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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

SCALA – Atividades 2º Trimestre de 2019

Foto original 2015. Mar. jpg

 

S C A L A – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada

Sede: Rua Conde de Ferreira (ex- Delegação Escolar), Almada.

 

Atividades Culturais - 2º Trimestre 2019

 

ABRIL

 

1 - A exposição de pintura “Abstrações”, autoria de Mário Nery, continua patente ao público até ao dia 12 de abril, na Galeria e Sede da SCALA.

6 - Apresentação do livro “Entre o Céu e a Natureza”, de Maria Gertrudes Novais, às 16 horas, no auditório da Junta de Freguesia da Trafaria, Rua Sacadura Cabral, Trafaria.

13 - Inauguração da Exposição “Liberdade”, às 16 horas, na galeria e sede da SCALA. A exposição de pintura estará patente ao público até ao dia 26 de abril.

27 - Inauguração da Exposição de pintura, autoria de Arminda Vieira, às 16 horas, na Galeria e Sede da SCALA. A exposição estará patente ao público até 10 de maio.

27 - “Poesia à Solta”, na SCALA, recordando Abril . Encontro de Poetas e amigos da poesia, que partilham entre si o gosto pelo universo da poesia, às 16 horas, na Sede.

 

MAIO

 

4 - Convívio musical com Gabriel Sanches, na Sede da SCALA, às 16 horas. Caro associado venha ouvir música e conviver.

11 - Os Poetas da SCALA e as Efabuladeiras de Almada Mundo vão estar, em parceria, na Associação da Quinta do Baubau, na Sobreda de Caparica, às 16 horas.

18 - Comemoração do Dia mundial da Poesia. Venha ouvir e dizer poesia com os poetas da SCALA, a partir das 16 horas, na Sede.

19 - Concerto “Em Cantos e Poesia”, no Teatro Municipal Joaquim Benite. Concerto de apoio à SCALA, com música de Francisco Naia e poemas de Maria Gertrudes Novais. Poesia dita pelos Poetas da SCALA e pelo nosso convidado António Matos. Espetáculo com início às 16 horas.

25  -  Inauguração da Exposição de pintura com o título “Sem fronteiras”, de António Barreira, às 16 horas, na Galeria e Sede da SCALA. A exposição estará patente ao público até 10 de maio.

Poesia à solta” na Sede da SCALA, às 17,30 horas. Espaço de partilha entre os poetas e amigos da poesia. Convite à declamação.

 

JUNHO

 

Concurso de Quadras Populares de Almada

Uma parceria entre a SCALA e a CMA.

 

3 - Festa Almada com Vida. A SCALA faz parte da organização desta festa em parceria com a Associação de Professores e outras associações. A SCALA participa neste evento, com poesia, no Largo Fernão Mendes Pinto, a partir das 15 horas.

6 - Festa Almada com Vida. Os Poetas da SCALA vão estar na Praça Capitães de Abril, em Almada, às 16 horas, onde vão declamar a sua poesia.

7 - Festa Almada com Vida. Participação do Grupo de Poetas da SCALA no Jardim da Piedade, a partir das 15 horas.

 8 - Inauguração da Exposição “Teatro é Teatro” de Leonor Vieira, às 16 horas, na Galeria e sede da SCALA. A exposição vai estar patente ao público até ao dia 21 de junho.

22 - Inauguração da Exposição “Almada em Festa” dos sócios da SCALA, às 16 horas, na Galeria e Sede.

29 – “Poesia à Solta” na SCALA, às 16 horas, na Sede e Música com Gabriel Sanches.

 

Lisboa… Já foi coisa boa. Agora, até enjoa!

Bem, Lisboa ainda tem coisas boas!

 

Aliás, há tanta gente que procura a capital, certamente, porque tem coisas boas.

Mas tanta gente, alguns locais, Baixa, Chiado, Cais Sodré, Terreiro de Paço, Santos… ele é tanta gente, principalmente turistas, estrangeiros e mais estrangeiros, que uma pessoa se sente, mais fora que dentro. Cria-se algum desconforto, porque é tal a concentração, a correria, o atropelo, o tráfego automóvel tão asfixiante, que um sujeito não se sente confortável.

Ao final da tarde, o tráfego entope, a massa humana de portugueses corre para os transportes, de saída para a periferia, que Lisboa continua a ser a urbe, o centro, para onde diariamente se dirigem milhares e milhares de trabalhadores, estudantes, utentes dos mais variados serviços, provenientes dos vários concelhos limítrofes, seja da margem sul, quer da margem norte. O movimento pendular é diário, embora nos últimos anos se verifique não ser apenas unívoco.

É imperioso organizar um país mais harmonioso. Que o que temos é um monstro, com uma cabeçorra enormíssima, Lisboa; o Porto não lhe fica muito atrás, outras menores e o Interior, deserto!

(Hei - de abordar melhor este assunto…)

Foto DAPL. 2016. Gulbenkian. jpg

 

Em Lisboa há todavia coisas boas e que me interessam na cidade.

A imagem ilustra uma delas.

Depois há múltiplos serviços: profissionais, saúde, … que inevitavelmente se concretizam na capital.

E alguns deles bem que podiam ser descentralizados.

 

Depois há os eventos ligados às duas Associações Poéticas a que pertenço há vários anos…

APP - Associação Portuguesa de Poetas organiza regularmente duas tertúlias mensais, aos domingos, em Lisboa: a da Sede, aos Olivais, no último e a do Vá – Vá, no segundo.

No próximo domingo haverá Tertúlia na Sede – Rua Américo de Jesus Fernandes – Olivais – Lisboa.

A última do Vá – Vá ocorreu no passado dia dez.

Estivemos vinte e três pessoas presentes, sendo que a temática dominante foi Poesia subordinada genérica e especificamente à Mulher! Também houve canções. Alguns dos poetas e poetisas são habituais, também novas pessoas, que não conhecia. É bom sinal, a vinda de gente diferente, que enriquece o grupo, trazem novidades poéticas, outros enquadramentos e tradições.

Até houve a visita de talvez três futuros poetas, quem sabe?! Que também os três netos gémeos de Joaquim Sustelo visitaram o espaço do Vá – Vá!

(Desta vez não vou especificar nomes, que não consegui registar todos.)

 

O CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia organiza habitualmente Tertúlia em S. Sebastião da Pedreira, na Associação de Auxílio Social de S. Sebastião da Pedreira – Rua Latino Coelho, 95, nas terças-feiras, habitualmente de periodicidade mensal.

Foi aí que apresentei o livro “De Altemira…”, no dia vinte e seis de Fevereiro.

Também organiza exposições de artes plásticas.

No blogue temos várias documentadas, nomeadamente a penúltima, ocorrida, em Fevereiro, em Campo de Ourique, no antigo Cinema Europa, atual espaço Multiusos da Junta de Freguesia.

Também enquadrado nesta instituição, houve Poesia no passado domingo, dia vinte e quatro, no Jardim da referida freguesia, designado “Jardim da Parada”, atualmente “Jardim Teófilo Braga”. Não sei como correu, que não pude ir.

De momento, o CNAP tem nova Exposição a decorrer na Casa do Alentejo, inaugurada a dezasseis de Março. Não chegámos a tempo da inauguração, que os alentejanos não podem chegar a horas, cumulativamente à Casa… Mas vimos as pinturas expostas e há quadros bem bonitos, em diversificados estilos. De ver e recomendar!

Não chegámos a tempo, mas ainda a tempo de petiscarmos. Alentejanices: sopa de tomate com ovo, ovos mexidos com farinheira e ovos mexidos com espargos.

Nem mais, nem por menos.

E viva o Alentejo! E viva a Poesia! E que melhore Lisboa!

Portalegre: Na encosta, ridente alegria…

Foto original DAPL. 2018. jpg

 

Portalegre, “Momentos de Poesia” e Régio

 

JOSÉ RÉGIO (Vila do Conde, 1901 – 1969), pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, viveu grande parte da sua vida em Portalegre, onde foi Professor de Português e Francês, no antigo Liceu Nacional, de 1929 a 1962, ano em que se aposentou. Manteve-se na Cidade até 1966, regressando a Vila do Conde, sua terra natal, onde viria a falecer em 1969.

Está indubitavelmente ligado à Cidade e esta, a Régio. A sua ação cívica na Cidade e no País foi, todavia, bem mais vasta do que a sua condição de Professor e Poeta, per si e só por si certamente bem importantes.

Comemoram-se este ano cinquenta anos da sua morte.

 

Momentos de Poesia que, desde 2006, vem desenvolvendo na “Cidade de Régio” um trabalho altamente meritório na divulgação da Poesia, dedicou o seu último evento poético, precisamente ao Poeta supracitado. No dia 21 de Março, “Dia Mundial da Poesia”, a partir das dezasseis e trinta, cerca de trinta pessoas percorreram as ruas da Cidade, desde a Praça da República, até ao Tarro, calcorreando a vulgarmente conhecida por “Rua do Comércio”. Num périplo por locais e espaços frequentados pelo Poeta, alguns emblemáticos e marcantes, como o Café Alentejano, o Central, o atual Café José Régio. Aí, disseram, declamaram, leram a Poesia de Régio.

Previamente a Organização do evento distribuíra e afixara cartazes com vários poemas do Autor, nas mais diversas lojas e comércios das ruas previstas de percorrer. Deste modo, o Poeta, a sua Poesia foram devidamente divulgados entre os transeuntes, os passantes, que os textos estavam nas montras, vários dias antes.

Também nos locais onde havia um cartaz com um poema, um elemento da comitiva lia esse mesmo poema na rua. Houve “Poesia na Rua”! Cantou-se o hino de “Momentos”!

Iniciativa de valor, esta. Parabéns à Organização. A todos os Participantes.

E Obrigado também!

 

Integrei-me na comitiva já ela vinha frente ao Conservatório. Acompanhei, ouvi, escutei, observei e gostei. E também participei!

E li os sonetos “Boneco Desfeito”, no Café Central e “Filho do Homem”, no Café José Régio.

E novamente Obrigado a Drª Deolinda Milhano e à Organização do evento, pelo trabalho de divulgação da Poesia de tão insigne Poeta e pela oportunidade de podermos também ter participação na efeméride.

Que assim também concretizei um dos meus objetivos para este ano. Que foi “Dizer Poesia” de um Poeta consagrado, ademais José Régio, um dos meus Poetas preferidos. E na sua Cidade… E no Café onde realizou tertúlia, tantos anos…

 

E ocorre-me perguntar:

E Portalegre, Cidade… oficialmente, como vai comemorar o Poeta e a sua Poesia?! (Pelo menos esta sua faceta, sem dúvida uma das mais conhecidas.)

Há uma ligação tão forte, tão marcante, entre Poeta e Cidade, que certamente existirão atividades. Que poderão envolver múltiplas e diversificadas entidades…

A Cidade ganharia muito em aproveitar esta “riqueza, recurso”, sei lá como designar, valor imaterial, que é potenciar globalmente a “Marca Régio” na Cidade. Tenho dito!

 

(A Rua, melhor, Ruas, ainda vulgarmente designadas de “Comércio”, já o tiveram, o comércio. Que este, hoje, se concentra quase exclusivamente fora dos espaços tradicionais. Decisões políticas tomadas há anos… cujas consequências se vivem, atualmente, numa cidade moribunda no seu miolo tradicional…

E soube, à saída do Café com o nome do Poeta, que havia outro evento simultâneo na “Velha Casa”. É caso para dizer que antes dois eventos, que nenhum… Mas alguma coordenação seria importante. Digo eu!)

 

“Surgiu no palco, um dia, um bailarino…”

«BONECO DESFEITO»

 

«ao ARTUR ESPANHA»

 

«Surgiu no palco, um dia, um bailarino,

Surgiu soberbamente nu, - jogando

Nas mãos ágeis de clown e de menino

Cem máscaras rodando, rodopiando…

 

Sobre um décor violento e sibilino

Cegamente bailou, tombou bailando,

Como se mais não fora seu destino

Que o seu bailado altivo e miserando.

 

No palco jaz agora um mutilado:

Jaz morto e nu, decapitado, olhado

Por milhões de olhos sem pudor nem vista.

 

… Que as máscaras sem fim que ele jogara

Não eram mais, talvez, que a própria cara

Dum desgraçado e humano ilusionista!»

 

 

In. “BIOGRAFIA” – José RégioOBRAS COMPLETAS – poesia – BRASÍLIA EDITORA – 6ª Edição – 1978. Pp. 69/70. (1ª Edição 1929)

 

A POESIA de JOSÉ RÉGIO (Vila do Conde, 1901 – 1969), é habitualmente bastante intimista, auto analítica, introspetiva. Fala muito de si mesmo, autoanalisa-se, de forma mais ou menos explícita. Escreve sobre Si, mas ao escrever sobre o próprio EU, projeta-se também nos e com os OUTROS, com os Outros Seres Humanos e, em suma, com a Humanidade. Sempre muito tocado pelo lado do Divino, a sua aproximação a Deus e, por demais, a Cristo, Deus feito Homem. Traduz uma das suas preocupações marcantes enquanto Homem e ademais como POETA!

Este livro citado, designa-se precisamente “BIOGRAFIA”. Nele, algumas das idiossincrasias do Poeta, mencionadas anteriormente, estão bem explícitas. A 1ª edição foi de 1929, tinha, José Maria dos Reis Pereira, 28 anos! A edição que possuo, sexta, é de 1979. Não sei se todos os poemas pertencem à 1ªedição.

 

Foto Original DAPL. 2018. Portalegre e sobreirais. jpg

 

 

Li, este poema, pela primeira vez em público, no Café Central – Portalegre, integrado no evento “MOMENTOS DE POESIA”, no passado dia 21 de Março – Dia da Poesia, evocativo de José Régio, que perfaz cinquenta anos da sua morte.

 

Ao reler este soneto, em 2019, dadas as suas caraterísticas tão de “poema visual”, associei à interpretação de Conan Osíris, na encenação, na coreografia, ao cenário, à estética visual do bailado, enquadrante da canção vencedora do Festival da Canção 2019!!!

Estranho?! Tente ler e visualizar as imagens sugeridas pelos versos… Sem preconceitos!

 

Ainda irei escrever um post sobre “Momentos de Poesia” e esse dia 21 de Março!

 

(A Fotografia, original DAPL - 2018 -, é obviamente de Portalegre e dos sobreirais, que tanto inspiraram o Poeta.)

 

 

Almada: Alma subtil…

Primavera - Cante - Poesia

Foto original DAPL 16 / 17 Almada. Jacarandás. jpg

 

Ontem, dia 23 de Março, sábado, decorreram em Almada, três eventos culturais de grande relevância em que gostaria de ter participado ou assistido.

 

O Parque da Paz acolheu iniciativas no âmbito de “Dias da Floresta - Almada - 2019”: Observação de aves, mercado da horta, cuidar dos caminhos do Parque, eco-peddypaper, construção de caixas ninho.

Todas estas ações, habituais há vários anos, tal como noutras localidades por esse país fora, englobam-se genericamente no conceito de “Celebração da Primavera”. Atualmente, iniciativas predominantemente urbanas, mas que se enraízam em tradições milenares, que ao longo de séculos se vêm desenvolvendo em diferentes contextos culturais.

Uma das ações habituais em que também já tenho participado é a plantação de árvores.

E já plantei, este ano, seis árvores. Duas no “Chão”, quatro no “Vale”. Apesar do péssimo tempo que está: nada de chuva, calor de dia, frio à noite e vento.

Uma tília, uma figueira de são João, um loureiro, duas amendoeiras e um carvalho cerquinho. As últimas quatro, com ascendência em Almada.

 

A Tarde de Cante, no Clube Recreativo do Feijó, comemorativa do 33º aniversário da “Associação Grupo Coral e Etnográfico Amigos do Alentejo do Feijó”. Que divulguei no blogue, como habitualmente e a que já assisti noutras ocasiões.

 

E a “Gala dos 25 anos da SCALA”, no Cineteatro da Academia Almadense.

Não participei nem assisti à Gala, mas tive o grato prazer de participar, dia 17/03, no encerramento da “Festa das Artes da SCALA – 25ª Exposição Anual”, na Oficina da Cultura. Exposição em que participei com o quadro “Poema Psicadélico”.

E, no encerramento, tive oportunidade de “Dizer Poesia”! Ademais enquadrado entre tão excelentes Poetas e Dizedores. Qualidade, essa que também se verificava na Exposição. Com tão excelentes e categorizados Artistas!

E no encerramento também tive a grata experiência de ouvir a “Sancho Tuna, da Universidade Sénior Dom Sancho I”. Que abriram a sessão cultural e nos brindaram ao longo do sarau com bonitas canções tradicionais do Cancioneiro Nacional.

E foi pegando num verso de uma canção “não olhes p’ra mim, não olhes…” que disse algumas quadras do livro “De Altemira fiz um ramo…”. E numa segunda intervenção, “Na revista-cor-de rosa”.

E, deste modo, cumpri um dos meus objetivos para este ano: Dizer Poesia na Oficina de Cultura, em Almada!

 

E quem mais disse?

 

João Franco: “Cântico negro” e “Trova do vento que passa”;

Carlos Gaspar: “Insónia” e “Poema declamado”;

Palmira Clara:  … “As estações do não”;

Gertrudes Novais: “Silêncio” e “Caminhadas”;

Clara Mestre, disse e cantou: “Sol do mendigo” e “Canto da terra”;

Milena: “Teresinha, flor dos poetas…”;

Luís Alves: “Casamento do Tejo e Lisboa”.

O senhor Vereador António Matos também disse! De Gertrudes Novais: “… de pés descalços, na areia molhada…”

*******

E, da minha parte, compete-me dar os parabéns a todos os participantes: artistas, poetas, poetisas, dizedores, cantores, maestro, atores e autores dos excelentes trabalhos em exposição e dos poemas ditos e ouvidos.

Parabéns à SCALA. Parabéns à Oficina de Cultura! E a todos os que contribuíram para a Exposição e para o espetáculo de encerramento.

E parabéns a Almada!

E muito, muito Obrigado a todos!

 

(P. S. – Qualquer correção a fazer, deixe nos comentários, SFF.)

(Foto original DAPL. De 2016 ou 2017, não tenho bem a certeza. De jacarandás, em Almada, precisamente perto da Oficina de Cultura. Os Jacarandás são árvores originárias da América do Sul, muito peculiares. Agora, Março, ainda estão com as folhas do ano anterior. Só lá para Abril as perdem e nascerão as novas. A exuberância floral, lá para finais de Maio, princípios de Junho! Aprecie e observe, que vale  a pena.)

Março, Marçagão…

Crónica num dia que balança entre chuva… e arco-da-velha!

Benfica… Festival… SCALA – Almada!

 

Foto Original DAPL 2015. jpg

 

Esta crónica está para sair há dias. Quer reportar-se mais propriamente ao dia 2 de Março, sábado. Mas só saiu hoje, dia seis, “Quarta Feira de Cinzas”!

Ainda se lembra de algumas ocorrências marcantes nesse dia dois, em termos culturais?!

 

(Mas antes quero assinalar que ontem, dia cinco, começou a chover. Neste Outono – Inverno, mais uma vez mal choveu. O que já acontece há quatro anos consecutivos. No ano passado julgo que também começou a chover no dia cinco. Depois em Março, Abril e Maio, choveu pelos três anos anteriores de seca! E este ano?! Esperemos que também chova, que a água faz imensa falta… E, hoje, o dia tem sido como o ditado… chuva e sol!)

 

Mas voltemos ao dia dois.

Bem!... O que aconteceu?!

 

O Benfica foi ganhar ao Porto. Ótimo! O campeonato ganha outra dimensão.

Mas já reparou que os campeonatos, há anos, que são só praticamente Benfica e Porto, Porto e Benfica?!... O Sporting eclipsou-se… E falta que faz um Sporting à altura. Sem clubismos ou fanatismos, facciosismos, de qualquer parte.

Tal como em tudo o resto só Lisboa e Porto é que contam! Uma bicefalia anormal e prejudicial ao País. Alguns outros clubes periodicamente fazem fogachos de alguns meses, algumas semanas, mas depressa se extinguem. (Braga, Guimarães, Boavista…Tondela!)

E já reparou na origem geográfica dos clubes da Primeira Liga? Noroeste e Litoral, a grande maioria.(Porto, Braga e Aveiro = 50%; Lisboa e Setúbal = 25%. 3 clubes das Ilhas, 1 do Algarve; 1 de Viseu, outro de Vila Real!!!!!)

Não é que interesse haver clubes só por haver. Ademais ele há por aí tanta coisa por debaixo dos relvados…. Mas interessam as múltiplas relações entre vários aspetos identitários deste País: Sócio culturais, económicos, demográficos, de desenvolvimento, as tão grandes assimetrias Litoral – Interior. (…) Em que o Futebol, para o bem e para o mal, anda envolvido ou de algum modo espelha exageradamente. (…)

 

Outro acontecimento.

Houve Festival da Canção. Não por acaso, em Portimão!

Houve bonitas canções e interpretações. Ganhou quem se previa.

Mas de canção, canção, não ouvi nada. Uma performance inusitada, uns acessórios faciais e manuais, uma dança acrobática, umas vestimentas clownescas… Isto digo eu, que sou duro de ouvido. Mas houve quase unanimidade dos júris… Festival da Canção?!

 

Mas o que a mim me interessa por demais reportar é a Inauguração da 25ª Exposição Anual da SCALA – Almada, na Oficina da Cultura. A “Festa das Artes da SCALA”!

Irá permanecer de 2 a 17 de Março. Imperdível!

Se ainda não foi visitar, não deixe de o fazer!

Excelentes trabalhos em diferentes vertentes: Artes Decorativas, Escultura, Fotografia, Pintura…

Parabéns à SCALA! Aos Organizadores! À Oficina da Cultura! A todos os Participantes! A todos os que trabalharam para dar corpo à Exposição!

*******

(Fotografia original DAPL - 2015)

Tertúlia do CNAP de Fevereiro 2019

Apresentação "De altemira...

 

Valeu a pena?!

 

“Vale sempre a pena…”

 

Foto Original DAPL. Aldeia. jpg

 

Divulgar a Poesia é um dos propósitos destas apresentações. Divulgar a Poesia Tradicional. Divulgar a nossa Aldeia. Divulgar o nosso Alentejo! Divulgar o trabalho direto de Pessoas que participaram neste Projeto… (Sim! Porque de um Projeto se trata, a produção deste modesto livro: “De Altemira…”, nas suas diversas vertentes, ainda que não tivesse sido elaborado um plano formal, escrito. Que mentalmente ele existiu!)

Sublinhar a importância das Pessoas que nele participaram diretamente e das que nele estão incluídas indiretamente… Que estas “Cantigas” vieram de geração em geração, pelo menos desde o século dezanove, deduzo eu…

 

Nesta apresentação, de algum modo semelhante às anteriores, houve relevância muito especial dada às “Cantigas de Dona Maria Águeda”. Na apresentação na SCALA, as “Cantigas da Prima Teresa” despertaram especial atenção. Tem dependido da apreciação e do gosto que os “Dizedores de Poesia” presentes nas sessões revelam. “Alentejo, …”, “Balada da Aldeia”, “Festa da Aldeia”, “Namoro”…

Mas também outras “Cantigas”, “Cantigas de Oito Pontos”: “O sol é que domina…”; “As Maias”. “Uma cantiga brejeira” desperta sempre atenção…

De um modo geral foram abordadas quadras das várias Pessoas participantes.

 

Também foi estabelecida a inferência direta das cantigas para alguns dos seus elementos representativos, nomeadamente as plantas: a altemira, a alfazema, os lírios: roxo e branco… como forma de explicar a interligação direta dos versos e sua mensagem com a vida campestre.

E também houve o jogo da escolha aleatória de versos, a serem ditos, associada a uns bombons…

 

E quem “Disse…” e também disse “Presente!”

Drº Santos Silva, que na qualidade de Presidente da Associação, dirigiu a apresentação. E “Disse Poesia”, várias cantigas do livro. E não se coibiu de “Dizer Poesia” de Sophia de Mello Breyner, neste mesmo contexto. Obrigado!

D. Olívia Diniz Sampaio, Presidente do CNAP, também na direção da mesa. Luís Ferreira; Carlos Pinto Ribeiro, D. Fernanda de Carvalho. A todos, muito obrigado, por engrandecerem os versos “De Altemira…” com a vossa dicção!

João Carrajola, Rolando Raimundo, D. Ana Alves, compareceram, mas acho que não disseram ou leram Poesia. Mas Obrigado também!

 

Um Obrigado muito especial aos que adquiriram um livro. Sete euros é um preço acessível. E o “livrinho” merece. Tem uma qualidade muito boa. Desde logo, tecnicamente, está muito bem produzido. Muito mesmo! Tem um excelente conteúdo. Estas cantigas, quadras, rimas, versos, composições poéticas, compõem um Património Imaterial que já não faz parte do nosso quotidiano digital, mas seria uma pena que não fossem registadas, grafadas em livro. Já estão! Aprecie-as!

Neste blogue, também algumas delas figuram.

 Sobre a parte do trabalho que é da minha lavra não formulo juízos de valor.

A capa e a contracapa também estão muitíssimo bem conseguidas. A cor é por demais sugestiva. Reporta-nos para o Sol, para a Terra, para as Plantas, nomeadamente as Flores… As fotos são bem elucidativas.

O título “De Altemira…”, remete-nos para um regionalismo da minha Aldeia, “Altemira”, uma variedade de artemísia. Propositadamente!

 

E fico-me por aqui. E o meu renovado Obrigado a todos os participantes e colaborantes neste Projeto.

Sim! Qualquer projeto para ser concretizado precisa de financiamento.

E como eu gostaria de ter uma Entidade que me financiasse outros projetos neste âmbito, que tenho em mente…

 

Gostaria de adquirir um livro?

 

Poderá adquirir na Sede da Junta de Freguesia de Aldeia da Mata.

Na Livraria / Papelaria do Mosteiro de Flor da Rosa (Pousada).

Na SCALASociedade Cultural de Artes e Letras de Almada – (Almada Velha – Rua Conde Ferreira, Antiga Delegação Escolar).

 

E… Até uma próxima apresentação!

 

Apresentação "De altemira..." no âmbito da Tertúlia do CNAP

 

“DE ALTEMIRA FIZ UM RAMO”

“Versos e Prosas da Aldeia”

Foto Original DAPL 2016.jpg

 

Apresentação do Livro no âmbito da

Tertúlia do CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Na Associação de Auxílio Social da Freguesia de S. Sebastião da Pedreira

(vulgarmente designada Centro de Dia de S. Sebastião da Pedreira)

(R. Latino Coelho - 95 - LISBOA) 

26 de Fevereiro (3ª Feira) – 2019 – 16h 30’

 

(O prédio é o primeiro de quem vem do "El Corte Inglês", portanto do lado Oeste. Fica à direita da Rua, logo no início, numa interessante vivenda onde funciona um Centro de Dia que acolhe residentes da zona.

Vivenda num espaço crucial, certamente sujeita a forte pressão imobiliária. Naquela zona...

Nem a propósito, a vivenda que ficava na Avenida de Berna, na esquina do lado Oeste,  frente à Gulbenkian  e estátua do seu fundador, onde funcionava um restaurante, que se chamava Gôndola, já foi derrubada.

A pressão sobre a Praça de Espanha continua. Ainda hão-de ficar só lindos prédios, como os do Santader. Nem a Fundação lhes vale. Acautele-se o edifício da Embaixada de Espanha!)

Cuidem da nossa Saúde! Por favor!

(“Mas não nos tratem da saúde.”)

Políticas - Politiquices!

 Questões Pertinentes – Perguntas Impertinentes!

 

Foto original DAPL. 2018.jpg

 

Este título, como se fosse um pedido, um apelo, um rogo, uma súplica, não corresponde ao que penso verdadeiramente.

Sim, porque a Saúde é um Direito inalienável de cada Cidadão. Ademais para quem mensalmente tem pago, há dezenas de anos e continua a pagar e tem visto esse montante de desconto mensal ter vindo a progredir. Não tem que se mendigar esse Direito!

 

Nestes imbróglios que ultimamente têm surgido sobre a Saúde, algumas questões me suscitam.

 

Porque surgem alguns Grupos Privados do Ramo da Saúde, a contestarem, quase ao mesmo tempo, a manutenção do respetivo acordo com a ADSE?!

E as greves dos Enfermeiros são ou não legítimas?!

E o Governo tem ou não o direito de acionar a requisição civil?!

E as condições de trabalho dos Enfermeiros, dos Médicos, e de outros Profissionais da Saúde são ou não adequadas ao exercício cabal das respetivas funções?!

E já esteve certamente nas Urgências dos mais diversos Hospitais e viveu, in loco, a experiência enquanto doente?! E o que achou?!

E observou ou não as condições em que trabalham Médicos, Enfermeiros…?

E o Serviço Nacional de Saúde trouxe ou não benefícios à população portuguesa em geral, nomeadamente à mais desfavorecida, desde que foi criado?!

E, faz ou não sentido, continuar a manter este Serviço Público?!

E certamente também já foi atendido/a num serviço de Hospital ou Clínica Particular?! E o que achou?!

 

E porque continua a haver milhões para financiar bancos, uns atrás de outros, e não existem verbas para os setores fundamentais, tal como Saúde, Educação, …?!

(E já que falo de Educação e, a talhe de foice, faz algum sentido a gratuidade de livros escolares até ao 12º ano, indiscriminadamente?!)

 

(E este Governo, que fez agora mais uma nova remodelação, para enviar alguns dos quadros para a U.E., fez algum sentido?!

E os Partidos que o sustentaram, aprovando-lhe os orçamentos, cumpriram o seu papel enquanto partidos, face aos seus supostos princípios e ideologias, ou foram um logro, defraudando os seus hipotéticos eleitores?!

E os partidos, os vários partidos, defendem os interesses das comunidades para que supostamente deviam trabalhar ou limitam-se principalmente a defender interesses dos respetivos grupos de pertença, militantes e lóbis instalados nos mais diversos setores?!)

 

Tantas perguntas, (mais desabafos!) e como eu gostaria de respostas plausíveis, que fossem de acordo com as necessidades de quem trabalha, de quem trabalhou uma vida, de tantos jovens com aspirações e não vemos uma luz clara ao fundo do túnel! Ademais com os dirigentes que temos tido!

 

Hoje, deu-me para passar ao “papel” e à net estas minhas angústias!

Poesia na Escola!

“Grupo de Poetas da SCALA” na Escola D. António da Costa – Almada

A Dizer Poesia!

12 – Fevereiro - 2019

 

Cerejeira quintal Original DAPL 2014.jpeg

 

Uma Crónica que também poderia ser um Poema!

 

Gostei! Sim, gostei de ir “Dizer Poesia” à Escola D. António da Costa.

Gostei, sim, de voltar à Escola.

Gostei, sim! De presenciar a forma como os Professores ultrapassam as dificuldades e contratempos, encontrando soluções paras os problemas. Parabéns às Senhoras Professoras!

Gostei, sim, gostei de presenciar turmas de vinte alunos! (Espero que seja esse o número máximo de todas as turmas. Que os famigerados trinta alunos por turma tenham sido erradicados do sistema… ou é apenas uma ilusão minha?!)

Gostei! Sim, gostei imenso de ver alunos interessados em Poesia, a levantarem dúvidas, a pedirem esclarecimentos, a questionarem, a fazerem perguntas. Parabéns aos Alunos presentes!

Gostei, sim, gostei de ouvir Poetas a “Dizerem Poesia”, sua ou de Autores consagrados para duas turmas (uma do 5º ano, outra não tenho a certeza, mas também deveria ser de nível idêntico).

É importante, sim ! É muito importante divulgar, difundir Poesia, entre os Jovens, em Escolas, por Almada, pelo País!

Parabéns aos Poetas da SCALA que levaram Poesia à Escola. Parabéns à SCALA por mais esta ilustre iniciativa cultural.

 

E quem disse: Presente!

Gertrudes Novais, que disse “Caminho” e “Homenagem a Romeu Correia”, de seu livro, “Entre o Céu e Natureza”.

Palmira Clara, que disse: “O beijo” e “Nas tuas mãos”, a partir do telemóvel.

Este cronista e poeta, que disse: “Meu amor do facebook” e “Selfie”, a partir de um livro hipotético, a sair futuramente.

Amélia Cortes, que disse, “Voltei, voltei à montanha” e “Primavera”, a partir de um livro seu.

Clara Mestre, que disse “Reminiscências”, de Fernanda de Castro e “O estudante alsaciano”, de Acácio Antunes.

Luís Alves, que disse “O estudo – A educação dos nossos filhos…” e “Poetas anónimos… que nos perdemos em ilusões…”

 

E que é a Poesia e a Vida (?), senão uma Ilusão?!

 

Gostei, sim! Gostei muito de Dizer, Ouvir, Escutar Poesia, na Escola. De Ver, Presenciar Alunos interessados. De observar Professoras empenhadas num projeto, como é apanágio de Docentes.

 

Achei muitíssimo peculiar a forma de ovacionar, apenas abanando as mãos!

 

Gostei, gostei sim, de observar a Professora coordenadora da Biblioteca, interpelando os Alunos, sintetizando cada intervenção, envolvendo a comunidade de ouvintes – participantes. Reportar-nos para Luís Vaz de Camões!

 

Parabéns e obrigado a todos!

 

Gostei! Sim, gostei muito de Dizer Poesia e de voltar à Escola!

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