Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
E a Covid?! A pandemia lavra por aí.Agora, arredada dos focos mediáticos.
Mas o bicho continua a fazer das suas, minando a saúde. Dos portugueses, dos outros povos.
Só os chineses ou porque realmente o bicho os incomoda especialmente ou ainda e principalmente, porque outros “bichos” os incomodam ainda muito mais, periodicamente “fecham” cidades que são autênticos países. Mas isso, se calhar, são chinesices!
Em Portugal, a pandemia deixou de estar sob os holofotes dos media.
Nestes meados e finais de Julho acaloradíssimos, são os fogos.
São vistos quase como uma fatalidade. Um destino! Uma inevitabilidade. Não! Já não sei! Do que constato é que a Prevenção será a melhor arma para os combater. Que nunca se pode baixar a guarda, durante todo o ano. Que deverá envolver muitos meios diversos, em diferenciados níveis, envolvendo muitas entidades. E, sim! Os Particulares. Que se esquecem muito das respetivas responsabilidades. Falha muito a Prevenção. É um facto! Não é executada. E as Entidades Públicas também falham nos diversos níveis de ação. A ação deve processar-se desde logo nas bases.
As Juntas de Freguesias, as Câmaras, os corpos de intervenção das Autoridades, a GNR, por ex., agir perante os particulares que não providenciam as limpezas. A Proteção Civil.
Um trabalho de coordenação conjunta dos vários agentes no terreno, os Bombeiros incluídos na prevenção. E, porque não e também o Exército?!
Não é depois do mal feito que anda tudo a correr e não se chega a lado nenhum. É todos os anos a mesma coisa!
Investe-se, mas não na Prevenção. E a Prevenção é Trabalho, Trabalho, Trabalho…
Antes dos fogos, houve aquele “fogo-fátuo” do SNS. Ou "fogo de Santelmo"! Que continua. Não sei! A modos que chegaram à conclusão que é primordialmente uma questão de Gestão. De Autonomia de gestão! Será?! Autonomia em que aspetos?! Autonomia financeira? Mas os recursos financeiros são ilimitados?
Falam sempre em milhões. Milhões para aqui, milhões para ali.
E os Recursos Humanos?
Urgências! Já terá estado em contexto de urgências, certamente. Sabe que, nesse contexto, os profissionais trabalham habitualmente doze horas? E há profissionais que trabalham vinte e quatro horas?!
É uma desumanidade! Tanto para os profissionais como para eventuais doentes. E, agora, nalguns hospitais, querem oferecer aos profissionais, x em dinheiro, para não terem férias em Agosto...!
Mas terão ideia do estado de exaustão em que fica quem trabalha 12 horas? E 24 horas?!
Antes e simultaneamente com estes acordes mediáticos – comunicacionais, houve e há a guerra da Ucrânia. Nunca houve uma cobertura mediática tão acentuada nem tão acutilante duma guerra, como esta. Um horror! Podemos, através das reportagens efetuadas, observar a inutilidade das guerras, desta muito em particular. Apesar de outras que também vêm destruindo o Médio Oriente há dezenas de anos. A África. Guerras sem qualquer sentido!
Esta muito especificamente, despoletada por um indivíduo paranoide e seus sequazes. Esperemos que alguém, a bem ou a mal, lhe(s) consiga pôr alguma racionalidade.
Saudar o acordo sobre os cereais, sob a égide da ONU. Poderá ser um princípio para outros futuros acordos… Quem sabe?!
Com todos estes desvios do foco central de combate à Covid, ela alastra por aí, sem ninguém fazer caso dela. “Atacando”, inclusive Profissionais de Saúde!
Estas ondas de calor deixam-nos transtornados. Prostrados! Incapazes de fazer alguma coisa de jeito.
E os fogos! Uma desgraça todos os anos. Depois da tragédia que foi 2017!... O que me leva a inferir que não se aprendeu nada, mesmo nada, com essas ocorrências trágicas. Nem com Pedrogão, nem com o Pinhal de Leiria, e todos os incêndios calamitosos que aconteceram e voltaram a acontecer nos anos subsequentes.
Agora a desculpa é a falta de cadastro dos terrenos. Não se sabe de quem são os terrenos. Sobre esse aspeto, saber ou não a quem pertencem… leia “Limpeza dos quintais…” SFF!. Deduza o procedimento realizado.
Que a floresta deixou de dar rendimento. É verdade! As limpezas ficam caras. E não há um retorno qualquer imediato. É verdade!
Valorizem os inertes resultantes das podas, desbastes, limpezas... Criem um sistema de recolha desses resíduos para produção de energia, de adubagem...
Também já escrevi tanta coisa sobre isso. Gastei o meu latim e a minha paciência.
Que venham temperaturas mais frescas!
Se as Entidades competentes têm responsabilidades?! Desde os topos das hierarquias, das nossas governanças até aos níveis primeiros, de base, dos Órgãos Autárquicos?! Os níveis de base que até estão no terreno?! Claro que têm!
E os Cidadãos não têm responsabilidades?!Claro que têm! Os donos dos terrenos, dos quintais, dos grandes e pequenos espaços florestais devem agir preventivamente.
Basta percorrermos o País, todo o País, com olhos de ver e observamos o desleixo completo.
Até nas autoestradas! É só observar as florestas de um lado e de outro!
Tem de haver muita ação da parte de todos. Todos temos de nos empenhar. As governanças, sim, desde os topos das hierarquias até aos níveis mais básicos. Os trabalhadores no terreno, sim!
E os Cidadãos, sim! Custe ou não, a muito boa e santa gente, admitir isso.
*******
E os criminosos que provocam os fogos de propósito?!...
Um trabalho, numa agradável manhã de nevoeiro: Aldeia da Mata.
Calor! Calor! Isto está um inferno, aqui por este Norte Alentejano. Por todo o Portugal. Só de manhã está algum fresquinho que permite executar alguns trabalhos no campo. Regas, principalmente. Quem tem hortas, hortejos, quintais, quintarolas, jardins e outros espaços que tais, é de manhã ou ao final da tarde, bem final, que realiza essas regas.
Mas não é destes meus trabalhos diários, que atualmente realizo, sobre que vos venho falar.
Alguns dos últimos postais, que publiquei em semanas anteriores, de Junho e de Julho, abordaram o Descortiçamento realizado a 15 de Junho no Ervedal. Aproveitei para observar, fotografar, registar em vídeo essa atividade. Que divulguei. Como forma de dar a conhecer e documentar.
O/A Caro/a Leitor/a sabe certamente, já terá observado, quando viaja por este Alentejo profundo(!)… (Acho este termo um tratado! Profundo mesmo!)… Digo, quando se desloca por estas Terras Aquém do Tejo e passa junto a sobreirais, verifica que cada árvore tem registado, pintado, um dos dez algarismos. Saberá também, certamente, que esse dígito se reporta ao algarismo das unidades, do ano em que foi descortiçado. Como a cortiça é retirada de nove em nove anos e os algarismos são dez, nunca há razão para haver engano face ao último ano em que se descortiçou e o ano em que será descortiçado a seguir.
Face a este facto normativo, os sobreiros descortiçados no Ervedal também tinham de ser marcados com o algarismo 2, dígito das unidades deste Ano de Cristo: 2022. (Inferindo-se que o próximo descortiçamento será lá para 2031!)
Foi esse trabalho que realizei na passada semana, a seis de Julho, 4ª feira. Fui de boleia com o Sr. José António, bem pela manhã e pouco depois das seis já lá estava. Estava um tempo como há muito, muito tempo, não vivenciava! Maresia, nevoeiro baixo, neblina, encobrindo a paisagem. Corri toda a propriedade, de sul a norte, e vice-versa, de leste a oeste, de poente a nascente, por todo o espaço onde os sobreiros se espalham naquele meio planalto, de colinas suaves, de cerca de onze hectares. Sempre aquela frescura abençoada, envolvendo plantas e animais numa neblina refrescante, permitindo realizar a tarefa com imensa agradabilidade. Nalguns pontos, debaixo de algumas árvores, pingavam gotas de água. Parecia chover! Mas não. O vapor de água que forma o nevoeiro, em contacto com o tronco, ramos e folhas da árvore, condensa-se, passa ao estado líquido e, pingando, dava a sugestão de chuva. Abençoada manhã! Bendita tarefa que realizei com imenso gosto, cerca de três horas. Pouco depois das nove já estava despachado.
Fresco, fresco. Nada deste calor infernal em que estamos, em que tudo se torna penoso de realizar. E, além do mais, estes fogos, um inferno de verdade. (Tomara cá o Inverno, para refrescar!)
Estando o Sr. José António ainda demorado no respetivo trabalho, na Taipa, vim a pé até à Aldeia. São cerca de dois quilómetros e meio, meia légua. E o sol só apareceria para lá da neblina, depois das dez horas!
Bendita e refrescante manhã. Abençoado trabalho que adorei realizar!
A foto documenta Sobreiros, dos que meu Pai semeou, pintalgados com o 2.
Está Régio, sentado… lendo. Perto, alguns dos seus ícones: livros, crucifixos…
“Evocação do Cinquentenário da Morte de José Régio”: É esse o leitmotiv do monumento escultórico, que a imagem documenta. Instalado perto da Casa Museu onde viveu e atualmente alberga o espólio das muitas coleções a que dedicou parte da sua vida.
Na Rua e no caminho que terá percorrido muitíssimas vezes, dirigindo-se ao Liceu de Portalegre, onde lecionou; na direção do centro da Cidade, aos cafés que frequentava. Indo e vindo, na sua vida, por aqui palmilhada vários anos. Foi bem escolhido o local para instalar a estátua.
Não poderemos dizer que a ideia seja cem por cento original. Deduzimos inspiração a partir da evocativa de Fernando Pessoa, instalada ao Chiado, em Lisboa. Mas isso também não é necessariamente relevante. Ademais, Pessoa e Régio foram contemporâneos, embora Pessoa fosse mais velho e tivesse morrido bem mais cedo. Régio era admirador de Pessoa e foi um dos primeiros divulgadores da respetiva Obra.
Não importa! Ou importa: Em Portalegre, porto ou porta…
Obra executada por Maria Leal da Costa e José Luís Hinchado, em mármore e ferro.
É, todavia, relevante, frisar que este é um caminho a seguir pela Cidade. Valorizar a sua identidade como “Cidade de Régio”.
Institucionalizar a “Marca Régio: Portalegre – Cidade de Régio”.
(Todos estes Valores inerentes à Cultura, ao Turismo, atualmente estão algo adormecidos, com esta “coisa da Covid”. Mas atrás de tempos outros tempos virão. E sobrevirão outros e melhores tempos.)
E a propósito de tempos melhores, temos constatado que terrenos da Serra, em diversos locais, alguns bem dentro da Cidade, estão a ser limpos dos matos, das plantas infestantes. Estão fazendo limpezas, prevenindo e precavendo os fogos.
Hoje, desde cerca do meio dia, está a nevar na Cidade de Régio. Uns farrapitos, quase nada, vieram engrossando, uma dança de alvéolos flutuando. Vistos do quarto andar, ganham outra dimensão, pequenas plumas silenciosas e acrobáticas, logo se desfazem, mal tocando o chão. A continuarem, esperemos que sim, talvez, amanhã, pela manhã, tenhamos as encostas da Serra matizadas de branco. Que saudades! Há muito que não vejo os campos alentejanos cobertos de neve.
Mesmo assim, já nevando e ainda antes da hora de confinamento, fiz parte do percurso do “Boi D’Água”. Não continuei na direção do Bonfim. Entre outras razões, havia gente a cortar lenha e a apanhar pinhas numa das propriedades. Provavelmente alguns dos proprietários. O caminho vicinal é público, apesar de estar vedado por portão. Mas, seguindo-o e desbravando-o, é possível chegar ao Bonfim, sempre por trajetos vicinais, alguns bem característicos de tempos antigos. É ver e olhar e observar.
É um trajeto ótimo para um percurso pedonal. É as pessoas caminheiras quererem aventurar-se. Só não gostei da parte entre o Areeiro e o Bonfim, que se processa na estrada, que é muito movimentada e as bermas são muito, muito estreitas. De resto, proporciona excelentes vistas, algumas já apresentadas noutros postais, outras neste.
E ficou muito por explorar. Que existem algumas casas em ruínas e o que parece ser um fontanário antigo. Que a Serra é riquíssima em água e as quintas nas encostas todas têm e tinham bons mananciais para consumo dos proprietários e regas das hortas e pomares. E é por aí que correm os primórdios da Ribeira da Lixosa. (Que raio de nome!)
Mas, paradoxalmente, sempre se encontra algum lixo. Um improvável fogão velho, atirado borda fora do caminho, numa ribanceira. Ele há gente que faz da Natureza balde do lixo de casa!
E algo que me impressiona e atemoriza. As encostas têm uma floresta vasta de pinheiros, prontos a cortar, a desbastar, com imenso mato autóctone, caruma por todo o lado, troncos velhos e podres, pinhas, giestas secas. Um rastilho de pólvora em verões quentes, que nos atormentam todos os anos.
Os terrenos não têm proprietários que mandem cortar os pinheiros? Desbastá-los? Uma limpeza a sério. Até renderá bom dinheiro, pois as árvores já são de grande porte. Muitos proprietários? Desconhecidos?
As entidades públicas, os serviços competentes nacionais ou municipais não têm capacidade ou poder de intervenção?!
Uma pena e um perigo. Para as dezenas de moradores que têm quintas ou vivendas nas redondezas. Para as centenas de habitantes dos bairros nas proximidades. Para todos os habitantes da Cidade. Porque a ocorrer uma catástrofe, todos perdemos!
Um pedido, um alerta, uma sugestão, a quem de direito.
Mais uma Reflexão sobre a Prevenção dos Fogos Florestais!!!
Estamos quase no final de Janeiro, deste ano de 2018, que ainda mal se iniciou.
Como tem acontecido nestes últimos três anos, pouco tem chovido. Os ribeiros nem sequer correm. E faz imensa falta chover!
Todos sabemos o ano trágico que foi o de 2017, a partir do grande incêndio de Pedrogão, a 17 de Junho, ainda não se tinha iniciado o Verão e todos os que se seguiram, nos meses subsequentes, culminando no fatídico 15 de Outubro!!!
Ninguém deseja que se repita tal tragédia neste 2018.
Para isso é preciso que esteja já em ação, todo o trabalho de PREVENÇÃO.
Tanto pela Entidades Públicas, como pelas Privadas.
Sem demora!
Têm surgido notícias sobre as ações a desenvolver ou já desenvolvidas, umas que nos deixam esperançados de que se age ou irá agir. Outras nem por isso.
Sem qualquer pretensiosismo, gostaria de reportar para o que escrevi, e publiquei e que enviei para Entidades Competentes - Governativas, no âmbito da designada:
“Alteração ao Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios”.
Este texto além de o ter publicado no blogue em 16 de Janeiro de 2017,
enviei-o, via mail, também para
Excelentíssimos Senhores Ministros de:
- Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural,
- Administração Interna,
- Ambiente.
Recebi respostas de:
- Secretário de Estado da Administração Interna, datado de 23/01/17, titulado “Prevenção contra incêndios florestais”, em que refere: “… informar que o contributo será considerado no âmbito da discussão pública da Reforma da Floresta.”
- Secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, igualmente titulada “Prevenção contra incêndios florestais”; Resposta – SEOTCN – ofº nº 110 – Data: 23/01/17 – 30/04/17 – “…foi tomada a devida nota sobre as sugestões enviadas.”
(… … …)
******* *******
Agora, Caro/a Leitor/a,
Se tiver a amabilidade de ler o Texto enviado e as respetivas Sugestões nele registadas…
E se a nossa Governação Central e Local tivesse dado execução, pelo menos às medidas principais e, primordialmente, as respeitantes à PREVENÇÃO, nomeadamente a de curto prazo e que tem que ser feita anualmente.
(…)
Depois de tudo o que veio a acontecer!....
Não comento mais nada!
*******
Atualmente, preveem-se executar medidas de prevenção diversas.
E é importante e imperioso, e URGENTE, que elas sejam executadas, tanto pelas Entidades PÚBLICAS, como pelas PRIVADAS!
É deveras lamentável que neste País, no nosso País, só depois das desgraças acontecerem é que se providenciem ações concretas.
Que o que explicitei no texto, em muitos aspetos, foram sugestões que até já vêm vigorando há anos, só que os Poderes Instituídos e os Particulares, não lhes têm dado execução.
E não terão sido as únicas sugestões recebidas.
E, repito, a Legislação já consigna medidas de prevenção há muitos anos e em muitos diplomas legais.
Só que, neste nosso querido Portugal, “só depois dos trovões…”
*******
Muito é preciso fazer! Executar! Agir!
Muito se constata ainda que não está a ser feito e já há Autarquias a queixarem-se que não conseguem fazer os trabalhos necessários até Maio…
Não se esqueçam que os PARTICULARES também têm que fazer o que lhes compete e que da parte das Entidades Públicas será, muitas vezes, incentivá-los, obrigá-los, a essa execução.
O que é preciso é NÃO CRUZAR os BRAÇOS!
Porque se os Particulares fizerem o que é do seu Dever, ficam os Poderes Públicos com meios para executarem o que lhes respeita: caminhos públicos e vicinais, terrenos baldios ou de propriedade das freguesias, espaços confinantes com edifícios públicos, etc. e etc. …
Que trabalho para fazer é o que não falta!!!
E há por aí tanta gente que se queixa que não tem trabalho!!!
Por isso, “Mãos à Obra”!
*******
Não posso deixar de comentar uma notícia que surgiu sobre o ‘batismo’ de umas cabras que se prevê sejam usadas para prevenção primária.
Não discuto o nome, não sei se é um batismo feliz ou não, que nem sequer sou padrinho.
Mas que é importante que existam é!
Além de executarem uma atividade de prevenção primária, ainda serão uma fonte de riqueza e trabalho para as populações locais.
Eu até sugeri, primordialmente, ovelhas, para os caminhos vicinais, ribeiras, etc., porque são menos saltadoras.
Quanto ao nome das cabras se o acharem desadequado ou infeliz, chamem-lhes a elas, cabras, outros nomes:
“Cabras Montesas”, “Cabras Serranas”, Cabras Sarranas”, como se dizia na minha Aldeia, “Cabras Saltadoras”, que é o que as cabras mais gostam de fazer… Há tantos nomes que não ferirão suscetibilidades.
Mas que é importante estas existirem, e exercerem a função prevista, lá isso é!
*******
E, também a propósito deste assunto, algo que também sugeri:
Implementação de unidades de transformação dos subprodutos das limpezas, dos matos. Situadas no Interior. E atenção sempre à poluição!
E globalmente relacionado com tudo isto, é imprescindível repovoar o Interior.
E uma das formas será a Descentralização de Serviços, Atividades, Unidades de Produção, também para localidades do Interior!
E tenho dito e terminado.
E, como eu gostaria que o conteúdo deste meu post fosse lido e refletido, pelas Entidades Competentes!
*******
E, já agora, é fundamental referir que a foto é um original de D.A.P.L. – Dez. 2017, minha colaboradora desde a primeira hora!
O que seria dos meus posts sem a sua imprescindível colaboração?!
Reporta-se a um terreno em socalcos, recentemente limpo, na Serra de Portalegre.
Que bem que precisa de ser limpa, nomeadamente e a começar, nos terrenos que estão a norte do Hospital Distrital e do Antigo Colégio, matos e acácias mimosas, a eito!
Ao escrever a crónica anterior, datada de 14/10/17, referi a possibilidade de eventualmente voltar a escrever mais alguma crónica ainda neste mês.
Mas estava a milhas de imaginar que ainda voltaria a abordar o tema dos incêndios. Pois quem haveria de supor vir ainda a acontecer tal tragédia!
Mais de quinhentas ignições de fogo, (523), praticamente em todos os distritos ao Norte do Rio Tejo, no domingo, dia 15 de Outubro! E 199, na 2ª feira, 16 de Outubro!
Números assombrosos!
E perdas de vidas humanas.
E também de animais.
Milhares e milhares de árvores incineradas.
Poluição atmosférica tremenda!
Milhões de prejuízos...
(…)
Como é possível acontecerem tantas ocorrências de incêndios?!
Não há efeito sem causa!
É caso para ser averiguado. O que ocorreu para tal ter acontecido?! Porque não houve por aí, trovoadas secas, ventos ciclónicos, descargas elétricas… arcos voltaicos!
É imperioso que um estudo seja feito sobre o assunto.
Que situações se desenvolveram para que, em tão diversos e diversificados locais, tenham acontecido tantos incêndios. Melhor, para ser mais preciso, tantas ignições.
Porque incêndios, dado o estado de sujeira em que está todo o País, é fácil acontecerem.
Mãos criminosas?!
Mãos descuidadas que iniciaram queimadas, na expectativa da vinda das chuvas?!
Lavouras, aceires mal feitos?! Limpezas e cortes de árvores secas com máquinas motorizadas?! Uso de motosserras?!
Desbaste e aceire de pastos com maquinetas elétricas ou a gasolina?!
(…)
Seria muito bom que de conjunto tão variado e disperso de incêndios se tentasse saber como foram iniciados. Porque foi uma calamidade!
Numa entrevista na SIC, durante o Jornal da Noite, de 2ª feira, 16/10, um senhor que o pivot do Jornal considerou grande especialista, reportou para o facto de esta enormidade de incêndios, ter ocorrido na véspera do dia anunciado para a vinda das chuvas!
Esta afirmação passou relativamente ao lado do jornalista, que não a explorou, porque, depreende-se, não a compreendeu.
(Que é o problema fundamental deste pessoal das Grandes Cidades e destes Mundos Eletrónicos. Estão perfeitamente a leste do Mundo Rural! Problema idêntico nos nossos políticos!)
Porque, é mais que certo, que se no meio destes incêndios terão havido mãos criminosas e muitos interesses pelo meio… também, certamente, uma parte significativa se deveu a descuido de intervenientes.
Previu-se chuva.
E vai daí, muitas pessoas terão iniciado trabalhos agrícolas ou florestais que, dadas as condições em que ainda está a Natureza, são ainda extremamente perigosos.
E continuarão a ser, enquanto não chover realmente a sério e as temperaturas não baixarem consideravelmente.
Entretanto foi o que aconteceu. Uma verdadeira tragédia Nacional.
E a atuação do Governo atual, enquanto representante do Estado?!
Nem faço comentários!
E não deverão tirar ilações políticas?!
Se por umas “bofetadas virtuais” foi o que foi… Mas adiante, que se faz tarde...
E sobre o discurso de Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro?!
Disse o que havia para dizer, mas…
Um plano concreto de ação?! (?!) (?!) (…)
Ainda haverá uma reunião extraordinária de Conselho de Ministros.
Sempre o protelar no futuro…
Peço imensíssima desculpa, mas Sua Excelência deveria fazer o favor de ler as recomendações que frisei sobre a Reforma das Florestas.
Tomo a liberdade de fazer um pedido a Vossa Excelência, sabendo de antemão que dificilmente irá lê-lo.
Em termos de ação prática e concreta,
Se Vossa Excelência providenciar ordens e meios para que se faça uma verdadeira limpeza em campos por todo o País, a começar agora, que já se iniciou realmente a chuva, veremos melhorias no futuro.
Nem é preciso criar legislação nova. Basta pôr em aplicação a que já vigora.
Que o Poder Central nas propriedades e locais onde tem essa competência, aja nesse sentido.
Que as Autarquias, Câmaras e Juntas de Freguesia, as verdadeiras forças que estão no terreno, atuem com essa finalidade
As Autoridades Civis, Militares e Paramilitares, segundo as suas competências e jurisdição, atuem no sentido de operacionalizar trabalho a ser feito, o fiscalizem ou imponham de ser executado.
Limpar bermas de estradas e autoestradas. (Mesmo dentro do perímetro territorial das autoestradas há verdadeiras matas, é só olhar e ver.)
Exigir cumprimento das normas de pelo menos dez metros para cada lado das vias, com corte absoluto de matos e vegetação combustível.
Corte de vegetação combustível e de matos até pelo menos cem a cento e cinquenta metros de casas e povoações.
Aceires devidamente feitos.
Limpezas de caminhos vicinais…
E é só nos campos?!
Basta olhar, com olhos de ver, mesmo nas cidades!
Se Vossa Excelência conseguir pôr em prática esta medida por todo o País, atuando, como Poder Central onde tem essa obrigação e delegando poderes e competências nas Entidades Locais, muitas situações de risco serão minimizadas.
Exigindo Trabalho.
Exigindo também dos particulares!
E só falo destas medidas que têm que ser de curto prazo.
Se cumulativamente conseguisse criar estruturas, unidades fabris, por ex. que utilizassem todas essas matérias vegetais, arbustivas, lenhosas, herbáceas, para produção, por ex. de energia, para a compostagem, seria o coroar de um processo de êxito. (Estas ações já não seriam de curto prazo.)
E para falar só de medidas que têm que ser de curto prazo.
Agora, é prevenir também os efeitos das chuvas.
Que a chuva até tem vindo com muita calma! Chove bem, mas sem exageros, de noite. E, de dia, está quase sempre sol.
Assim permite que a água possa penetrar na terra, não escorra e o sol possibilita o nascimento rápido da erva nova.
A Natureza, ou a Divina Providência, ou Deus ou Quem coloca alguma organização no Universo, são Entidades muito mais sensatas que os Humanos.
Então que os “nossos” políticos nem se fala!
*******
Notas Finais:
Esta crónica começou a ser escrita na 3ª feira, 17/10, já após os discursos…
Entretanto logo após o discurso do Senhor Primeiro Ministro, 2 ª feira, 16/10, já perto das 23 horas, começou a chover!
É caso para dizer que sempre houve alguma ação. Não do governo, não dos homens, mas da Natureza.
Milagre?!
Não sei se na 4ª feira se ainda na 3ª, houve o pedido de demissão da Senhora Ministra.
Pecou por tardio?!
Rapidamente se resolveu a substituição.
Adequada? Dará algum resultado?! Valerá a pena?!
Outras demissões de outros órgãos ligados à problemática da gestão dos fogos também ocorreram…
Nem são para menos!
Entretanto também foi anunciada uma moção de censura ao governo.
Merecida?!
Sem dúvida. Apesar da demagogia, muita demagogia, associada.
E este governo deve continuar a ser sustentado pelos partidos que o têm amparado?
Deve?! Merece?!
É uma reflexão que deve ser feita por quem tem aguentado este governo.
Mas deverá este governo pagar por todo um conjunto de más politicas que já têm trinta anos?!
Mas tanta inação, tanto desgoverno, tanta falta de operacionalidade não é de sancionar?!
(...)
Reflita e tente responder por si, caro/a leitor/a!
Uma questão final.
E de todas estas últimas mudanças e alterações, o que foi mais importante?
As alterações políticas ou a chegada da abençoada chuva?!
E esta, vai continuar a vir de mansinho, ou, de repente, ganha senha de trovoada?
Sem dúvida que a chuva foi o mais importante.
Mas do que toda a gente vai continuar a perorar é sobre as alterações políticas.
Ah! E sobre o futebol!
(E prevê-se novamente tempo quente!
E as alterações climáticas?!)
(E como a foto, original DAPL - 2016, nos prenuncia: Haverá nova Primavera! Novas Primaveras!)
.(Até lá... tanto trabalho ainda a fazer!)
*******
P.S. -
Tem toda a razão caro/a leitor/a. O imediato, imediato, de curto prazo, agora, é resolver os problemas prementes de quem sofreu com os incêndios. Antes que chegue o Inverno.
Umas vezes melhor, outras pior, já contam 553 posts publicados sobre as mais variadas temáticas.
“Aquém – Tejo” sempre presente. Aquilo que mais nos “toca”, que nos está mais “perto”, geográfica e afetivamente, diga-se!
Sem ignorarmos o que se passa no Mundo, à nossa volta.
Não me vou alongar em considerações evocativas. Vou comemorar a efeméride com a colocação de um texto e algumas imagens sobre um dos temas que mais nos “dizem”, que mais nos “tocam”:
- As questões ligadas ao Ambiente e, neste tema tão vasto, tão variegado, as Árvores e a sua importância para a Humanidade.
- E num enquadramento tão relevante, mas tão descurado, o “Mundo Vegetal”, as Árvores, lembrar e documentar sobre uma Árvore muito específica, que tem tido aqui, no blogue, direito a “desfilar”, na sua beleza primaveral, que tem sido aqui, no blogue, referida pela sua História.
Para além das imagens primaveris, é altura de mostrá-la na sua grandeza matriarcal, frutificada, carregada de frutos.
Este ano foi muito abençoada. Em termos estatísticos e, para que conste, frise-se, deu, ofertou-nos, quase mil amêndoas doces. Casca rija, difíceis de partir as amêndoas, é certo, mas não foi avara na sua dádiva.
Na colaboração, sempre constante, neste veículo comunicacional, sempre, repito, desde o início, o trabalho impagável de D.A.P.L.
Mais uma vez, as fotografias são de sua autoria.
E retornando à Amendoeira…
Após esta abundante frutificação e talvez dado este tempo que nos assola, (continuam temperaturas desmesuradamente altíssimas para esta época do ano, bem acima dos trinta graus, somos ainda assolados pelos fogos, ainda!), talvez efeitos de toda esta conjugação de fatores adversos, a Árvore parece que secou.
Parece! Vou deixar chegar nova Primavera. E que chova entretanto. Que chova! Que chova!
(E há, por aí, alguns dirigentes (ir)responsáveis que cismam em ignorar os problemas ambientais, o aquecimento global, os efeitos poluentes de fontes de energia fósseis, o perigo do nuclear, das bombas, das armas, das guerras atrozes, eu sei lá!)
Voltando à Amendoeira…
Todavia e apesar de todas as adversidades, tem uns rebentos, já crescidos e nascidos a uns metros do tronco principal.
Serão uma fatalidade, um fado, a que não possamos fugir no Verão?!
Uma ocorrência catastrófica, mas natural, como um furacão, um tsunami, um terramoto, um ciclone?!
(Verão Escaldante!)
Volto a este assunto, porque, infelizmente, desde Junho que vivemos esta calamidade!
Este post anda para ser publicado desde Agosto. Mas tem-me sido difícil e doloroso escrevê-lo. Para além de outras questões, que me têm coartado a iniciativa de escrita. Mas tinha que ser escrito. E publicado! Em reforço ao que já escrevi anteriormente sobre o assunto.
Dada a forma e o conteúdo desta problemática e de como nos é ciclicamente apresentada, nomeada e muito especificamente pelos “media”, realce para as TVs, até parece que os incêndios são uma fatalidade, são uma inevitabilidade dos verões, dos verões de Portugal.
Mas serão?! Nomeadamente à escala e na dimensão em que, neste milénio, nos têm assolado?!
Na génese dos incêndios está, em muitos deles, quiçá na maioria, a malvadez humana de alguns, a cupidez e ganância de alguns outros e a inação de muitos.
(Há, obviamente, fatores naturais que são também causalidade, nalguns casos.)
Já me reportei a estes assuntos em vários posts e neles, caríssimo/a leitor/a, pode encontrar algumas das várias sugestões que apresento sobre o assunto e sobre a forma de minimizar este problema.
O que falta, o que tem faltado, é muito trabalho, muito trabalho de base, muito trabalho prévio, de prevenção; de prevenção, repito, a fazer-se anualmente, cada ano e ano, realço, por todas as entidades públicas e privadas e pelos cidadãos.
Falta trabalho. Trabalho. E tanta gente que se queixa que não tem trabalho! E vontade de trabalhar?!
Impressiona-me que perante esta verdadeira catástrofe, que de tal se trata, se observe uma relativa indiferença das pessoas, em geral.
Nas grandes cidades, mesmo naquelas, que são a quase totalidade, igualmente suscetíveis de serem assoladas por tal fatalidade, anda tudo nos afazeres e prazeres, como se tal ocorresse num outro país, num outro mundo, numa outra realidade.
Aliás, nesse contexto, nesse âmbito espacial, tudo se processa como se os fogos fossem assim uma espécie de “realidade virtual”.
Que papel, que contributo, virão dando as televisões para esse adormecimento, para esse anestesiar das mentes?!
Durante estes trágicos meses de Junho, Julho e Agosto e Setembro (pasme-se!) em que o País tem sido assolado por essa vaga de incêndios, a abertura dos telejornais, nas várias televisões, tem sido focalizada nessa temática.
Mas será que a forma e o modo como esse assunto é veiculado, contribui para informar ou mais para deformar as perspetivas dos telespetadores?!
(Atente-se no termo: tele espetadores! Que é isso que somos frente à TV. Espetadores, não atores, à distância…
Veem-se imagens de fogos, a seguir de festivais e festivaleiros enfrascados, cenas de fogos virtuais da “Guerra dos Tronos”, outra publicidade qualquer, mais ou menos disfarçada, futebóis e futeboladas, milhões e milhões nas transferências… E, eis o telejornal, enquanto o pessoal janta ou almoça ou come umas tapas ou bebe um café à beira mar plantado… E que o País do Interior se prante…
E aquelas imagens trágicas e assim contextualizadas, informam ou deformam?!)
(Aliás, os telejornais têm o condão persistente de nos alertarem para a desgraça! A nossa e a alheia. Tanto, que anestesiam.)
Os Políticos do Poder Central envolvem-se em questões e explicações mais ou menos consistentes; em acusações mútuas, recíprocas, mais ou menos pertinentes; em causalidades com maior ou menor nexo com o real. Em questiúnculas… demasiadas vezes. Politiquices, tantas vezes!
Os Políticos do Poder Local andam todos numa fona pré eleitoral, que as Autárquicas se avizinham, há que constituir listas, agora já formadas, sabem-se lá os jogos de bastidores (?) e vão-se mostrando por festas e festarolas, festivais e festivalices. E foi assim todo o santo Verão. Enquanto os campos iam ardendo.
Impressiona-me, ainda mais, o distanciamento, mesmo nas localidades do Interior, aldeias, vilas, cidades, em que os efeitos dos incêndios ocorridos, a mais de uma centena de quilómetros, se manifestam sob diferentes aspetos, mas nem isso leva as pessoas a saírem da inação, da sua zona de conforto e comodidade.
Em todos estes meses, desde Junho, ainda anteontem, nove de Setembro, se observou, o Norte Alentejano, pelo final da tarde, mais acentuadamente próximo ao sol-pôr, é coberto por uma nuvem de fumo, direcionada de Noroeste, proveniente do Atlântico, passando pela “Zona do Pinhal”, concelhos do Centro de Portugal, abrangendo parte dos distritos de Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém, onde têm ocorrido os trágicos incêndios, que tanto têm castigado as populações da Região.
Nalguns dias, em que o fumo se tornou mais intenso, o sol ocultou-se até mais cedo que o habitual, como se tivesse havido um eclipse.
E é o cheiro e o fumo que impregna e cobre as povoações, até em Espanha. Em Julho, no “Dia dos Avós”, pudemos observar esse facto em Valência de Alcântara. E, em Marvão, o vento impregnado de fumo, corria veloz, nas faldas da Serra, em direção aos campos da Meseta Estremenha!
E as casas e as árvores ficaram cobertas de um manto de cinza, restos de folhas e vegetais queimados, que o vento trazia dos locais dos incêndios.
Mas acha que estes factos, estas vivências diárias, durante estes meses, têm levado as pessoas à ação, ao trabalho de limpezas de campos, de caminhos vicinais, de estradas, de quintais, quintas e quintarolas, próximo e dentro das localidades?!
Ao aceire das bermas das estradas, dos campos circundantes, das serras e serranias, das encostas e terrenos junto e dentro de aldeias, vilas e cidades?!
E alguém ouve, apelos e sugestões, pedidos ou ordens, normativos ou posturas, dos Poderes Instituídos, Centrais e Locais, para que Cidadãos ponham as mãos ao trabalho?!
A começar pelas Juntas de Freguesias que deveriam ser as primeiras a agir?!
É só caminhar pelas localidades e redondezas. Viajar pelos concelhos limítrofes e olhar com olhos de ver!
Observe Caro/a Leitor/a, mesmo nas grandes Cidades.
Tudo se projeta para o futuro, mas entretanto, desde Junho, vivemos estas calamidades.
E os desgraçados que vivem e sofrem no meio destes incêndios!
Seja quem sofre os efeitos, que vive nos locais e quem acorre para apagar…
Situação a que a grande maioria deste País está sujeita! Dada a forma como todo este processo tem decorrido.
E os incendiários?!
Quando haverá uma ação direta e preventiva que impeça que esses indivíduos passem ao ato?!
Coartá-los de liberdade de movimentos nos meses críticos: Maio a Outubro.
Pô-los a trabalhar, a trabalhar no duro: na reflorestação, nas limpezas dos campos… (Durante o resto do ano.)
Legislar sobre estes assuntos é importante. Mas o fundamental é passar à ação. Em todos os campos possíveis.
E sem o trabalho de base não se obtêm resultados.
Operacionalizar agentes, em diversos enquadramentos funcionais, que se ponham a trabalhar, a trabalhar no terreno, nos terrenos, nos campos. Na Prevenção!
E a ação cívica dos cidadãos é imprescindível. Mais cuidado! Mais atenção aos lixos, que espalham por todo o País.
(Para algumas pessoas, o País, para além das portas e janelas da sua casa e do seu carro, é um vazadouro de lixo.)
Entretanto têm acontecido outras ocorrências mediáticas.
As “redes” sociais têm “ardido”, por acontecimentos, opiniões, mundivisões, atos e ações de maior ou menor relevância…
Não me vou debruçar sobre essas temáticas.
Volto a um tema quente, infelizmente, por demais.
Desenvolvimento:
Só este mês, Julho, se iniciou o período crítico respeitante aos fogos florestais. Paradoxalmente, todos nós sabemos o que aconteceu ainda na Primavera!
E sobre esse fogo, tanto se atenta na respetiva causa imediata.
Inicialmente, fora a trovoada seca, associada a altíssimas temperaturas, ventos ciclónicos e reduzida humidade no ar…
Posteriormente, falou-se em mão criminosa…
Também se falou em descarga elétrica de postos de alta tensão…
Todas causas imediatas possíveis.
Não sei se entretanto surgiu mais alguma explicação…
Mas a causa remota estava lá! E continua a permanecer por quase todo o nosso País. É só olhar com olhos de ver para o que nos rodeia.
Há que prevenir o que ainda pode vir a acontecer. Que os meses mais perigosos ainda estão para vir!
As limpezas de terrenos junto às povoações, os aceires, o corte das ervas e matos nas bermas das estradas, deveria ser uma das prioridades.
Sem os trabalhos e cuidados de limpezas, sem as ações preventivas, bem pode chover dinheiro!
Ter aproveitado o tempo mais fresco que ocorreu no final de Junho, para essas atividades. São Pedro deu uma ajuda. Choveu e esteve bastante fresco na véspera do Santo!
Agora, em Julho também têm vindo alguns dias propícios. Principalmente nas manhãs, bem cedinho. Alternados com outros, impossíveis, de calor!
Também tem chovido. (Pouco, pouco!) E as chuvas após os incêndios…
Mas voltando às limpezas…
Quem fizer uma viagem pelo Interior do País constatará que a atitude dos diferentes poderes concelhios difere de uns para outros.
Verificará que se alguns têm as bermas das estradas limpas, noutros nem por isso.
E neste aspeto, falta de limpeza, não há qualquer diferença por orientação partidária.
Envolve praticamente todas as orientações partidárias.
É um daqueles assuntos locais e nacionais em que todos se devem envolver. Não adianta alijar responsabilidades, nem atirá-las para cima do vizinho.
As “politiquices”, nomeadamente face aos fogos, não fazem qualquer sentido! (Nem relativamente a outro qualquer assunto, frise-se!)
Agora só se fala em milhões e milhões.
Mas ouso questionar.
Se há tanto dinheiro, à posteriori, porque não terá havido para os trabalhos prévios?!
Se há tanta solidariedade, de tanto lado, de tanta gente, e ainda bem que há, porque não se envolvem os cidadãos em ações de prevenção, das mais diversas maneiras?!
(Já aqui abordei estes assuntos de cidadania em vários posts!)
E toda essa massa irá ter aos destinos certos?!
E irá ser usada da forma mais correta?!
Tanta desgraça se evitaria se houvesse uma verdadeira prevenção em que todos participassem!
Bem se pode, agora, falar e falar, perorar e perorar, tanta solução futura, tantas opiniões mágicas para daqui a anos, mas não havendo cuidados continuados e anuais…
Bem se pode falar em acabar ou reduzir as florestas de monocultura de espécies combustíveis (pinheiros e eucaliptos), que é imperioso executar; em reflorestar com espécies autóctones (carvalhais perenes e de folha caduca), indispensáveis, mas não havendo prevenção anual e atempada, de nada valerá tanta peroração!
(Tanta conversa é apenas “trovoada seca”!)
E é só nos campos?! Não!
Repare na sua Cidade!
Na minha Cidade, olho a serra a norte da Unidade de Saúde Distrital… e o mato que vejo!
Deus nos livre, de trovoadas secas! De mão criminosa ou descuidada! De uma beata de cigarro mal lançada… De descargas elétricas de alta tensão! Das altas temperaturas que continuarão. Que o Verão ainda mal começou!
E no perímetro urbano da Grande Cidade, em Lisboa, como é?!
Agora anda toda a gente nos festivais… Tanto festivaleiro para aqui, tanto festival para ali.
E tanto “cuidado” que há! Só se lembram quando há “Andanças”!
E como ficam os recintos após a festivalada?
Toneladas de lixo!!!
O papel e a responsabilidade dos cidadãos é inquestionável. Há que mudar hábitos, atitudes e comportamentos.