Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Vamos, novamente, para eleições antecipadas. Num contexto temporal de cinco anos presidenciáveis, houve três dissoluções parlamentares, e quatro governanças a caminho.
É “Obra”!
Esta terceira dissolução, face ao respetivo enquadramento operacional, tinha de ser realizada. As duas anteriores, não! Bastaria que, quem pode e manda nesse contexto, tivesse tido outro procedimento. Não teve! Não há nada a fazer! E, “águas passadas não movem moinhos”!
Mas não posso deixar de mencionar que tantos cordelinhos a mexerem-se, nos bastidores e à vista de toda a gente, para chegarmos a isto! Novamente!
Já escrevi anteriormente, que não concordo com eleições antecipadas. Que “quem paga as favas” somos nós os Cidadãos e o País. Gastam-se milhões, que bem podiam ser bem empregues. E, estas instabilidades só atrasam as verdadeiras políticas governativas e construtivas.
Desde logo, na recuperação do parque habitacional, nas nossas mais variadas Cidades. A foto inicial reporta-se a Beja, mas a situação é comum a muitas, se calhar a todas as nossas cidades. Apliquem as verbas dos PPRs, das “bazucas”, sei lá mais o quê, nesta tarefa ciclópica.
Não conheço Cidade portuguesa onde haja tantas “Mãos de Fátima”!
Marcante!
A terceira e última foto: Conhece?!
É o "Lidador"!
Quase me atrevo a afirmar que os “nossos queridos líderes partidários” têm assim um ego tão inflacionado como o desta estátua. Tão grande, tão grande, que quase não cabe na janela de mercado que o eleitorado lhes reserva!
Que é apenas uma estátua. De gesso, oca, certamente! Do tempo dos festejos dos centenários: 1940!
Não falo, obviamente, do Sujeito que ela representa: Gonçalo Mendes da Maia, o “Lidador”! Que merece toda a nossa consideração histórica.
No Jardim Público de Beja, local que também mereceu a nossa visita, figura outra estátua do Lidador, bem centrada no espaço e em granito. Baseia-se na que apresentei foto, que está na antecâmara da Torre de Menagem do Castelo de Beja.
Mas que Costa?! Um Costa que não era o Costa, que deu à costa!
Uns bitaites e não só, a propósito de um filme num país que é uma farsa, uma comédia de filme, numa tragicomédia de país!
O Castelo do Costa ruiu de vez!
E que castelo! Um castelo de cartas. De cartas e de que baralho! Mais do que um sarilho, foi um “saralho”! As cartas sempre a cair! Tantas caíram, que o baralho caiu de vez.
O baralho de cartas desfez-se! De vez?!
Uma tristeza, este país! Esta governança resultou de eleições antecipadas. Tanta gente a desejar a ruína do Costa e o país deu-lhe os naipes todos: maioria absoluta. Mesmo assim foram estes meses de constantes sobressaltos. O Costa e os seus “amigos” deram cabo disto tudo. Desperdiçaram oportunidades, umas atrás das outras.
Quem tem amigos assim, a quem confiar assuntos de relevo, não precisa de inimigos. Nem sequer de adversários. Foi por dentro que a governança se desfez! Foi sendo corroída internamente. Mas sempre “apertada” de fora. Não havia necessidade!
Tanta gente a rir, a saborear! A gozar o pagode!
Anda já tudo num rebuliço. Já todos andam numa roda-viva com as eleições, outra vez. Outra vez?! Se, entre as oposições, se vislumbrassem umas cartas de jeito, vá que não vá… Mas a desgraça é tal que, se estes são o que são e que mostraram, nos outros não se descortinam melhores qualificações, outros níveis de habilitações!
Há muito boa e santa gente achando piada a estas barafundas. Não acho piada nenhuma. É o país que se afunda. Por seis meses o país vai ficar “em banho-maria”!
São assuntos fundamentais, que vão ficar parados, novamente congelados, adiados.
E refiro os que mais se reportam às Pessoas. Tudo o que respeita ao SNS – Serviço Nacional de Saúde. À Educação. À Justiça. (Tanto no respeitante aos utentes / beneficiários, como aos trabalhadores, prestadores destes serviços.) À Habitação.
Não falo no aeroporto! Por mim, se puder e nos tempos que me restem de viver, evitarei andar de avião! Mas será importante definir um novo aeroporto, segundo se diz e se trata há mais de meio século! Opinando, se de facto vierem a concretizar um novo aeroporto, e se o que digo tiver algum valor, que o construam fora da “Grande Lisboa”. Na Margem Norte do Tejo. Nunca na Margem Sul. (Jamais, como disse o outro. Jamais! – em francês.) (Quem tem de ir todos os dias trabalhar para Lisboa, atravessar a “Ponte 25 de Abril”, que o diga.)
Olhem e porque não dão melhor utilidade ao de Beja?!
E os comboios?! Nem sequer andamos a vê-los passar, porque muitas linhas estão completamente desativadas. Não há uma ligação direta a Madrid; quanto mais Paris, ou a Europa! Saudades dos tempos em que era possível viajar de Lisboa a qualquer destas capitais, de comboio. Diária e diretamente! E correr a Europa no inter-rail.
(E pelos comboios me fico que estou com pressa e este postal está por demais atrasado. Como, aliás, os comboios!)
E, afinal, o Costa a modos que se foi, por um recado que parece que não era para o Costa!
Volto novamente a estas temáticas das "políticas..." . Não que não tivesse tido vontade de ter entrado nas polémicas que têm varrido este país, ao longo dos últimos meses. Propositada e conscientemente não entrei nessas “tempestades”, que regularmente inundam as redes. Que tão depressam se incendeiam, como se esfumam com o vento suão. Quais poeiras do Sahara!
Talvez por isso mesmo - das poeiras - hoje, elas aí estão, bem visíveis nas capotas dos carros.
Mas não é por isso que quero mandar alguns bitaites sobre este assunto da habitação. Já sobre isso tenho opinado e sugestionado, algumas vezes, nos blogues.
No respeitante às medidas consideradas integrantes do designado “Pacote da Habitação”, o que eu gostaria, muito sinceramente, seria que, através delas, operacionalizassem uma solução para as casas minhas vizinhas, documentadas nas fotos.
Que elas fossem arranjadas. De modo a não caírem e porem em causa as pessoas, os transeuntes, os automóveis estacionados ou em circulação nas ruas.
No referente às hipotéticas “medidas”, pouco me importa se, ideologicamente, são de esquerda, de direita ou de centro ou de onde se queiram situar.
Se quem as implementa é da cor azul, branca ou preta, roxa ou amarela, encarnada ou vermelha ou da “cor de burra a fugir”!
Se são promovidas pelo partido X ou Ypsilon, Z , C ou só se for D!
Não. Não me importa absolutamente nada disso!
O que realmente gostaria era que estas e outras casas, na minha Aldeia, nas Vilas e Cidades deste nosso querido País, as que estão por aí apodrecidas, por tudo quanto é lado, fossem recuperadas, valorizadas!
Tenho pleníssima consciência que as propriedades privadas são, em primeiro lugar, dos seus respetivos donos. Dos seus proprietários. São estes que têm o direito sobre elas. Mas… são também eles que têm o dever de as manter, de as arranjar, de modo a não as abandonar, deixar cair e colocar em perigo todos os que junto delas passam ou vivem diariamente. Que eles estando não sei onde, não sendo das localidades, nem se preocupando, as deixam degradar a ponto de porem em perigo os outros.
Destas que documento em fotos, que conheço razoavelmente a história, sobre as quais não vejo que os hipotéticos donos - proprietários privados - nelas intervenham positiva e construtivamente, o que fazer?!
Deixá-las cair de vez?!
Ou haver intervenção pública?!
Questões, que levanto, aqui no blogue. Que irei continuando a transmitir também a quem de direito público.
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Votos de: Saúde. Paz. E Boas políticas de habitação!
E volto ao blogue e ao post em que abordei um acontecimento real ocorrido em 1975, a propósito dos “Homens Loucos” de Madison Avenue, N. Y. C., “Mad Men”. E dos computadores, na altura uns verdadeiros “monstros”, não só na forma, como no conteúdo, pela perspetiva de como eram vistos e percecionados, mesmo por quem lidava de perto com eles nos escritórios, mas não sendo especialista no assunto. Mais ainda para quem era completamente desconhecedor das suas funcionalidades e modus operandi.
Agora em que, a propósito de alguns acontecimentos mediáticos da política portuguesa atual, tanto se tem falado de 1975…
Gostaria de deixar registado neste blogue alguns aspetos relevantes de algumas mudanças significativas deste Portugal de início século XXI, 2015, relativamente a esse findar do 3º quartel do século XX, 1975.
Neste Portugal atual, e apesar da tão apregoada Crise, vive-se significativamente melhor do que nessa data já longínqua de setenta e cinco.
Em termos de Consumo, os portugueses têm genericamente acesso a um cabaz de compras de bens mais ou menos essenciais muito mais vasto e diversificado não só pelos bens suscetíveis e acessíveis à sua bolsa, como pela existência e proliferação de locais de compra. Tanto de bens de consumo imediato, como duradoiro.
Vivemos numa Democracia consolidada. A Liberdade também é um Valor inquestionável!
O acesso a bens e serviços englobados no contexto da Educação, da Saúde, da Habitação, é um Direito também estruturado. Apesar de algum retrocesso que se tem verificado nomeadamente no campo da Saúde, face ao que já adquiríramos entretanto.
Portugal vive em Paz, apesar dos medos que hoje se sentem e pressentem, resultantes do alastrar à Europa de Guerras, que, até há poucos anos, pareciam confinadas a Países distantes… Que não deixavam de ser Guerras por isso…
Estas são algumas situações em que, no plano interno, se constatam diferenças positivas relativamente há quarenta anos atrás.
E, no plano externo?!
Constate-se.
Portugal está integrado na União Europeia.
Faz parte da Zona Euro.
Não existe o “Muro de Berlim”, apesar de muitos outros muros que têm sido criados, por esse mundo afora. Físicos e psicológicos, culturais e sociais…
Não existe “Cortina de Ferro”.
Não existe “Pacto de Varsóvia”.
Não existe a URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas!
Vivemos num Mundo substancialmente diferente, mas…
Em que apesar de a designada “Guerra Fria” ter terminado, vivemos atualmente numa tensão e medo ainda maior. Em que a “Guerra” atual, há quem fale que vivemos numa “Terceira Guerra Mundial”, uma Guerra com contornos diferentes das anteriores, em que essa “Guerra” invadiu diretamente a Europa. E indiretamente chegou ao Continente Europeu através dos refugiados das Guerras por essas Áfricas e Médio Oriente.
E quem “produziu” essas “Guerras”?
Quem as alimenta com armas de todos os tipos?
Quem as financia?!
E com que fins?!
Quem as semeou e continua a sustentar, a adubar e fertilizar, com armas, munições, tanques e explosivos e carne para canhão de tantos inocentes?!
E quais os meios utilizados para obtenção de dinheiro para sustentar essas “Guerras”, umas “Grandes” e outras pequenas?
Por vezes questiono-me e lembrando a “Família Krupp”, e a “Queda do Terceiro Reich”, se as pessoas que de facto alimentam as guerras, produzindo e financiando o armamento, mas vivem afastadas dos locais de conflito, quando ocorrem situações como as que têm acontecido por essa Europa, não se interrogam sobre o seu papel no Mundo…! Sobre a sua ação destrutiva da Humanidade!
E voltamos ao ponto de partida.
Vale a pena comparar 1975 com 2015?!
Apesar do pessimismo recente, vivemos ou não num Portugal substancialmente melhor?!
É ou não possível haver em Portugal abertura a novas e diversas perspetivas de “conduzir” este barco “Portugal” a bom porto?!
Que não faltarão as tempestades, os ventos alterosos, as borrascas…
Ah! E não posso esquecer o Imperialismo!
E o Imperialismo ainda existe ou não?!
Os Estados Unidos da América continuam a ser uma nação imperial, mesmo e apesar de terem um Presidente Obama?
E a Rússia, a nova Rússia, continua a ser também um Estado imperial, como o foi a antiga U.R.S.S., talvez o maior império à face da terra? Tal como fora também um império a antiga Rússia czarista?!
E o Reino Unido? E a França? E a Alemanha? São ou não nações imperialistas ou vivem apenas na nostalgia dos respetivos impérios passados?!
E a China?! É a terceira potência militar mundial, já detentora de enorme poder e liquidez financeira, “proprietária” e “co-proprietária” de variados setores estratégicos por esse Mundo fora, a nação mais populosa, com “colonos” espalhados também por todo esse Mundo, ocupando setores variados, talvez a maior produtora e fornecedora de bens utilitários de maior ou menor préstimo, mas que os Ocidentais, na sua febre consumista, tudo compram...
E o imperialismo das grandes multinacionais, dos grandes grupos financeiros, das grandes petrolíferas?!
(…)
E voltamos a interrogar:
O Imperialismo continua a existir ou não?
E Portugal e os Pequenos Países podem ou não tomar decisões e tomar conta do seu Destino fugindo às garras do Imperialismo?!