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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

"Harmonia Triplica"!

OFICINA de CULTURA - ALMADA

 

Ainda não visitou esta Exposição?!

Então, por que espera?!

Obras de Arte lindíssimas!

Decorre até 14 de Fevereiro.

 

Lucilia Simões e Susana Horta. Digitalização. 2016PNG

 Nota Final: Agradece-se a cortesia de "João Flávios", disponibilizando a digitalização do convite.

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Já Tenho Licenciatura”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Neste Post Nº 299, volto à XIII Antologia de Poesia, do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, 2015.

Um Poema cheio de ironia, “Já Tenho Licenciatura”, de Fernando Máximo, de S. Julião, Portalegre.

 

“Já Tenho Licenciatura”

 

“Já tenho licenciatura

Agora sou um doutor,

Tenho montes de cultura

Vou ser Ministro... e se for?”

 

“Inscrevi-me ao fim do dia

Naquela universidade

Dos diplomas de inverdade

P’ra testar o que sabia;

Já de manhã, mal se via,

De maneira prematura

Eu fiz muito má figura

Mas mesmo sem saber nada

Formei-me na Tabuada

Já tenho licenciatura!

 

Dei cem erros no ditado

E agora o mais curioso:

Por estar muito nervoso

À recta, chamei quadrado!

Quando me foi perguntado

Se conhecia o Reitor

Respondi que não senhor

Embora fosse meu tio...

Disse mentiras a fio

Agora sou um doutor!

 

Foi mesquinhez mas contudo

Puxei das equivalências

Juntei outras mil valências

Deram-me mais um canudo;

Com diplomas e com tudo

Era fácil a leitura:

Deixei de ser um pendura

Sou político afamado

Sou falado em todo o lado

Tenho montes de cultura

 

Já sou Mestre em Corrupção

A todos sei enganar

Habituei-me a roubar

Tirei curso de ladrão;

E agora, queiram ou não,

Mesmo sem nenhum valor

Eu falo que é um primor

Na Assembleia sentado

Para já sou deputado,

Vou ser Ministro... e se for?"

 

 

Fernando Máximo, S. Julião (Portalegre)

 

 

Ilustramos com uma sugestiva imagem extraída da internet.

 

diploma in. educar.wordpress.com

 

Imagem: In. educar.wordpress.pt 

 In. educar.wordpress.pt

 

“A Família Krupp” - “Eine Deutsche Familie” Teil IV - (Reposição)

Série Alemã na RTP 2

Ponto Prévio:

Finalmente, consegui retomar a escrita sobre esta série.

 

emblema in. blog.equinux.com

 

Teil/Episódio

IV

 

Tempos Sombrios/ Ventos de Mudança

 

E as dúvidas foram esclarecidas. Houve mesmo um Episódio IV, no passado domingo, 24 de Janeiro. O último da mini série, agora em reposição e que eu não vira na 1ª apresentação em Outubro. E, apesar de haver eleições presidenciais e de ter acompanhado parte do programa respetivo, ainda assim optei por visualizar este quarto e derradeiro episódio.

Muito lúgubre, este episódio final. Afinal aconteceram as mortes dos personagens e narradores principais.

Bertha, em 1957. Tendo o marido Gustav morrido em 1950.

A narrativa prolongar-se-ia ainda pelos anos sessenta, até à morte de Alfried, em 1967.

Este episódio quatro relata os principais acontecimentos destes personagens e da Firma, nos anos pós Guerra até à morte de Alfried, o segundo narrador.

 

O tempo narrado vai continuando, centrado no presente, 1957, protagonizado por Bertha, doente, no seu quarto. Que aguarda ansiosamente a vinda do filho Alfried.

Voltamos a este ponto, porque ele é fulcral no enredo. Porque Bertha adoeceu (AVC), sequencialmente à discussão com o filho primogénito, Alfried, herdeiro e dono legítimo da Firma. E precisa, urgentemente, que ele se lhe apresente...

Este foi preso, no final da II Grande Guerra, em 1945. Imagens que finalizaram o 3º episódio. Em 1948, foi julgado em Nuremberga, como criminoso de guerra, condenado a doze anos de prisão e foi-lhe confiscado o património.

Assim se esclarece a minha dúvida sobre a questão dessa condição de “criminosos de guerra”.

O pai Gustav não foi condenado devido à idade e estado de saúde. Morreria em 1950, junto da mulher, Bertha, no castelo dos Alpes Austríacos, para onde se retiraram no final da Guerra.

Ele e o filho já não se veriam, estando este ainda na prisão, aonde a mãe o foi visitar. Informou-o da situação da empresa, do que dela restava, que o irmão Berthold administrava.

Alfried, proprietário da Krupp, como criminoso de guerra da Família, perdera tudo. Mas tentavam reaver todo o património, através de advogados e processos judiciais.

 

Neste episódio, as desavenças, tricas, conflitos explícitos ou recalcados, entre os membros da Família, expressam-se na narrativa.

No centro, Alfried, como dono da Firma. Que a Família e a Firma fundem-se e interpenetram-se. Confundem-se!

Além do conflito entre Alfried e a Mãe, que o aguarda ansiosa..., mais adiante veremos para quê..., também são apresentados os conflitos entre Alfried e o irmão Berthold, que tomou conta do que restava da Firma e das empresas, enquanto aquele esteve na prisão e que, regressado antecipadamente ao previsto, 1951, Berthold não quer largar mão da respetiva gestão. Apesar da posse jurídica ainda ser do irmão mais velho, na sequência da célebre Lei Krupp, pela qual os bens da firma lhe foram transmitidos por herança direta, em 1943, por decisão de Hitler, sem pagamento a imposto sucessório!

As desavenças com Harald também já vinham sendo reveladas, embora menos fortes que as manifestadas com Berthold. Mais centradas no facto de aquele, não sendo primogénito, se sentir e ser preterido, em todos os aspetos, nomeadamente no afeto maternal.

alfried arndt in. zdf-enterprises.de.jpg

 

O desentendimento com o filho Arndt é quase total, pela sua “personalidade extravagante”, a sua não aceitação, a rejeição mútua, o abandono a que este foi sujeito, pelo divórcio forçado da mãe, em 1941, que o criou.

Só que o filho é o herdeiro legítimo da Firma, e será a ele que os direitos sucessórios serão, em princípio, transmitidos. Filho que não manifestava qualquer apetência para essas funções empresariais.

 

Alfried saíra da prisão muito antes do tempo previsto. Em 1951, apenas seis anos após ter entrado, quando se previra doze anos. Saiu escondido numa carrinha, que havia repórteres e fotógrafos à porta da prisão e houve que ludibriá-los.

Arranjou-se logo com uma namorada, Vera, seria a célebre do baile em Munique, nos dourados anos trinta, antes da eclosão da Guerra? Deram uma volta ao mundo, para espairecerem, que seis anos de reclusão, mereciam um ano sabático de diversão.

Ao regressar, em 1952, quis voltar a assumir os destinos da Firma. Só que o irmão Berthold dela tomara conta nos anos de ausência e não queria deixar esse poder do pé para a mão.

 

A situação da firma é outra das temáticas do enredo. A sua situação patrimonial. Os direitos de propriedade. A sua reconstrução. A sua colocação em funcionamento. O tipo de produção a desenvolver, o fabrico de armas, sempre altamente rentável, foi uma das hipóteses equacionadas, apesar da proibição. O financiamento a obter para a realização dos investimentos. A sujeição ou não às leis condicionantes do seu funcionamento impostas pelos aliados. O tipo de propriedade e a definição do proprietário. A situação da transmissão da herança ao filho de Alfried, Arndt. O imposto sucessório a pagar, caso esta situação se concretizasse. Desta situação haviam sido isentos, no início do século, pelo Kaiser, quando a herança transitou para Bertha e, em 1943, Hitler também os isentou, quando a propriedade passou para Alfried. Em 1957, não havia ninguém com poder discricionário na Alemanha para poder decidir tal situação.

Havia que equacionar outra solução para a Firma.

Muitas situações mudariam na política alemã e ocidental. A correlação de forças entre os vários intervenientes na Guerra e os respetivos papéis, alterou-se. Os parceiros circunstanciais na derrota alemã, Aliados e União Soviética, eram agora inimigos. A Alemanha dividida entre zonas de influência. A génese da “Guerra Fria”. Sempre a Guerra! Que o Ser Humano não aprende!

 

Bertha in. tv.orf.at.jpg

 

Neste episódio houve momentos cruciais que importa relembrar.

 

A visita do neto Arndt à avó Bertha, no leito, que não seria de morte, que ela não era mulher para se deixar morrer na cama. Estava com uma enxaqueca!

Que não, não era enxaqueca, respondeu-lhe o neto, que a confrontou com o facto de ela ter oferecido milhões à mãe, para os deixar e ao filho, criança, que ficaria entregue à Família. O que sabemos Anneliese, a mãe, não aceitou, acabando por se divorciar, em 1941, mas levando a criança, que criou. Bem? Mal? O que é bem ou mal?, por vezes depende dos pontos de vista...

E Arndt além de a desmentir que estivesse apenas com uma enxaqueca, também lhe frisou que ela estava para morrer, que ele bem o sentia, e pareceu sentir-se bem ao dizer isto, que amor nele não havia. E abalou. E a avó bem o chamou, bem lhe pediu que voltasse, que não precisava ter medo dela, uma velha mulher, mas era tarde... Tarde demais para ambos!

 

E esta visita surpresa do neto, inesperada, mas que teria feito bem a Bertha se tivera tido outro desfecho, antecedeu a do filho, tão aguardada, desejada e necessária na estruturação narrativa. E, finalmente, após outros enlaces e desenlaces narrativos, alternando no tempo narrado, e nos assuntos abordados, surgiu o filho primogénito em cena, a visitar a Mãe!

E aí percebemos a urgência dessa visita. Porque tanto Bertha desejava que o filho chegasse.

Bertha agradeceu-lhe por ter vindo e, por favor, pediu-lhe que a perdoasse. Perdoa-me. Alfried, perdoa-me.

Já não precisas de continuares a seres forte, Mãe.

E assim, Bertha, perdoada pelo filho, poderia partir em Paz com a sua consciência, que ela sabia que o momento da Morte se aproximava. E aqui, nesta cena, podemos também observar o arrependimento de Bertha, pelo menos relativamente ao Filho. Algo que eu também questionara em relato anterior se aconteceria. E aconteceu! Não direi que “mais vale tarde...”, porque contar um conto é mesmo assim. Os acontecimentos cruciais mais aguardados são guardados para o fim... Foram momentos sublimes de redenção, este encontro entre Mãe e Filho, que a Música, sempre a Música!, sublinhou com pássaros a cantarem no jardim!

 

E a Morte aconteceria, que a morte chega sempre. Não sem que, antes, Bertha, erguendo-se do leito, com dificuldade, se fosse olhar uma última vez, no espelho, de corpo inteiro. E nele se espelhasse a sua Alma e toda a narrativa, e ao olhar-se, ela se visse e olhasse e revisse tudo o que nos contara. E ao virar-se, que ela já se vira e se olhara, se mostrara, mostrando-se-nos, se revelara, revelando-se-nos, na sua história, que também fora História; da sua família, que fora a Família; da sua firma, que fora a Firma; da sua Alemanha, (ou Alemanhas?!), ela, ao virar-se, encontrou finalmente a Morte, que a esperava após esse derradeiro Olhar!

Caiu. E, deste modo, caindo, morreu!

 

E a narrativa podia até ficar por aqui. Fora Filme, melhor até, Teatro, e não ficaria mal tal desfecho. A Morte de Bertha, a heroína principal.

 

Mas talvez Bertha tivesse sido, neste enredo, apenas uma das narradoras da história que foi História.

 

E esta história inicialmente centrada em 1957, como presente, também evoluiu no futuro, que passou a presente. E essa História, agora, aos nossos olhos, é já tudo Passado.

 

E a história que nos foi contada por Bertha, por Alfried, e pelo realizador e argumentista (?), ainda se focalizou em momentos de charneira, que saltei no meu estoriar.

 

Em 1952, na sede da Krupp, o reassumir de funções por Alfried, ainda possuído de sonhos megalómanos de devolver todo o antigo esplendor à Firma.

Mais tarde, em Hamburgo, em negociações com Berthold Beitz, conhecido especialista industrial, para este o ajudar a reestruturar a Firma. Beitz teria futuramente um papel crucial nessa função até à morte de Alfried, 1967, e, após a sua morte, nas mudanças múltiplas e diversas operadas na Firma até à sua estrutura organizativa enquanto Fundação. Papel e função que ele desempenhou, inclusive negociando com o filho de Alfried, Arndt, que renunciou aos seus direitos sucessórios, em troco de uma avultada renda vitalícia anual.

Desta forma, estruturando a empresa numa sociedade por ações e a firma numa fundação, sequencialmente à renúncia de Arndt, alterando completamente a sua orgânica jurídica, entre outros aspetos, evitaram o pagamento de imposto sucessório, que, dado o valor patrimonial das empresas, seria uma enormidade.

Que isto é assim, os ricos quanto mais ricos são, mais o querem ser. E, obviamente, custar-lhes-ia imenso pagar uma conta enorme que reverteria para o Estado e, supostamente, para os cidadãos. Mas qualquer cidadão quando transmite uma pequena herança pagará os respetivos impostos. Mas proporcionalmente a quem custará mais?!

Mas isso pouco importa na narrativa, apenas nesta estória que eu vos conto.

E ainda relativamente a Beitz, convém mencionar que sendo ele alemão e também industrial, ele foi um dos alemães, que, durante a Guerra, ajudaram muitos dos perseguidos pelos nazis, ele e a sua mulher, pondo-se em risco a si e a toda a sua família. Paradoxalmente, ou precisamente por isso, Alfried foi buscá-lo para seu coadjutor e conselheiro na Firma, onde desempenhou papel fulcral.

Relativamente aos papéis desempenhados durante e após a Guerra, também o realizador nos alertou para o facto de que famílias, que haviam sido perseguidas, martirizadas e “usadas” como força de trabalho escravo nas empresas da Krupp, exigiram indemnizações e que Alfried se prontificou a pagar.

 

A transformação da estrutura jurídica da Firma seria concluída em 1967, e teve direito a anúncio à Comunicação Social, com destaque para a Imprensa, ainda o veículo comunicacional predominante na época. Realça-se este aspeto, para relevar a importância crescente que os Media foram adquirindo gradualmente na nossa Sociedade, até atingirem o Poder que atualmente detêm. E que já faz parte da nossa vivência pessoal! Da nossa história!

 

Voltando à história de Alfried, este morreria em 1967, sentado, julgo que no escritório da sua casa e só, como praticamente sempre viveu.

Em fundo, na Música, ouviam-se um solo de trompete e um piano, num dueto lastimoso.

 

O episódio terminaria com Arndt, na sua Villa Blad Tagri, de Marraquexe, atendendo o telefonema de Beitz, informando-o da morte do progenitor. E, sequencialmente, na sua viagem de descapotável, embrenhando-se no árido deserto; de óculos escuros, não sem antes ter limpo o rímel, esborratado de alguma lágrima que vertera pelo pai. Final de dinastia e término de episódio!

 

Pelo meio, ocorreram mais alguns pormenores narrativos, na perspetiva dos vários narradores, sobre si mesmos ou sobre outros personagens, que fui omitindo na minha estória narradora.

Perdoem-se-me esses lapsos.

 

Que a estória já vai longa e tarda a respetiva publicação, que deveria ter ocorrido logo no início da semana. Afazeres...

 

E, Obrigado, se me conseguiu Ler até Aqui!

 

 

 

Eleições Presidenciais! O Óbvio e o menos Óbvio.

Ainda volto a escrever sobre as Eleições Presidenciais.

 

Que não são a mesma coisa que as Legislativas. Óbvio!

 

Que não apreciei especialmente a forma com a campanha decorreu, já o explicitei noutros posts.

 

Se fiquei contente com o resultado? Não!

Se era o que esperava? De algum modo, receava que fosse este o resultado. Por isso, agi de forma a opor-me a essa hipótese.

Inclusive no blogue. Que as “entidades” deveriam ler. E refletir! (Manias... Megalomanias?! Ou bizarrias?!)

 

Se tinha alguma esperança que houvesse 2ª volta? Apesar de observar como se encaminhava a campanha e nenhum dos candidatos, enquadrados no âmbito da designada “esquerda”, ter desistido para concentrar votos em apenas um deles, tinha, embora cada vez mais remota, esperança de haver ainda uma 2ª volta.

 

Se a estratégia desses partidos foi boa? Os resultados falam por si!

 

Destas eleições retiro algumas ilações. Umas mais sisudas, outras mais irónicas.

 

Com tanta abstenção, apesar de menor que noutras edições, e dado tratar-se da eleição para a Presidência da República, talvez possamos concluir que o nosso Povo é essencialmente monárquico. Sente a falta de um Rei. Se atentarmos que até um Jornal refere que “Marcelo foi coroado!”, então definitivamente essa é a forma de governação preferida.

 

Dos resultados, alguns recados:

 

Para o P. S., e concernente estrutura diretiva.

Não entendi a respetiva estratégia, se estratégia tiver havido, de não apoiar nenhum candidato diretamente. Terão preferido o Professor Marcelo?

 

Para o P.C.P.

Face ao resultado obtido pelo respetivo candidato, é preciso explicitar algum recado?!

Lembrar que selaram compromisso com a governação atual. Será necessário andarem sempre a colocar se... se... se(s) nesse compromisso?!

Lembramos que o País precisa de Estabilidade. E Dignidade, nacional e internacional!

 

Para o Bloco de Esquerda

Conquistou bastantes votos. Não perdeu eleitorado. Protagonizou outra figura mediática, ganhou notoriedade. Sinceramente surpreendeu-me, pela positiva. Está de parabéns, muito especialmente, a candidata Marisa Matias.

Mas é preciso não engalanarem em arco.

Lembrar também que selaram acordo com o Governo atual. E, repito, o País precisa de Estabilidade e Dignidade.

 

Para estes três Partidos, até o nome é significativo e significante: partidos; lembro a parábola do “Pai, os Filhos e o Feixe de Vimes”. Conhecem essa parábola? Não conhecem?! Procurem por “Parábola dos sete vimes” e irão certamente encontrar, que eu, desta vez, não vos irei facilitar a vida... É do escritor Trindade Coelho!

Lede! E refleti!

 

vimes in. firmepedra.blogspot.com

 

Quanto ao futuro Presidente da República, expressou-se num discurso apelativo e claro, que é quase de uma tomada de posse. Nele explanou os fundamentais valores e princípios, metodologias e linhas mestras da sua futura ação presidencial.

Gostei de ouvir dizer que vai ser o “Presidente de todas as Portuguesas e de todos os Portugueses”, mas isso penso que todos os anteriores Presidentes se terão posicionado no mesmo sentido.

Exprimiu mais um conjunto de ideias sobre o seu papel presidencial. Que também achei relevantes.

Mas do que gostei muito especialmente de ouvir, proferido da sua boca, foi que “O Povo é quem mais ordena!” Por momentos julguei que iríamos escutar os acordes da célebre canção... E, este dito, não sendo, à partida, esperado, é peculiar de Professor Marcelo. Surpreender o auditório com o inesperado e pouco plausível. E um nítido piscar do olho esquerdo, ou não fora ele “a esquerda da direita”, não acham?!

A ver vamos! Nunca se sabe...

E merece, também, os nossos parabéns, ou não?! Claro que merece! E fica sempre bem parabenizar os vencedores. Nunca se sabe...

 

E as eminências pardas, recentemente desempossadas da governação, na matriz ideológico-partidária de Marcelo, não seus apoiantes, mas apoiantes... Que será feito dessas ilustres personagens?!

Pois, aguardam o(s) momento(s) oportuno(s)!

 

E de Sampaio da Nóvoa?! Pois, também lhe manifesto os meus parabéns, pois conseguiu subir a votação mais do que o esperado e não tendo também nenhum apoio partidário. Pena não ter conseguido forçar uma 2ª volta. No meu ponto de vista, erro tático e estratégico dos três partidos da “parábola dos sete vimes”!

Mas, como ele referiu, a sua candidatura esgotou-se, terminou ali, presumo que no seu discurso de encerramento. De que também gostei. Simples. E gostei muito de o ouvir a agradecer a todos os seus apoiantes. Mas isto também é óbvio, não?!

 

E, com esta tirada de óbvio ou menos óbvio, encerro esta narrativa! Que ainda gostaria de escrever sobre a série alemã. Nem que seja só para publicar amanhã. Até rima, ainda que pobre(mente)!

 

 

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “João de Carvalho (Entre o Palco e a Dor...)”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Continuamos na divulgação de Poemas da Antologia. Hoje, neste Post Nº 292, “João de Carvalho (Entre o Palco e a Dor...)”, de João Francisco da Silva (Poeta d’Arruda), de A – Do – Mourão, Arruda dos Vinhos.

 

João de Carvalho in. scas.aeestesc.net.jpg

“ (Ao Grande Actor e meu Querido Amigo,

Com um genuíno, fraterno e solidário abraço) ”

 

 

“João de Carvalho

(Entre o Palco e a Dor...)

 

I

Encontrou-se a família, a arte e a amizade,

Reforçando bons laços de afecto e harmonia;

Só um Grande Homem dá aos outros felicidade,

Transformando a dor em momentos de alegria!

 

II

Ana Marta, Diogo Tavares, Ricardo Gama,

O teu sobrinho Henrique, novo sangue do poema;

O público, teu amigo, que te admira e ama;

Por todos eles dou uso à minha humilde pena!

 

III

Surgiram poemas em erudito florilégio,

Grandes poetas ditos em sublimação;

Camões, Pessoa, Bocage, Espanca, Régio...

Gigantes que moram dentro do nosso coração!

 

IV

Onde a arte germina e o poema floresce...

Usas portentosas “garras e asas de condor”;

Entre genuínos abraços a amizade cresce

No teu nobre “Reino de Aquém e Além dor”!

 

V

Tens um extremoso pai, que te apoia e ama tanto,

Uma querida irmã, que é por ti apaixonada,

Os verdadeiros amigos, que te adoçam o pranto

Quando a vida é mais cruel e amargurada!

 

VI

À tua Leninha prestaste sentida homenagem;

Poesia e canto foram beijos de despedida...

Que a felicidade te acompanhe em viagem

Por todo o futuro, em cada palco da vida!”

 

“Auditório Sra. Boa Nova – Estoril, 12 de Abril de 2014”

 

João Francisco da Silva (Poeta d’Arruda), de A – Do – Mourão, Arruda dos Vinhos.

João de Carvalho

O Bom Pastor!

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “Homenagem aos Idosos"

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Depois de um interregno na divulgação de Poemas da Antologia, regressamos, no cumprimento do objetivo que nos propusemos. Divulgar um Poema de cada um dos Antologiados.

Neste Post Nº 291, damos a conhecer no blogue, “Homenagem aos Idosos”, de Joaquina da Conceição Martins Semedo, de Urra, Portalegre.

 

“Homenagem aos Idosos”

 

"Ser idoso é ter coragem

Para a realidade enfrentar

Eu lhe mando minha mensagem

Não se esquecem de rezar.

 

Não esqueçam a oração

Que nos ajuda a viver

Para na mesa haver pão

Temos que a Deus agradecer.

 

Ninguém esqueça o valor

Da arma de São José

A dor é o grande amor

A oração e a fé.

 

Que o amor seja igual

Eu peço na minha oração

Não seja só no Natal

Mas sim em toda a junção.

 

Que haja uma luz divinal

Que haja mais compreensão

Que em todo o mundo em geral

Que nunca faltasse o pão.

 

Em letras venho mandar

Numa linda florinha

Para todos saudar

Seja idoso ou idosinha.

 

Para todo o idosinho

Que se fartou com trabalhar

Mando-lhe um beijo em pergaminho

Para todos homenagear."

 

 

Joaquina da Conceição Martins Semedo, Urra (Portalegre)

 

E ilustra-se o Poema, com uma imagem com que também já ilustrei uma Quadra sobre o Natal!

 

estrelas-brilhantes (www.MuitasImagens.com).jpg

 

“Que haja uma luz divinal”

 

 

Sessão de CANTE ou Sessão de POESIA?

Um Dilema Resolvido?!

 

Já aqui tenho abordado que “Almada é uma Cidade de Cultura e Arte”.

Acontecem regularmente eventos culturais, de diversos âmbitos, sendo que, por vezes, é difícil escolher em quais participar, dada a sua simultaneidade.

 

Foi o que aconteceu, ontem, sábado, dia dezasseis de Janeiro, da parte de tarde.

Entre os vários que me podiam despertar a atenção, houve dois que me cativavam muito especialmente, a horas relativamente simultâneas, em dois locais emblemáticos, no que a este aspeto se refere: Cultura!

 

No C.I.R.L. – Clube de Instrução e Recreio do Laranjeiro, programava-se uma Sessão de Cante, com diversos Grupos Corais, do Alentejo Interior e do Alentejo da Diáspora. Grupos Masculinos e Femininos!

Na Oficina da Cultura, em Almada, previa-se uma Sessão de Poesia - “O que é a Poesia?”, integrada no Programa da Exposição do 21º Aniversário de A.A.C.A. – Associação de Amigos do Concelho de Almada.

 

Ambas prometiam. Balançava entre os dois acontecimentos. A qual deles assistir? Ir um pouco a cada um, o que acabaria por resultar em não ficar de coração em nenhum deles?!

Para onde acham que balancei mais?!

 

O ideal é quando estes eventos ocorrem em tempos diferentes. Ou ainda melhor, quando, no mesmo evento, se juntam as duas vertentes: Cante e Poesia!

 

Bem, comecei por ir ao C.I.R.L., estavam os Grupos a chegar e a sala a compor-se, mas já com bastante gente. Ficar, não ficar?!...

 

Acabei por ir para a Sessão de Poesia, a que assisti na totalidade, não me consegui desligar, dado o interesse que me suscitou, só tive pena de não ter “dito” um Poema, apesar de ter havido apelos nesse sentido, pelo organizador, ao público presente.

 

No final, ainda passei novamente pelo C.I.R.L., mas a Sessão de Cante já terminara. Um “Compadre” trajado à moda alentejana e ao modo alentejano de bem receber, me incentivou a ir ao 1º andar, ao beberete, que o pessoal estava nos comes e bebes. E até fui, observei, mas não fiquei. Sinceramente, nestas cenas nunca me sinto muito à vontade. E fui-me embora.

Aguardo outra sessão de Cante!

 

E, como já referi, em boa hora, fui à Sessão de Poesia, a que assisti, e que passarei a relatar alguns aspetos essenciais.

 

Subordinou-se ao tema “O que é a POESIA?”

 

Após as apresentações e explicações prévias e enquadrantes do evento, decorreram as intervenções substantivas propriamente ditas, conforme o previsto.

 

O Professor de Literatura, Gabriel Silva, teceu uma narrativa magistral, subordinada ao tema em epígrafe, num discurso claro e apelativo, riquíssimo de conteúdo, num didatismo de exemplar maestria, e de uma enorme simplicidade explicativa e compreensiva, mas extraordinariamente rico em termos de substância ideativa, que fascinou todos os ouvintes.

A partir de exemplos muito concretos, de três objetos que expôs e nos mostrou para elucidar a sua narração, objetos, de maior ou menor valor, mas significativos e significantes para si, e cumulativamente para nós, através do seu discurso, do seu narrar e da sua forma de narrar, nos fez entrar, encadear, enfeitiçar, qual Xerazade, numa história de um rei sofrendo de um encantamento, provocado por um anel. (…) (…)

Esse anel de encantamento é a Poesia!”

 

Uma narração e uma história que mereciam ser passadas a escrito, talvez até estejam, não sei… Não tive oportunidade de dialogar posteriormente.

 

Houve oportunidade de intervenções, e todas elas foram elogiosas para o palestrante e para a palestra. (Acho este conceito pobre… Lição, de Mestre, é mais preciso. Mestre, no sentido clássico do termo.)

Nem que fosse apenas para “beber” esta Lição, valera a pena ter ido à Oficina!

 

E deu-se início à divulgação de POESIA!

 

Ana Neto deu-nos a conhecer Poesia de Manuel Alegre. Gil Marovas declamou um Poema sobre Catarina Eufémia!

 

Seguiram-se Momentos Poéticos, a cargo da “Tertúlia Poética” – “As Portas que Abril Abriu”, com Vicktor Reis e a colaboração musical de Helder Charneira e João Azenha.

Disseram Poesia o próprio Vicktor Reis, também apresentador destes momentos poético-musicais, e ainda Maria Teresa Reis e Irina Bettencourt.

Cantou e encantou Beatriz Grilo!

Esta apresentação poética e musical, que estes artistas levam a efeito em vários contextos culturais, consistiu em prestações de poesia entremeadas de canções.

Irina declamou Poemas do livro “Cem Poemas para salvar a nossa Vida”, uma Antologia poética organizada por Francisco José Viegas.

Declamou “Quem não ama não vive”, de António Boto e “A brevidade dos rostos da vida”, de Gregório de Matos.

Beatriz cantou-nos sempre belas e saudosas canções, estruturadas sempre em belíssimos Poemas, apelando à nossa participação.

Lembrou-nos “Lisboa, menina e moça” e “Traz um amigo também”.

Maria Teresa Reis disse dois Poemas de sua autoria, dedicados ao Mar. “Louvor ao mar” e “Em busca de Neptuno”.

Beatriz voltou a estar em cena, cantando “Canção de madrugar” e “Maio, maduro Maio”.

Voltou novamente Irina, dizendo, “Eu cantarei um dia de tristeza”, de Marquesa de Alorna e “Formoso Tejo meu”, de Francisco Rodrigues Lobo.

Seguiu-se um interlúdio musical, “Musicó”, protagonizado pelos solistas Helder Charneira e João Azenha.

Maria Teresa, defendendo a tese que um dos domínios da Arte é também o Sonho, deu-nos a conhecer outro Poema da sua autoria “Utopia”.

 

Vicktor Reis além das apresentações também foi chamando o público à participação, mas ninguém se abalançava a tal. (Eu próprio estive para isso, mas não me atrevi!)

E, então, o apresentador também desempenhou papel de “diseur” ou “dizedor”? E disse o Poema “Que flores são estas?”, que não sei se é de sua autoria ou não.

 

E estava para se processar o encerramento com mais uma canção de Beatriz, quando esta anunciou que um amigo iria dizer uma Poesia.

 

Um jovem, Leonardo Faria, que disse uma Poesia, composta de três quadras, de um Amigo (Imaginário?). “Construi-me a mim próprio…” No final, confidenciaria ser de sua autoria.

Registo aqui uma particularidade neste Poeta, além do facto de ser jovem, mas nesta Sessão estiveram vários jovens, ressalto o seu processo de leitura. Enquanto nós, os “cotas”, lemos de um papel A4, ou de um livro; os mais dotados de memória, declamam ou dizem de cor, este, jovem, leu do telemóvel.

Pois, muito bem, gostei, e porque é jovem, continue, que o que escreve é bonito, disse bem, e a Poesia precisa de gente que a divulgue a partir do telemóvel. É sinal que se adapta à modernidade!

 

E, para finalizar em beleza, com “chave de ouro”, Beatriz brindou-nos com a belíssima “Desfolhada”, que o público teve o grato prazer de acompanhar.

 

Cartaz de AACA 2016  Digitalização de João Flávios.JPG

 

Este post está ilustrado com uma digitalização do convite para a Exposição da A. A. C. A. – Associação dos Amigos do Concelho de Almada, amabilidade de “João Flávios”, a quem agradeço.

Mas fico a aguardar uma fotografia, ou várias, da Exposição, para ilustrar num post específico.

 

É imprescindível visitar esta Exposição!

 

E ainda volto a uma alfinetadela que gosto de colocar nestes textos, quando escrevo sobre “CULTURA LOCAL”.

Porque é que as televisões generalistas, especialmente as privadas, transmitem tanta… tanta… tanta quê…?!

Alto! Que neste Blogue não se escrevem palavrões!

 

Adivinha II

Conveniências… Ou Impertinências?!

 

Após dois posts a formular perguntas ou questões, não sei se pertinentes, se impertinentes, se ingénuas, se inconvenientes, lanço mais uma “Adivinha”, ou charada, chamemos-lhe o que acharmos mais conveniente… Ou impertinente!

Uma vez que nestes últimos posts nos temos dedicado a questionar, continuamos neste, na mesma onda de fazer perguntas.

Reformulo e repito. Não sei se estas são pertinentes, se inconvenientes, quiçá ingénuas, talvez insólitas.

Vejamos…

 

Limão Foto original de DAPL 2015.jpg

 

 

Perante esta estranha criatura, ocorre-me perguntar, o que será.

 

- Um protótipo para um novo modelo de telemóvel, de cariz orgânico?

 

- Um alienígena proveniente do espaço sideral?

 

- Um ovni acabado de pousar numa pista de aterragem terrestre?

 

- Algum sujeito que anda por aí perdido à procura de protagonismo na comunicação social?

 

- Um fenómeno do Entroncamento?

 

- Uma pomba disfarçada de molusco?

 

- Uma granada de mão, de caráter ecológico?

 

- Alguém interessado em participar no próximo espetáculo da realidade?

 

- Um disfarçado de Carnaval?

 

- Um novo modelo de bola para um novo tipo de jogo?

 

- (…)

 

- O que será?!

 

- (…)

 

Sugira-nos a sua ideia, como se fosse uma "tempestade mental"! S.F.F.

 

- Realce-se que a foto é um original de D.A.P.L., 2015.

 

 

 

Questões Pertinentes - Pergunta Impertinente!

Pergunta Ingénua, ou Impertinente?!

 

Depois de, no post anterior, me ter debruçado sobre algumas Questões que julgo Pertinentes, hoje, neste post, lança-se uma Pergunta Impertinente. Impertinente, ou ingénua?!

 

Dona Maria da Fonte continua nos seus passeios pela Cidade…

 

avenida-liberdade in www.cm-lisboa.pt.jpg

 

No último efetuado, desceu a Avenida, com os seus três sobrinhos, qual Dona Pata Donalda.

 

Dos sobrinhos lembramo-nos do nome: o Vinte e Cinco de Abril, o Cinco de Outubro e o tal mal-amado, (e indesejado, diga-se), que chamámos Estado Novo. Esclareça-se que essa designação é apelido. O nome próprio é Vinte e Oito de Maio.

 

Cirandando por um dos passeios centrais, foram encontrando alguns sem-abrigo, sentados ou deitados nos bancos. Bancos de sentar, frise-se.

 

Ao passarem perto de um banco, daqueles… dos outros que “a gente sabe…”, sob cujas arcadas também deambulava um “Sem-Abrigo”, comentou Dona Maria da Fonte: Lá está mais um dos bancos que abriu falência…

 

Perante o comentário da Tia, o sobrinho Vinte e Cinco de Abril, sai-se com esta:

- Oh, Titi, Oh Titi, quando um Banco vai à falência, os Donos viram “Sem-Abrigo”?, perguntou, ingénuo… Ou impertinente (?)

 

Achas, Totó?! Então os Donos dos Bancos alguma vez ficam “sem-abrigo”?, interveio o Vinte e Oito de Maio.

 

O Cinco de Outubro não disse nada!

 

Mais abaixo, Dona Maria da Fonte ainda desabafou:

Que linda Avenida, hem?! Está mais elegante que o “Passeio Público”, em dia de visita real.

Agora, só mesmo para fino “trottoir”! Tal a profusão de tantas lojas tão caras!

Leia, também, se faz favor!

Política – Eleições – e Algumas Questões Pertinentes

Educação... E não só!

 

Escola pública in. pt.wikipedia.org.jpg

 

Pontos Prévios:

 

0 – Volto a interromper a divulgação dos Poemas da XIII Antologia do C.N.A.P., para expor alguns aspetos sobre outras temáticas.

Também penso ainda voltar às Séries. Que até me informaram que se iniciou “Guerra e Paz”!

 

1 - Já que me debrucei em dois posts sobre questões de política, numa perspetiva “tout court”, isto é, no sentido imediato do termo, não vou deixar de continuar a debruçar-me sobre alguns temas que me despertem mais a atenção, quando achar conveniente. A não ser que me desiluda completamente…

Friso e repito, que essa é uma forma de expressão da Liberdade, que a Democracia nos deu e que a Internet permite exercer num contexto alargado.

 

2 - Esta nova Governação, bem como a nova Legislatura, dada a sua novidade formal, trouxera-me algumas esperanças, quiçá ilusões, que alguma coisa mudasse em termos de conteúdo.

Mas o que tenho observado, nomeadamente na Educação, deixa-me algumas perplexidades.

 

3 - Será que algum dos candidatos a próximo Presidente da República conseguirá pôr cobro a esta situação que é a de nos mais diversos campos e muito especificamente na Educação a legislação estar sempre a mudar?! Será?!

 

4 - Mudou o Governo, mudou bastante o enquadramento político partidário que sustenta esta governação, criou-se até um suporte governativo inédito em Portugal, algo que se suponha ser impensável, todavia, as metodologias, as estratégias governativas não mudaram nada.

 

5 - Mal tomou posse, este Governo logo tratou de alterar as Políticas legislativas onde mal tinham começado, especialmente na Educação. Onde era preciso haver alguma estabilidade, dado que o ano letivo já havia arrancado, em Setembro, quando o Governo tomou posse bem mais tarde, assim como a entrada em funcionamento da nova Assembleia da República.

Além de que o Ano Letivo começa a ser preparado pelos principais Agentes Educativos, bem antes de começar. Em muitos aspetos, de um ano letivo para o outro.

E as eleições para a Assembleia da República foram só a 4 De Outubro!

Mas não, mal se iniciou esta Legislatura e este Governo tomou posse trataram logo de alterar questões fundamentais como seja a da Avaliação.

 

Questão principal:

 

- Não teria sido possível manter o que estava em funcionamento, deixar correr o ano letivo normalmente, ir fazendo análises e auscultações periódicas sobre o que eventualmente se pensasse mudar, no final fazer uma avaliação global e parcelar sobre os aspetos considerados críticos, e decidir então se haveria mudanças ou não e, caso fosse necessário mudar global ou parcialmente, implementar essas mudanças apenas no próximo ano letivo (2016/2017)?!

 

 

Algumas Inferências:

- Se há algo que tem sido pernicioso ao longo destes quarenta anos de Democracia e concretamente na Educação, têm sido as constantes mudanças que têm havido. Muda o governo, muda a legislação, mudam completamente os procedimentos, mesmo já tendo o ano letivo começado.

 

- Não há uma coerência estruturante na Educação. Não há um Projeto Educativo consistente, não há um pensar global sobre a Educação, se se pretende uma Escola Pública de qualidade, se o Ensino Privado deve ou não continuar a ser financiado pelo Estado, qual o modelo de Avaliação a implementar… (…)

 

Escola primária in pt.wikipedia.org.jpg

 

E, já agora, gostaria de levantar outras Questões.

 

- Será que os Exames fazem assim tanto “mal” aos alunos? Provas escritas, provas orais são assim tão traumatizantes?! Não serão também formas de aprender, de aprender a agir, de agir num contexto específico, sem dúvida alguma mais rigoroso do que é habitual numa sala de aula… Mas não será também essa uma outra forma de aprender, nomeadamente a saber estar nesse contexto específico de maior rigor e exigência?!

 

- A exigência e o rigor serão prejudiciais ao desenvolvimento, ao crescimento harmónico, dos jovens alunos?! Ao longo da Vida nunca irão vivenciar situações de stresse semelhantes ou muito mais desafiantes até, do que aquelas que se vivem numa sala de exames?

 

- Rigor e exigência promovem a desigualdade?

 

- O trabalho mata os Cidadãos?

 

Futuramente, voltarei ainda, talvez noutro dia, novamente a mais algumas proposições ou questões sobre Educação. Talvez…

 

Mas agora quero deixar mais algumas questões de âmbito mais alargado:

 

1 – Continua a fazer sentido persistir em “dividir”, este País tão pequeno, em “Esquerdas” e “Direitas”, como se não fossemos todos Cidadãos Nacionais de pleno Direito?!

2 – E insistir em criar e executar políticas sempre sob este prisma reducionista, de divisão, de malquerenças e equívocos?!

 

3 – Não haverão questões, situações, de tal ordem importantes que justifiquem uma abordagem nacional, independentemente de divisões e questiúnculas político-partidárias, que justifiquem “um sentar à mesa” de Pessoas capazes e avalizadas para a resolução de problemas globais e nacionais?!

 

Se os nossos políticos não reparam, nem quando andam de feira em feira, de mercado em mercado, sugiro que observem o estado calamitoso em que estão os cascos antigos de muitas das nossas Cidades, Vilas e Aldeias.

Chalet Cova Piedade Foto original de DAPL 2014.jpg

 

É só passearem-se, com olhos de ver, e repararem como se encontram muitos dos bairros antigos e zonas emblemáticas das nossas povoações.

A começar pela Capital!

 

Praça da Figueira Lisboa Photo original FMCL 2015 .jpg

 

Este é um campo que deveria ser um desígnio nacional!

Recuperar e investir nas zonas antigas das nossas povoações!

E este seria um trabalho sem fim que envolveria Todos, a todos os níveis.

Lisboa Avenidas Novas Foto original de FMCL 2015 .jpg

 

Voltarei a este assunto?!

 

 

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