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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Espigas… Pessoas… Conhecimento (II)

Glosas inspiradas em mote de Leonardo da Vinci

 

Espigas vazias - cabeças ocas,

Sempre no ar! Nariz arrebitado

Pensando voar, sem grão p’ra malhar!

Cabelo emplumado, em todo’lado

Vivem ufanas no seu velejar

Levadas p’lo vento, lançando bocas

Leveza tola no seu navegar!

 

Espigas cheias, repletas de grão

Chama-lhes o peso à reflexão

Baixam cabeça, rezam oração

Humildes e crentes em devoção

Presas e prenhes, sua condição

São espigas cheias, plenas de grão!

 

Assim as Pessoas, espigas são.

Quem sabe, sabe, não é orgulhoso

Pelo seu saber, não faz galardão

Tal qual a espiga cheia de grão.

Humilde, Sábio, não é presunçoso

Não se ufana de Sabedoria

Na Humildade encontra Alegria!

 

*******

 

Na construção destas estrofes, inspirei-me na “metodologia” Camoniana, que tenho bebido no blogue Sociedade Perfeita. E o mote é texto de Leonardo da Vinci, publicado em MJP e citado nas linhas seguintes.

*******

"Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes. É assim que as espigas sem grãos erguem desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto que as cheias as baixam para a terra, sua mãe."

Leonardo da Vinci

 

 

"Governanças" e Bitaites - Outubro 2024

Eleições… Poder Local… Lembranças de outros tempos… Governanças… Bitaites…

Aproximam-se as Eleições para os Orgãos das Autarquias Locais. Para daqui a um ano – Set./Out. 2025.

Já por aí andam muitas movimentações, que o pessoal dos partidos “não perde eira nem jeira”!

As eleições são sempre fundamentais. As do Poder Local são muito importantes. Assim os eleitos se interessem por promover as localidades.

O Poder Local, nos anos seguintes a 1974, foi um dos motores de desenvolvimento do País. Os autarcas contribuíram, implementaram muitas das infraestruturas básicas que faltavam por todo o lado. E não falo apenas nas localidades do Interior. Também das Cidades. Sei, sabemos do que falo.

(Em 1974 e 1975, “corri” Lisboa e alguns arredores, em inquéritos de opinião, estudos de mercado, sobre os mais diversos assuntos. Em part-time, por conta de duas empresas que não sei se ainda existem: Norma e IPOPE. Subi e desci escadas e escadas e elevadores, calcorreei ruas, avenidas, ruelas, becos e travessas. Questionei sobre as condições das habitações, vi, porque também me mostravam. E, nalguns bairros, nomeadamente os mais tradicionais, e mais pobres, faltava o básico, tal como nas Aldeias do Interior. Percorri desde os bairros mais estruturados e mais ricos da Cidade, aos das classes médias, médias baixas, dos trabalhadores mais diversificados, operários, que ainda havia muitas indústrias, aos bairros mais pobres e miseráveis. Lembro-me de fazer entrevistas, por ex., no Casal Ventoso, muito antes dos ventos alterosos e perigosos que o haveriam de invadir na década de oitenta. Que, aliás, também invadiriam um pouco todo o País. Muita miséria, mas pessoas simpatiquíssimas. Em 74, ainda cheias de Esperança, que Abril trouxera a todos, não direi a todos - todos, porque para “muito boa e santa gente”, Abril ainda é um espinho na garganta! Mas há vidas e vidas…

Vi de tudo e registei, nas respostas aos inquéritos para as empresas referidas, o que era de registar e documentar. As mencionadas empresas faziam esses estudos de mercado por conta de outras empresas e entidades, as mais diversas. Não sei se também por conta própria. Eu era apenas entrevistador, em part-time. Não tinha qualquer vínculo. Assinaria um acordo temporário, talvez, que já não me lembro. Sei que não fizeram qualquer desconto para as coisas que, agora, são de praxe, nem sei se naquela altura isso seria obrigatório. Sei, porque, quando me reformei, fui saber e não havia nada. Se calhar, à data, também não seria obrigatório. Também isso nada me preocupava, era demasiado jovem para pensar que também haveria de ser velho.

Todo este arrazoado de conversa veio a propósito de nada, só porque me apetece falar sobre coisas de há cinquenta anos e também de agora.

A pobreza, a miséria, eram ainda mais generalizadas. Faltavam muitas das condições básicas que hoje nem consciencializamos: água, saneamento, eletricidade, educação, saúde, habitação, além da vida consumista que temos.

(Bairros da lata em redor das Lisboa(s)?! Nem se fala!)

***   ***   ***

Nestes últimos anos temos andado em muitas eleições legislativasdesnecessárias, frise-se.

As legislaturas são para serem cumpridas. Esta, que está em curso, tal como deveriam ter sido as duas anteriores. Mas isso são águas passadas…

Agora, a atual legislatura também deve ser cumprida. Mas sendo este governo minoritário, acha que deve continuar a comportar-se como se tivesse maioria absoluta?!

Deve negociar, chegar a acordos, a consensos. Ser mais humilde, menos arrogante.

Mas é o que vemos e temos…

Não podem pensar que têm a faca e o queijo na mão, lá por “Deus estar com os Anjos”!

(E tem havido grandes sustos já. Este mais recente, dos desacatos, e os incêndios…)

Toda esta conversa, porque quero expor alguns assuntos, propostas para os candidatos, lá para as minhas bandas de nascimento, pensarem como projetos futuros… (independentemente dos partidos…)

Mas isso ficará para o Apeadeiro.

(Se alguma vez se apearem nele e lerem o que eu escrevo e proponho.)

Aliás, o apeadeiro real continua apenas a ver passar os comboios, de vez em quando.

Até já, ou até logo…

 

 

“Humildade não te faz melhor que ninguém, (...)

…mas faz-te diferente de muitos.”

20240322_152122.jpg

Vamos ter nova governação, novo governo. Por enquanto, tudo em estado de graça. Um “novo ciclo”, como designam os “nossos especialistas”.

A ver vamos! Cá estaremos para ver, se Deus quiser!

A máxima que titula o postal define a atitude que deve enformar esta nova governança. Humildade! Humildade! Humildade!

De arrogâncias estamos fartos! Fartos! Fartos!

E como é que um governo minoritário quer governar, se não tem maioria parlamentar?! (Mesmo tendo o aval, a simpatia, de Sua Excelência o Senhor Presidente da República?!)

Há que negociar. Negociar! Negociar com as direitas, de quem estarão mais próximos. Com as esquerdas… Negociar, para governar. Quatro anos a negociar, a chegar a acordos, a consensos.

Chegarão aos quatro anos?!

Esperemos que sim. Porque de eleições antecipadas estamos fartos!

(Despesas inúteis!)

Considerações finais:

- A máxima que titula o postal não é de minha autoria, como se depreende (“…”)

Vi-a escrita num quadro, exposto num restaurante da Ericeira, uns dias antes das eleições.

("No Largo há Tasca". Passe a publicidade...)

A foto?!

Uma papoila. (Não tem nada a ver com partidos!)

Foi tirada no meu quintal e direciona-nos para uma estória simples, mas muito rica de conteúdo, que me foi contada, no sábado passado, por uma Senhora: Dona Maria Nunes.

Publicarei em “Apeadeiro da Mata”.

(Reporta-nos para a beleza da papoila, também para a sua vaidade, por ser bela, mas simultaneamente para a sua fraqueza e fragilidade. Fraqueza! Fragilidade! E inutilidade... !!!!)

 

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