Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Não, não vou falar sobre a célebre canção de Elis e Tom Jobim, não.
Também não vou comentar sobre tanta coisa importante ou nem por isso, que por aí pulula nos media. Muitos assuntos, até preocupantes, que nos surpreendem ou talvez não, como foi possível chegar-se a tal. Não estou virado para as “políticas e politiquices”, apesar de haver assuntos que mereceriam alguns comentários.
Nem também sobre o Portugal – Hungria irei perorar. Por enquanto, o futebol não me merece destaque. Acompanhemos o campeonato e aguardemos o próximo sábado.
Falo-vos, e para começar, precisamente de águas… de chuva.
Que finalmente resolveu brindar-nos, já na Primavera, quando se esquecera de nós, todo o Outono e Inverno. Mas, mais vale tarde… Que, “Março, marçagão…”
E, com ela, o frio. Não sei como serão as águas de Março, lá para o Rio, que anunciam o final do Verão. Aqui, “deveriam” (?) vir no Inverno e/ou no Outono, mas só agora chegaram. Precisamente com a Primavera! Que supostamente se deveria anunciar radiosa, alegre, iluminada. Mas não! Chuva e frio!
Ainda bem que nós não mandamos nisso, diz o povo!
E é precisamente e também da Primavera e das ocorrências humanas a ela associadas, que vos quero falar.
Ainda no dia 20, pela tarde, quando o sol, no seu movimento aparente, atingiu a posição de equinócio, passando a linha do equador, para o hemisfério Norte, oficialmente, iniciou-se a dita Primavera!
Habitualmente, essa ocorrência situa-se no dia 21 e é nesse dia que se celebram duas datas festivas importantes: “Dia da Árvore” e “Dia da Poesia”!
Em Almada, associada às boas-vindas à Primavera, organizam-se os “Dias da Floresta”.
Nessas atividades, entre outras igualmente interessantes, promovem a distribuição de árvores, plantas, arbustos, ervas aromáticas, a troco de lixo para reciclagem, conforme pode verificar na ligação anteriormente assinalada.
Já, por diversas vezes, temos participado nessa ação, neste ano novamente.
Cada pessoa tem direito a duas plantas, em função dos respetivos objetos levados para serem incorporados nos bidons específicos de reciclagem.
Cinco árvores: um pinheiro manso, dois carvalhos, uma alfarrobeira, uma azinheira e uma planta aromática, cujo nome não fixei, mas que, supostamente, é dissuasora dos mosquitos, quando colocada à janela! Haverei de saber-lhe o nome.
Ainda no âmbito das atividades integradas nos “Dias da Floresta”, ocorreram no dia 23, 5ª feira, as ações “Vamos Plantar!” e “Observação de Aves”.
Já tenho participado nesta última ação noutras ocasiões. Desta vez, envolvi-me mais na primeira: “Vamos Plantar”!
E plantei?!
Plantar, plantar mesmo, como já fiz imensas, tantas vezes, no Alentejo; em Almada e no Parque da Paz, não.
Apenas ajudei a plantar. De pá, com enxada, apenas atirei a terra para as covas onde os técnicos da Câmara haviam depositado uns choupos de folha branca e uns carvalhos portugueses. Que as covas estavam feitas, as árvores já colocadas.
Nesta ação, dei a minha ajuda e colaborei com as crianças da Escola “Primária” do Pragal, que aí estavam, entusiasmadíssimas, num trabalho prático, que lhes perdurará, certamente, nas suas vidas futuras, essa lembrança.
“- Sabes?! Recordas-te?!, quando viemos plantar estas árvores, aqui, quando andávamos na Escola?!” Dirão elas, daqui a alguns anos, quando, já crescidas, vierem correr ou passear para o Parque.
Também havia alguns adultos, mas poucos, que eu contasse, apenas quatro e um, o que pretendia era o kit das ervas aromáticas, que supostamente deveriam dar-lhe, em troca da participação. Ironicamente, não haviam sido levados os kits para o evento, com medo da chuva!
E voltando à plantação. Após pedir a pá a uma criança, questiona-me esta, numa voz cheia de alegria, contentamento e admiração.
“ – Você é Alentejano?!”
Dada a resposta, após saber o como e o porquê de tal pergunta, trivialíssima; chegou a minha vez de saber também a localidade de origem da menina. Que ela era daqui, de Almada, só que os familiares são da Esperança, já se viu nome mais bonito para uma aldeia?! Esperança: concelho de Arronches, duas localidades tão bonitas!
E voltando ou continuando na Poesia!
No dia 21, também o C. N.A.P. – Círculo Nacional D’Arte e Poesia promoveu uma bonita sessão dedicada a esta Arte Poética, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.
Disseram-se poemas, poesias, recitaram-se, leram-se, declamaram-se versos e rimas ou não, sobre temas poéticos; pelos presentes, que rimaram o ambiente do Centro. Parabéns a todos.
Também circularam boas amêndoas da Cidade de Régio.
E, nessa bela Cidade, e à mesma hora, a Poesia saiu à rua, homenageando os seus Poetas e suas Poetisas, em “Momentos de Poesia”!
E também e ainda em Março, se comemora o “Dia do Pai”. Que todos os dias são dias de pai. E que Saudades e que falta me fazes, PAI!
E, igualmente em Março, e como de costume, o Grupo Coral Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó, comemorou o seu trigésimo primeiro aniversário, no Clube Recreativo do Feijó. Aniversário a vinte e um, festejado ontem, sábado, vinte e cinco.
E que belos momentos se vivenciaram, através daquelas vozes telúricas, que em coro, no ponto ou no alto, nos evocam o nosso querido Alentejo, no âmago mais profundo do seu Ser!
E esta “crónica salteada” ainda tem mais condimentos?
Ontem, também planeara ir à sede da SCALA, aonde haveria também uma Sessão de Poesia.
Julgava que funcionava na Incrível. Também aportei à Academia. Aí indicaram-me a localização, no esquema: “direita, esquerda, frente…” e é facto assente, não dei com o local. Acabei por desembocar, voluntariamente, na Casa da Cerca. Local lindíssimo da Cidade de Almada, que é imprescindível visitar-se.
De volta, acabei por saber, no Centro de Interpretação de Almada Velha, que a sede da SCALA é na antiga Delegação Escolar, junto à antiga Escola Conde Ferreira.
Já sei, in loco, onde fica. Futuramente já não me irei “perder”!
E, nestas deambulações, antes passara pela Oficina da Cultura e pela Biblioteca, constatei o óbvio, em Almada: Cidade e Concelho.
Há sempre imensas atividades culturais, dos mais diversos tipos e âmbitos e pelos mais variados locais públicos e em espaços relativamente perto uns dos outros.
Por vezes, o difícil é escolher. Dada a simultaneidade dos eventos!
E, por aqui me fico, nesta crónica salteada, de eventos e “condimentos”, por locais e acontecimentos!
Neste 10º Grupo, Mabel Cavalcanti, Maria Alcina Magro, Maria José Reis, Maria Graça Melo, Maria Vitória Afonso, Mário Bragança e Mário Vitorino Gaspar.
De cada um, selecionei uma Poesia, como habitualmente.
Cabe a si, caro/a Leitor/a, apreciar!
*******
MABEL CAVALCANTI
“ ESQUEÇAM, PARA LEMBRAR”
“ Esqueçam tudo que eu já sofri
Pois hoje renasci
Sou toda primavera
Renasci de amor em outra terra
Num inverno onde quase morri.
Foi aquele ali
Que me devolveu
Todas as estações
E hoje sou flor
Sou chuva e sabor
Num outono de amor
Desse verão
Apaguem minhas notas tristes
Aquela lá já não existe
Hoje sou bem melhor
Sou amor e sou amada
E ando acompanhada
Numa linda estrada
De girassol.
Esqueçam meu ontem chuvoso
E vejam que sol maravilhoso
É o meu andar
E deixem que eu cante a minha esperança
Nessa noite sempre criança
Esqueçam
Para se lembrar
Que só o amor, eterna semente
É meu futuro e presente
É o que me faz cantar.”
*******
MARIA ALCINA MAGRO
“A TUA AUSÊNCIA”
“Em silêncio, ou por palavras desconhecidas dos poetas,
gostava de te dizer o que sinto com a tua ausência,
o que sofro com a tua partida,
o que penso, com o teu silêncio.
O Sol enche de luz a minha casa,
as pombas espreitam às janelas
e sentam-se, descaradamente, na varanda.
As abelhas vêm beber a água dos vasos
e beijar as pétalas macias e coloridas das flores.
Viajo com as águas do Tejo que vejo correr
para o mar, lá longe, em Cascais.
Tenho saúde, agradeço este dia
em que contemplo a beleza do mundo,
e sinto bem fundo o amor que alimento.
Vivo com esta desmedida nostalgia,
com esta profunda saudade
humedecida nas paredes do meu peito
no momento em que me deito,
no momento em que me levanto.”
*******
MARIA JOSÉ REIS
“ALVORADA”
“Vejo nascer doirada a madrugada
Alegria renasce a cada instante,
Já vejo o claro dia alvoraçada
Essa dispersa luz tão madrugante!
Infinita alegria misteriosa
A aurora desperta com sua graça,
Inundando a paisagem radiosa
Cobrindo de harmonia a quem passa.
E no imenso altivo horizonte
Ouço chilrear aves matinais
E água a sair na clara fonte.
É o conhecimento p´lo amor
Duma vida florindo sempre mais
Em uma madrugada sempre em flor!... ”
******* MARIA GRAÇA MELO
“AMOR ETERNO”
“No espanto dos teus olhos me espanto
Sempre e quando me perguntas inocente
Se o mundo vai girando e a gente
Continuará a se amar tanto, tanto
Não sei que responder mas de repente
Sinto em nossos corações o mesmo pranto
A dizer-nos que este amor é sacrossanto
E em nós, irá durar eternamente…
Este laço que nos une é permanente
Seiva e sangue a correr pelas artérias
Que a sábia natureza não desmente
E pr’além de todo o amor, o nosso alento
Haverá dentro de nós marcas etéreas
A servir às nossas almas de alimento…”
*******
MARIA VITÓRIA AFONSO
“AGOSTO”
“Avança o tempo, surge o mês de Agosto
Em casa permaneço assim calada
Deixa Deus que esse tempo, que não gosto
Se eclipse e doutro mês surja a madrugada.
Aqui encontro-me eu a contragosto
Desse meu Alentejo já exilada
Grita a saudade; a alma com desgosto
Perde a serenidade costumada.
Está-me assim, doendo a solidão
E sinto forte a falta de convívio
E nas horas de plena evocação,
Eis meu ser mergulhado no declívio
Deus me dê o alento e reflexão
Me traga, à soledade, pleno alívio.”
*******
MÁRIO BRAGANÇA
“MULHER BONITA”
“Se mais bonita é a mulher
Mais bonita ela quer ser
Faz tudo que pode e quer
Para bem melhor parecer
A mulher é uma beleza
Para o homem tentação
Mas nunca tem a certeza
De um dia a ter a mão
A mulher é importante
No mundo em que vivemos
Perdem tudo num instante
Se as não compreendemos
Os dons que a mulher tem
Fazem sempre companhia
Deles se orgulha e bem
Para lhe dar força e alegria
Atributos da mulher
Por vezes exagerados
Ela aumenta o que poder
E nunca são censurados
A mulher comanda a vida
Se nasceu para comandar
É uma vida bem vivida
Quando os dois se estão amar”
*******
MÁRIO VITORINO GASPAR
“A NUDEZ”
“A Princesa de nome Rosa,
na parede Jesus!
Brota uma só gota lacrimosa
nos esbeltos seios nus!
- Nua, sem vestido?
A Princesa a Deus implora
- … Não faz sentido!
Outra lágrima e chora.
- Nua… Sem vestidos,
só joia de brilhantes?
Nos seios recém-nascidos
baú de ouro e diamantes?
Joias! São peças únicas,
verdade! E de certeza,
nem sequer umas túnicas
cobrem a linda princesa?
Dançam nos seus olhitos…
Lágrimas! São folhas caídas,
gotículas aos saltitos,
nas curvas proibidas!
Cristais crescem sem nexo,
ninho que o choro nobre,
na virgindade do sexo,
a nudez não encobre!
A criança é nua ao nascer –
e disso não há engano
- Veste-se até morrer,
nem que seja com um pano.
Sai uma lágrima cristalina
e a nudez é de nascença,
sendo ela tão divina…
Qual a diferença?”
*******
Notas Finais:
- Este é o penúltimo grupo de antologiados de que apresento um texto poético, de entre os que cada um deu a conhecer na XX Antologia.
- É natural e possível que tenha cometido alguma gaffe.
- Se, por acaso, verificar algum erro “tipográfico”, ou de outro tipo, involuntário, frise-se, agradeço que me dê conhecimento, se faz favor!
- Clicando, em espaços especificamente assinalados, poderá ficar com uma ideia significativa sobre a Antologia.
Por isso, neste quinto-centésimo post, aproveito para dar a conhecer a Agenda da APP – Associação Portuguesa de Poetas, de Março, como tenho feito ao longo destes anos de blogue.
Anexo dois links, para blogues que subscrevo e sigo sempre com atenção, que nos trazem sempre lindas Poesias, ilustradas por sugestivas e belíssimas imagens:
“MEU ALTO ALENTEJO” - “EM BUSCA DE MIM” - “OUVE!!!”
“MINHAS TRANÇAS MORENAS”
*******
Preâmbulo:
Volto à divulgação de textos de poesia e de prosa (?), a partir de publicações editadas no âmbito de “Momentos de Poesia”.
Selecionei textos de “Momentos de Poesia - Historial e Poesia e Prosa de 48 Autores”, 2016.
Sendo que, habitualmente, de outros autores tenho divulgado textos poéticos. Neste post, todavia, inicio com um texto em prosa. Mas será exclusivamente um texto prosaico? Lerá, caro/a leitor/a, com atenção, se faz favor, e nele encontrará muita poesia.
Por outro lado, este texto explica-nos, de forma muito poética, o contexto e o móbil de “Momentos de Poesia”. E um dos seus enquadramentos temáticos: “…o nosso amado Alentejo!”
Deste modo, e muito merecidamente, é ele que tem honras de abertura deste post, em que retorno à divulgação de Poesia de “Outros Poetas e Poetisas”.
Não tendo o texto um título, resolvi atribuir-lhe um, que sintetiza também o meu desejo face a todos os Antologiados: Bem hajam!
*******
“BEM HAJAM!”
"Quando há uns anos, a professora Deolinda solicitou o meu contributo para musicar um poema de sua autoria, que viria a ser o hino dos “Momentos de Poesia”, estava longe de saber (… santa ignorância…) que um grupo de pessoas de caráter altruístico dedicava a sua poesia ao arrebatante Alentejo!
Desde então, sempre que possível, assisto às tertúlias mensais promovidas pelos “Momentos de Poesia” que se revelam um bálsamo para a alma, uma elevação para o espírito. É, também, um espaço onde se declama a poesia dos consagrados! Também se dá voz ao repentista, ao anónimo poeta, a todos aqueles que de alguma forma contribuem para o enriquecimento destes encontros, sem pretensão de qualquer espécie.
A entoação da estrofe embala o coração, o recitar do verso inebria os sentidos, cada poema aviva as lembranças de uma infância feliz, pautada por dias amenos e fervilhantes das coloridas primaveras.
Vem à memória o canto simples do “papafigo” e a soberba melodia do rouxinol que, debaixo da frondosa sombra dos castanheiros, eu tentava imitar quase sempre sem êxito! Trepar às árvores para espreitar os ninhos, ou para vigiar uma vintena de cabras sempre em movimento, tinha como consequência a reprimenda da mãe, olhando com desespero para as calças rotas no joelho, ou o rasgão na camisa provocado pelo inoportuno galho!
Já não temos o Alentejo de outrora, derruído pelo tempo, quase votado ao ostracismo. As suas casas rasteiras, brancas, de largas chaminés, dão agora lugar às modernas construções para incrementar um turismo forte e atrativo, dizem uns, à descaraterização da secular paisagem, dizem outros. Mas, tudo se vai transformando, já se vislumbra, ainda que de forma ténue, a recuperação de velhas casas respeitando a sua traça.
Cantemos pois os versos dos nossos poetas, dos “Momentos de Poesia” que com sensibilidade e abnegação elevam sempre o nosso amado Alentejo!
Tinha-me proposto iniciar o Ano de 2017, com um post sobre Poesia.
Mas, afinal, comecei com um post, o nº 481, sobre uma série. Por acaso, ou não(?), sobre uma marcante: Hospital Real.
Terminei o ano de 2016, post nº 480, escrevendo também sobre a série em curso na RTP2, “A Fraude / Bedrag”, que julgo irá terminar hoje a 2ª temporada. Desconheço se haverá continuidade, o final nos dirá qualquer coisa…
Agora, finalmente, posso voltar às publicações sobre Poesia, que é um dos meus propósitos para o blogue, neste Novo Ano.
Continuando, neste post nº 482, na divulgação de Poesias da XX Antologia da APP.
Agora, o 5º grupo de Antologiados que divulgo no blogue. A Poesiamerece!
Seguem-se Poemas de: Damásia Pestana, Daniel Costa, Dilma França e Euclides Cavaco.
*******
DAMÁSIA PESTANA
“CLAMOR”
“Quando me for embora não chores
Peço-te em nome do nosso amor
Arranja outra não demores
Não é um pedido é um clamor
A felicidade que me deste outrora
É hoje um outono bem frio
Onde a criatividade já não mora
Como o mendigo junto do rio
Não existe o brilho dum sorriso
Terminou a nossa primavera
Em nós já nada faz sentido
Ficando apenas uma quimera”
*******
DANIEL COSTA
“MONTEMOR -o-VELHO”
“Da cultura é espelho,
Que se reflectiu no Munda,
Montemor-o-Velho
Rio Mondego de corrente fecunda,
Oh!... Munda de outrora, banhas o concelho,
Espraiando cultura profunda
Sentida, até nos arrozais com brilho
Que nos teus poetas é explicanda,
Afonso Duarte, poeta de moldura e caixilho,
Na casa que o seu espírito comanda,
Ereira que dos arrozais é, toalha
Biblioteca, veneranda
Tendo o poeta como evangelho
Poderá dizer-se, alma profunda!
O velho castelo, relíquia, estribilho
Cultura museológica é de leccionanda
A recordar árabes e moçárabes, trilho!
Abade João, voz ecoando, intervinda
Montemor-o-Velho,
Vila linda!”
*******
DILMA FRANÇA
“SONHOS DE NATAL”
“Eu gostaria de ver
Nem que fosse um minuto
Uma luz brilhar no céu
Anunciando a vinda
De Jesus, o Salvador!
Eu gostaria de ouvir
Nem que fosse um segundo
A voz do meu Redentor
Chamando os filhos seus
Para uma vida de amor!
Eu gostaria, não minto
De um mundo sem maldade
Sem ódio sem desigualdade
Onde a gente pudesse
Viver com serenidade!
Vendo os pássaros em revoada
Entoando cantos de amor!
Eu gostaria, é verdade
De uma vida promissora
De união entre irmãos
De paz para a humanidade
De respeito aos cidadãos!
E assim, quem sabe, um dia
Seríamos uma só família
Muito grande por sinal.
Seríamos um só rebanho
Teríamos um só pastor
E viveríamos, aqui mesmo
Glorificando o Senhor!”
*******
EUCLIDES CAVACO
“CANTO A PORTUGAL”
“PÁTRIA MÃE”
“Eu sou de Portugal onde a alvorada
Rompe primeiro os céus no Oriente
Onde chega mais cedo a madrugada
E ilumina as manhãs da minha Gente.
Eu sou de Portugal aonde as flores
Exalam mais perfume e são mais belas
Pátria de mil heróis descobridores
Que cruzaram os mares nas caravelas.
Eu sou de Portugal que ao mundo deu
Novos mundos com a sua majestade
Eu sou de Portugal onde nasceu
O fado e essa palavra saudade.
Eu sou de Portugal cheio de história
De gentes destemidas sem igual
Eu sinto no meu peito nobre glória
E brio de ter nascido em Portugal!...”
*******
Nota Final: Ilustra-se o post com uma Foto original de DAPL: o Sol a nascer no Tejo, "...onde a alvorada / rompe primeiro..."