Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
(Um dos meus trabalhos de Verão, de quando tinha vagar, não havia estas coisas da internet para uma pessoa se entreter e tinha paciência e inspiração, e tempo...
Meados de anos oitenta do séc. XX!)
Caro/a Leitor/a, neste postal de “Aquém-Tejo”, exponho mais um dos meus “trabalhos artísticos”. Artísticos, é como quem diz. “Presunção… cada um toma a que quer”!
(Galerias disponíveis para apresentarem os meus trabalhos é o que mais há, eu é que não tenho disponibilidade!)
Com ele, apresento alguns enigmas para decifrar.
Gostaria que tentasse responder a algumas questões, no sentido de encontrarmos a decifração do(s) enigma(s) subjacentes ao trabalho.
Veja se consegue, SFF! Obrigado pela sua colaboração.
Onde, em que “objeto”, está o trabalho executado?
Qual o algarismo que se repete em cada figura desenhada?
Qual o significado global do “trabalho artístico”?
Quais os significados particulares de cada desenho?!
Quinta-feira, 4 de Maio dei-me ao trabalho de ouvir o discurso de Sua Excelência o Senhor Presidente da República. Bem antes das 20h., já estava frente ao televisor, na RTP1. Estação televisiva que nos ia preparando para o que iria acontecer, fazendo sentir a adrenalina do que poderia ser dado a conhecer por Sua Excelência.
Deu para presenciar a cena do gelado. Quem estaria a degustá-lo?! Sua Excelência, O Senhor Presidente?! O Senhor Professor Doutor?! O Cidadão Marcelo Rebelo de Sousa?! Outro Personagem?! Não sei!! Sei que foi uma cena peculiar, face ao contexto e enquadramento.
Nós, falo por mim, claro, ansiosos pela comunicação…
Gosto imenso de ouvir os discursos do Senhor Presidente. Gostei muito do primeiro discurso de tomada de posse. Escrevi sobre isso.
Atestam sempre a extraordinária inteligência do Senhor Professor.
Depois… Depois, vieram as selfies… Depois, todos os dias, em todos os meios de comunicação, sobre tudo e mais alguma coisa, tínhamos Sua Excelência o Senhor Presidente, em direto, em todo o lugar e ocasião.
Passou a funcionar o telecomando. Zarpar para outro canal, e quando se repetia a cena, clicar no Off. (Ou RTP Memória. Ai, a memória...!!!)
De modo que na 5ª feira, excecionalmente, grudei-me à TV, expectante!
E ouvi, escutei o discurso, com atenção.
O Senhor Presidente deu um valente “puxão de orelhas” ao Senhor Primeiro-Ministro, muito especialmente ao Ministro das Infraestruturas, ou não deu?! Em última, ou primeira instância e, simultaneamente, ao Governo, ou não deu?!
Mas esse “puxão de orelhas”, designemos assim a situação, deveria ser dado deste modo, em público, perante meios de comunicação nacionais e internacionais, para toda a gente ouvir e saber?!
Não! Penso que estas questões deveriam ser tratadas em contextos institucionais, nos ambientes próprios, procurando soluções entre as estruturas dos poderes instituídos e não trazidas para esfera pública como de “zanga de comadres”, para mostrar quem manda mais.
Porque estamos perante um governo legitimamente eleito, ademais assente numa maioria absoluta e resultante de eleição antecipada, e nas circunstâncias em que ocorreu.
(A propósito, Sua Excelência o Senhor Presidente, agora, não optou por essa alternativa. E fez bem. Legislaturas são para se cumprirem. Aliás, em que base poderia invocar tal situação?!)
Face a esta reprimenda pública, em que situação fica o Senhor Primeiro-Ministro e o seu Governo?! Nem falo no ministro! Com que cara vão agir em qualquer contexto nacional e internacional?!
Que consequências poderão advir destas atitudes?!
Haverá questões subliminares em todo este processo?!
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Hoje, foi a coroação do Rei Carlos III. Há pouco, na RTP3, falou, Sua Excelência, O Senhor Presidente, na sua magistratura de pedagogia e influência. Os media, portugueses, deliram!
De vez em quando, estes hiatos nas narrativas: ausências do “Mundo Virtual”. Não propriamente do mundo real, mas um certo afastamento das realidades habituais, um mergulhar noutros universos. Em suma, a Vida e as diferentes prioridades, nem sempre possíveis de conciliar, nos tempos e nos espaços.
Mas… voltando a olhar para este nosso querido País, nada mudou. Continuam as mesmas trapalhadas, para não usar termo pejorativo, das TAPlhadas. As Governanças cada vez mais desgovernadas. Impressiona como é possível chegar-se a este descalabro de governo, tão desorientado.
E quem se vai chegando à frente são os mesmos outros, que parecendo diferentes são apenas farinha de sacos de cores diversas, mas, no fundo, iguais.
Não consigo acreditar nestas gentes!
E o calor continua. Em última instância, se calhar, isto é tudo efeito do calor.
Em Abril, as regas passaram a ser necessárias. As águas armazenadas, nas chuvadas de Outono, começaram a ser gastas ainda em início de Primavera! As árvores já têm de ser regadas.
E protegidas! Que as cabras cabriolam de propriedades vizinhas e com tanta erva verdíssima que tem o Vale de Baixo, não sei como, nem por que meios, vislumbram as figueiritas, recentemente plantadas, que mal se veem, na imensidão de biliões de ervas.
(Lá fora, as guerras continuam. Para quando a Paz?!)
Este esboço de “crónica” escrevi-o ontem, mas não publiquei. Posteriormente apercebi-me que Sua Excelência, o Senhor Primeiro Ministro, Dr.º António Costa, falaria ao País sobre o “caso Galamba”. Dei-me ao trabalho de ouvir. E escutar! Estou com ele. Para quê mudar?! É como se dizia relativamente aos casamentos: “Em vez de se estragarem duas casas, estraga-se só uma.”
O pior, em todos estes cenários, é que a Casa é o nosso País. Que não tem conserto, porque esta gente passa o tempo a dar-nos música.
Ouvindo e escutando com atenção o que ouvi, e sabendo de pedido de demissão, que não foi aceite, tudo aquilo me pareceu “Teatro”!
E por teatro, para que a peça continue, logo, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, o Senhor Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, nos deu conhecimento de não concordar com a não aceitação do pedido de demissão.
E, com tudo isto, será que se estraga o “casamento” entre São Bento e Belém?!
*******
Um pouco de chuva, Senhor!
Chegou Maio foi-se Abril / Nos atormenta calor / Que é feito d’águas mil?! / Que nos destinas, Senhor?
Consigo, finalmente, operacionalizar a publicação do primeiro postal de 2023!
Formulo votos de um excelente ano de 2023! Para todo o mundo. Para este Mundo, em que anda tudo às avessas. Mesmo, e principalmente, para os que tanto mal fazem, para que lhes entre alguma luz nas mentes, algum afeto no coração e que, tendo poder e força, convertam as suas ações, suas atitudes e comportamentos, em prol do Bem! É esse o meu desejo!
Para Si, Caro/a Leitor/a, que tem a amabilidade de nos acompanhar, votos redobrados de um óptimo Ano Novo. Com muita Saúde, com Paz! Que não lhe falte nada do que mais deseja. Também para todos os seus Familiares e Amigos.
A ilustração é com fotos ainda do ano passado.
De um pôr-do-sol!
De um quarto crescente lunar.
(Ambas de 30 de Dezembro.)
(Certamente de algum local paradisíaco, frequentado na passagem do ano! De uma provável ilha, em país remoto, mas na moda, nestas coisas dos réveillons! Em resort luxuoso, apetecível para os artistas das novelas e dos “shows das irrealidades”, dos futebolistas e glamorosas esposas! Certamente! Os fios visíveis serão de algum teleférico em estância de neves?!)
Saúde! Paz! “Dinero e Amor”, com dizia a cantiga antiga!
Estou a escrever este postal, enquanto decorre o Marrocos – Portugal, quartos de final deste Mundial do Catar. Ou Qatar? Ronaldo está no banco. Eu, na cadeira, ao computador, olhando também a TV. Portugueses vestidos de branco. Não gosto. Marroquinos, de vermelho e verde. As cores nacionais também de Portugal. Interessante esta correlação!
Sigamos o desenrolar do jogo.
Mas não é propriamente sobre o Mundial que quero escrever.
Neste postal, pretendo reportar para o postal que publiquei em “Apeadeiro da Mata”.
Como se percebe nas fotos, as imagens com aqueles desenhos pontilhados no chão, realçando areias, resultaram da chuva caída dos beirais de um telheiro. No Quintal de Baixo – Aldeia da Mata – Alto Alentejo. Fotos de 6 de Dezembro.
Chuvas que, por essas Lisboas e arredores, provocaram enxurradas, inundações.
Interessante ouvir de pessoas responsáveis a imputação deste fenómeno às “mudanças / alterações climáticas”. Sem negar a importância desse paradigma tão realçado atualmente, bem pelo contrário, não quero deixar e no que diz respeito a enxurradas na Grande Lisboa, tanto a Norte, quanto a Sul, algumas considerações. Bitaites talvez!
Ignoram estes responsáveis certamente as lições da História, da Geografia, da Física, da Matemática, da Engenharia. Interligando todas estas Ciências Exatas e Sociais, relegam para plano secundaríssimo o Urbanismo, que é por demais ignorado nas nossas cidades!
Enxurradas na Grande Lisboa são periódicas e regulares. Sempre que chove um pouco mais. Lembram-se de 1967?!
E a Orografia da Cidade e arredores?! Quantas ribeiras entaipadas sob estradas? E a proximidade do Tejo, do mar e o efeito correlativo das marés?!
E as leis da Física, da Matemática?!
E as Engenharias e o Urbanismo têm tido em conta todas estas variáveis ao longo destes setenta ou oitenta anos em que a Grande Lisboa foi crescendo desmesuradamente?!
É preciso pensar e repensar o crescimento das cidades, enquadrando todas as variáveis passíveis de equacionar, para que seres humanos possam ter melhor qualidade de vida nas localidades em que têm de viver.
E tudo isto a partir de umas gotas de água repercutindo-se num solo arenoso.
E o jogo continua, agora no intervalo, Portugal perde por um a zero e os marroquinos vestem de vermelho e verde e os portugueses de branco.
E quem vai ganhar?! E o Ronaldo vai sair do banco?! Dom Sebastião?!
Acabou de entrar, enquanto estava publicando este postal.
Um Mobile de garrafões de água e de detergentes de roupa. Alguns de marca!
E um dos gatinhos do Quintal de Baixo observando e fazendo-se à foto. Uma Selfie?!
P.S. – Esta instalação “artística” (?) resultou de uma questão prática. A viga de cimento sobressai bastante do telhado. Ao sairmos ou entrarmos no cabanal arriscamo-nos a embater nela. A colocação dos elementos “artísticos” pretende torná-la visível, evitando hipotéticos embates.
Assim criámos um “mobile”, em permanente interação com os elementos, nomeadamente o vento! E enquadrado em Património identitário da Aldeia!
Fazem parte da minha “Criatividade”! Cada um tem a sua! Cada é como cada qual!