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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Exposição Coletiva de Artes Plásticas do C. N. A. P. (II)

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Câmara Municipal de Lisboa

Expo CNAP I. Foto original Rolando Amado.png

Conforme previsto, foi inaugurada no dia 1 de Agosto, pelas 17h., a supracitada Exposição de Artes Plásticas, tal como também havíamos noticiado no blogue.

Uma Exposição muitíssimo interessante, que não deverá perder, até dia 21.

A “vernissage”, (apetece-me dizer este francesismo, atualmente tão “démodé”) contou com a maioria das artistas participantes, de amigos e familiares de algumas personalidades, bem como de poetas e poetisas; de Drª Teresa Pereira, representante da Câmara Municipal, de D. Maria Olívia, presidente do Círculo e alma-mater destas atividades. E ainda de visitantes interessados nas Artes e Poéticas. 

 

Artistas e respetivas Obras em exposição:

 

Expo CNAP Original Teresa Pereira. 2017. jpg

 

Chagas Ramos (à data, não figurava título do trabalho exposto)

 

Maria Lurdes Guedes (“Natureza morta com melão e ameixas”)

 

Maria Rita Parada dos Reis (“Natureza morta” e “Sonhando”)

Rita Parada dos Reis. Expo CNAP CMLx 2017. png

 

Isabel Moreira (“Árvore da vida” e “Ramo de árvore da vida”)

 

Josefina Almeida (“Energia cósmica” e “Quem procura”)

Josefina Almeida. Expo CNAP CML 2017. png

 

Teresa Afonso / M. Teresa (“Carnaval da vida” e “Corações apaixonados”)

Teresa Afonso M. Teresa. Expo CNAP CMLx 2017png

  

Olímpia Campos (“Sem título” e “Barcos”)

Olímpia Campos. Expo CNAP CML 2017. png

 

Elmanu (“O palácio da vila de Sintra”) 

Elmanu.  Expo CNAP 2017png

 

Catarina Malanho Semedo (“Música”)

Catarina M. Semedo Expo CNAP 2017. png

 

Fernanda de Carvalho (“Não há mão que segure o tempo” e “Esperando as nove luas”).

Fernanda Carvalho. Expo CNAP CMLx 2017.png

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Houve também Poesia, como acontece habitualmente nas apresentações do CNAP, que engloba várias vertentes artísticas. E algumas personalidades têm o seu estro não só dedicado à Poesia, mas também a outros ramos da Cultura.

De entre as artistas, disseram, leram ou declamaram: Maria Rita Parada dos Reis, Josefina Almeida, Catarina Malanho Semedo.

Ouvimos, igualmente, Rosa Redondo, Maria Olívia Diniz Sampaio e Francisco Carita Mata, que disseram Poesias suas.

Tivemos a honra de ouvir Elsa de Noronha que, além de declamar, ainda cantou.

E também fiquei surpreendido com os dotes de “cantor nostálgico” de Rolando Amado.

E, em jeito de conclusão, friso que foi uma tarde muito bem passada e enriquecedora.

 

Foto Original Teresa Pereira. jpg

 

E, já que não assistiu à inauguração, dê um pulinho a visitar a Exposição e apreciar os belos trabalhos apresentados.

 

(Notas finais:

Peço desculpa aos Artistas de quem não apresento imagens individualizadas, porque não me foi possível obtê-las. Uma razão acrescida para ir visitar a Exposição.

As individuais, que obtive, resultam de digitalizações a partir do "portefólio" - catálogo digital inicial.

A imagem coletiva das Obras resultou de foto original de Rolando Amado.

As imagens globais dos trabalhos expostos na galeria são de Drª Teresa Pereira.

O meu, muito obrigado a todos os que participaram, expuseram e contribuiram para este trabalho coletivo.)

 

 

 

Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (IX)

A Nossa Antologia

XX Volume - 2016

(57 Autores)

Editor: Euedito

 

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Foto original DAPL 2517.jpg

 

Introdução:

 

Continuo na divulgação de Poesia da XX Antologiada APP - 2016!

 

Neste 9º Grupo, quatro Poetisas e um Poeta:

- Landa Machado, Liliana Guerreiro, Liliana Josué, Lu Lourenço e Luís Branco.

 

De cada um, selecionei uma Poesia, como habitualmente.

 

Aprecie, caro/a Leitor/a.

 

 

Foto original DAPL 2016

 

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LANDA MACHADO

 

“SE QUERES SABER”

 

“Se queres saber de mim

Numa tarde de sol-pôr

Pede às rosas no jardim

Que te mostrem sua cor

 

Se quiseres entretanto

Saber de mim com certeza

Estarei em qualquer canto

Onde houver amor, beleza

 

E se de mim tens saudade

Longe não precisas ir

Estou onde há amizade

E alguém saiba sorrir

 

Se me queres encontrar

Pergunta à noite estrelada

À luz branca do luar

Vou subindo a minha estrada”

 

*******

 

LILIANA GUERREIRO

 

“LISBOA”

 

“Acabaram as férias e eu regresso do Sul

Com a alma cheia daquele mar manso e quente

Vejo um belo céu tão brilhante tão azul

Tornando a luz de Lisboa resplandecente

 

Entro na ponte atravessando o rio Tejo

As saudades, que eu já tinha, vão embora

Minha cidade, não sabes quanto te desejo

Quero passear nas tuas ruas, a toda a hora

 

As tuas cores, os teus cheiros, os teus sons

Envolvem-me com tanto carinho e tanto amor

Enchendo-me de tanta força e tanta energia

Fazendo desaparecer toda a amargura e dor

 

Depois de chegar a casa, abro todas as janelas

Para ver teu lindo sorriso dourado pelo entardecer

Antes que o sol se vá embora com as estrelas

E as sombras da noite brinquem até amanhecer”

 

*******

 

LILIANA JOSUÉ

 

“POEMA DEDICADO A ELES”

 

“ Vivo a solidão do tempo

no verde de cada folha

deste espaço que era vosso

 

a ti mãe eu dava a mão

numa indefinida e disfarçada ternura

não queria que te afoitasses

na erva mal aparada

ou no degrau do portão

 

a ti pai oferecia um sorriso

discreto e meio embaraçado

por me pareceres sempre mais longe

mesmo que tão unido ao meu peito.

Junto ao poço pejado de rachas e musgos

permanecíamos em cúmplice silêncio

em jeito desajeitado

que para nós era perfeito

 

voltem para mim

fazem-me falta

mesmo no meu sono fatigado”

 

*******

LU LOURENÇO

 

“MEU CANTO NA CIDADE”

 

“Estes blocos de cimento

que vejo da minha janela

são desalento, cansaços,

Infância sem mimo e regaços,

jardins com sebes e vento.

 

São o céu enegrecido

com densas nuvens cinzentas,

trovoada, enchente e lama,

nestas gentes da cidade

que tem pão e agasalho

mas vivem sem irmandade.

 

Ah, se umas gotas de orvalho

viessem humedecer

o horizonte na janela!

Eu seria barco à vela,

Borboleta em voo alado,

Primavera a acontecer,

E a alegria de viver

num jardim à beira-mar

sem blocos de cimento armado

P’rós meus sentidos turvar.

 

Baloiço no meu quintal,

entre azedas e papoulas,

sem medos, freios, algemas.

E o sol, a pino, a brilhar

Sem blocos de cimento armado

P’rós meus sentidos matar.”

 

*******

 

LUÍS BRANCO

 

“QUEM ÉS TU”

 

“Quem és tu que interrompestes-me em meio à multidão?

Quem és tu cujo olhar penetrou-me a alma e descobriu o

menino que abriga-se em mim?

Quem és tu que com tuas lágrimas regastes a minha esperança?

Quem és tu que do nada criastes-me um novo mundo?

Quem és tu que atraiu-me para mais perto?

Quem és tu que fizestes com que as minhas mais sólidas

estruturas balançassem  com o soprar das palavras que saiam da

tua boca?

Quem és tu cujos lábios despertaram-me a fome?

Quem és tu que abristes a gaiola onde jazia minh’alma?

Quem és tu que como as filhas de Aqueloo fizestes-me

adormecer para a razão?

Quem és tu que tornastes-me o adeus uma tortura cruel?

Quem és tu que fizestes com que meu coração acelerasse seus

batimentos?

Quem és tu que fizestes com que a minha respiração fosse

alongada?

Quem és tu que fizestes-me agir como menino?

Quem és tu que com tuas lágrimas fizestes-me chorar por

dentro?

Quem és tu que com teu sorriso levastes-me ao devaneio?

Quem és tu que fizestes-me sonhar com o impossível, desejar o

inalcançavel, querer o proibido, amar profundamente o

efêmero e tocar o intangível?

Minha agonia é saber que talvez nunca te conheças.

Minha agonia é conhecer todas as distâncias que nos separam.

Minha agonia é sentar-me aqui e escrever meus versos, versos

invólucros, versos que talvez nunca leias e que a ninguém

importa.

Minha agonia é ser assim, sentimento.”

 

*******

 

 

Notas Finais:

- Se alguém de entre os Antologiados, neste grupo ou em qualquer dos anteriores, não concordar com a divulgação, agradeço que me comunique, Se Faz Favor.

- Se, por acaso, verificar algum erro “tipográfico”, ou de outro tipo, involuntário, frise-se, também agradeço que me dê conhecimento.

 

(Fotografias originais D.A.P.L. – 2015 - 2016.)

“Portugal “O” Meeting – 2017”

ALDEIA da MATA

25 Fevereiro 2017 – Sábado

(Ou como uma ida aos espargos se converteu numa observação “participante” de um acontecimento desportivo mundial.)

 

in. sportlife..jpg (in. opraticante.pt/)

 

Nestes dias finais de Fevereiro, 25 a 28, tem estado a decorrer no Alto Alentejo, concelhos de Alter do Chão, Crato e Portalegre, um evento do Desporto designado “ORIENTAÇÃO”, palavra, para mim, tão carregada de significações.

 

Inesperadamente, para muita gente, de surpresa, viu-se a Aldeia envolvida, “invadida”, tomada, por este evento desportivo extraordinário, que nos dias 25 e 26 decorreu em Aldeia da Mata. No povoado e nos campos limítrofes.

 

Apenas presenciei uma parte do acontecimento, não em todas as suas vertentes, nem em todos os espaços em que decorreu, mas pude observá-lo naqueles locais, que, habitualmente, frequento. E quero realçar que gostei, não direi muito, mas muitíssimo, do que pude observar e, de algum modo, vivenciar.

 

Antes de tudo o mais, realçar algo extraordinariamente positivo. Na sequência e no decurso do acontecimento e após a sua finalização, em todos os espaços que percorri, observei algo que raramente acontece nos variados eventos, espetáculos, acontecimentos, que ocorrem por esse Portugal e mesmo no dia-a-dia das localidades portuguesas.

Neste evento, não constatei uma “gota” de lixo por lugar algum dos que eu tenha observado e percorrido.

Esperemos que acontecimentos destes, com esta envergadura ou noutra escala, se venham a repetir!

 

Foi extraordinariamente belo, ver, campos, por onde não aparece vivalma, percorridos por pessoas de todas as idades e condições, homens e mulheres, jovens e velhos, crianças e adolescentes e das mais diversas nações, de todo o Mundo, dando cor e movimento, a terrenos onde só as ovelhas e bezerros pisoteiam e estrumam todo o ano.

E praticando DESPORTO!

 

in. o praticante.pt.jpg

 (in. sportlife.com)

 

Nessa manhã e tarde de sábado, ausentes os animais, as Tapadas das Freiras, do Rescão, das Cegonhas, da Lavandeira, o Chão Grande, ganharam outros habitantes, que os humanos raramente as frequentam. (Alguns caçadores, na respetiva época, alguns colhedores de espargos ou túberas, no seu tempo devido.)

 

Tapada do Rescão - Original DAPL 2016.jpg

 

Quando chegaram os primeiros corredores, já eu havia executado uma das tarefas que vinha delineando desde o ano passado.

 

“O que são os espargos?”, me interrogou um português, que acompanhava o filho e a filha, participantes na corrida.

 

Foi um espetáculo divertido e reconfortante ver, tanta gente e tão colorida, descendo e subindo os alcantilados destas terras com passagem obrigatória pela Ponte do Salto e respetiva Fonte.

 

Fonte Salto Original DAPL 2015.jpg

 

Es potable?”, me perguntou um jovem, sobre a água refrescante, enquanto eu enchia um garrafão.

Lá bebeu e terá ido mais reconfortado.

 

A Fonte, onde havia um posto de controlo, terá ficado intrigada com tão inusitado movimento, há anos que debita, quase inútil, mas persistente, a excelente água que produz, desligada da indiferença dos conterrâneos!

Já mais pela tarde, uma senhora descia do Caminho da Arca da Fonte, talvez um pouco desorientada, um contrassenso numa prova de orientação, me questionou, aflita:

“- Onde fica a ponte? Onde fica a ponte?”

E a Ponte ali, tão perto… E lá seguiu, agradecendo muito.

 

Salto Original DAPL 2015.jpg

 

(E, a propósito da Ponte, sobre que por vezes se refere a sua provável, possível, hipotética, antiguidade, sabe que nas “Memórias Paroquiais”, tanto nas de 1747, como nas de 1758, não vem qualquer referência à Ponte?!)

 

Nunca, os Caminhos, do Salto, da Arca da Fonte; as Azinhagas, do Porco Zunho, do Poço dos Cães, a Azinhaga Estreitinha, foram tão movimentados, nem nos tempos em que os campos eram a base da sustentação do povoado, nem sequer quando, crianças e adolescentes ainda brincavam por tapadas, caminhos e ribeiras.

 

Igreja e araucária - Original DAPL 2015 (1).jpg

 

Junto ao Adro de São Martinho se estruturava a chegada dos atletas.

Igreja, torre sineira, araucária, ter-se-ão questionado sobre o porquê de tanto movimento inusitado.

 

Até a amendoeira, que tem história, gostaria de ter presenciado a ocorrência umas semanas antes, no início do mês, quando ainda estava florida!

 

Amendoeira florida - Original DAPL 2015 (2).jpg

 

Nas ruas só se viam essencialmente estrangeiros, uma verdadeira Babel instalada no povoado, o barulho característico das molas dos sapatos próprios para estas corridas!

Pena que o entrave da Língua, não tenha proporcionado uma maior interação.

Terminado o evento, resta-nos o silêncio das casas abandonadas ou de segunda estadia e a Lembrança e a Saudade dos ausentes.

 

Rua do Norte  - FMCL - anos 80.jpg

 

Na estrada até à ponte da Ribeira das Pedras estava todo o lado nascente da via, com carros estacionados. Não como nesta imagem!

 

Aldeia Original DAPL 2014.jpg

 

Não tirei qualquer foto do evento, por várias razões.

Primeiro, tenho sempre alguma relutância em fotografar pessoas e divulgar na net. Mas já abri exceções!

Segundo, estou de mal com o telemóvel.

E, terceiro, a minha colaboradora do blogue e que me documenta e fornece o acervo fotográfico, estava ausente.

Mas é precisamente desse acervo e dessa prestimosa colaboração que me sirvo para documentar este post. Para além de uma foto minha, já antiga, que digitalizei.

 

E este post, além de documental é também um convite, a si que nos brindou com o seu colorido, o seu entusiasmo atlético e desportivo, nos campos e ruas de Aldeia…

E que, preocupado com o mapa, para onde olhava permanentemente, para a localização dos pontos cardeais, eventualmente buscando a direção do sol, e principalmente a localização dos postos de controlo, preocupado em registar com o aparelhómetro no dedo…

Para si, que não olhou, nem observou a beleza destes campos, nem destas ruas e singelos monumentos…

Para que nos visite com mais calma, sem correrias, nem pressa de chegar, ou de ser o primeiro…

E aprecie estes belos campos, que a partir de Março atingem todo o seu esplendor, glorificando a Primavera, explodindo em Maio.

Numa apoteose de cores e perfumes e sinfonia de rouxinóis.

 

Maio Original DAPL 2014.jpeg

 

 

(Bem sei que você não lê Português…

É pena!

Pode ser que ainda consiga traduzir este excerto…)

 

E, para si que é Conterrâneo, que é Português.

Lembre-se do que frisei no início.

Este pessoal não deixou lixo nos terrenos!

Então, porque deixar lixo nos caminhos velhos, nas bermas da estrada, nas margens da Fonte, no leito da Ribeira do Salto ou de outra qualquer, arremessado para debaixo da Ponte?!

Porquê?! Porquê?!

 

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Deixo alguns links, se quiser aprofundar mais sobre o evento.

Agradeço as imagens que tomei a liberdade de retirar de sites alusivos à ocorrência.

http://pom.pt/2017/en/apresentacao/

http://pom.pt/2017/en/2017/02/20/final-bulletin/ 

http://pom.pt/2017/en/2017/02/26/day-1-video/

http://pom.pt/2017/en/252-middle-distance/

http://pom.pt/2017/en/262-long-distance/

http://news.worldofo.com/2017/02/26/portugal-o-meeting-2017-day-1-2-maps-and-results/ 

Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (VII)

A Nossa Antologia

XX Volume - 2016

(57 Autores)

Editor: Euedito

 

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Tejo original DAPL 2016.jpg

 

Introdução:

 

Continuamos com a divulgação de Poemas da XX Antologia da APP - 2016. Um sétimo grupo de Poetas estruturam o post nº 491.

Damos a conhecer Poesia de Hérlon Cavalcanti, João Baptista Coelho, João Coelho dos Santos, João de Deus Rodrigues e João Francisco da Silva.

Cabe a Si, caro/a Leitor/a apreciar mais um conjunto de bela Poesia!

E, como estamos em Fevereiro, todos os Poemas versam o Amor.

 

 

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flor mandacaru in. recantodas letras.com.br.jpg 

HÉRLON CAVALCANTI

 

“FLOR DE MANDACARU, NO TEJO”

 

“De Terras longas que vim

de mar, de rios e florestas

trouxe um bocado de mim

pra me juntar nessa festa

cantando e fazendo versos

nessa vida que me resta

 

Ao Tejo corri pra ver

toda a cidade a correr

linda e misteriosa

No berço que vi nascer

Visitei a minha história

E tudo que vim a ser..

 

Na Terra de minha gente

No berço dos ancestrais

deitei uma flor no Tejo

sai sem olhar pra traz

Por aqueles que chegaram

e os que não existem mais.

 

Na flor de mandacaru

Trazida do meu país

visitei o mar azul

amei e fui muito feliz

E voltei a Caruaru

E agora conto pra tu

Tudo quanto eu aprendi.”

 

(Hérlon e Mabel Cavalcanti)

 

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Cacela Original DAPL 2016.jpg

 

JOÃO BAPTISTA COELHO

 

“ POEMA DE AMOR”

 

“Anda comigo, amor, p´la praia fora,

os dois, de mão na mão, pisando a areia.

Vem ver a luz do sol a ir-se embora

e a noite a converter-se em lua-cheia.

 

Irmãos do par de amantes, do outrora

- o cavaleiro triste e Dulcineia –

seremos, no instante dessa hora,

o nauta enfeitiçado e a sereia!

 

No mar e na fundura da neblina,

a nau dos meus desejos, à bolina,

navega em meu azul do pensamento.

 

Vem vê-la! Vem falar-lhe com teu canto!

E põe a paz suprema no meu pranto…

com beijos que trocarmos sob o vento.”

 

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JOÃO COELHO DOS SANTOS

 

“A MÚSICA E A ALMA”

 

“Deslumbrado, abri um pórtico de luz,

Que cresceu ou emergiu,

Como a música e a alma.

Compus expressão teatral,

E gargarejei um pueril libreto de ópera.

No gotejar nota a nota do violino,

Com a alma grávida de ilusões,

Ou no suave tanger da lira,

Ora patético e teatral,

Ora tranquilo e benevolente

Cantei em tom de falsete,

Soltei lágrimas de felicidade

E adormeci sereno e sossegado,

Com o vento a acariciar a música e a alma.”

 

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Troia original DAPL 2016.jpg

 

JOÃO DE DEUS RODRIGUES

 

“À PROCURA DO TEU PASSADO”

“(a saudade)”

 

“Passaram-se dias, meses e anos,

E fui à tua procura sem te encontrar.

Perguntei por ti a rios, mares e oceanos,

Mas nenhum parou, para me escutar.

 

Era enorme a minha vontade de te ver,

Para saber se continua moreno o teu rosto.

E se tudo aquilo que tens andado a fazer,

Te trouxe felicidade ou causou desgosto.

 

Mas encontrei desertas as ruas do passado,

E gastas as pedras da calçada que pisámos,

Quando abraçados cumpríamos o nosso fado,

 

A olhar para as estrelas que ora ainda vejo,

Tão trémulas, a cintilar no firmamento,

Como as do jardim da realização do desejo.”

 

*******

 

JOÃO FRANCISCO DA SILVA

 

“EXCELSA FORMOSURA”

 

“ Deslumbrante é tua excelsa formosura,

Charme de mulher em todo o seu esplendor;

Tens coração generoso e alma pura,

Simbolizas a beleza e o amor!

 

És mãe da emoção, musa do poema,

Cultora da paz e da fraternidade;

Tens no amor o teu preferido tema,

És a rainha da singularidade!

 

Muito humana, sentes carinho e doçura,

Fazes o bem, partilhas da alheia dor;

Teus encantos aumentam com a candura

Com que semeias simpatia e amor!

 

És personagem de romântica fita,

Doce e terna como pétala de flor;

Mas o mundo quando diz que és bonita

Almeja interesses, ao dar-te valor!

 

Pura filha da humana natureza,

Amas as gentes, cultivas a verdade;

Floresce-te no Ser a moral riqueza,

És fluente fonte de felicidade!

 

Desafias o fulgor de mil estrelas,

És poema, maravilha, cor e luz,

Subiste ao pódio das mulheres mais belas;

Deus, por ditosos caminhos te conduz!

 

Sabendo tu que encantas, que deslumbras,

Que és admirada de modo profundo,

Nunca te envolvas em opacas penumbras;

Continua a ser um exemplo p´ró mundo!”

 

 Notas Finais:

Este post é ilustrado com algumas fotografias, originais de D.A.P.L., 2016. Lamento, mas não consegui enquadrar todos os poemas com fotografias originais.

Também, para documentar a "flor de mandacaru", que eu não sabia o significado, pesquisei na net. Mandacaru é um tipo de cacto. Também tenho um exemplar deste tipo de plantas, cuja flor apenas floresce por um dia. Plantei-a em 2015. A primeira vez que deu flor foi nesse mesmo ano, pela noite de São João: 23 para 24 de Junho. Em 2016 não sei se deu flor ou não. Não tive oportunidade de presenciar.

 

Poesias publicadas na Revista "Família Cristã"

"Lugar aos novos"

Obrigado!

 

Preâmbulo:

 

Caros/as  Leitores/Leitoras

 

Há algum tempo que não publicava. Outros afazeres. A inércia que, por vezes, me ataca: outro nome para a preguiça.

Este post que foi demorado a estruturar, até na divulgação online, pois que esta Introdução só nasceu após a divulgação dos poemas, embora as ideias já andassem a germinar há dias…

Assim, fui protelando, adiando…

 

Finalmente, chegou, hoje, o Dia!

 

Continuo e volto com a Poesia. Agora alguns textos meus.

(Não, não esqueci que ainda irei continuar com a XX Antologia da APP.)

 

Dos meus, que agora publico, a maioria já foi dada a conhecer no blogue.

Mas, então, questionar-me-ão: Porque divulgar novamente?!

 

Resolvi estruturar este post, com todos estes poemas, pelo facto de todos eles terem sido publicados, em suporte de papel, na Revista “Família Cristã”, nos anos oitenta: 84, 85, 86, 87 e 88.

 

Foi precisamente nesta Revista que comecei a divulgar alguns dos poemas que já tinha escrito.

Publicados na Secção “Lugar aos novos”, coordenação de Padre Agostinho Correia.

 

O 1º poema que publiquei foi precisamente “Realização”, na revista de Fevereiro de 1984.

Seguiram-se:

Desencontros” – Março 1985

Cavalo de Ferro” – Novembro 1985

A Esperança” – Abril 1986

Caminhadas” – Fevereiro 1987

Alma de Poeta” – Junho 1987

Somos Mar!” e “Um Quadro” – Fevereiro 1988.

 

Provavelmente, tudo isto, atualmente, nos tempos que correm, com todos os meios comunicacionais existentes, com o acesso à divulgação relativamente facilitado, parecerá uma simples redundância, algo irrelevante.

Mas não foi! Para mim, à data, foi extremamente importante. E gratificante!

Foi a primeira porta que se me abriu à divulgação do que escrevia.

E, foi por isso, para realçar a importância desse facto e também para agradecer essa possibilidade, que agora, com toda esta comodidade técnica existente, não será fácil ajuizar sobre o valor que, para mim, teve essa oportunidade!

Obrigado! Agradecer, nunca é demais.

 

A ordem na publicação não foi a que apresento no blogue.

No post, apresento os poemas por ordem cronológica da respetiva escrita, iniciando-se pelos mais recentes:

“Caminhadas”, “Somos Mar”, de 1986;

“A Esperança”, 1985;

“Cavalo de Ferro” e “Alma de Poeta”, 1982;

“Desencontros” e “Realização”, finais de 70 (?)

“Um Quadro”, 76/77.

 

São alguns dos poemas que escrevi neste período de tempo: 76/77 até 86.

Escrevi mais neste período. Alguns publicados noutros meios comunicacionais. Outros inéditos. Alguns nunca serão divulgados.

 

Bem, seguem-se os poemas, que a prosa já vai longa e estas minudências só a mim interessam. 

Alguns ilustradas por bonitas fotografias.

 

 

Caminhadas Foto original DAPL 2016.jpg

 

CAMINHADAS

 

Pouco a pouco, os Sonhos são quimeras

Arredados nos Caminhos percorridos em Outrora.

 

No tecido da urbe que habitamos

Os passos do presente registamos

Deixando sempre outros caminhos

Passos, ruas, por correr…

 

Entramos em casas, nunca em todas

Qu’impossível se torna estar em todas.

Saímos, fechando algumas portas

Que abertas, ficar deviam. Todas!

Mas nem sempre podem.

Vai havendo sempre novas portas

Para abrir.

Enquanto conseguimos.

E portas há que nunca abrimos

Fechadas “ab aeterno” pelos Deuses.

 

Mas cada vez mais quedados em nossas casas

Quando não no nosso quarto, já sem asas

Cada vez mais em si mesmo dados.

 

Por vezes nos achamos em becos sem saída

Ou em quartos sem janela

Nesta cidade cada vez menos construída

Para nós, Homens, vivermos nela.

 

Resta-nos rasgar paredes e, nelas

Inscrever o Sol, a Luz, o Mar de barcas – belas

O Tempo das calmarias sem procelas.

Sabendo que mais fácil é dizê-lo

Do que, todavia, será fazê-lo.

 

Marca-nos sempre ao Longe termos

O Campo, Santo que a Natureza (humana)

Povoou d’esguias árvores apontando

O Céu, o Astro, o Sol, a Vida!

 

E, enfim, os olhos descansaremos

Nessa imensidão Sem Fim, do Mundo!

 

 

(Escrito em 25/04/1986, comboio, Entroncamento ----» Aldeia da Mata

Publicado: Revista “Família Cristã”, rubrica “Lugar aos Novos”, Ano XXXIII, Fev. 1987 – Francisco Lopes.

Blogue: 25/01/2015)

 

*******

Somos Mar! Foto original DAPL 2016.jpg

 

 

SOMOS MAR!

 

Trazemos em nós um Mar

Corre o mar nas nossas veias

Nos percorre, nos irriga o corpo

Os neurónios, os sentidos!

 

Nas nossas costas batem ondas

Quebram-se aos nossos pés

Marulham aos nossos ouvidos.

Sabe-nos o sangue a sal

Cheiram-nos os cabelos a maresia.

 

Há em nós o apelo do Mar

O chamamento donde proviemos

O Início de que nascemos.

 

O mar nos traça os contornos

As formas, as enseadas

As falésias, os cabos e promontórios.

Faz correr os nossos rios!

Somos um mar circulando na Terra

Somos Água, água mineralizada.

                             Água do Mar.

Dois átomos de hidrogénio

E um de oxigénio. E cloreto

                               De sódio!

                                         E…

 

Somos água principalmente

                    Percentualmente.

Quase somos água. Quase!

                 H2O + ClNa + … + …

Somos Vida. Do Mar

                            Vinda!

 

 

(Escrito em 07/03/1986.

Publicado na Revista “Família Cristã”, rubrica “Lugar aos Novos”, Ano XXXIV, Fev. 1988 – (Francisco Lopes).

Blogue: 29/01/2015)

 

*******

A Esperança. Foto original DAPL 2016jpg

 

A ESPERANÇA

 

A Esperança criou asas

Abriu-as, pôs-se a voar.

Sobre a cidade e suas casas

As gentes foi saudar.

 

Desceu às ruas e ruelas

Cumprimentou as pessoas.

Fê-las sorrir, serem mais belas

Nos becos dessas lisboas.

 

Foi ao campo em missão

À gente mais conformada

Despertou-a, deu-lhe a mão.

 

Mais alto e mais longe, alada

Pandora afastou então.

E preparou nova alvorada.

 

(Escrito em 13/12/1985

Publicado em: Revista “Família Cristã”, Rubrica “Lugar aos novos”, Ano XXXII, Abril 1986, (Francisco Lopes).

Blogue: 27/12/2014)

 

*******

 

CAVALO de FERRO

 

Eh! Cavalo de ferro

Que malhas no ferro

Repisando no erro!

A campainha, já avisada

Anuncia a tua alvorada.

Trrim, Trrim, Trrim, Trrim,

Trrim, Trrim, Trrim…

Debita milhões de decibéis.

(Ralos, não vos raleis.

Vosso ralar já não rala.

Que outra Natureza nos fala!)

 

Ainda ao longe, relinchas.

Estremecem os teus compinchas

Lembrando a tua chegada.

ppppiiiiiiiiiIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

E galopas sobre as travessas

Maradas das tuas pressas.

catrapum, catraPUM, CATRAPUM

CATRAPUM, CATRApum, catrapum…

 

Te perdes no horizonte

Mal ultrapassas a ponte.

Não sendo mais que um ponto

Não se ouve já teu grito.

Tendes para infinito.

                ----------» ∞

 

(Escrito em 05/12/1982.

Aldeia da Mata.

Publicado em:

Revista Família Cristã”, rubrica “Lugar aos Novos” – Ano XXXI - Nov. 1985, (Manuel Francisco).

III Antologia de Poesia Contemporânea, de Luís Filipe Soares – 1986.

Blogue: 15/03/15.)

 

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Alma de Poeta Foto original DAPL 2016.jpg

 

ALMA de POETA

 

Tenho a Alma repleta

Deste sentir de poeta

Nesta enorme imensidão.

 

De tamanho oceano

Que se alarga cada ano

E me avassala o coração.

 

Desta Terra – Universo

Crescendo em cada verso

De Mercúrio a Plutão.

 

Deste cometa que passa

De prazer a dor e trespassa

“Esta minha condição”.

 

Na minha tão grande Alma

Cabe a tormenta e a calma

Cabe o Mundo na palma da mão.

 

 

(Escrito: 07/07/1982

Publicado em:

Revista “Família Cristã”, Rubrica “Lugar aos novos”, Ano XXXIII, Junho 1987.- (Francisco Lopes)

Bogue: 4/12/2014)

  

*******      

 

DesENCONTROS

 

Um dia qualquer, nos encontraremos.

Amar-nos-emos na primeira

e derradeira cama,

em lençóis negros de mortalha.

E para sempre ficaremos juntos.

Inseparáveis até ao Fim.

 

Que faremos?

Quantas vezes me pergunto.

Que faremos?

Que será de nós no Depois, no Amanhã?

Como eu gostaria de crer no Amanhã.

Ter Fé no Futuro, no Além.

Como eu invejo os que crêem!

Têm um sentido, um rumo, um fim,

Para além do dia-a-dia.

 

Quem sou eu?

Desenraizado, apátrida, ateu.

Não acredito em nada, nem ninguém.

Nem no Homem, nem em Deus.

Nem em mim mesmo.

Digo.

Falo.

Amanhã desdigo e contradigo-me.

 

Como eu gosto de retornar às origens,

à minha Pátria,

à minha terra,

ao seio materno.

Ouvir os primeiros vagidos,

tentar os primeiros passos,

beber na Fonte da Vida,

buscar a Luz da Existência,

apertar-me nos teus braços…

Até cansar-me.

 

E fugir.

De ti, de mim, de todos.

E começar tudo de novo.

Recomeçando este ciclo infernal.

Este circuito em espiral

até ao cansaço, à exaustão.

Para voltar ao Princípio,

à pureza inicial dos Sentidos

e da Razão.

… De novo.

 

[Escrito: finais de anos 70?

Publicado: Revista “Família Cristã – Rubrica “Lugar aos novos” – Ano XXXI, Março 1985 – (Manuel Francisco)]

 

*******

Nascer do sol Todos os dias Original DAPL 2016.jpg

 

  

REALIZAÇÃO

 

Todos os dias procuro encontrar-te

a ti, minha sombra esquecida,

minha luz vagamente amortecida

 

Mal te toco, das mãos me abalas.

 

Todas as manhãs, a mim prometo:

- Hoje, será um dia diferente.

Mas todos os dias me sinto preso

às peias do meio em que vivo.

Sinto que se me aperta em meu redor

a prisão que eu mesmo inventei.

Já nem sei se quero libertar-me,

tal é o torpor que me ataca.

Como único meio que me resta

salto a barreira do espaço.

Fujo para um mundo sem tempo

e aí construo o meu mundo,

sem fogo, água, nem ar.

Feito só de ilusão e sonhar.

 

[Escrito: finais dos anos 70?

Publicado: Revista “Família Cristã”, Rubrica “Lugar aos novos”, Ano XXX – Fev. 1984, (Manuel Francisco).]

 

*******

Um quadro em pano de vela Foto original DAPL.jpg

  

Um Quadro

 

Comprei um quadro, um quadro, uma tela

Um quadro, uma tela.

Pintado em pano, em pano de vela

Em pano de vela

De barco ou de caravela.

Barco já morto.

Pescado no Tejo

No Tejo a morrer.

Comprei um quadro, um quadro qualquer

Comprado no Rossio, a uma mulher

A uma Mulher.

Mulher, meia-idade, idade vivida.

Que está vendendo, vivendo sofrida.

Já teve um emprego.

Já esteve empregada.

Agora… Está no prego.

Vende quadros.

Mais nada!

 

 

[Escrito em 1976/77.

Lisboa.

Publicado em:

III Antologia de Poesia Contemporânea, de Luís Filipe Soares – 1986.

Revista “Família Cristã”, Rubrica “Lugar aos novos” – Fev. 1988, (Manuel Francisco).

Blogue:15/03/15.]

 

 *******       *******       *******

Notas Finais:

As fotografias são originais de D.A.P.L., de 2016, obtidas em vários locais de Portugal: Algarve e na Grande Lisboa, em 2016.

Não foram tiradas com o objetivo de ilustrarem este ou aquele poema específico. Não houve na objetiva fotográfica qualquer objetivo preciso. Constituem um acervo de fotos global que possuo e, de entre as disponíveis, seleciono as que, na minha visão personalizada, se adequarão mais ou menos à documentação do texto poético. Por vezes, certamente, só eu visualizarei a relação. Talvez!

De qualquer modo, atrevo-me a opinar que valorizam e enriquecem o texto. De forma livre, é certo!

Mas que é a Poesia sem a Liberdade (Poética)?! 

 

 

 

 

 

 

 

“Consulta Pública sobre a Reforma das Florestas”

“Alteração ao Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios”

 

Algumas ideias / Algumas Sugestões

 

Este texto, que elaborei fundamentalmente para colaborar na temática em epígrafe, dimanada do XXI Governo Constitucional, baseia-se em reflexões que já teci sobre o assunto, nomeadamente publicadas no blogue.

Alguns subtemas, quiçá sugestões, estarão já consignados no projeto de Lei, outros poderão trazer algum novo contributo. É isso que espero e que me impeliu a organizar as ideias, que, aliás, já tinha idealizado estruturar e enviar para quem de direito. O que surge, agora, com propriedade.

Tenho a plena noção que é limitado e parcelar.

 

  • Sobre este assunto, a estratégia fundamental deverá assentar na PREVENÇÃO.
  • A Prevenção sempre, e em várias frentes.

 

I - Dotar, de meios e condições, as Instituições envolvidas no combate aos incêndios. Sim! Mas só, não basta. Há que agir antes de haver as ocorrências trágicas.

 

II - Envolver todas as Entidades, os Poderes Públicos: Governo Central, Governos Civis, Governos Regionais, Autarquias (Câmaras Municipais, Juntas de Freguesias).

Aliás, estas duas Entidades são as que têm que ser mais envolvidas, empenhadas e responsabilizadas, pois são as que estão no terreno e mais diretamente conhecedoras das situações, sob todos os aspetos.

As Autoridades, no terreno: GNR - Guarda Nacional Republicana; ANPC - Autoridade Nacional de Proteção Civil.

 

III - Envolver os Cidadãos, sempre. Têm uma enorme responsabilidade e, em última e primeira instância, os que mais sofrem com o ocorrido. Os que mais têm a ganhar com a Prevenção. A perder com as ocorrências trágicas.

 

IV - A Limpeza dos Terrenos é imprescindível.

1. - Dos campos, prioritariamente.

Obrigatória e coerciva, numa faixa definida (100 a 150 metros) das casas e das povoações.

Junto às localidades, especialmente as montanhosas e de zonas florestais, definir um perímetro em que terá que haver total erradicação de matos e árvores facilmente combustíveis.

Desmatação, aceiros, desbastes, cortes de matos.

 

A intervenção e fiscalização dos Poderes Locais é essencial.

Foto original DAPL 2016.jpg

 

2 - Mas não só nos campos. Nas cidades, nomeadamente nos designados “parques urbanos” é imperiosa. (Bastava ter-se visto como esteve Monsanto todo o Verão!)

3 -Terrenos baldios dentro dos perímetros urbanos. Tantos por limpar e com montureiras de lixos.

4 - As bermas das estradas e autoestradas: devidamente limpas, de raiz, não o arremedo de desbaste das ervas que é feito, ficando todo o substrato à mercê de uma ponta de cigarro.

5 - Os caminhos vicinais, nomeadamente os mais próximos das localidades, outrora muito utilizados, atualmente pouco usados, mas onde é sempre imprescindível limpeza: de ervas, de matos e de lixos.

 

Limpezas efetuadas como deve ser, a começar nas estradas e caminhos. Não esse arremedo de limpeza que se faz, em que se corta a erva maior, mas fica todo o substrato vegetal no solo.

Aí residiria o papel fundamental dos “cantoneiros”.

 

 

V - E nestas considerações, de que se depreende a intervenção dos Poderes instituídos, também se depreende a Ação Cívica dos Cidadãos.

Os Cidadãos têm muita ação a desempenhar na prevenção.

 

VI - No envolvimento dos Cidadãos é fundamental o papel dos “Media”.

  • Promoção de campanhas de sensibilização para as limpezas efetuadas ou a efetuar.
  • Envolver as pessoas na recolha dos lixos. Para terem atitudes cívicas face ao lixo.
  • Promoção da reciclagem seletiva.
  • Deposição do lixo nos locais adequados.
  • (Quanto lixo não é atirado borda fora, na berma das estradas, na beira do caminhos, nas margens de rios e ribeiras(?!).

Foto original DAPL 2016.jpg

 

Nas ruas e passeios. No meio dos campos e florestas. Com tantos contentores para todos os lixos: indiferenciados, embalagens, vidros, papelão, remédios, roupas e calçados, industriais, obras...)

 

VII - Neste aspeto, o papel dos meios de comunicação pode ser fundamental e também cívico.

  • Já que gostam de tanto “espetáculo”, que promovem na altura dos incêndios, melhor seria que atuassem preventiva e civicamente. É também um dever de cidadania que lhes assiste.
  • Ganharíamos todos, muito mais!
  • Incentivar os cidadãos para terem práticas ativas de respeito pelo meio ambiente, o que de todo não se verifica.
  • Basta ver como muitas pessoas lidam com o lixo e com os cigarros, cujas beatas atiram janela fora, em pleno Verão!

 

VIII - Envolver também os cidadãos nas ações práticas de limpeza de campos, matas, terrenos baldios, parques, ruas, estradas, caminhos, ribeiras e rios, caminhos vicinais…

  • Tanta gente desempregada.
  • Tanta gente a receber subsídios, podendo trabalhar.
  • Envolver, civicamente, toda essa população, que podendo trabalhar, recebe sem o fazer, sem retribuir nenhuma contrapartida à sociedade.
  • Neste campo, os media também podem ter uma ação pedagógica.
  • Estruturar profissionalmente agentes no terreno: guardas-florestais com funções fiscalizadoras, mas também com ação nas limpezas. E porque não recriar a profissão de cantoneiro com ação concreta de limpeza e “folha de serviço”?

 

 

IX - Envolver as Escolas em campanhas teóricas e práticas, na limpeza e remoção de lixos, na prevenção de fogos. Com concursos, com prémios. Estruturar ações, projetos, nesse sentido.

 

X - Envolver os Serviços militares – Forças Armadas, tanto em ações de prevenção, como cívicas, como na preparação para atuarem nas ocorrências de facto, nos fogos. Também na vigilância. Mas, sempre, e preferencialmente, na prevenção.

 

XI - Os serviços prisionais, os que pudessem agir nesse sentido.

 

XII - Outro campo em que tem que se agir preventivamente, refere-se aos incendiários conhecidos, alguns criminosos compulsivos, ainda que “doentes”.

Mantê-los vigiados, melhor, privados de liberdade de movimentos, acompanhá-los, de algum modo integrá-los em atividades socialmente úteis.

Durante as estações do Outono, do Inverno e na Primavera mantê-los “presos”, mas ocupados em atividades precisamente de limpezas e manutenção de campos, ou outras adequadas ao seu perfil.

No Verão, igualmente privados de liberdade, mas retidos em locais onde não seja suscetível de atear fogos.

 

XIII - Prevenção. Sim, é o fundamental. E trabalho, muito trabalho de campo.

Muito falta fazer. E neste aspeto não há grupos no Poder que se possam limpar uns aos outros, nem alijar responsabilidades, atirando para cima dos antecessores. Todos são, todos somos, corresponsáveis. Ou não?

Este é um dos assuntos/problemas deste País em que tem que haver uma unidade de esforços.

 

XIV - E não adianta defender que os fogos ateados, por mão criminosa, existem, independentemente da prevenção, porque, sendo essa afirmação verdadeira, apesar de tudo, havendo medidas preventivas os seus efeitos serão menos nefastos.

Prevenção, sim! Prevenção, como prioridade.

E a atuação sobre estes indivíduos também pode ser preventiva.

 

XV - E uma ideia que não é totalmente original no seu conteúdo, ainda que julgo sê-lo na sua metodologia.

Promover a criação de rebanhos de ovelhas e/ou de cabras ou mistos, que, num modelo ancestral, idêntico ao dos “rebanhos comunitários”, percorreriam terrenos abandonados, matas e matagais, caminhos antigos e vicinais, ribeiros e ribeiras, pastando, comendo os matos e, assim, de uma forma ecológica e amiga do ambiente, limpariam os terrenos e funcionariam preventivamente contra eventuais incêndios.

Um modelo que poderia ser organizado e gerido pelas Autarquias, com o apoio das populações locais, que poderiam ser cofinanciadoras dos projetos e, dessa forma, participarem na cogestão das atividades em todas as suas implicações.

Uma ação preventiva e fiscalizadora, suscetível de criar riqueza e trabalho.

 

XVI - Incentivar os particulares com rebanhos, especialmente de ovelhas, a desenvolverem essas práticas, que aliás alguns donos de gado já as implementam nos terrenos abandonados, nos caminhos, nas ribeiras.

 

XVII - Implementar a utilização de toda a matéria vegetal, obtida nas limpezas pelo País, na produção energética, incentivando precisamente as limpezas como fontes de rendimento, ao promover-se a venda do material lenhoso e vegetal a centrais energéticas ou outras finalidades, fertilizantes, estrumes, biomassa, etc.

Unidades industriais estrategicamente implantadas em zonas do Interior, onde é mais necessário criar riqueza, trabalho e fixar as populações.

 

!!! - E atenção aos negócios, aos negócios, aos negócios associados a estas questões dos fogos!

 

 

Prevenção! Prevenção! Prevenção é sempre imprescindível.

Feita como deve ser. E envolvendo toda a gente, todos os anos!

 

E, não esquecer!

Por mais legislação que possa haver, necessária é certo, mas se não houver ação concreta e preventiva no terreno, nada se conseguirá!

Tem que ser uma verdadeira luta.

 Nota Final: 

Tomei a liberdade de enviar este texto para os Senhores MInistros de:

- Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural;

- Administração Interna;

- Ambiente.

ANTOLOGIA de POESIA do CNAP (XIV)

CÍRCULO NACIONAL D´ARTE E POESIA

C.N.A.P.

 

ANTOLOGIA DE POESIA

 

Este Post é especialmente destinado às Pessoas que, escrevendo Poesia, gostam de a divulgar, enquadrando-a numa Antologia.

 

Artemísia Foto original DAPL 2016.jpg

 

Participar numa Antologia é uma forma diferente de divulgação do que se escreve. Há um sentir-se mais irmanado, mais acompanhado, com outros poetas ou poetisas, que connosco partilham esse meio de comunicarmos e darmos a conhecer o que escrevemos.

 

Malmequeres campestres Foto original DAPL 2016.jpg

 

Por mais humildes que nos sintamos, que ajuizemos os nossos versos como simples e singelos malmequeres, que num campo de flores dão colorido à Natureza, na Antologia, porque coletiva, sentimo-nos mais seguros nesse irmanar de propósitos e sentimentos.

 

Novo Amanhecer Foto original DAPL 2016.jpg

 

Há sempre um sentir esperançoso face ao Livro que nos aguarda e que nós expectamos como se um novo alvorecer se anunciasse. É sempre algo que nasce, que nos nasce, e ainda que nos ultrapasse nesse nascer, nós também nos sentimos fazendo parte, comungando, desse mesmo Nascimento. É sempre um sinal de Esperança, como o são os Livros.

Um sinal de Juventude e de Futuro!

 

Entardecer. Foto original DAPL 2016.jpg

 

Mesmo que nós estejamos mais num tempo de outro tempo, ou sejamos menos jovens, porque o Tempo não nos perdoa e não retorna, por mais que o cantemos, mesmo assim, e precisamente porque assim, ao poetarmos, nós nos transcendemos, no Tempo.

E, apesar do escurecer do findar dos dias, há sempre um vislumbre de Luz, que nos prenuncia outra Madrugada e novo Alvorecer.

E o nosso Poema, os nossos Poemas, são Árvores altaneiras que, guardando a noite e pressagiando a madrugada, prenunciam e aguardam um outro Amanhecer!

 

E, finalmente, o Livro!

Um remansoso e calmo marulhar das ondas do mar!

 

Mar Remansoso. Foto original DAPL 2016. jpg

 

Escreve Poesia?

 

Porque espera?!

Seja Jovem ou menos Jovem, mas tendo em si o condão de escrever e expressar os seus Sentires através da Poesia,

Se está interessado(a) em divulgar o que escreve, participando numa ANTOLOGIA,

 

Contacte: 

CÍRCULO NACIONAL D´ARTE E POESIA

RUA MAESTRO ANTÓNIO TABORDA, Nº 37-2º

1200-714 LISBOA

dinizsampaio@gmail.com

 

 

P.S.

Para melhor se informar sobre o C.N.A.P.,

Remeto-o/a para os seguintes links, em que escrevo sobre o Círculo, sobre a XIII Antologia, e apresento as Antologias em que já participei, entre as quais se encontram aos do C.N.A.P.

 

 http://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/xiii-antologia-de-poesia-do-cnap-poema

http://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/xiii-antologia-do-c-n-a-p-poema

http://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/xiii-antologia-do-circulo-nacional

http://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/circulo-nacional-darte-e-poesia

http://aquem-tejo.blogs.sapo.pt/antologias-de-poesia

 

 

 

 

Atreva-se / Ouse participar!

 

 

Nota Final: As Fotos são originais de D.A.P.L. (2016), e que também já tem participado em Antologias.

 

Antologia da APP – Associação Portuguesa de Poetas (IV)

“A Nossa Antologia”

XX Volume - 2016

(57 Autores)

Editor: Euedito

 

*******

 

Continuando na divulgação de Poesias da XX Antologia da APP.

Agora, o 4º grupo.

Seguem-se Poemas de: Carlos Fernandes, Catarina Malanho, Clara Mestre, Conceição Oliveira e Cynthia Porto.

 

Lisboa nascer do sol Foto original DAPL 2016.jpg

 

 

*******

 

CARLOS FERNANDES

 

“A GAIVOTA QUE AMAVA LISBOA”

 

“Gaivota perdida e encontrada por esta maresia,

De cheiros a águas esverdeadas do Tejo,

Levantas-te como o tempo quando a aragem se arriba,

Mas logo num brado da asa vens e mergulhas nas margens,

Da tua Terra amada que é Lisboa.

E vais esvoaçando numa dança divinal,

E bailando por entre raios de luz,

No grande palco que é o teu Tejo,

Tendo como cenário Lisboa,

Por entre as suas águas murmurando,

E dançando do Nascente ao Poente

Vais bailando docemente numa exaltação,

Para quem te vê deixasses um libido amor,

A esta terra esta cidade chamada Lisboa.

E no final da tarde quando regressas da viagem

Para descansar, num cais que se chama das colunas

Que o entendeu como seu, no cimo do mastro Real,

Poisas sempre a ver os cacilheiros chegar,

E agradeces a esta tua linda Lisboa,

Que é a rainha de Portugal.”

 

*******

 

Frutos Outono I 2015. Foto original DAPL jpg

 

CATARINA MALANHO

 

“PASSOU-ME O OUTONO À PORTA”

 

“Sentada a olhar a rua

Pela janela envidraçada,

Vi passar esvoaçando

Muitas folhas descoradas…

 

Eram amarelas, castanhas

Algumas amarfanhadas,

 

Observei melhor…

 

Prestando mais atenção;

Era o vento que soprava

Pois já não havia Verão

E o Outono chegava…”

 

*******

 

CLARA MESTRE

 

“RECORDAÇÕES (Gradil)”

 

“No meu tempo de menina

A aldeia cheirava

A pão quente

Agora

Os passos cansados

Da minha imaginação

Ainda atravessam

O forno

Lembrando o cozer do pão

Passa o destino a correr

No sangue fraco das veias

Há emaranhado de teias

Que ainda tento defender

Mas…

Na minha imaginação

Não há tempo

Não às guerras

Há sempre satisfação

Porque o cheiro

Da minha aldeia

Trago no meu

Coração…”

 

*******

 

CONCEIÇÃO OLIVEIRA

 

“GENTE FELIZ”

 

“Ali não há rios

há mar, muito mar.

 

E cheiro a peixe fresco.

e cães a descansar sobre redes

até que os pescadores voltem ao mar.

E gente, muita gente.

Jovens

Velhos

Crianças.

Tudo junto. Tudo feliz”

 

*******

 

CYNTHIA PORTO

 

“A QUEM VAI CHEGAR”

“(Soneto Futurista)”

 

“Espero-te em um clima de ternura,

Em prece, abrindo aos Céus, meu coração,

Pois, sei que chegarás, de alma tão pura,

Neste teu novo lar, com afeição…

 

A música será uma recepção,

Acolhedor banquete de candura,

A tua vinda a nós, como canção,

Porque é festiva, vem, e assim, perdura…

 

Terás uma morada aconchegante,

Em meio a muito amor e poesia,

Com fluido angelical, que segue adiante…

 

Como um presépio, é pleno de harmonia,

Serás a doce Vida radiante,

Também perene fonte de alegria!...” 

 

Notas Finais:

Este post é acompanhado por sugestivas fotografias originais de D.A.P.L., de 2015 e 2016.

Suponho que, enquanto publico este documento ilustrativo do trabalho da APP, da respetiva Direção e dos Antologiados, estará a decorrer o lançamento de livro do Associado, António José da Silva. Desejo-lhe as maiores felicidades e êxitos.

Irei continuando na divulgação da Poesia constante na XX Antologia.

 

 

Post Natalício, 2016!

NATAL!

 

Neste mês de Dezembro, podemos lá nós deixar de falar do Natal?!

 

aqui abordámos esta temática…

A ela voltamos com um Poema, de 1982, de um Poeta consagrado: David Mourão – Ferreira.

Através dele, aproveito para desejar um Santo e Feliz Natal, a todas as Pessoas que têm a amabilidade de visitar este blogue.

 

Nascer do Sol Foto Original DAPL 2016.jpg

 

“COSMOGONIA DE NATAL”

 

“És Água no que a Terra tem de Fogo

És Fogo és Ar na Terra já sem peso

 

És os Quatro Elementos que tão pronto

irrompem do mistério do Teu berço”

 

(1982)

 

Concha na praia. Foto original DAPL 2016.jpg

  

In. “Cancioneiro de Natal”

 

David Mourão-Ferreira

Obra Poética (1948 – 1988)

 

Editorial Presença

2º Edição, Lisboa, Julho 1996.

 

 

Os 4 Elementos alterados Foto Original DAPL 2016.jpg

 

Não sei se será este o único post que irei publicar sobre o tema. Talvez divulgue um original, não sei!

 

Tomo a liberdade de anexar um link de um Poeta atual, também sócio da APP Euclides Cavaco.

Um trabalho muito sugestivo.

 

E também pode ler um lindo Poema, neste blogue:

http://poetamos.blogspot.pt/

 

 

As fotos são originais de D.A.P.L., 2016. 

 

 

 

 

É NATAL! Todos os dias são Dia de Natal!

Hoje é Dia de Natal.

 

Mal o Sol se anunciou, ao dealbar a linha do horizonte.

Nascimento do sol Foto original DAPL 2016.jpg

 

No caminhar sereno na areia, contemplando o Mar.

Concha. Foto original DAPL 2016

Todos os dias são Dias de Natal!

 

Na simplicidade múltipla e diversificada das flores.

Artemísia / "Altemira" Foto original DAPL 2016.jpg

 Cada dia é Dia de Natal!

 

Na beleza e perfume das rosas.

Rosas no quintal Foto original DAPL 2016.jpg

 

 Nota Final: Todas as Fotos são originais de D.A.P.L. A quem felicitamos!

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