Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Estas guerras que por aí proliferam não fazem qualquer sentido.
Nomeadamente a da Ucrânia. É algo que não imaginaríamos que viesse a acontecer neste séc. XXI. Na Europa, tão martirizada no séc. XX.
Impressiona-me, como há dirigentes de estados que se julgam no direito de invadir outros estados soberanos!
Como possuindo, tantos estados, arsenais nucleares destruidores, possam imaginar que com a respetiva utilização maciça ficaria pedra sobre pedra na superfície terrestre. (É de loucos!)
Como num mundo globalizado, em que todos são interdependentes, com acesso a meios de informação globais, haja chefias que julguem poder dominar os outros povos que aspiram à liberdade e independência.
Como com a Natureza, que realmente domina na Terra, avisando-nos com as mais diversas catástrofes, ainda haja seres humanos (?) achando que são os senhores do Universo!
Como certos seres julgam que o respetivo umbigo é o centro da Terra e eles o respetivo eixo!
(…)
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Ilustro com imagem do sol, ontem, 20 de Fevereiro, quase no Ocaso. Efeito das poeiras do Sahara, o astro estava branco, enquanto nuvens de pós se sobrepunham na sua projeção, por elas toldada, obnubilando a Luz.
(Este encontro das 2 quadras com os 2 tercetos deu-se ontem, 3 de Julho. As quadras já vinham de 17 de Maio, publicadas a 12 de Junho! Quando se encontrarão, quadras e tercetos, com a tão almejadaPAZ?!)
Se houve guerra que tem mostrado, à saciedade, a inutilidade das guerras, tem sido esta a que assistimos há quase quatro meses, resultante da invasão da Ucrânia, por parte das tropas da Federação Russa. Nada justifica essa invasão, menos ainda a destruição maciça de alvos civis, de localidades inteiras, os atropelos aos mais elementares direitos humanos, o massacre de populações indefesas, as perseguições, as consequências sofridas por toda uma população martirizada. Por todo o Mundo!
Ouvir os dirigentes dos invasores, nomeadamente esse indivíduo inominável que despoletou essa invasão e guerra, provoca-nos tal sentimento de repulsa… De frustração…
Questionamo-nos, com é possível nestes tempos de século XXI, de globalização, em que todos somos interdependentes, haver chefias a pensar que o Mundo se “conquista” aos pedaços de territórios, como se estivéssemos no séc. XIX ou anteriores. Choca-nos e assusta-nos, porque indivíduos assim, com o poder que este tem, são não só um perigo para a Ucrânia, como para todos os países limítrofes. E para todo o mundo!
Vivendo obcecado por uma hipotética invasão do território da Federação, como se algum país se quisesse lançar nessa aventura(!), que a História tem testemunhado como inexequível, pelo menos a partir do Ocidente. Compara-se a Pedro, a que denominaram grande. Vive uma paranoia perigosa, dado o poder de que dispõe. Joga no ataque a um país mais fraco. Destrói! Destrói! Destrói! Chacina! Aniquila! Mata! Destrói! Destrói…
Passados vários dias sem escrever nem publicar… E a guerra ainda sem terminar. Mas é urgente que acabe esta guerra absurda. (Como se alguma fizesse sentido!)
(Em contrapartida, a Primavera trouxe alguma chuva, também voltaram as poeiras do Sahara, e a modos que virá frio. Não entendo nada destes tempos…)
E sobre a guerra?!
Cessar-fogo! Negociações de Paz.Retirada das tropas invasoras.
(Não será fácil, mas é algo que deverá ser feito!)
Não há qualquer justificação para a invasão da Ucrânia, pelas tropas do regime russo.
Fim da guerra. A guerra não faz qualquer sentido.
Reconhecimento, melhor, aceitação da Ucrânia como Estado soberano, independente. Adesão à União Europeia. (Já a hipótese de entrada na NATO, julgo inconveniente.)
Afirmação como Estado neutral, todavia com direito a dispor de Forças Armadas!
Apoio dos vários Países da União Europeia. Dos Estados Unidos da América. Da Turquia.A China deverá agir, efetivamente, na condenação da invasão executada pelo regime russo.
E essa figura inominável que perpetrou a invasão?! Sairá de cena?! Conveniente seria, porque a continuar no poder, não se ficará por aqui.
(Mas, e o que se seguirá?! Lembremos Iraque, após o derrube de Sadam, na sequência dessa malfadada e pérfida guerra, “mãe de todas as guerras” que se seguiram! O derrube dos governos dos países do Norte de África, na sequência das “Primaveras Árabes”!)
Todos temos os olhos postos na invasão da Ucrânia e com toda a razão. Porque assistimos a crueldades sem limite, a crimes de guerra, violações sistemáticas dos mais elementares direitos humanos. Totalmente verdade. Mas proliferam guerras pelo Médio Oriente, África, tão horrorosas quanto a que repudiamos na Ucrânia, com toda a razão e direito. Na Síria, guerra tão criminosa… Na Palestina… há dezenas de anos!
Voltando à Ucrânia. E a definição do espaço territorial?! Por direito, as fronteiras a definir deveriam ser as de 1991. Não será fácil o Kremlin aceitar tal. Todavia, a Crimeia deveria ser desocupada e fazer parte da Ucrânia, como o é legitimamente. Veremos o que acontecerá. Nestas situações a Turquia tem um papel determinante.
(Visita a Kyiv de Personalidades de peso no plano político e religioso será importante!)
Que saudades já tinha de ver o sol. Apesar da seca persistente. Que tarda e teima em não chover! Mas que podemos nós?! Não mandamos, não temos poder!
Nesta semana, houve dias que o sol nunca se viu. Parecíamos estar num “Inverno nuclear”!Desde segunda-feira, catorze de março, com especial incidência na terça e quarta-feira, quinze e dezasseis, uma concentração de persistentes poeiras, provindas do deserto do Saara, tapava completamente o céu. Não eram várias nuvens altas, era uma só nuvem, baixa, contínua, homogénea, impedindo-nos do acesso à visibilidade do azul celestial. Este adquiriu tons de castanho avermelhado, uma luz coada por esse manto de partículas contínuas, de pós, cobrindo casas, carros, territórios. O sol nunca se dignou mostrar aos olhos destes povos peninsulares. Melhor, não nos foi permitido vê-lo! Com maior incidência para o centro da Península, também no interior de Portugal o fenómeno terá sido mais marcante. Uma irritação respiratória constante, dores de garganta, expetoração, alergias…
Ontem quinta-feira, dezassete, ao aproximarmo-nos de Arraiolos, foi com alegria que observámos a luz poente, ainda coada por essa poalha castanho avermelhada, ilustrando o castelo, a escola secundária, o casario da Vila, as Ilhas.
Hoje, 6ª feira, dezoito, na Cidade de Régio, a luminosidade já nos permitiu observar o azul do céu, algumas escassas nuvens destacando-se, libertando-se da submersão desse manto de poeiras, agora já mais cinzentas, alertando-nos para a perigosidade de um “holocausto nuclear”.
Para quê provocar guerras, para quê invadir territórios de povos livres, para quê ameaçar com o botão nuclear, se, periodicamente, a Natureza faz valer as suas próprias leis naturais?!
…São os vulcões, os terramotos, os maremotos, os tsunamis, os ciclones, as cheias, as secas, os fogos naturais, as epidemias… outros tantos desastres, que periodicamente assolam a face da Terra, independentemente da vontade humana.
Para além dos desastres que a Humanidade provoca por desmazelo, inépcia, ganância!
Ainda provocar as guerras… De vez em quando, solta-se um louco do manicómio do poder e põe o mundo em polvorosa. Prendam-no, a esse louco que quer abrir a caixa de pandora da guerra nuclear. Já basta que abrisse a da guerra!
Um poema de denúncia do atropelo aos direitos de seres humanos que, por serem “negros”, estão a ser impedidos de sair da Ucrânia, sendo preteridos face a outros que são “brancos”.
(Este postal não segue necessariamente os cânones do considerado “politicamente correto”!)
A guerra leva aos maiores flagelos da Humanidade e a desumanidade vem ao de cima, pelas mais diversas razões e por variadas formas.
O racismo é bem expresso nestas atitudes dos guardas.
Há jovens portugueses, estudantes de Erasmus, de Medicina. Um até é alentejano, de Évora e até viveu em Portalegre. Distrito onde até temos Médicos ucranianos, que muito estimamos!
E também há cidadãos de outros países a sofrerem pela mesma razão discriminatória!
Não sabendo especificamente muito sobre o assunto, não deixo de ter alguma opinião, enquanto cidadão. Algo que observo de comum, no Afeganistão a outros países, referidos em postais anteriores, Síria, Iraque, Iémen, vários países africanos, é idêntica situação de base. Isto é, estes conflitos assentam em "guerras civis". Em que forças militares de países estrangeiros intervêm apoiando os contendores. De certo modo, projetando as respetivas rivalidades no grupo ou grupos que mais lhes interessam. Será uma forma simplista de equacionar a análise, reconheço. A ordem dos fatores não será sempre a explicitada anteriormente. Poderá ser o contrário. O fomento das guerras civis poderá ter partido do exterior, poderá ser simultâneo.
São conflitos que se eternizam e cujas soluções não têm final à vista. Porque o ódio cego que sustenta os beligerantes primários, os autóctones, não tem controlo. Porque os interesses de quem sustenta realmente as guerras, no interior e no exterior, não se esgotam. E só a respetiva continuidade e proliferação lhes interessa.
E a quem interessam as guerras?
A quem vive no terreno, nos países, nas aldeias, vilas e cidades, que tem a sua vida vulgar, como qualquer um de nós? Que o que pretende é poder acordar vivo, seguir ao seu trabalho, ou descanso, criar os filhos em segurança, ter os seus dias e horas de lazer, seguir as suas orientações religiosas, culturais, públicas ou privadas, os seus modos de vida e fazer uma vida “normal” de todos os dias?!
Obviamente que não!
Nem tenho bem a certeza que interesse realmente a quem ande de armas na mão, a disparar, mas também a estar sujeito a levar um tiro, a rebentar-lhe uma mina ou bomba, e partir desta para melhor.
Bem, a quem acredite que partindo desta maneira, encontrará uma vida melhor além-túmulo, talvez interesse. A quem ache que libertará o seu país da opressão de forças estrangeiras, também acredito. A quem ideologicamente se reveja na guerra, idem.
E o que alimenta as guerras?!
O armamento, sem dúvida.
E quem produz o armamento? E quem o distribui? O vende? O comercializa? Quem financia todas essas atividades em conexão?
Muito boa e santa gente, completamente insuspeita, no mais recôndito dos seus lares, no conforto dos seus gabinetes, dão ordens, com os instrumentos eletrónicos, financeiros, comunicacionais, mais sofisticados, para que essas guerras aconteçam a milhas dos seus paraísos, fiscais ou não. Enquanto, à beira das suas piscinas, na posse dos seus canais comunicacionais, olham, indiferentes, os milhares de afegãos, afegãs, sírios e sírias, iemenitas, africanos e africanas, clamando por um lugar num avião ou barco, em fuga desesperada para a Liberdade!
(Texto escrito também no Direito de Expressão da Liberdade!)
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Ilustração?! Uma foto original.
Uma rosa, simbologia de Paz! Nome sugestivo. Rosa de Alexandria, assim a conheço. Também designada Rosa de Damasco ou Rosa Damascena. Como a Paz, a rosa é bela, mas frágil. Mas, partindo da roseira mãe, é resiliente, vencendo as adversidades. É esse desiderato que almejamos para os Países onde a Paz é vacilante. Haja Saúde! E Paz!