pergunta sobre onde se dirigia o caminho assinalado no percurso.

A “Filosofia Alentejana” plasmada numa simples frase. Peculiar, proverbial: um aforismo!

Perguntei mais por perguntar, pelo gosto que tenho de interpelar as pessoas que vou encontrando nas caminhadas, poucas, frise-se.

 

Melhor resposta só a do Poeta Andaluz:

“Caminhante não há caminho / O Caminho faz-se ao andar…/

(Cito de cor, não tenho o livro à mão, uma edição bilingue, que gosto de (re)ler. Hei-de encontrá-lo e citar parte do Poema.)

E a foto?!

Na foi tirada ontem, mas em anterior percurso, documentado no blogue.

(A “viagem” de ontem irei escrever sobre ela, que houve diversos percalços, apesar de praticamente toda realizada em trilhos assinalados. Também tenho que transpor as fotos para computador.)

Lírio roxo, num canteiro de muro, em vivenda frente ao Centro Vicentino da Serra, antes da inflexão para o Cabeço de Mouro.

*******

E termino com uma quadra:

 

Tu é que és o lírio, Lírio

Tu é que és a Lealdade

À porta do Cemitério

Acaba a nossa Amizade.

 

Figura no Livro: “De altemira fiz um ramo”, aqui muitas vezes referenciado.

Foi-me “dita” pela minha MÃE, e era habitualmente cantada pela Tia Antónia Carita.

(Estamos a referirmo-nos a Aldeia da Mata, finais de anos trinta, anos quarenta do séc. XX.)

Obrigado, muito, muitíssimo, a todos os meus Familiares!

 

Obrigado, também a Si, Caro/a Leitor/a, que teve a paciência de me ler até aqui!

 

 

 

Poemas de Natal!

Hoje, volto ao tema do Natal!

Era para ter abordado o assunto ontem, mas acabei por escrever sobre o “Intrigante Pássaro Preto”, finalmente esclarecida a respetiva identidade!

Hoje, domingo, ainda que em confinamento, observo um pouco mais de movimento, tanto de carros, como de pessoas. Em contrapartida, a passarada parece menos ativa. O dia também está menos agradável. Chuvinha, sem sol, será suscetível de menor atividade do passaredo…

 

E sobre o Natal?!

 

No Céu há milhões d’estrelas

Todas elas a brilhar

Deus Menino no meio delas

Vai nascer/descer p’ra nos salvar!

 

Neste postal, vou deixar algumas ligações para postais anteriores, que traduzem a minha abordagem natalícia.

Desde já friso que não tenho seguido a temática natalina, de acordo com os cânones mais tradicionais e iconográficos.

De certo modo, até fujo um pouco a essa conceção mais usual de poetar sobre o Natal, seguindo os parâmetros festivos desta quadra.

São modos de abordagem, perspetivas pessoais, sobre assuntos sociais e universais. Nem melhores nem piores que outras perspetivas.

Não transcrevo os poemas.

Deixo ligações:

Natal no Contentor!

O Menino / O Futuro morre na Praia!

De que precisam os Povos de Abrão?!

Velas. APBP Artistas Pintores com a Boca e o Pé. jpg

Mais uma vez, este é um modo de desejar um Natal Feliz, com muita Saúde, a todos/as Leitores/as. (Respeitando os necessários cuidados!)

Mas é também um modo de desejar um Natal também com Felicidade e muita Saúde aos Grupos de Poesia, de Artes, de Letras, que tenho muito orgulho de pertencer enquanto Poeta.

Com quem gosto de compartilhar esse condão da Poesia, que nos une.

APPAssociação Portuguesa de Poetas

CNAPCírculo Nacional d’Arte e Poesia

Mensageiro da Poesia

Momentos de Poesia

SCALASociedade Cultural de Artes e Letras de Almada.

 

E também a todas as Pessoas Amigas e Familiares, com quem também não poderei estar presente.

E a todos/as Conterrâneos.

 

Um Santo Natal. APBP. Artistas Pintores Boca e o Pé. jpg

O meu Muito Obrigado aos apbp - Artistas Pintores com a Boca e o Pé - Caldas da Rainha, a quem também desejo Feliz Natal!

Muita Saúde! Muita Paz!

 

Tomada de Posse do novo Presidente da República!

Assembleia da República

 

9 de Março de 2016 – 4ª Feira

 

O Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, hoje, dia 9 de Março, após as 10 horas, tomou posse, como vigésimo Presidente da República, na respetiva Assembleia (Parlamento).

 

Estas cerimónias são sempre carregadas de simbolismos vários, faz parte da respetiva operacionalização, quer se goste ou não. Desde logo, o local: Assembleia da República. As Bandeiras. O Hino. (...) As precedências, os locais que cada convidado ocupa, etc. etc.

Os aplausos, os não – aplausos, tudo está carregado de significados e significações, tudo é significante de algo...

 

Para além desses atos, gestos, atitudes simbólicas, existem ainda as que o próprio Presidente quis acentuar.

Uma delas foi o juramento sobre o livro da Constituição original, que ele também ajudou a criar, enquanto deputado. Realço que é este modelo que também tenho. O livro da Constituição de 1976. (...) Não, não, eu não a ajudei a criar... O meu “engenho” não chega a tanto. Muito menos a “arte”.

 

Os convidados: antigos Presidentes e Esposas, estranhei a ausência de Drº Mário Soares...

Representantes estrangeiros: O Rei de Espanha, destacava-se aquela figura... o Presidente de Moçambique, o Presidente da Comissão Europeia. Simbólicas estas três Personalidades estrangeiras convidadas.

 

Juncker cumprimenta o "bom amigo" Marcelo. Cortesia de  Jorge Amaral / Global Imagens

 

Os discursos. Sou sincero. Estava curioso com o discurso de MRS, enquanto Presidente. Ouvira o de vitória, tinha expectativas sobre este. E, esse foi o principal motivo que me fez estar atento à RTP1, logo de manhã. Dir-me-ão: “Palavras... são só palavras!”

 

Ferro Rodrigues, enquanto Presidente da Assembleia da República, também proferiu o seu discurso. Entre outros aspetos, e relativamente a MRS... “... Vossa Excelência tem a responsabilidade histórica de ser o homem certo no momento certo...”

 

Algumas ideias que destaco:

“... o País precisa de voltar a encontrar-se... Que a U.E. não se transforme num fator de instabilidade... Que Europa é esta?! ...”

“... precisamos de uma economia mais rica e partilhada, mais justa e inclusiva...”

“Temos que aprender a remar todos para o mesmo lado...”

E, terminou, formulando votos de “as maiores felicidades”, “A Bem da República, A Bem da Democracia, A Bem de Portugal!”

 

(Não opino, nem faço qualquer comentário...)

 

Quanto ao Discurso do Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, atual Presidente da República Portuguesa, de "todas as Portuguesas e de todos os Portugueses".

 

O discurso está muito bem estruturado e sequencialmente planeado. Ou não fosse o seu autor, o Professor Marcelo. (Apetece-me interrogar, deformação das Séries, nomeadamente “Borgen”, se os nossos políticos também terão algum “spin doctor”?!).

 

Também está carregado de Símbolos.

 

Um enquadramento introdutório, reportando para a Família, para os Sentimentos a unir-nos à Terra que nos viu nascer: Amor à Terra, a Saudade, a Generosidade... (Desculpem-me os Sentimentos, que não os fixei todos!)... As Crenças em Milagres de Ourique... (E com este introdutório falou-nos ao Coração, se fossem projetadas imagens, enquanto as palavras iam fluindo, veríamos um grande, grande, da Joana Vasconcelos. Reporta-nos também para a nossa ancestralidade, em última instância, o nosso Afonso, Primeiro, só que da Monarquia e nós estamos na Casa da República. Mas o Senhor Professor Marcelo não perde o jeito! Outro anterior Personagem, de que estranhei a ausência, nesse mesmo local, terá falado em Afonso Costa, digo eu! Afonso, sim, que Portugal é assim mesmo: Afonsino. E um País de Costas, até havia o do Castelo!)

 

Depois, ainda num contexto introdutório, mas já mais institucional, reportou-nos para a Solidariedade, (aqui já entramos no domínio dos Valores), entre os dois únicos Orgãos de Soberania eleitos: Assembleia e Presidente. E depois ainda agradeceu ao Presidente cessante, aos antigos Presidentes presentes, aos três ilustres Convidados Estrangeiros, às Forças Armadas, sempre fiéis a Portugal, ao 25 de Abril de 1974 / República Democrática, sublinhou a CONSTITUIÇÃO, aprovada e promulgada em 1976, sobre a qual atestara o seu Juramento de Posse, conforme já referido. Reforçou o seu caráter de Lei Fundamental, nosso Denominador Comum. E que irá ser o Guardião da Constituição, dos seus Valores e Valores da Nação.

(E nesta parte discursiva, diríamos que nos falava mais à Razão...)

 

E dirigiu-nos para a importância da Pessoa Humana, (lembrar-me-ia Carl Rogers), para um ideal de Sociedade em que não haja dois milhões de pobres... (!!!), nem diferenças tão cruciais...

E ainda no domínio dos Valores: Liberdade de Pensamento, de Crença, de Opinião, Pluralismo, Justiça Social, Identidade Nacional, para as nossas Raízes no Mar... (A nossa ancestralidade primordial: “Somos Vida do Mar Vinda ”, digo eu.)

Os nossos três vértices geográficos: Continente, Açores e Madeira. (A propósito, onde ficam as Desertas?)

Assumir o Mar como nossa prioridade, e, aqui piscou novamente o olho ao Presidente cessante... (!!!). E citou Lobo Antunes “... Se a minha Terra é pequena, eu quero morrer no Mar!...” (Este Lobo também é Poeta?! Se não é, aqui, escreveu dois lindos versos.)

 

E continuando ainda no domínio dos Valores, realçou a Identidade Nacional, em que História e Geografia se entrelaçam, na Língua, na Cultura, na Ciência. Sem medo de enfrentar o Presente. Na Soberania Popular, na Autonomia Regional e Autárquica. Na importância do Estado Social de Direito e da Iniciativa Privada.

 

E ainda em Geografia, mas numa noção mais alargada, migrou de Portugal, também para a Europa: Lembrou o desafio dos Refugiados. E pelo Mar, acentuou o papel da C. P. L. P. – Comunidade de Países de Língua Portuguesa. E regressou novamente à Europa: a questão das Fronteiras Europeias!

 

E voltou a Portugal!

 

E assinalo, sem pretensão de exatidão matemática, nem de citação precisa, pois, como é evidente, não tive acesso a uma cópia do Discurso. (Não sou Jornalista, muito menos credenciado, nem fui convidado a estar presente na cerimónia. Também, seiscentos convidados...)

 

Realçou a importância de sairmos do clima de crise, o fator Europa, as questões económicas, as cicatrizes destes tão longos anos de sacrifícios, que urge recriar novas convergências, ....

Reforçou o sentimento de pertença a uma Pátria que é igual para todos...

Que irão ser cinco anos de busca da Unidade, da Pacificação, de Consensos...

Nunca descrendo na Democracia. Nunca perdendo a Esperança. Que o que nos une é muito mais do que nos divide.

A importância dos pequenos gestos...

 

(Peço desculpa às minhas Leitoras e Leitores, mas, volto a sublinhar, que não tive qualquer acesso direto ao discurso escrito, apenas o ouvi, pelo que este texto tem muitas lacunas. Sublinhados, reticências, negritos, letras maiúsculas é tudo da minha lavra. Perdoar-me-ão, bem como o Senhor Professor Doutor.)

 

E continuou...Lembrando o papel dos Jovens, da Mulher, dos Pensionistas/Reformados, que sonharam com o 25 de Abril e que agora estão na situação em que estão... (A referência a este grupo social e à célebre data tocaram-me muito especialmente...); dos Cientistas, dos Agricultores, dos Comerciantes, dos Industriais, dos Trabalhadores por conta de Outrem ou Independentes; voltou a reforçar o Estado Social; mencionou as I.P.S.S., as Misericórdias, eu sei lá! (Não sei se foram referidos todos os grupos socio económicos, também não tenho aqui a Classificação Nacional de Profissões. Mas não me pareceu ter havido menção de empresários, de bancários, de banqueiros, nem de operários. Digamos que, caso tenha havido essa omissão, que não afianço pelos meus ouvidos, foi uma omissão interclassista.)

 

E voltou, novamente a realçar a CONSTITUIÇÃO!

(Há alguns anos a esta parte esse realce costumava ser mais de outros setores.)

 

E, finalmente, reportou-se a si mesmo, assumindo-se como “Servidor da Causa Pública e da Pátria.”

 

E citou Miguel Torga: “Difícil para cada Português não é sê-lo, é compreender-se...”

 

E quando estava nesta parte do meu texto, quis precisar o que nos meus apontamentos seria do texto de Torga ou palavras de Marcelo e coloquei a frase anterior, colocada entre aspas, no motor de busca.

E já adivinha o que encontrei.

O Discurso do Senhor Presidente, na íntegra, no site do “Expresso”.

 

E a parte final é daí extraída. Mas não vou ler o princípio do Discurso, que já estou muito cansado, e perdia completamente a graça...

 

E remato com a parte final...

 

“O essencial, é que o nosso génio – o que nos distingue dos demais – é a indomável inquietação criadora que preside à nossa vocação ecuménica. Abraçando o mundo todo.

Ela nos fez como somos. Grandes no passado. Grandes no futuro. Por isso aqui estamos. Por isso aqui estou. Pelo Portugal de sempre!”

 

E com um Discurso que nos abarca e abraça a Todos, tão querido, tão cheio de Afetos, tão simpático, não esquecendo sequer Pensionistas nem Reformados, que mais posso dizer?!

Pois, aguardemos para ver!

 

E, para ilustrar este post tão afetuoso, tão carinhoso, resolvi “aproveitar da net” a sugestiva e apelativa imagem, cortesia de “Jorge Amaral / Global Imagens”, a partir deste link, agora que tem andado na moda esta questão dos beijos!

Poderíamos intitular: Portugal e Europa, finalmente a Reconciliação! E viva o Amor!

*******

P. S. - E já no dia dez, vantagens da net, resolvo acrescentar um link para um blogue que sigo e que ontem me esqueci de incluir. Uma célebre e icónica imagem de um afamado beijo, que nunca cheguei a perceber se foi real se encenado. Entre Brejnev (U.R.S.S.) e Honnecker (R.D.A.). E, se encenado, nunca percebi se foram os do "Outro Lado" do Muro, para mostrarem que "estavam de pedra e cal". Se os "Deste Lado", para revelarem como as coisas iam por "Aqueles Lados".

"Almoço dos Primos"

“Proenças e Pereiras / Velez”

monforte in ionline.jpg

 

Atualmente muitas Famílias, entendendo este conceito no âmbito de Família Alargada, organizam eventos deste tipo, com esta designação ou outra similar, de modo a conviverem várias gerações e ramos de Famílias nucleares, com um tronco comum de ascendentes.

 

O “Almoço dos Primos”, a que me refiro, ocorre anualmente e nele se reúnem, em confraternização, Famílias de sobrenome Proença, Pereira e Velez, mesmo que, eventualmente, alguns membros já não usem este apelido.

 

Vila de Fronteira. in    jpg

 

Estas Famílias têm a sua origem geográfica nas Vilas Alentejanas de Monforte e Fronteira, remontando a sua estrutura nuclear de base ao século XIX, nas referidas localidades.

Atualmente, os descendentes destes Progenitores encontram-se domiciliados por todo o Portugal e também no estrangeiro.

 

Por ex., no almoço realizado no passado domingo, dia treze de Setembro, acorreram convivas provenientes desde o Norte de Portugal, da Cidade-Berço, Guimarães, até ao Algarve. Também muitos vieram das Lisboas e uma parte significativa do Norte Alentejano, aldeias, vilas e cidades dos Distritos de Portalegre e Évora.

No total estiveram mais de cem comensais. E teve a particularidade de ter sido o vigésimo quinto convívio organizado com estas características.

 

Têm-se realizado estes almoços em diferentes restaurantes e povoações dos referidos distritos, não só porque esta região é o núcleo de origem das Famílias mencionadas, bem como residindo uma parte significativa dos familiares em povoações destes distritos, a maioria até no de Portalegre, faz todo o sentido que o local de realização aí esteja sediado. Que me lembre, já houve almoço em Monforte, Estremoz, Portagem, Fortios e, ultimamente, em Cabeço de Vide.

Nesta localidade, o almoço tem-se realizado no Restaurante da Estalagem Rainha Dona Leonor, situada na emblemática e antiga Estação de Caminho-de-Ferro.

Gare Cabeço de Vide in wikipedia.jpg

 

A ementa incluiu os habituais aperitivos, à base das carnes fumadas de porco, azeitonas e queijo. Bebidas à discrição, para além da água e refrigerantes, também sangria e vinho tinto da Herdade dos Muachos. E cerveja, para quem preferisse esta bebida. Que me lembre!

Houve duas sopas, de legumes e de canja. Este ano só comi da canja e tive pena de não ter havido sopa de cachola, de que gosto sempre. Ficará para outra vez.

O cardápio incluiu dois pratos de base, um de peixe, bacalhau com broa e um de carne, bochechas de porco, com migas e batatas no forno.

No final, numa mesa bem composta, os doces, de que as pessoas se serviram à vontade. Não me perguntem os nomes de todos, porque não sei. Havia frutas, melão, ananás, pudins diversos, sericaia, e mais que desconheço.

Quem quis, bebeu ainda café e continuou a beber, se teve vontade!

Foi um almoço bem servido e bem composto, que dará gosto repetir.

Não me perguntem o preço, porque não sei. Agradeço à minha Sogra, que faz o favor de me convidar.

Antes, durante e após o almoço foi-se convivendo com os familiares, que nem sempre há oportunidade de estarmos todos juntos.

 

Pôr em ação um acontecimento destes, aparentemente simples, dá imenso trabalho. Só quem organiza, sabe bem dar o valor a tal!

E, neste caso e já há alguns anos, quem organiza é a Prima Bela. Coadjuvada pela Tia Bia e pelo marido, Tó. Deduzo eu. Talvez mais algumas pessoas deem alguma ajuda, não sei.

Bem, não importa, estão de Parabéns e o nosso Muito Obrigado!

E também muito obrigado a todos os convivas participantes, por compartilharmos todos uma tarde agradável, de convívio e degustação de boa comida e bebida.

 

E, por falarmos em organização, não podemos nem devemos esquecer a Alma Criadora destes convívios: o Primo Abílio! Durante vários anos, enquanto teve saúde e foi vivo, deve-se a este Primo a organização do “Almoço dos Primos”. Não sei durante quantos anos.

Que esteja em Paz com a sua Alma!

E este Voto é também para Todos os que, também já cá não estando, nos deram a Alegria da sua Companhia, durante os anos em que puderam comparecer.

A Todos Muito obrigado!

 

Finalizando, anexo uma foto memorial do convívio, com os participantes em pose de grupo. Gentileza do Primo Quilito, que tem um acervo documental extraordinário de fotos destes eventos.

Especificamente esta foto foi clicada por um funcionário do restaurante, mas penso que a idealização é do referido Primo. Obrigado, também.

 

almoço primos.JPG

 

Tenho sempre alguma relutância em colocar fotos de Pessoas na net, conforme já referi noutro post, especialmente quando incluam crianças, mas provavelmente será um preconceito meu.

Porque tudo o que colocamos na internet deixa de ser "nosso". Especialmente fotos!

Bem, de qualquer modo se alguém se sentir incomodado, agradeço que me dê conhecimento e colocá-la-ei em modo privado.

E até para o próximo ano. Se Deus quiser!

 

 

 

Nova pergunta dirigida ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Educação

2ª Pergunta

 

Partindo ainda do pressuposto da questão formulada ontem, isto é, que Sua Excelência o Senhor Ministro da Educação, o atual ou o que provavelmente se seguirá numa próxima legislatura, nunca irá ler a pergunta que coloco hoje…

Assente nessa premissa, e apesar disso, não deixo de questionar novamente.

 

E lecionar numa Escola de uma Zona Suburbana, maioritariamente enquadrada em Bairros Sociais, turmas de início de 2º Ciclo, 5º ano, com alunos provenientes de diferentes Escolas do 1º Ciclo, maioritariamente habitantes desses bairros, de famílias com bastantes dificuldades das mais diversas ordens: económicas, sociais, de integração. Alunos carenciados inclusive na alimentação básica, para além das carências afetivas e relacionais, tão comuns nessas idades e meios; provenientes de famílias disfuncionais, muitas monoparentais, progenitores ausentes física e psicologicamente; pertencentes a etnias, raças diversas; de diferentes nacionalidades e língua materna de base também diferente; de religiões também diferentes.

E com todas as dificuldades acrescidas nestes tempos de Crise: Progenitores desempregados, falta de meios de subsistência…

E, acrescente-se, integrar um naipe assim diversificado e constituir uma turma de 30 alunos!

Terá, Sua Excelência, o Senhor Ministro de Educação, ideia do que é ser Professor e ser Aluno numa Turma assim constituída?!

E ser Pai e ter Filhos numa Turma assim de 30 alunos?

 

“Hospital Real” – 5º Episódio

Série da RTP2

 

Pelos vistos esta série é, afinal, mais demorada do que previra. Sempre pensei, dado o tempo de cada episódio, que fosse para concluir numa semana.

O enredo também é muito mais complexo do que parecia e as conclusões vão-se demorando.

A qualidade da peça fílmica, o rigor do trabalho desenvolvido, sob variados aspetos, assim o exige!

 

Santiago de Compostela  e Monte Sacro in wikipedia.jpg

 

Situemo-nos…

 

O espaço da ação decorre na cidade de Santiago de Compostela, maioritariamente no Hospital Real. Depreende-se que filmado em espaços naturalistas, provavelmente não no espaço original, uma vez que o antigo Hospital é agora um parador de luxo, pousada, como se designa em Portugal. Pareceu-me ter lido qualquer coisa sobre Pontevedra…

 

Asalto de ladrones. GOYA 1794. in wikipedia.jpg

 

O tempo, a que se reporta este exercício de reconstituição cuidadosa, situa-se no final do século XVIII, na última década, poderíamos precisar 1793.

Menciono esta data, porque já várias vezes e, a propósito de França, em que o novo médico estudou, um “afrancesado”, a propósito da França revolucionária, foi citado que haviam cortado a cabeça ao Rei. Facto que ocorreu em 21/Janeiro/1793, data em que Luís XVI foi decapitado.

Também já se ouviu sobre o perigo de guerra com a França. Deduzimos que a Espanha ainda não estaria a participar na designada “Campanha do Rossilhão”, em que Portugal também viria a envolver-se.

Também designada “Guerra dos Pirenéus” ocorreu de 7/03/1793 a 22/07/1795, sendo que a Espanha declarou guerra à França em 17 de Abril de 1793.

 

Execução Lu is XVI. in wikipedia.png

A decapitação do rei francês e a declaração de guerra da Espanha à França estão relacionadas na realidade e também na série.

Pelo que poderemos deduzir que o tempo em que se desenrola a ação da série apresentada tem decorrido neste intervalo de tempo: primeiros meses do ano de 1793.

 

Voltemos ao enredo.

Pouco a pouco ele vai-se desvendando.

 

No que respeita aos crimes em série, “a investigação está num ponto morto”, palavras de Dom Daniel. E o assassino literalmente debaixo das respetivas barbas.

Também para esta equipa de investigação o conceito de “serial-killer” ainda não era conhecido, ainda não tinham chegado à era do cinema…

 

O nosso objetivo é o Hospital Real”, repete-se e relembra-se esta frase, novamente proferida pelo Alcaide, para Duarte, o assassino, mudo que não é mudo, que cada vez se revela menos “pau-mandado”, apesar de ser “homem-de-mão” de outros poderosos.

Mas mostra-lhes também, e sempre mais, o seu próprio poder. A junção de um veneno (?) no vinho do Alcaide. A recusa em servir-lhe mais água… O sorriso cínico que entreabre para quem espera vingar-se…

E até que ponto vai o seu próprio poder ou estará ele ao serviço de outros ainda mais poderosos?! Até onde vai a sua própria autonomia?

 

Porque interessados em controlar o Hospital não faltam.

Para além dos que já conhecemos, outros se nos deparam.

A chegada do novo capelão-mor isso mesmo nos revela.

Ex jesuíta, tal como o fora o Padre Damião, tal como foi o atual Inquisidor, têm eles esse objetivo, enquanto membros do Clero. Como nos revelaram neste quinto episódio.

Recuperar para a Igreja um Poder que já fora desta Instituição.

Disfarçadamente, enquadrados noutras Ordens Religiosas, uma vez que os Jesuítas haviam sido expulsos de Espanha vinte anos antes, movem-se na sombra, disfarçadamente, para conseguirem tal desiderato.

Consegui-lo-ão? Num mundo e numa época em que se vislumbram grandes convulsões e mudanças tanto para Espanha como para toda a Europa e Américas, na sequência da Revolução Francesa, das Campanhas Napoleónicas que em breve se iniciarão e dos Movimentos Liberais, que na sequência destas eclodirão?!

Provavelmente não.

Entregue a direção do Hospital a um secular, Dom Andrés Osório, amigo do Rei, com poderes económicos de gestão e também jurisdicionais, no campo cível, reconhecia este a importância da nova classe social em ascensão, a Burguesia. Literalmente, o Rei ao entregar a gestão do Hospital a um burguês, retirava poderes tanto à nobreza como ao clero, e em seu próprio proveito, claro.

Porque o Hospital era imensamente rico!

 

Mas enveredemos por outro aspeto do enredo.

 

O “herói”, que continua apaixonado pela “mocinha”, frise-se, fez novamente das suas…

Enquanto jovem médico, o Doutor Alvarez de Castro, arrebatado, ainda inexperiente, mas imbuído de convicções e certezas próprias da idade, da sua experiência parisiense e ideais revolucionários, acha que deve fazer só o que “a sua consciência lhe dita” e novamente fez asneira.

Recusou-se a seguir ordens dos seus superiores hierárquicos, tanto no plano profissional como administrativo.

Não quis garrotar o pé gangrenado de um paciente, quis aplicar uma pretensamente nova metodologia e “a coisa deu para o torto”…

Foi expulso da Instituição e não fora a lucidez de Don Sebastian Devesa, cirurgião-mor, que o tem em grande estima, e nele reconhece qualidades e competências, apesar dos arroubos da juventude, e estaria no desemprego… E a Família falida, de que ele agora é o chefe.

 

E a propósito de Família

A sua Mãe, Dona Elvira de Santa Maria, agora desamparada, mostra cada vez mais protagonismo em cena.

Para além de se humilhar perante Dom Andrés, uma nobre ajoelhar-se perante um burguês, a mendigar a readmissão do filho dileto, e a ouvir uma recusa, é ainda ameaçada de morte pelo amante da filha, Capitão Ulloa, militar e sobrinho do Intendente e um pinga-amor, que já se embeiçou pela iniciante de enfermeira, Olalla.

Aguardemos cenas dos próximos capítulos…

 

E a nossa freira chefe, enfermeira mor, irmã Úrsula, na sua postura seráfica e esfíngica, sempre sorrateira à espreita, “olhos e ouvidos” da Inquisição, sempre a delatar… “Limito-me a cumprir ordens da Santa Madre Igreja”! Ou dela própria? Qual o seu real papel em todo o desenrolar do enredo?

 

E não posso deixar de observar como eram as práticas médicas na época.

Com os conhecimentos possíveis, escassos e limitados; as restrições morais e religiosas à experimentação, base do conhecimento e desenvolvimento científico; a inexistência de antibióticos, desconhecimento dos micróbios; a não esterilização de instrumentos de uso clínico, as condições de higiene e alimentação precárias, apanhar uma doença era ser portador de sentença de morte.

Daí se compreende, apesar do aparente cinismo e desumanidade, da recusa de entrada da mulher prostituta no Hospital, que ocorreu no terceiro episódio e foi causa da primeira diatribe do jovem médico, Daniel.

A amputação de um membro a um doente, sem anestesia, com recurso a aguardente e uma rolha na boca, sem instrumentos cirúrgicos adequados, teria que ser um ato de grande coragem para todos os envolvidos.

 

E termino, que a crónica já vai longuíssima… com falas de Daniel e Ollala, ou não sejam eles os protagonistas principais da peça…

Daniel:

- Perdi meu pai.

- Perdi meu trabalho.

- E, agora, perdi-te a ti!

Olalla:

- Luta pela tua família.

- Luta pelo teu trabalho.

- Luta por mim!

Hortas Urbanas: Que importância?!

Será que as Hortas Urbanas têm alguma importância num contexto sócio-económico e cultural?!

 

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Ou será que elas são apenas um escape para um segmento populacional mais ou menos desenraízado no contexto urbano ou suburbano em que se insere?!

Será que este modelo de intervenção cultural, de raízes campestres, mas intervindo num espaço citadino e urbano, será apenas passageiro? Reflexo de um tempo de crise e como tal associado a estratos populacionais mais desfavorecidos?

Mais questões poderão ser levantadas…

 

À partida, quero expressar que sou defensor da sua existência.

Mais, reforço que deverão ser incentivadas as pessoas interessadas nesta prática, apoiadas pelas instituições que o possam fazer, promovendo e definindo práticas de uso de terras camarárias para esta finalidade.

 

Nesta ação de cultivo de terrenos abandonados no espaço urbano, penso que ganham todos os intervenientes.

 

Ganham os agricultores urbanos, pois produzem alimentos para si próprios, para familiares e também amigos, pois normalmente quem amanha a terra tem esta característica de personalidade: o prazer de oferecer o que obteve da sua produção. O gosto da dádiva!

Em princípio, os produtos obtidos serão de melhor qualidade, dado que quem produz nestas situações gosta de ter algum cuidado no processo produtivo, evitando, ou pelo menos não exagerando, nos pesticidas.

Possibilita uma saudável ocupação dos tempos livres, de forma construtiva, em contacto com a natureza.

Promove também a interação, o convívio entre os vários participantes nestas tarefas, que muitas vezes se ajudam entre si e com as respetivas famílias.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Ganha a Sociedade globalmente.

Os terrenos são limpos de mato e sujidade, evitando o abandono, a negligência, sem que para isso as entidades autárquicas tenham que intervir.

Evitam-se e previnem-se hipotéticos fogos.

Favorece-se a infiltração das águas pluviais, retendo-as, deste modo não escorrendo tão repentinamente quando chove e infiltrando-se o líquido nos solos. Abastece os aquíferos e evita também a erosão.

Diminui-se o circuito de distribuição e todo o gasto energético inerente, pois produtor e consumidor estão no mesmo elo da cadeia produtiva.

Mas o comércio também ganha com esta prática, com esta moda, digamos.

Nas grandes cadeias de supermercados prolifera periodicamente toda a gama de artigos necessários a estas atividades. Desde as sementes e plantas até aos sistemas de rega e recolha da produção, numa parafernália imensa de objetos mais ou menos engenhosos, de modo a ajudar, facilitar e promover a ação do agro urbano.

E algo que normalmente não valorizamos devidamente. Com o plantio de árvores, arbustos e hortícolas, há uma permanente produção de oxigénio, que nos é indispensável à vida.

São um modelo de intervenção cívica, num contexto de urbes em que, muitas vezes, os laços de Cidadania se foram perdendo.

São uma forma de ocupar as pessoas construtivamente, sabendo nós que o trabalho é uma excelente forma de terapia. E que faz imensa falta a muito boa gente que vegeta por aí sem fazer nem querer fazer nada de construtivo!

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

E qual o papel que as entidades autárquicas ou outras podem desempenhar?

Devem ajudar, incentivar, apoiar. Promover, divulgar!

Como? Disponibilizando terrenos, água, conhecimentos, informação… E, porque não, também formação?!

Criando feiras e/ou locais de venda, facilitando o escoamento da produção, que poderá ser excedentária.

Uma outra forma de promover, divulgar e incentivar seria organizando uma espécie de Concurso entre produtores e respetivas hortas, como se faz noutros ramos de atividade. Algo que teria que ser bem estruturado, auscultando previamente os possíveis interessados.

 

E outras Entidades como poderão intervir?!

Por ex. Escolas.

Foto original de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

As Hortas que visitámos situam-se a norte da Escola Secundária António Gedeão, confinando com a mesma.

Será que na Escola não poderiam ou não serão até já desenvolvidas atividades de intercâmbio?! Visitas de estudo, workshops, troca, partilha de conhecimentos e saberes. Estruturação de ações no âmbito de disciplinas ligadas à Natureza: Ciências Naturais, Geografia?! Ou integradas no contexto da Cidadania: Formação Cívica, Educação para a Cidadania?! Ou outras...

Ou atividades interdisciplinares. Trabalhos de Projeto, por ex.

Note-se que não sei se atualmente ainda existem as Disciplinas mencionadas!

Nas hortas visitadas criaram, nas “divisões/partilhas” de terrenos, um caminho entre sebes de canas entrançadas, que servem de divisórias. Pois esse caminho pedonal é utilizado diariamente por estudantes na ida e vinda das atividade escolares.

Foto de D.A.P.L. Junho 2015.jpg

 

Mas e para finalizar.

Realce-se que, embora a intervenção de outras entidades possa ser importante, este movimento tem muito de espontâneo e autónomo! Pelo que convirá ter sempre essa característica em conta nas atitudes e intervenções hipoteticamente a serem feitas!

 

Foto original de D. A. P. L. Junho 2015.jpg

 

Ver também: hortas-urbanas

 

Conferência - “A poesia de Jorge de Sena: uma reflectida espontaneidade”

Conferência

“A poesia de Jorge de Sena: uma reflectida espontaneidade”.

jorgedesena01.jpg

Promovida pela Universidade Sénior de Almada – Usalma e pela Associação de Professores do Concelho de Almada – Apcalmada, realizou-se no passado dia 15 de Maio, 6ª feira, pelas 17 horas, na Sala Pablo Neruda, no Fórum Romeu Correia - Almada, uma conferência subordinada ao tema supra citado, a cargo da Professora Doutora Maria Isabel Rocheta.

forum romeu correia.jpg

Previamente ao início da sessão, foi-nos entregue, à entrada da sala, uma “capa” estruturada a partir duma folha A3 dobrada, com uma breve sinopse do currículo da conferencista e uma folha em branco para apontamentos. Frise-se e louve-se este simples, mas significativo registo.

usalma.jpg

Apresentado o evento pelo Diretor da Usalma, Professor Gerónimo de Matos, foi este iniciado com um breve, mas apelativo, introito musical, desempenhado pelo “TrioMinda”, composto por Almerinda Gaspar, voz e Manuel Gomes e Vitor Costa, violas.

Escutámos “Epígrafe”, de Zeca Afonso; “Independência”, inédito musical sobre poema de Jorge de Sena e “No Alentejo…”, original dos executantes, Manuel Gomes, música e Vitor Costa, letra.

Fosse noutro enquadramento e era de pedir bis!

 

Seguiu-se a conferência, de título em epígrafe, com o didatismo da citada Professora, aposentada, Coordenadora da Área de Literatura e Cultura Portuguesas do CLEPUL, Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Segundo o breve resumo que nos foi entregue, a conferência versaria “Uma revisitação da poesia de Jorge de Sena. O testemunho seniano em duas faces: poemas de amor, fraternidade e fidelidade e poemas de indignação e invectiva.”

 

Jorge de Sena nasceu em Lisboa, 1919 e faleceu em Santa Bárbara, Califórnia, U.S.A., em 1978 (59 anos).

Foi-nos esquematizada uma síntese e cronologia das suas obras, distribuídas por 42 anos de produção poética, 1936 – 1978, mas também por outros géneros literários. E materializadas em três contextos espaciais: Portugal, 1939 – 1959; Brasil, 1959 – 1965 e E.U.A., 1965 – 1978.

Genericamente estes contextos criativos foram enquadrados na sua vivência pessoal, individual e familiar, e social. A sua postura interveniente de cidadão português, à escala global.

 

Sena “foi o imenso Poeta do Amor e da Fraternidade… de uma atitude universalista que fala da Justiça e do Amor… a Luz é o polo de orientação da sua Poesia”.

Ouvimos poemas a partir de uma gravação em CD.

 

O poema “Uma pequenina luz” foi ilustrado por um diapositivo fotográfico e foi contraposto a Poemas de autores atuais que nele e no Mestre se reviram: um poema de Pedro Mexia, com o mesmo título, 1999; e outro de António Carlos Cortez, “Luz bruxuleante”, 2008.

No final, também se documentou a sua influência em Pedro Tamen “Para Jorge de Sena à sua maneira”, poema de 1984.

 

Foi realçada a sua participação e importância nos “Cadernos de Poesia”, produção literária em fascículos, a partir de 1940-42, até 1952-53, envolvendo vários Poetas seus contemporâneos. Uma intervenção literária contrapondo-se, complementando(?) a das Revistas “Presença” e “Sol Nascente”.

 

“A Poesia é um processo testemunhal…” Ouvimos “Ode à Incompreensão”, de 1949; “Fidelidade”, de 1956 e “Isto”, de 1958. Também “Artemidoro”, ilustrado por imagem, foi lido e analisado.

artemidoro poema de jorge de sena.jpg

Foi realçada a forma como Jorge de Sena, nas suas obras e especificamente na Poesia se entrosava com outras formas de expressão artística, sendo ele um Homem de Cultura Universalista.

 

Foi uma intervenção rica de conteúdo, suficientemente abrangente e ilustrativa da Obra Poética do Autor, despertando a motivação para um maior conhecimento da mesma.

Penso que a conferência cumpriu inteiramente os seus objetivos.

Estão de parabéns todos os intervenientes.

 

Só terá faltado, e eu ia nessa expetativa, ouvir pessoas declamarem, in loco, poemas do Autor. Ouvir em CD, ainda que interessante, não será tão rico e motivador.

 

Deixo-vos um link para ouvirem o Poema “Uma pequenina luz”, dito por Samuel Úria.

Uma pequenina luz

 

Primavera e Mocidade

Foto1932. ramo floridojpg Foto de D.A.P.L.

 

“Oh, Primavera de lindas flores, elas são tantas, mas não são iguais.

Primavera vai e volta sempre, só a Mocidade vai e não volta mais…”

 

É assim, com algumas variações regionais, que canta a moda tradicional.

Que a Primavera traz sempre uma grande variedade e diversidade de flores é verdade, mas será que a Primavera que volta é sempre a mesma Primavera?!

Todos os anos vem a Primavera, mas nunca é a mesma Primavera. Uns anos anuncia-se mais cedo, noutros tem uma epifania mais tardia.

 

Como será este ano a Primavera?! Um Inverno praticamente em que não choveu. Dezembro, Janeiro e Fevereiro, mal caiu uma gota de água. Um tempo com bastantes dias de frio e temperaturas abaixo de zero, muitas camadas de geada…

Como será este ano a Primavera?!

As árvores, arbustos e ervas, cada uma a seu tempo, este ano talvez um pouco atrasadas, têm dado um ar da sua graça, florescendo.

Há alguma sequência na floração das árvores e plantas. Algumas florescem ainda o Inverno não começou. Nunca observaram o inebriante aroma das nespereiras floridas que acontece ainda em Novembro?! Não será já um anúncio da Primavera com alguns meses de antecipação ainda antes sequer da ocorrência do solstício de Inverno?! Ou não terá nada a ver com o assunto?

 A primeira flor do ano é a da amendoeira, diz o ditado. Mas há anos em que algumas amendoeiras, segundo a sua variedade, as condições do tempo e localização geográfica, iniciam a floração ainda em Dezembro. Outras variedades só em Março, tal qual a Primavera!

Foto1928. ramo com flores jpgFoto de D.A.P.L.

 

As andorinhas também já chegaram. Ainda em final de Fevereiro, já rasavam as planuras alentejanas, à cata de insetos. Também já as vi aos pares, descansando nos fios, na cidade de Almada. Daqui a pouco começam a construir os ninhos.

A Primavera vai e volta sempre. Mas será que é a mesma Primavera?! Não, não é! Cada Primavera é uma diferente Primavera.

E mesmo vindo cada Primavera, cada ano, nós sendo os mesmos, nunca somos os mesmos!

 

E a Mocidade não volta mais?! Ou será que volta?

 Nos nossos filhos e filhas, nos nossos afilhados e afilhadas, nos nossos sobrinhos e sobrinhas, nos nossos netos e netas, nos filhos e filhas dos nossos amigos, nos nossos alunos e alunas, não estaremos sempre perante a Mocidade?! Não a nossa mocidade, mas a Mocidade. Outra mocidade é certo, outras mocidades, mas sempre a Mocidade!

Não, de facto, a nossa mocidade não volta mais, mas a Mocidade volta sempre. Mas não a mesma Mocidade, tal como a Primavera vai e volta, mas nunca a mesma Primavera!

Foto1920. botão floridojpgFoto de D.A.P.L. 

 

Nota Final: As fotos são de Primavera! Mas onde está a Mocidade?!

 

 

 

E, a Irina?!

 

Bola de Ouro 2014. imagem da net.

Ronaldo sempre ganhou a 3ª Bola de Ouro. Amplamente merecida esta distinção!

A mesma emoção de sempre, o mesmo apego à Família. Nos agradecimentos, o afeto demonstrado pela Mãe e pelo Filho. A lembrança do Pai!

 

A mesma ambição: quer ganhar a 4ª Bola e igualar Messi! Despique perfeitamente assumido.

Realçou e agradeceu às equipas a que pertence, o Real, a Seleção, os portugueses, o treinador, os colegas. Sem a equipa, no futebol, nada feito. Nunca será demais realçar e agradecer aos colegas das equipas, sem eles, por melhor que seja o jogador, individualmente nada fará!

 

Fiquei contente por ver que o atleta também “dá a cara” por Causas Nobres: Ele e outros atletas “Todos Juntos contra o ébola!”. Certamente estará envolvido noutras Causas.

 

Algumas trivialidades:

Irina não compareceu, nem o futebolista a incluiu nos agradecimentos!

Não entendi o grito final! Anda a ver muitos filmes de “cobóios”?

Para que servem aqueles brincos? 

Ah, não beijou a Bola, pelo menos na transmissão apresentada, não vi.

 

Parabéns! Parabéns! Parabéns!

 

 

 

 

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