Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Mas, qual pala?! Perguntar-me-á, o/a caro/a leitor.
Pois… a pala da Gulbenkian, melhor, a pala do CAM – Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
É uma pala e peras!
Se em Lisboa ainda houvesse “Revista à Portuguesa” - na verdade, ignoro se há – mas se houvesse, já haveria cantiga dedicada à pala.
“Olha a pala, olha a pala…” isso é referente à mala. Também se diz que “quem tem capa, sempre escapa.” E sobre a pala?!
“Quem tem pala não se rala / Se há sol ou se chover / Vira cara, tira fala / Tem sempre que s’esconder!” Poderia continuar reportando-me para a situação atual. Com um pouco de brejeirice muito ou pouco poderia sair.
No domingo passado, tarde ensolarada de calor, milhares se abrigaram debaixo da pala. Foi um corrupio de gente sob a pala, serpenteando, na espera de entrar a visitar o renovado Centro. Fechado desde 2019.
Para ver esta nova estrutura, simultaneamente arquitetura, e obra de arte escultórica, e abrigo do sol, certamente também da chuva, não é preciso visitar o museu, pagar entrada, fazer fila. Ela é bem visível, até da rua, é marcante, estruturante e emblemática do Centro e da Fundação.
Tudo indica será uma nova identidade, uma novel marca, destas instituições.
Olha, vamos ali ver a pala da Gulbenkian. Ou, como perguntei no início: Já foste ver a pala?! Mas qual pala?! Mas das novidades do Centro e da Fundação só me interessa a pala?!
Não! Do que vi e está disponível para qualquer turista ou visitante ou passante, o que mais me agradou foi o novo espaço ajardinado, a partir do antigo “Jardim da Dona Gertrudes”! O Arvoredo! Que inveja – saudável – de tão belas e profusas plantas e ainda mais da possibilidade de regas autónomas e regulares. (Se as minhas árvores tivessem essa oportunidade! Regas sistemáticas, automáticas. Só São Pedro lhes vale!)
As árvores maiores, mais antigas, são certamente do “Jardim da Outra Senhora”. Não sei se ficaram todas, se só algumas, se tiveram de abater outras. Ignoro! Mas do que observei é que plantaram e tornaram a plantar uma boa plêiade – é mesmo este o termo – de árvores e arbustos notáveis! E da nossa flora autóctone e adaptados ao nosso clima mediterrânico.
Árvores de grande porte futuro: Sobreiros, Azinheiras, Carvalhos Cerquinhos!
Outras árvores mais arbustivas: Aroeiras, Lentiscos, Murtas, Loureiros… que, com as regas de que dispõem, depressão atingirão porte arbóreo.
Não observei ou não reparei, se também terão plantado medronheiros, aloendros. Bem sei que estas duas plantas poderão ser nefastas para jardins onde brincarão crianças.
Sim! Do passeio domingueiro, na Gulbenkian, o que mais me cativou foi o recente jardim. Mas percecionei a dimensão do espaço inferior ao que imaginara. Também não posso dizer que apreciei totalmente o derrube do muro. E questiono: O que foi feito do portão que “guardava” o “Jardim da Dona Gertrudes”?!
Poderiam tê-lo colocado perto da entrada, como uma peça escultórica!
Esta é a 1ª rosa de uma roseira que abacelei há 3 ou 4 anos.
(Esteve periclitante, mas este ano deu a 1ª rosa.
Não sei bem a origem da mesma, mas que é uma linda rosa, lá isso é!
E a foto nem mostra a dimensão da respetiva beleza!)
***
Rosas brancas, da roseira da minha Avó Rosa:
(Não resisto a mostrar, novamente, mais um ramalhete destas lindas rosas.
Deve ser a roseira mais antiga no Quintal. E atendendo a que veio de rebento-ladrão, muito mais antiga será ainda!
E com um hospedeiro (?), um colaborador(?), um aviador ou um avião que ali aterrou à espera do novo aeroporto?!
***
Rosa de Alexandria:
Estas Roseiras de Alexandria, agora, já tenho várias, com novos abacelamentos que enraízaram bem nestes últimos dois ou três anos. Floriram todas este ano.
O tempo tem ajudado. Choveu no Outono, no Inverno e também na Primavera! Estes últimos dias têm sido de frio e alguma chuvinha. Pouca, que ainda ontem tive de regar.
Mas como também houve dias de sol e calor, as plantas têm prosperado.
Os roseirais dos Quintais e do Chão todos floresceram bem nesta Primavera!
Neste esboço fotográfico apresentei apenas uma pequena amostragem.
***
E por amostragem...
Quem apresentou uma grande amostragem de obras futuras, quem foi?!
De uma assentada:
Aeroporto em Alcochete!
3ª travessia do Tejo: Chelas - Barreiro!
E TGV para Madrid!
(Esta última obra é a que mais me interessa.
Saudades dos tempos em que se ia de Lisboa a Madrid e Paris, de comboio!)
Ficamos todos à espera do Aeroporto, da nova Ponte e do TGV.
Sentados, de preferência...
Até lá e mesmo depois, quem sofre é a Ponte 25 de Abril. E a Margem Sul! Eu bem queria que o aeroporto ficasse na Margem Norte!
(Um dos meus trabalhos de Verão, de quando tinha vagar, não havia estas coisas da internet para uma pessoa se entreter e tinha paciência e inspiração, e tempo...
Meados de anos oitenta do séc. XX!)
Caro/a Leitor/a, neste postal de “Aquém-Tejo”, exponho mais um dos meus “trabalhos artísticos”. Artísticos, é como quem diz. “Presunção… cada um toma a que quer”!
(Galerias disponíveis para apresentarem os meus trabalhos é o que mais há, eu é que não tenho disponibilidade!)
Com ele, apresento alguns enigmas para decifrar.
Gostaria que tentasse responder a algumas questões, no sentido de encontrarmos a decifração do(s) enigma(s) subjacentes ao trabalho.
Veja se consegue, SFF! Obrigado pela sua colaboração.
Onde, em que “objeto”, está o trabalho executado?
Qual o algarismo que se repete em cada figura desenhada?
Qual o significado global do “trabalho artístico”?
Quais os significados particulares de cada desenho?!
Quinta-feira, 4 de Maio dei-me ao trabalho de ouvir o discurso de Sua Excelência o Senhor Presidente da República. Bem antes das 20h., já estava frente ao televisor, na RTP1. Estação televisiva que nos ia preparando para o que iria acontecer, fazendo sentir a adrenalina do que poderia ser dado a conhecer por Sua Excelência.
Deu para presenciar a cena do gelado. Quem estaria a degustá-lo?! Sua Excelência, O Senhor Presidente?! O Senhor Professor Doutor?! O Cidadão Marcelo Rebelo de Sousa?! Outro Personagem?! Não sei!! Sei que foi uma cena peculiar, face ao contexto e enquadramento.
Nós, falo por mim, claro, ansiosos pela comunicação…
Gosto imenso de ouvir os discursos do Senhor Presidente. Gostei muito do primeiro discurso de tomada de posse. Escrevi sobre isso.
Atestam sempre a extraordinária inteligência do Senhor Professor.
Depois… Depois, vieram as selfies… Depois, todos os dias, em todos os meios de comunicação, sobre tudo e mais alguma coisa, tínhamos Sua Excelência o Senhor Presidente, em direto, em todo o lugar e ocasião.
Passou a funcionar o telecomando. Zarpar para outro canal, e quando se repetia a cena, clicar no Off. (Ou RTP Memória. Ai, a memória...!!!)
De modo que na 5ª feira, excecionalmente, grudei-me à TV, expectante!
E ouvi, escutei o discurso, com atenção.
O Senhor Presidente deu um valente “puxão de orelhas” ao Senhor Primeiro-Ministro, muito especialmente ao Ministro das Infraestruturas, ou não deu?! Em última, ou primeira instância e, simultaneamente, ao Governo, ou não deu?!
Mas esse “puxão de orelhas”, designemos assim a situação, deveria ser dado deste modo, em público, perante meios de comunicação nacionais e internacionais, para toda a gente ouvir e saber?!
Não! Penso que estas questões deveriam ser tratadas em contextos institucionais, nos ambientes próprios, procurando soluções entre as estruturas dos poderes instituídos e não trazidas para esfera pública como de “zanga de comadres”, para mostrar quem manda mais.
Porque estamos perante um governo legitimamente eleito, ademais assente numa maioria absoluta e resultante de eleição antecipada, e nas circunstâncias em que ocorreu.
(A propósito, Sua Excelência o Senhor Presidente, agora, não optou por essa alternativa. E fez bem. Legislaturas são para se cumprirem. Aliás, em que base poderia invocar tal situação?!)
Face a esta reprimenda pública, em que situação fica o Senhor Primeiro-Ministro e o seu Governo?! Nem falo no ministro! Com que cara vão agir em qualquer contexto nacional e internacional?!
Que consequências poderão advir destas atitudes?!
Haverá questões subliminares em todo este processo?!
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Hoje, foi a coroação do Rei Carlos III. Há pouco, na RTP3, falou, Sua Excelência, O Senhor Presidente, na sua magistratura de pedagogia e influência. Os media, portugueses, deliram!
De vez em quando, estes hiatos nas narrativas: ausências do “Mundo Virtual”. Não propriamente do mundo real, mas um certo afastamento das realidades habituais, um mergulhar noutros universos. Em suma, a Vida e as diferentes prioridades, nem sempre possíveis de conciliar, nos tempos e nos espaços.
Mas… voltando a olhar para este nosso querido País, nada mudou. Continuam as mesmas trapalhadas, para não usar termo pejorativo, das TAPlhadas. As Governanças cada vez mais desgovernadas. Impressiona como é possível chegar-se a este descalabro de governo, tão desorientado.
E quem se vai chegando à frente são os mesmos outros, que parecendo diferentes são apenas farinha de sacos de cores diversas, mas, no fundo, iguais.
Não consigo acreditar nestas gentes!
E o calor continua. Em última instância, se calhar, isto é tudo efeito do calor.
Em Abril, as regas passaram a ser necessárias. As águas armazenadas, nas chuvadas de Outono, começaram a ser gastas ainda em início de Primavera! As árvores já têm de ser regadas.
E protegidas! Que as cabras cabriolam de propriedades vizinhas e com tanta erva verdíssima que tem o Vale de Baixo, não sei como, nem por que meios, vislumbram as figueiritas, recentemente plantadas, que mal se veem, na imensidão de biliões de ervas.
(Lá fora, as guerras continuam. Para quando a Paz?!)
Este esboço de “crónica” escrevi-o ontem, mas não publiquei. Posteriormente apercebi-me que Sua Excelência, o Senhor Primeiro Ministro, Dr.º António Costa, falaria ao País sobre o “caso Galamba”. Dei-me ao trabalho de ouvir. E escutar! Estou com ele. Para quê mudar?! É como se dizia relativamente aos casamentos: “Em vez de se estragarem duas casas, estraga-se só uma.”
O pior, em todos estes cenários, é que a Casa é o nosso País. Que não tem conserto, porque esta gente passa o tempo a dar-nos música.
Ouvindo e escutando com atenção o que ouvi, e sabendo de pedido de demissão, que não foi aceite, tudo aquilo me pareceu “Teatro”!
E por teatro, para que a peça continue, logo, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, o Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, nos deu conhecimento de não concordar com a não aceitação do pedido de demissão.
E, com tudo isto, será que se estraga o “casamento” entre São Bento e Belém?!
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Um pouco de chuva, Senhor!
Chegou Maio foi-se Abril / Nos atormenta calor / Que é feito d’águas mil?! / Que nos destinas, Senhor?