Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Bem sei que fica longe do seu percurso de Vida, Caro/a Leitor/a. Mas para quem está por perto, proporciona um passeio bem sugestivo. A fonte está lindíssima. Ademais, agora, pintada. Tem uma água ótima. Muito fresca.
Para quem está longe, proporciono esta viagem virtual. Aprecie a arquitetura, singela, mas peculiar, apelativa, tradicional.
A bacia de receção da água e de colocação dos asados, simples, mas artística!
Há sempre, em qualquer localidade, uma fonte perto, mesmo nas cidades, por maiores que sejam.
Aliás, quanto maiores e mais opulentas as urbes, mais majestosas as fontes: a Fonte Luminosa, a Fonte Monumental, a Fonte da Boneca, a Fonte dos Amores, eu sei lá… a Fonte do Ídolo… a Fontana de Trevi!
Na sua localidade qual a fonte que mais se destaca?!
Por aqui, pela Aldeia, eu evidencio esta, a Fonte do Salto! Nome original.
Aventure-se e aprecie, SFF!
Pena não poder oferecer-lhe um copo de água num cocho.
Este postal é introdutório dos que quero publicar a partir de amanhã.
Foto original tirada na minha Aldeia, no caminho da Fonte das Pulhas, em 3 de Outubro, deste ano de 2020.
O nosso clima permite que, já no Outono, as silvas ainda floresçam. Não terão chegado a produzir amoras, já se vê, que, entretanto, choveu e bem(!), e certamente… adeus pétalas das flores…
Para o próximo ano haverá mais… lá para Junho.
As silvas são das plantas mais peculiares que conheço, no respeitante aos frutos: as saborosas amoras. Começam a dar em Junho, como as uvas, que começam a “pintar” nessa altura, e em anos bons, ainda há amoras em Novembro.
Quem ganha com isso é a passarada!
Até amanhã… e prestem atenção aos passarões, que por aí andam… SFF!
E porque temos estado a “postar” sobre atividades campestres, ainda que em meio urbano, vamos apresentar alguns aspetos peculiares e extremamente interessantes sobre algumas paisagens rurais de Aldeia da Mata.
Esta localidade do Norte Alentejano tem alguns monumentos e paisagens que merecem ser devidamente valorizados. As pessoas conhecedoras atribuir-lhes-ão o devido valor, mas muita gente não conhecerá…
Alguns monumentos serão mais destacáveis, nomeadamente dado o seu simbolismo e antiguidade, outros mais singelos e modestos, sem deixarem de ser interessantes. Uns serão mais significativos, no contexto atual, outros tê-lo-ão sido em tempos imemoriais.
De todos, num enquadramento cultural mais vasto, espacial e temporalmente, o mais significativo, também porque de maior antiguidade, será talvez a Anta do Tapadão.
A Igreja Matriz, num enquadramento cultural diverso e mais recente e, de entre os monumentos ainda em funcionamento, face aos objetivos para que foi fundada, também se destaca.
Todos estes aspetos se relativizam face ao contexto em que se inserem, no espaço e tempo próprios. Não se pretendem comparações com outros objetos de análise, de outras aldeias, vilas ou cidades. Falamos do que temos e como temos, tão somente!
De entre os monumentos que temos e também dos lugares e paisagens em que nos enquadramos, alguns são deveras interessantes.
Mais ou menos modestas, sem deixarem de ter interesse e valor, destacaria, por ex., o conjunto de fontes, de que algumas cumprem cabalmente a sua função debitando água agradável e fresca, todo o ano. Mesmo nos verões mais quentes e secos. Este ano não sei… Choveu quase nada!
Destas fontes uma se destaca entre todas. Primeiramente pela sua função primordial: a água. Será, indubitavelmente, a melhor água de entre a das diversas fontes.
Também é dotada de alguma relativa monumentalidade, na sua singeleza, de obra popular. Possui um evidente enquadramento paisagístico que a valoriza, de fráguas alcantiladas, de uma ribeira que a isola da povoação, mas a que uma ponte certamente centenária lhe permite aceder. Os penhascos, a vegetação autóctone, apesar da acácia australiana que teima em persistir e a ponte, talvez romana (?), talvez, tornam-na num passeio apetecível, apesar de atualmente pouco procurada.
Pois falo precisamente da Fonte do Salto e da Ponte do Salto.
Acede-se a ela por um caminho que durante séculos terá sido via de transporte importante para pessoas, mercadorias e animais. Atualmente até de carro.
Recentemente, por incumbência da Junta de Freguesia, foi valorizada pela limpeza da arca da água que tem na parte superior e embelezada, qual noiva, pela pintura a branco e amarelo oca, cores tão características e tradicionais na região.
Merece uma visita!
Um garrafão ou garrafa para trazer e beber água fresquinha e a caminho.
Arriba! Que se faz tarde!
E, a propósito de caminhar…
A organização de uma caminhada em que se proporcionasse a conterrâneos e forasteiros um passeio pelas fontes da Aldeia seria uma boa sugestão. Não propriamente no Verão, que está muito calor e tudo muito seco, mas na Primavera em que o enquadramento paisagístico é exemplar.
Quem fala em fontes, poderá sugestionar: “Por pontes, passadeiras e fontes…”
Bem perto da Ribeira do Salto, outro excerto da Ribeira, também agradável, é a Ribeira da Lavandeira, onde existem umas artísticas passadeiras e a que se acede por uma calçada.