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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Futsal – Geografia – História – Geopolítica

Portugal – Espanha – Ucrânia - Rússia

Reflexões: Manias minhas e pretensiosismos!

 

Decorreu, hoje, na Holanda, cidade de Amsterdão, o jogo Portugal – Rússia, final do Campeonato Europeu de Futsal. Portugal ganhou por 4 – 2.

Não vi este jogo, mas na 6ª feira passada, dia quatro, vi o término da meia-final entre Portugal e Espanha e gostei. Penso que foi a primeira vez que me fixei num jogo de futsal. Muita rapidez, passes, não há bolas presas ou paradas, poucos tempos mortos. O espaço é curto, parece um jogo de tabuleiro, os jogadores entrosam-se, passam a bola, atacam, contra-atacam. Andam num virote!

Mas eu não queria falar do jogo propriamente dito.

 

Interessante que a outra meia-final fora entre Ucrânia e Rússia, tendo vencido esta última. Peculiar, dada a situação geopolítica e militar vivida por estes dois estados, aparentemente, à beira de um confronto militar. Seria bom que se ativessem apenas nestes duelos desportivos. Que os povos não querem guerras.

Quero abordar, brevemente, alguns aspetos culturais, extra futebol.

Numa perspetiva geográfica, nestas duas meias-finais, defrontaram-se os dois países do extremo ocidental da Europa e os dois do extremo oriental!

 

Em termos históricos, a situação de “guerra iminente” entre os dois Países de Leste, viveram-na Portugal e Espanha ao longo de séculos, “às turras”, desde o início da nacionalidade. Portugal construiu a sua identidade nacionalista, em confronto com os Reinos seus vizinhos, que estariam na base de Espanha. Inicialmente, séc. XII, contra o reino de Leão; mais tarde, séc. XIV, XV, contra Castela; a partir do séc. XVI, constituída a identidade de Reino de Espanha, contra este. Inclusive, perdendo a independência e formando um reino único, de 1580 a 1640, ano de Restauração da Independência. As guerras da Restauração, no séc. XVII, consolidaram esse estatuto. Mas no séc. XVIII continuaram os reinos em confronto, sob diversos pretextos e motivos, nomeadamente sucessões dinásticas, posse de territórios, inclusive na América do Sul. A última guerra entre os reinos de Portugal e Espanha penso que foi a Guerra das Laranjas, em 1801. Em que Portugal perdeu o território de Olivença, situação de facto, mas nunca reconhecida legalmente por Portugal. (Guerras subsequentes em que Portugal esteve envolvido, não tiveram a ver com Espanha. Nem propriamente as invasões francesas, embora a dita das “Laranjas”, as tivesse de algum modo prenunciado!)

 

Estas reflexões têm a ver com o que vivem os dois Povos e Estados de Leste, que também têm uma História intrincada de pertenças e desavenças, ao longo de séculos. Culminando nesta situação complicada, envolvendo a comunidade internacional à escala planetária, dado que as grandes potências mundiais intervêm na situação. Nada que se compare, em escala, com o que aconteceu entre os Reinos Ibéricos, ao longo de oito séculos. Embora no século XVI estes fossem, digamos, as superpotências mundiais!

 

Seria fundamental que os Estados cingissem os seus confrontos ao Desporto, como forma de sublimação das suas desavenças!

Relativamente a esta situação de “guerra iminente” é conveniente estruturar o diálogo. Na minha opinião, mas quem quer saber dela?!, a Ucrânia deverá manter a respetiva independência. Deverá aderir à União Europeia, penso que ganham os diversos povos envolvidos. Mas não deve aderir à NATO. Deveria ser um Estado neutral, tampão entre União Europeia e Rússia.

Manias minhas? Pretensiosismos?!

Muito Obrigado e muita Saúde!

Parabéns à Equipa Portuguesa. Parabéns às outras Equipas!

 

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