Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Uma das temáticas que percorre este blogue é a divulgação de acontecimentos culturais, relevando os de caráter regional, que passam muitas vezes injustamente despercebidos.
Ocorreu na passada 3ª feira, dia 26 de Julho, em Altura – Alagoa, Algarve a “inauguração” do Mercado da localidade, melhor, inauguração da respetiva "requalificação". Espaço muito agradável e acolhedor, cheio de luz, aonde já fora fazer compras: pão, fruta, artesanato. Também se pode aí adquirir bom peixe, como é habitual apanágio dos mercados tradicionais.
A ocorrência da apresentação da mencionada exposição “O que o Mar cria e o Homem recria”, de Ana Paula Frade, estruturada a partir de conchas e carcaças de crustáceos e outros “frutos” do Mar, levou-nos propositadamente a nova visita.
Emoldurados, estes elementos marinhos, abundantes nas belas praias do concelho de Castro Marim, constituem imaginativos quadros artísticos, que muito embelezam e valorizam o espaço comercial. Será de todo conveniente que outras exposições possam aí acontecer, bem como algumas das obras expostas possam constituir um futuro acervo expositivo permanente.
(Permito-me dois comentários – questões.
Não seria mais correto o título “… e a Mulher recria”?
E uma pequena “etiqueta” / subtítulo, para cada um dos quadros, não valorizaria cada um dos trabalhos apresentados?)
Também exposto, um barco tradicional muito bem decorado por trabalhos em crochet - “Barco Lendas e Rendas”, sonhos e poemas, resultantes do trabalho de um grupo de intervenção social “ACASO – Associação Cultural e de Apoio Social de Olhão”.
Embelezando e valorizando este texto, várias fotos originais de D. A. P. L. documentam os trabalhos expostos.
No final da inauguração e abertura da exposição, uma apetitosa caldeirada foi oferecida aos visitantes. E, entre várias outras bebidas, uma fresquíssima e agradabilíssima sangria.
Relativamente à caldeirada, algo que me surpreendeu agradavelmente na sua composição, pois nunca tal ainda constatara. Além do habitual peixe, também havia nacos de carne de porco: chouriço e presunto.
Não esqueçamos que Castro Marim é um concelho simultaneamente com costa marítima, litoral de excelentes praias, frente de rio e uma parte fundamental de terra interior, de tradições campesinas.
Daí talvez esta composição híbrida de Mar e Terra, que resulta muito bem!
Constatei que, entre o público assistente/participante, pouca gente figuraria dessa massa enorme de população que, nestes escassos meses de verão, “invade” as praias algarvias. Atrever-me-ia a dizer que nós seríamos os poucos ou mesmo os únicos “representantes”, que acedemos ao convite expresso e divulgado em variados locais públicos da povoação.
Para além do agradecimento e dos parabéns às entidades organizativas, reforço que as exposições e o mercado, devidamente requalificado, aguardam e merecem uma visita!
Deixo também uma sugestão / questão sobre que já tenho falado com outras pessoas que trabalham em mercados de outras localidades.
Relativamente ao horário, mantendo o habitual e tradicional da manhã, comum a todos os mercados que conheço, não seria de se pensar também noutros horários flexíveis?
Por ex., neste caso e na época de veraneio, experimentar uma abertura também ao final da tarde, para direcionar aos “consumidores” provenientes da praia. Isto digo eu!
Noutras localidades, suburbanas, abrir também ao final da tarde, na hora de regresso dos trabalhos diários, julgo que também seria de experimentar.
E noutras, em que o mercado apenas abre alguns dias, penso que a abertura diária ajudaria a fidelizar clientes.
Isto sobre os horários… Porque haverão outras situações que podem ajudar a dar vida aos mercados tradicionais.
Bem sei que há imensas e enormes superfícies comercias, concorrendo e disputando os consumidores com outras condições muito mais vantajosas!
E onde esta conversa chegou!
Que isto de mercados tem muito que se lhe diga…
E sobre os ditos, uma sugestiva imagem de uma balança tradicional, no referido "Mercado Requalificado", e também foto original de D.A.P.L.!
Tem este post o objetivo de relembrar que é hoje o lançamento da XIII Antologia de Poesia, do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, conforme já referido no blogue.
Também como previsto, divulgo a segunda das minhas poesias que figuram na mencionada Antologia.
Acompanhadas de duas belas fotosoriginais de D.A.P.L., de 2014, já apresentadas noutros posts, da tão peculiar e bonita localidade algarvia. Li, algures, que a UNESCO propôs que esta linda povoação, bem como a Vila Real de Santo António, fossem candidatas à categoria de Património Mundial. Inteiramente justo!
Já informei sobre o lançamento e os participantes antologiados.
Já apresentei o Prefácio.
Hoje, pretendo abordar mais alguns aspetos da mesma.
Informar que:
- A Coordenação é de Maria Olívia Diniz Sampaio, a "maestrina" mencionada no Prefácio.
- O Prefácio, já apresentado, é de Francisco Carita Mata.
- A Capa é da autoria de Luís Ferreira.
- Contém Desenhos de Francisco Carita Mata, José Narciso e Luís Ferreira.
- A Edição é do Círculo Nacional D’Arte e Poesia.
- Sobre a Edição, pretendo ainda apresentar uma imagem digitalizada da Capa. Mas ainda não tive oportunidade de executar esta tarefa.
Desde já refiro que aprecio muito a Capa. Muito minimalista, informando-nos do essencial, com um tipo de letra apelativa: a antologia, a sua ordem sequencial, a respetiva autoria.
Uma imagem estilizada, que nos remete para diversas figurações/significações.
Vejo nela um fruto. Talvez cereja, quiçá maçã. Simultaneamente um coração. Simbolicamente Amor, significante, Mulher, maçã. Cereja, que apetece trincar! Remete-nos para um rosto? Para um corpo?
Dir-me-ão… Como quer que saibamos, se não vemos a imagem?!
Pois, lamento. Peço desculpa, mas tereis que esperar que possa dar-vos a conhecer a imagem digitalizada. Até lá, remeto-vos para a V/ imaginação criativa!
Também pretendo, se conseguir, dar-vos a conhecer os Desenhos de José Narciso e Luís Ferreira, digitalizados, ou de outro modo, caso alguém mos proporcione.
Outro propósito, relativamente a esta Antologia, será divulgar um Poema de cada um dos Antologiados.
Informar ainda que nesta Antologia figuram duas fotos, a cinza no livro, de D.A.P.L., de 2014, ilustrando “Cacela Velha”.
Uma delas é a sugestiva e bonita foto, a cores aqui no blogue, exposta anteriormente, ilustrativa do mencionado Poema sobre a belíssima localidade, que tantos Poetas e Poetisas encantou.
A outra já foi divulgada em post deste blogue, noutro contexto. Expo-la-ei novamente, talvez, quando apresentar o poema referido, com que pretendo fechar o ciclo dos poemas dos vinte e nove antologiados.
Já tenho divulgado neste blogue várias iniciativas culturais realizadas no Concelho de Almada. Uma parcela pequena das que efetivamente se realizam. Das que tenho o grato prazer de assistir.
Uma parte efetivamente diminuta das possibilidades que esta Cidade nos oferece. Também nem de todas me debruço nos posts.
Nos mais variados e diversos contextos em que estes termos podem ser equacionados…
Um dos campos culturais que mais me motivam é o Cinema, a 7ª Arte, nos seus vários enquadramentos.
No Fórum Romeu Correia decorrem, ao longo do ano, vários Ciclos de Cinema.
Já aqui me debrucei sobre o 10º Ciclo de Cinema Brasileiro.
Outros decorreram entretanto, mas que não assisti.
Está a decorrer, conforme título em epígrafe, o 6º “Ciclo de Cinema Católico”.
Ontem, tive o grato prazer de assistir ao filme estoniano/georgiano, “Tangerines”, de Zaza Urushadze.
Já foram exibidos os filmes “Um Homem para a Eternidade”, de Fred Zinnemann e “Os Olhos da Ásia”, de João Mário Grilo.
Prevê-se, para hoje, sábado 12 de Dezembro, o filme “Timbuktu”, de Abderrahmane Sissako.
O filme de ontem, 6ª feira, e o de hoje, sábado, substituem o inicialmente previsto “Os Dez Mandamentos I e II”, de Roberto Benigni, que não pôde ser apresentado, segundo me esclareceram, porque tiveram um problema com a legendagem do original.
Amanhã, domingo dia 13 de Dezembro, está previsto o admirável filme soviético “Andrei Rublev”, de Andrei Tarkovsky.
Lembro-me de o ter visualizado, quando foi estreado em Portugal, na década de oitenta, 1983, no saudoso Cinema “Quarteto”.
Sobre este Ciclo de Cinema e a sua designação, gostaria de questionar.
Que sentido faz nomear este Ciclo de Cinema como “Católico”, apenas Católico?!
Tenho consciência que a organização pertence a pessoas e estruturas da Igreja Católica, ponto final. Presumo que de Almada. Mas esse aspeto, per si, justifica o nome?!
Não será reducionista “etiquetar” o Ciclo como “Católico”?!
A temática da filmografia é muitíssimo mais alargada, sob todos os aspetos, tanto num contexto espacial como temporal. Em todos os âmbitos culturais. E sociais. Religiosos até!
Num contexto de “Mundo Global”, o título do Ciclo limita muito e “à priori” restringe demasiado os assuntos, os temas, os problemas que posteriormente são abordados nos filmes que são riquíssimos e muito bem escolhidos.
Será que não faria mais sentido designar o “Ciclo” com um título mais abrangente e mais globalizante, tanto no que respeita às temáticas, como aos objetivos, salutares, frise-se, que este “Ciclo de Cinema” nos proporciona?!
Se fosse intitulado de “Cristão” seria mais abrangente tanto espacial como temporal e culturalmente. Ainda assim seria reducionista.
Se a designação fosse “Ecuménico”, o título aproximar-se-ia cada vez mais do conteúdo e móbil do Ciclo, mas ainda assim não abrangeria toda a riqueza ideativa da respetiva filmografia.
Talvez, e repito talvez, o termo “HUMANISTA” seja o mais adequado. Apesar de nos podermos também interrogar se com esta palavra, ao centrarmos o tema no “HOMEM”, não estarmos também, de algum modo, a restringir a ideia de “DEUS”.
E a “idealização divina” perpassa sempre explícita ou implícita nas temáticas abordadas.
Mas não terão os credos religiosos na sua base o “HOMEM” na sua elevação para “DEUS”?
E não é o Homem que importa “trabalhar”, para o fazer “alcançar” Deus?!
Um contraponto à crescente "desumanização" das Sociedades.
Deixo estas reflexões à consideração dos organizadores.
Ah! E Parabéns pelos belos e excelentes filmes que nos proporcionam!
Nota Final: Foto original de D.A.P.L. - Solar dos Zagallos, Sobreda, Almada, 2015.
Falar de uma Antologia de Poesia é antes de tudo o mais falar de Sonhos.
São sonhos os versos, sós ou emparelhados dois a dois, em grupos formais de três ou quatro, as mais das vezes. Formas com nomes: quadras, quintilhas, quiçá sextilhas, décimas, em grupo, coletivos para não se sentirem tão sós!
São sonhos que rimam ou são livres de rimar, de métricas silábicas ou espontâneos no seu versejar.
São sonhos provindos do Mar, trazendo o cheiro, o sabor dos frutos que o mar nos dá. Palavras em conchas, búzios, vieiras… Letras, grãozinhos de areia das praias. Água de mar ou nascente cristalina de fontes.
Falar de Antologia, é falar de Terra, do cheiro da terra lavrada, dos pássaros que enchem os regos que a alfaia rasgou…
Mar, Terra. E Ar! As nuvens que passam e perpassam, criando formas e ilusões. O vento que sibila, nos sussurra cálido e suave ou nos atormenta devaneios e solidões, calmarias ou tempestades, brisas frescas de oceano ou suão abrasador do deserto.
Gaivotas, andorinhas voando, águias planando… cânticos de rouxinol.
É também falar de Fogo. De fogo que arde, que queima em combustão lenta e amortecida ou que em labaredas ateia e incendeia corpos e corações!
Falar de mar, de terra, de fontes de água cristalina, de ar e de fogo é, antes de tudo o mais, falar de Pessoas. É falar de Gentes, de Almas que se transcendem, que se evolam nos Céus da Criação, que nos transmitem anseios e devaneios, propósitos e sentimentos (alegres ou tristes), mas que nos trazem o seu melhor, nos ofertam o seu Ser e o seu Querer.
Uma Antologia é sempre a força de um coletivo. A pujança de um coro, de um grupo coral, uma orquestra…
A força de um sentimento comum que nos une, nos irmana com outros Seres (Humanos) que se prezam.
Como em qualquer outro trabalho coletivo, seja na Arte ou noutra qualquer vertente humana, há sempre quem organize, coordene, junte as pontas soltas, desfaça os nós, desate as tramas que por vezes tramam os fins, enredados nos meios. E quem produza, o ato material de produção de um objeto tão significante, ainda e cada vez mais, como é um Livro!
Falar de Antologia é falar de pessoas e de cada Pessoa, de poetas e de cada Poeta, de almas e de cada Alma, que à Poesia entregam o seu estro, o seu querer e o seu saber, é falar de quem sonha e não perde essa faculdade de sonhar.
Parabéns a todos os sonhadores, a todos os antologiados, artífices e construtores de sonhos. Parabéns e obrigado a todos e à mestre, maestrina desta orquestra, que com maestria, de forma humilde e discreta, conduz este Círculo de amigos, neste trabalho de Arte e Poesia materializado nesta Antologia. A XIII. Parabéns e obrigado a todos!
Todas as fotos são originais de D.A.P.L. Tiradas em vários locais de Portugal, nestes últimos anos. Estão disponibilizadas em modo de "foto pública", mas, em eventual utilização construtiva, deverá ser sempre referenciada a Autoria e a Fonte.
No dia 8 de Outubro de 2104 iniciámos este Blogue. Com a ajuda preciosíssima de D.A.P.L.
Por isso mesmo e porque a colaboração tem sido muito preciosa, elaboro este POST comemorativo do 1º Aniversário, com fotos originais de D.A.P.L., dos dias iniciais deste Mês de Outubro!
E ainda e outra vez, o Mar. E a Costa da Caparica!
Mas também tem algumas zonas que precisam de recuperação, que tarda há já muitos anos!
Mas onde também nasce Arte! Grafitti
E há Património inestimável que assim se vai perdendo ou em risco de se perder!
Mas também tem zonas em que essa recuperação já foi feita. Pelo menos, parcialmente!
ALMADA, tem mais encanto!
E terminando, quero agradecer a todas as Pessoas que têm colaborado comigo, nomeadamente com fotografias. E com quem espero continuar a colaborar brevemente!
E às Pessoas que não colaborando diretamente têm a Paciência para me aturar nesta minha "ocupação", que me rouba tempo à respetiva companhia. Que isto de "alimentar" um blogue, dá trabalho e ocupação de várias horas!
E, este blogue precisa de ser reestruturado!
E, por último, mas sem ser em último, um especial agradecimento a todas as Pessoas que têm a amabilidade de visualizar os posts que tenho vindo a publicar. Pois as visitas são um incentivo ao prosseguimento e continuação.
E redobrado agradecimento às Pessoas que fazem comentários e sugestões, que são um incentivo reforçado.
E às Pessoas que têm a paciência de nos seguir, neste trajeto mais ou menos sinuoso, mas diversificado!
E a força do Mar, nestas Fotos originais de D.A.P.L.
Almada é uma Cidade com uma vida cultural excecional e dotada de variados equipamentos para diversificados fins ou para esse fim adaptados.
Com diversos eventos, distribuídos ao longo do ano, por diferentes locais da cidade, desde o desporto, de variadas modalidades, ao cinema e teatro, à música, literatura, poesia, ciência, festivais, empreendedorismo, recreação, lazer, artes plásticas, dança…
É uma verdadeira Cidade, no sentido global do termo, com vida própria. Com eventos que se expandem nomeadamente à cidade de Lisboa, de que era subsidiária até há alguns anos, mas que, agora, vem à Cidade de Almada, ao teatro, aos concertos de música, aos acontecimentos desportivos, para além da catedral do consumo, o Fórum Almada, que até fica no Feijó!
E ainda a insubstituível Costa da Caparica… que, agora, também já não é só e apenas praia. E que praia!
Para esta dotação de equipamentos, funcionalidades, acontecimentos, teve um papel decisivo a ação dos Executivos Camarários, nestes últimos quarenta anos. Registe-se, de inteira justiça!
Num outro plano, o da riqueza paisagística, Almada também é inultrapassável.
Limitada a oeste pelo mar, tem na frente atlântica, da Cova do Vapor à Fonte da Telha, praias ideais, um mar que é um forte atrativo ao banho, ao desporto, ao usufruto da água, fria, mas sempre apetecível.
E a arriba fóssil, monumento natural, impagável, um legado de milhões de anos, muito antes de qualquer sinal de humanidade.
A norte e leste delimita-a o Estuário do Tejo. Per si, também um monumento! Natural!
E quem nunca visitou o Cristo-Rei ou, pelo menos, atravessou a Ponte sobre o Tejo? Ou fez a travessia de barco num cacilheiro, Cais do Sodré – Cacilhas ou no sentido contrário?!
Quem já o fez sabe do que falo, da beleza inigualável destes espaços de paisagens naturais, mas também amplamente urbanizadas pela intervenção humana. Mas que no seu todo constituem um quadro artístico, num enquadramento e simbiose natureza – humanidade / urbanidade esteticamente inimitável!
Vários outros espaços culturais, para além dos mencionados, permitem usufruir desta beleza estética, além de acontecimentos de cultura diversificada. Mencionaria, por ex., o Convento dos Capuchos, a Casa da Cerca, o Convento de S. Paulo / Seminário, …
E muitos outros equipamentos, pelas várias freguesias, as Bibliotecas, os Pavilhões Gimno Desportivos, as Sociedades de Cultura e Recreio, os Grupos Recreativos e Desportivos por todo o concelho, as próprias sedes das Juntas de Freguesia, Cafés, em todos eles se promovem e realizam atividades culturais, ao longo de todo o ano.
Para além da Arte enquadrada em vários locais, materializada em esculturas, em espaços emblemáticos.
E… E não posso esquecer, neste breve apontamento, o Parque da Paz!
E até existe divulgação padronizada, estruturada na A – Agenda – Almada, editada mensalmente pela Câmara, no modelo atual, Nº 153, Jul./Ago. 2015, de distribuição gratuita.
Bem, mas o texto já vai longo, muito ainda fica por referir, de bem, mas também algumas coisas de menos bem, que ficam para outra ocasião.
De entre os espaços que referi e os que não mencionei, hoje, quero falar brevemente de um local emblemático da Cidade, localizado na Sobreda: o Solar dos Zagallos.
Enquadra-se nas premissas referidas.
Foi adquirido pela Câmara Municipal de Almada, em 1982, recuperado, remodelado e restaurado.
Está aberto ao público e periodicamente nele são organizados eventos culturais. Que me lembre, pelo menos, no Natal e no Verão, nas Festas da Cidade, no final de Junho.
Foi precisamente no dia 27 de Junho, sábado, que o visitámos, já no final de um dia quentíssimo.
Visita que foi documentada pelas fotos apresentadas, da autoria de D.A.P.L.
Deambulámos pelos jardins, lindíssimos e frescos, ainda assistimos a um concerto de piano e voz.
Visitámos várias salas e salões do edifício, uma casa apalaçada do século XVIII, com elementos artísticos barrocos, rococó, neoclássicos de influência pombalina e modernistas.
Merece uma visita mais demorada e com mais detalhe que ficará para outra oportunidade. De preferência e também, num dia de festa.
Nele, entre outros aspetos de interesse, figura uma exposição de olaria tradicional portuguesa, com peças artísticas e utilitárias, desde o Norte, Barcelos; até Alentejo, Nisa, Estremoz, entre outras regiões do País.
Azulejos das épocas referidas.
Esta linda capela toda forrada nessa nobre e sublime arte centenária, tão grata aos portugueses.
E sinais da “Festa do Solar”, este ano subordinada à temática dos célebres “Anos Vinte”, do século XX!
E os jardins convidativos ao passeio calmo e sossegado e uma alternativa mesmo à praia, para quem quiser relaxar, evitar a demasiado exposição solar, em tardes de maior calor e bulício da época estival.
Fotos originais de D.A.P.L.
Para quem pretenda aprofundar mais a história do Solar ou preparar uma Visita, anexo sites consultados.
E porque temos estado a “postar” sobre atividades campestres, ainda que em meio urbano, vamos apresentar alguns aspetos peculiares e extremamente interessantes sobre algumas paisagens rurais de Aldeia da Mata.
Esta localidade do Norte Alentejano tem alguns monumentos e paisagens que merecem ser devidamente valorizados. As pessoas conhecedoras atribuir-lhes-ão o devido valor, mas muita gente não conhecerá…
Alguns monumentos serão mais destacáveis, nomeadamente dado o seu simbolismo e antiguidade, outros mais singelos e modestos, sem deixarem de ser interessantes. Uns serão mais significativos, no contexto atual, outros tê-lo-ão sido em tempos imemoriais.
De todos, num enquadramento cultural mais vasto, espacial e temporalmente, o mais significativo, também porque de maior antiguidade, será talvez a Anta do Tapadão.
A Igreja Matriz, num enquadramento cultural diverso e mais recente e, de entre os monumentos ainda em funcionamento, face aos objetivos para que foi fundada, também se destaca.
Todos estes aspetos se relativizam face ao contexto em que se inserem, no espaço e tempo próprios. Não se pretendem comparações com outros objetos de análise, de outras aldeias, vilas ou cidades. Falamos do que temos e como temos, tão somente!
De entre os monumentos que temos e também dos lugares e paisagens em que nos enquadramos, alguns são deveras interessantes.
Mais ou menos modestas, sem deixarem de ter interesse e valor, destacaria, por ex., o conjunto de fontes, de que algumas cumprem cabalmente a sua função debitando água agradável e fresca, todo o ano. Mesmo nos verões mais quentes e secos. Este ano não sei… Choveu quase nada!
Destas fontes uma se destaca entre todas. Primeiramente pela sua função primordial: a água. Será, indubitavelmente, a melhor água de entre a das diversas fontes.
Também é dotada de alguma relativa monumentalidade, na sua singeleza, de obra popular. Possui um evidente enquadramento paisagístico que a valoriza, de fráguas alcantiladas, de uma ribeira que a isola da povoação, mas a que uma ponte certamente centenária lhe permite aceder. Os penhascos, a vegetação autóctone, apesar da acácia australiana que teima em persistir e a ponte, talvez romana (?), talvez, tornam-na num passeio apetecível, apesar de atualmente pouco procurada.
Pois falo precisamente da Fonte do Salto e da Ponte do Salto.
Acede-se a ela por um caminho que durante séculos terá sido via de transporte importante para pessoas, mercadorias e animais. Atualmente até de carro.
Recentemente, por incumbência da Junta de Freguesia, foi valorizada pela limpeza da arca da água que tem na parte superior e embelezada, qual noiva, pela pintura a branco e amarelo oca, cores tão características e tradicionais na região.
Merece uma visita!
Um garrafão ou garrafa para trazer e beber água fresquinha e a caminho.
Arriba! Que se faz tarde!
E, a propósito de caminhar…
A organização de uma caminhada em que se proporcionasse a conterrâneos e forasteiros um passeio pelas fontes da Aldeia seria uma boa sugestão. Não propriamente no Verão, que está muito calor e tudo muito seco, mas na Primavera em que o enquadramento paisagístico é exemplar.
Quem fala em fontes, poderá sugestionar: “Por pontes, passadeiras e fontes…”
Bem perto da Ribeira do Salto, outro excerto da Ribeira, também agradável, é a Ribeira da Lavandeira, onde existem umas artísticas passadeiras e a que se acede por uma calçada.