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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

O Jardim não foi “betonizado”

Jardim na cidade. Foto original. 20.03.23.

Abençoada “Alma Caridosa” que se empenhou na respetiva manutenção!

Jardim. Foto original. 19.03.23.

Quando venho à “Cidade de Rio e de Mar”, das coisas que observo, logo que chego junto ao prédio, é ver como está o Jardim.

Da última vez que viera, na sequência da reunião de condomínio, ficara apreensivo com a eventualidade de quererem “estragaro Jardim.

Desta vez, mal cheguei, pude constatar que o Jardim lá está, recomenda-se e está óptimo.  Fora devidamente arranjado, limpo de ervas daninhas, de malva de cheiro invasora, mantendo as plantas, arbustos e flores nos conformes. Um brinco! Eu não faria melhor, nem pouco mais ou menos.

Jardim. Foto original. 20.03.23.

Pensei: quem terá sido a “Alma Caridosa” que se empenhou na respetiva manutenção, com tanto esmero, trabalho e cuidado?!

Empresa externa não me parecia. O modo de trabalhar não era de empregados que por aí abundam, nessas empresas de manutenção de jardins, que não destrinçam uma urtiga de uma bonina. Entram com as máquinas e é só arrasar!!!

De habitantes do prédio também não via jeitos. Não percebem nada de poda e, pior, não só não se interessam, como desdenham e “desprezam” o que se faz! E pessoas que se interessam, não podem.

Só poderia ser de Vizinho que, não morando no edifício, mas tem uma das garagens e é Pessoa capaz, competente, para fazer este tipo de trabalho.

Não o vi logo no dia que cheguei, mas no dia seguinte, mal o avistei, dirigi-me a ele, cumprimentando-o, interpelei-o sobre o facto.

Jardim. Foto original. 20.03.23.

Fora ele que se empenhara no trabalho. Dei-lhe os parabéns, felicitei-o pela obra feita, agradeci-lhe. Elogiei o resultado.

Fazemos o que podemos.” Está excelente, retorqui. “Então, quer dizer que fiquei aprovado?!” Aprovado, com distinção, rematei eu.

E está! Eu não faria nem mais, nem melhor!

As fotos não são deveras elucidativas do resultado, estão aquém do observado. Mas valem pelo que valem.

Jardim. Foto original. 20.03.23.

Ainda bem que há sempre “Almas Caridosas” que se empenham pelo bem comum!

Renovados agradecimentos e muitas felicitações pelo trabalho desempenhado e respetivo resultado.

 

"Betonizar" o Jardim! (I)

Reunião de Condomínio!

Face às desgraças que ocorrem por esse mundo fora, o que vou abordar não passa de trivialidade!

Sim. Os sismos ocorridos na Turquia e Síria, altamente destruidores. A guerra neste próprio país e noutros países do Oriente Médio. A guerra na Ucrânia. Guerra(s) sem sentido. Nestas situações tornam-se ainda por demais absurdas. A Natureza comanda, domina a vida na Terra, por mais que o Ser Humano se julgue omnipotente. Os “donos” do mundo, os “senhores da guerra” não consciencializarão que não faz qualquer sentido a respetiva ação destruidora das guerras que promovem e alimentam?!

Mas o assunto que quero abordar também contém esse gérmen destrutivo da violência sem qualquer ideário. 

Na passada 2ª feira, dia 6 de Fevereiro, participei numa reunião de condóminos. Já não vinha a reuniões há quatro ou cinco anos, ainda antes da eclosão da pandemia. Não mais participara, pelo ambiente tóxico que se vinha criando nas assembleias. Desta vez, resolvi deslocar-me propositadamente para comparecer, julgando que o ambiente houvesse melhorado. E porque não podemos ausentar-nos sistematicamente, pois demitimo-nos das nossas próprias responsabilidades e arriscamo-nos à tomada de decisões com que não venhamos a concordar.

O ambiente não melhorou. Pelo contrário, piorou deveras. Quase chegaram a confronto físico. Houve ameaças, ofertas de porrada e milhentas cenas que não vou escalpelizar, que são desprovidas de conteúdo válido. A “violência” verbal, intolerância, as acusações que intoxicam o relacionamento interpares. Adiante…

Apenas vou referir o aspeto que me implicou mais, relacionado com um pequeno jardim, pertencente ao prédio, localizado a norte do edificado, no respetivo lado esquerdo.

Jardim que delineei, estruturei, que nele trabalhei durante alguns anos, a partir de 2014 ou 15. Que fui mantendo, regando, regularmente.

Entretanto, ainda antes da pandemia, por diversas razões, nomeadamente as minhas ausências mais prolongadas, deixei de fazer a manutenção. Mas alguns vizinhos esporadicamente foram fazendo alguns trabalhos de arranjos. Foram também regando.

Nunca consegui que houvesse uma aderência global da vizinhança, que era um objetivo subliminar que eu pretendia. A maioria não mostrava qualquer interesse. De algumas pessoas, até se deduzia alguma indiferença / oposição. (Estou a sintetizar a narrativa, que poderia ser um pouco prolongada.)

Estive vários anos ausente da participação nas assembleias, como disse.

Mas, na ata da penúltima reunião, li que equacionavam “betonizar” o jardim! Obviamente essa hipótese mexeu comigo. O considerar sequer essa possibilidade entendi como desconsideração pelo trabalho que ali investi. Que o espaço esteve anos às urtigas, sem que se ralassem. ("É gozar com quem trabalha..." Como diz o "Outro".)

Agora, “betonizar”?! Que fazer?! Voltarei a futura assembleia, apesar de ter dito que não mais iria, dada a toxicidade do ambiente?!

(…   …   …)

Ver, também, S.F.F.

 

XIII Antologia de Poesia do CNAP – Poema: “A Reforma”

Círculo Nacional D’Arte e Poesia

 

Antologia

 

Neste Post nº 276, remetemo-nos novamente para a divulgação de Poesias da 13ª Antologia, 2015.

Neste caso, divulgamos a Poesia “A Reforma”, de José da Silva Máximo, de Ponte Velha, Marvão.

No procedimento até aqui seguido, não referimos a idade de nenhum dos antologiados, mesmo quando a data de nascimento estava explicitada.

No respeitante a este Poeta, tomo a liberdade de contrariar esse procedimento, mencionando que nasceu em 1925. Será certamente o decano dos vinte e nove antologiados, pois tem a venerável idade de noventa anos!

 

“A Reforma”

 

“Mote:

 

A vida dum reformado

Se não há ocupação…

É meio caminho andado

Na rota da solidão.

 

Nunca mais chega até mim…

Dizemos com ironia

No trabalho dia-a-dia

Em constante frenesim

Aliviando-se assim

O desespero tomado,

Ao ver um aposentado

Invejando essa pessoa,

Julgando ser coisa boa

A vida dum reformado.

 

Só quando nos reformamos

Temos tempo p’ra pensar…

Vemos os anos passar

Para mais novos não vamos!

P’rà velhice caminhamos

Sem lhe podermos ter mão,

Há também a perceção

Que o descanso é merecido

Mas é tão aborrecido

Se não há ocupação…

 

A quem pode e nada faz

Lhe chamamos preguiçoso,

Ou então de ocioso

Rotulado de incapaz!

É consequência que traz

De um ou doutro ser chamado…

Bom é não estar parado

Se é que ainda vigor tem,

Que isso é rumar p´ro além,

É meio caminho andado.

 

Eu já sei avaliar

Tudo quanto escrevo e digo;

Se outra coisa não consigo

Vou teimando em versejar…

Procurando improvisar

Sem ter jeito, mas então…

Cá vou indo em contramão

Movendo as pernas e os braços,

Caminhando a largos passos

Na rota da solidão.”

 

 

José da Silva Máximo, Ponte Velha (Marvão)

 

 

A sugestiva fotografia, também original de D.A.P.L. e de 2015, que acompanha este post, remete-nos para a temática desta Poesia e para uma forma de não entrar “…Na rota da solidão”.

 

 

" Jardim de D. Vanda" Foto original de DAPL 2015.jpg

 

Para se entender melhor, deverá consultar: Aqui!

 

 

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