Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
A Nação Brasileira comemorou ontem os 200 anos da sua independência.
Dar os parabéns ao País Irmão nesta comemoração, que se prolongará provavelmente por mais dias e lugares do Brasil.
O nosso Presidente da República esteve, estará ainda certamente, como representante de Portugal, em diversas cerimónias evocativas do acontecimento. Vimos imagens dessa celebração, mais parecendo um comício, lá estava o nosso Presidente, mas não nos pareceu visualizar mais nenhum representante de outros Estados.
Mas não faria sentido que num evento desta natureza, houvesse delegações representativas de outros países?! Estranho!
Ilustro este postal com uma rosa branca. De Paz! Que o Brasil o que mais precisa é de paz interna. Que haja serenidade, tolerância, nos tempos conturbados que estão vivendo.
Estes regimes presidencialistas têm levado com relativa facilidade a profundas divisões nos estados, nos países onde vigoram, nas nações que regimentam.
E os Estados Unidos da América do Sul parecem querer imitar os Estados Unidos da América do Norte!
Paz! Tolerância! Serenidade!
São os meus votos para a Nação Brasileira. Para este grande País Irmão!
O Dia 1 de Dezembro, feriado até há pouco tempo, porque nos recordava a “Restauração da Independência”, em 1640, relativamente ao governo espanhol da dinastia filipina, é um dia em que se comemoram várias ocorrências ou acontecimentos importantes.
O evento anteriormente referido, segundo os nossos governantes atuais, pelos vistos deixou de ser relevante!
Além do acontecimento mencionado também é o “Dia Mundial do Combate à SIDA”.
E é ainda o dia em que, em 1955,em Montgomery, no Alabama, EUA, Rosa Parks se recusou a ceder o seu lugar num autocarro a um branco.
Este gesto deu início à luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.
Pode parecer-nos a nós, hoje, paradoxal esta situação. Contudo é algo para que convém estarmos atentos.
A questão dos designados “Direitos Humanos” é uma luta de séculos, mais acentuadamente a partir dos finais do século XVIII (Revolução Francesa).
Se quisermos recuar, podemos dizer que o Cristianismo ao instituir que todos os Homens são criados à imagem e semelhança de Deus definiu a matriz da filosofia inerente ao conceito de “Direitos Humanos”.
É possível que outras Religiões, outras Culturas e outras Filosofias também tenham definido conceitos idênticos...
Mas quanta ignomínia foi necessário à Humanidade suportar ainda e durante tantos séculos para se poder considerar que esta premissa é um postulado base da existência humana, do Homem e de cada homem, da Mulher e de cada mulher, de cada Ser Humano, independentemente de cor, religião, ideologia, situação económica, trabalho, orientação sexual, origem social, situação familiar... De que todos os Homens nascem Livres e Iguais em Direitos e Deveres.
Destacamos pois a luta desta Mulher pelo seu simbolismo e significado. Lembrando que esta é uma luta que não finda. Que o reconhecimento da Igualdade de Direitos é um dado adquirido em muitos Estados, mas completamente ignorado noutros.
Falar em Direitos Civis, Direitos Políticos, Direitos Económicos, Direitos Sociais é algo que pode parecer uma redundância nas designadas "Democracias Ocidentais", onde, pelo menos aparentemente, parecem dados adquiridos e consubstanciados nas respetivas Constituições.
Mas é só olharmos, com olhos de ver e ouvirmos com ouvidos de ouvir e sentimos, porque sentimos na pele como no dia-a-dia há atropelos constantes a muitos destes Direitos, mesmo nas designadas "Democracias Ocidentais". Noutros tipos de regimes nem é bom falar! Não há, em muitos Estados, o reconhecimento aos mais elementares Direitos Cívicos.
Rosa Parks em 1955, com Martin Luther King, Jr. ao fundo.
“Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 – Detroit, 24 de outubro de2005), foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no autocarro a um branco, tornando-se o estopim do movimento que foi denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.”