De Portalegre, para Timor.
De Portalegre
Para Timor
Timor, Timor
Palavra que rima com dor
Com guerra e opressão
Genocídio, humilhação.
Mas também quadra com Amor.
Timor, Timor. Tanto horror!
Setembro, oito, noventa e nove
Portugal pára, não se move
Solidário por Timor
Irmanado pelo Amor
Partilhando sua Dor
Gente, Terra Portuguesa
Capaz de grande lhaneza.
Três em ponto, pela tarde
Calor sufocante, que arde
Alentejo, Portalegre
Cidade, port’alegre
Mas triste meu coração
Olhos choram de emoção.
Pouco faço. Estendo a mão
Daqui, pensando em Dili.
À sombra de plátano secular
Simbólica árvore, tutelar
Ouço sirene a tocar.
Um convite a respeitar
Três minutos de silêncio.
De silêncio, por Timor
Terra que quadra com Dor
Pátria rimando com Amor
Nação valente, sem temor.
Em Portalegre, cidade
Com respeito e dignidade
Por Timor! Por Liberdade!
Notas:
Este poema está publicado na Antologia "Portalegre em Momentos de Poesia", coord. Deolinda Milhano; Edições Colibri, Lisboa, Setembro 2011.
Também está publicado em Boletim Cultural de C.N.A.P. - Círculo Nacional D'Arte e Poesia, Maio/2000.
E no Boletim da A. P. P. - Associação Portuguesa de Poetas, Nov. 1999.