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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

"Os nossos Poetas - José Duro"

Plátano. Portalegre. Foto original. Março. 2023.

Caro Carita, caso queira, terei muito gosto de ver este artigo incluído no seu excelente magazine.

Abraços,

Rolando Maria Olívia.

*******

Alameda Corredoura. Foto original. Out. 23.

OS NOSSOS POETAS

JOSÉ DURO

Com a morte na alma

Parece que existem certos seres humanos marcados desde o princípio da sua vida para penarem até ao fim e morrerem jovens. É o caso do poeta de que hoje nos ocupamos. José António Duro, nascido em Portalegre a 22 de Outubro de 1875, abandonado à nascença, foi registado como filho de pais incógnitos. Seria a sua querida avó, quem mais recordaria em termos afectivos, na sua curta vida. «Ó minha avozinha, Lua de Janeiro / Branca de cuidados / Olha o teu netinho - face de coveiro / E olhos encovados…»

Na sua infância brincou e frequentou a escola primária na cidade natal. Mais tarde, o liceu. Não se tendo dado bem com a matemática, José Duro escolheu a Escola Politécnica e os seus estudos levaram-no à cidade do Porto e também a Lisboa, onde igualmente não se deu bem, tendo regressado a Portalegre.

Em Lisboa, o convívio com os jovens dados às letras, às tertúlias e às farras, fizeram-no sonhar e escrever os primeiros textos e colaborar em jornais. Numa revista lisboeta sai o soneto A Morte, tema fantasma que o perseguiria sempre. «Ó morte, vai buscar a raiva abençoada com que matas o mal e geras novos seres…»

A colaboração em jornais, mais em prosa do que em poesia, repartiu-se pelos periódicos Diário de Elvas, Campeão de Portalegre, Comércio do Alentejo, o Distrito de Portalegre, A Plebe e Branco e Negro. Textos inéditos seriam posteriormente publicados na imprensa da época.

A tristeza e a intuição de uma morte anunciada e iminente sempre o perseguiram e ocuparam a maioria da sua poesia, como Dor Suprema, O Coveiro e Doente. Em 1896 é publicado em Portalegre, o folheto Flores, e, dois anos mais tarde, o livro Fel, numa altura em que já se sabia tuberculoso e sem esperança. Pouca produção numa vida breve e que mais não permitiu. Por esse motivo repleto de desespero, revolta e melancolia sem fim. «Bendita sejas tu, ó morte, inexorável / Pelo mundo a chorar, desde que o mundo existe» e ainda «Que eu vivo ao abandono e sou miserável / Aos tombos pela vida, em busca de mim mesmo…»

Admiradores da sua poesia, entre muitos, foram Irene Lisboa, Augusto de Castro e José Régio, que sobre ele escreveu: «Se há poeta que não baste admirar, mas que é preciso amar, esse é José Duro.»

Qual o jovem na flor da vida que não se revoltará de ver a vida a fugir-lhe, com as asas cortadas antes de conseguir voar e numa alma sensível, ensombrada e amordaçada? Daí a mágoa, assim expressa em Doente:

«Quando o meu corpo, já sem vida, inerme,

Lançado for à podridão do verme.

- Se ele é verme também, e o verme é pó

Porque de todo o meu olhar eu cerre,

Pede, pede ao coveiro que me enterre

Na terra mais humilde, ó minha avó!

 

Escrevo e choro; dói-me a alma; tenho febre

Não sei quantos graus - calor insuportável;

- Moderno Lázaro – ó que vida miserável

Eu vivo aqui. Doente e só, no meu casebre…»

*******

Amargura. Foto Original. Set.23.

José Duro, poeta decadentista, a quem a vida mais não concedeu do que 24 anos de idade, faleceria em 1899, da tuberculose de que sofria e lhe minava o corpo e a alma. Deixou-nos as suas palavras de um desespero sem fim, melancólicas, trágicas, mas belas, como aqueles sonhos bonitos que se deixam apenas deslumbrar, mas que se sabem fatalmente perdidos.

Um poeta sofredor.

Texto de ROLANDO AMADO RAIMUNDO - (29/01/2024)

 

Maranhão – Benavila – Pisão!

Barragem do Maranhão. Original. 10.01.24.

Talvez sim, talvez não…política, politiquices…

Propus-me escrever pouco sobre política. Principalmente porque a temática vem descarrilando, predominantemente, para politiquices.

Mas a campanha eleitoral para as legislativas antecipadas aí está. Em força!

Não concordo com eleições antecipadas! As legislaturas são para serem cumpridas.

Mas, entre ações, não sei se de campanha, se de pré-campanha, se de “restos de campanha”, Sua Excelência, o Sr. Primeiro-Ministro demissionário, tem-se desdobrado em múltiplas intervenções - ações, pelo nosso querido Portugal. A promover, a prometer sobre projetos a concretizar, a realizar.

Alguns já têm dezenas de anos. Já passaram por múltiplos e diversos governos. Ainda do tempo da “Velha Senhora”. No caso vertente, do “Velho”!

Refiro-me ao projeto da “Barragem do Pisão”, que vem dos idos de cinquenta! Do século XX!

No sábado passado, Sua Excelência esteve no Crato, a reforçar o assunto. Era para ter ido ao Pisão, in loco, mas devido “às condições atmosféricas”, optou pela sede do Município! Adiante…

Por mim e quanto ao Pisão, não sei se sim, se não!

(E que dizer, quanto a Sua Excelência ter comparado a futura Barragem do Pisão com a do Alqueva?!)

Fotos?!

Já da Barragem do Pisão?! Não!

São da Barragem do Maranhão!

E que tem a ver a atual Barragem do Maranhão com a futura do Pisão?!

Em ambas as barragens, o mote é a Ribeira de Seda, que nasce perto do Assumar. A do Pisão ficará a montante da do Maranhão. Com uma bacia hidrográfica bastante menor.

As fotos que apresento foram tiradas no dia 10/01/24, junto à Ermida da Senhora de Entre Águas, onde a Ribeira de Serrazola se junta à Ribeira de Seda.

Barragem do Maranhão. Original. 10.01.24.

Esta barragem tem uma grande capacidade de armazenamento, conforme as fotos documentam. Mas também tem imenso consumo. Em anos de seca agrava-se a falta de água.

Pode comprovar, SFF, aqui, aqui, aqui. Fotos e textos que publiquei.

O que dizer de tudo isto?!

Que nos valha a Senhora de Entre Águas, cuja foto da Ermida apresento:

Senhora D'Entre Águas. Barragem do Maranhão. Original. 10.01.24.

Local de ocupação – sacralização(?), de séculos…

O que dirá esta placa romana?!

Senhora D'Entre Águas. Barragem do Maranhão. Original. 10.01.24.

Se puder e quiser, um dia, visite esta barragem e, especificamente, este local.

Senhora D'Entre Águas. Barragem do Maranhão. Original. 10.01.24.

E uma (?) Oliveira se não milenar, pelo menos centenária!

Senhora D'Entre Águas. Barragem do Maranhão. Original. 10.01.24.

Para contrapor aos milhares, não sei se milhões, de oliveiras “intensivas”, plantadas em redor desta Barragem do Maranhão!

E por aqui me fico. Talvez sim! Talvez não!

 

Pôr-do-sol: 11/01/2024

O funcionamento dos blogues tem estado muito intermitente!

Mas, isso, o Caro/a Leitor/a tem observado.

O 1º pôr-do-sol fotografado este ano.

Por do sol Foto original.11.01.24.

Onde?!

Aldeia da Mata!

Por do sol Foto original.11.01.24.

Quando?

Terá ocorrido cerca das 17h. 30'.

(As fotos são posteriores. Cerca das 17h. 40'.)

Por do sol Foto original.11.01.24.

A nuvem anterior, com o efeito do sol a esbater-se.

Por do sol Foto original.11.01.24.

(A 1ª e última foto foram tiradas no Adro da Igreja Matriz. A 2ª e a 3ª, no caminho da Fonte das Pulhas, no limite SE do Vale de Baixo, junto às Catalpas, que intersetam a segunda foto.)

O Gil!

Gil. 11.01.24.

(Consegue perceber-se que lhe falta a pata traseira esquerda.)

Votos de excelente 2024!

 

 

Tertúlia de Poesia da APP - Poesis e Cadernos de Poesia

Associação Portuguesa de Poetas – Olivais – Lisboa

26 de Novembro 2023

Na próxima Tertúlia de Poesia da APP, para além da Evocação e Homenagem à Poetisa Florbela Espanca, também serão apresentados os “Cadernos de Poesia – Autores” – Nº 4 – Francisco Carita Mata “associado ativo mais antigo” e nº 3 de “Revista Literária de Poesia – Poesis”.

Cartaz Tertúlia APP

(Anteriores “Cadernos de Poesia – Autores”: Nº 1 – Carlos Cardoso Luís, Nº 2 – João Murty, Nº 3 – Aline Mamede.)

Vale de Baixo. Original. Nov.23.

Na Homenagem à Poetisa Florbela Espanca, a Associação terá “a honra de contar com a presença da Vice-Presidente da União Brasileira de Escritores, Drª Rosilene Rodrigues Pereira, que irá apresentar dois sonetos, e uma pintura de poetas brasileiros, dedicados à homenageada.”

Rosa de Alexandria. original. 19.11.23.

Haverá declamação de Poesia de Florbela Espanca, na 1ª Parte e uma 2ª Parte reservada a declamação de poesia dos presentes.”

Vale de Baixo. Original. Nov.23.

Pela minha parte, agradeço, desde já e muito especialmente, a “Coordenador das Edições de Poesia da APP”, Drº Rogélio Mena Gomes e a Presidente da APP, Professor Doutor Ivo Álvares Furtado, pelo empenho no desenvolvimento destas edições literárias – poéticas.

Parabéns e felicitações a todos os Sócios da APP e aos que ao leme desta “Nau Artístico – Literária”, mantêm viva a chama da Poesia, há quase quarenta anos!

Pôr do sol. Foto original. Nov.23.

O meu muito Obrigado a todos.

Romãzeira. Foto original. Nov.23

Votos de Saúde, de Paz e Poesia!

 

Momentos de Poesia - 17º Aniversário

Cartaz de Divulgação deste evento único e emblemático da Cidade de Régio.

Momentos de Poesia!

Cartaz Modelo - Cópia.jpg

Uma iniciativa altamente louvável.

Parabéns a todos os Organizadores e Participantes.

Felicitações pelo Aniversário!

E, porque estamos numa das  "Cidades de Régio".

Régio. Foto original. 03.04.23.

E, ainda... Monumento icónico da Cidade:

O Plátano do Rossio

Plátano do Rossio. Foto original. 03. 04.23.

Votos de excelente realização, como é apanágio da Organização.

Saúde e Paz!

 

De que precisam os Povos de Abraão?!

Nascer do sol. Original. 09.10.23.

 

Votos de Paz e Amor - Caridade!

 

No Líbano, os cedros das montanhas

Porque gemem suas penas tamanhas?

Porque gemem?

 

Porque choram as nascentes do Jordão?

Porque chora, do rio, o coração?

Porque chora?

 

Na Babilónia porque correm as águas

Nos rios carpindo mágoas?

Porque correm?

 

Que estórias conta Xerazade

Aos meninos de Bagdade?

Que estórias?...

 

Porque silvam nos cumes nevados

Os ventos do Irão tão alterados?

Porque silvam?

 

O que sente quem foge pela serra

Com medo e pavor da guerra?

O que sente?

 

Que semeiam, da guerra, os senhores

Senão destruição e horrores?

Que semeiam?

 

Em que difere o sangue das crianças

Do Iraque, América ou de Franças?

Em que difere?

 

Em Gaza ou Tel Aviv, qual a cor da Esperança

No olhar duma criança?

Qual a cor?

 

Só pode ser a cor... do Amor!

 

Que Sonho perpassa na cabeça de quem passa

Pessoa de qualquer idade, em todo o país ou cidade?

O que perpassa?

 

O Sonho que por nós passa

Gente de toda a raça

Credo, costume ou cor

É sempre e só o Amor.

 

O que muita falta nos faz

É para além do Amor

Que no Mundo haja Paz, muito Amor e PAZ!

Nascer do sol. Original. 09.10.23.

 

Publicado em:

Boletim Cultural nº 113 do Círculo Nacional D'Arte e Cultura, Dezembro 2013. 

Boletim Informativo e Cultural Nº 69 de Associação Portuguesa de Poetas - Out./Nov./Dez. - 2014.

Publicado em “Aquém-Tejo” a 12/11, de 2014 sob o título: “Votos de Natal: Paz e Amor”

Hoje, resolvi reeditar este poema, escrito ainda na 1ª década do milénio, já publicado em diversos contextos.

Ilustrado com duas bonitas fotos do nascer do Sol na minha Aldeia, no dia 9/10/23.

Que o Sol, que “nasce” lá para as bandas do Oriente, ilumine os dirigentes destes Povos para que promovam a Paz!

 Francisco Carita Mata

 

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