Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Já que hoje recomecei a escrever, de forma limitada, é certo, que o calor imenso torna qualquer tarefa insuportável… nada como retornar, escrevendo sobre a série atualmente em exibição na RTP2. (Séries!)
“Line of Duty”, “Cumprimento do Dever”, série britânica, intitulada “Lei e Corrupção”.
Bem, não vou propriamente perorar muito sobre o respetivo conteúdo.
A ação decorre essencialmente em Londres, megalópole multicultural.
Personagens carismáticos/as, enredo de desenrolar e desfechos imprevisíveis, já vai na terceira temporada. Julgo que serão quatro temporadas, cada uma de poucos episódios. Cinco?
Cada temporada centra-se na “busca” / “procura” / “perseguição”, de um suposto policial corrupto. Ação desenvolvida por uma equipa integrada numa Brigada Anti Corrupção.
Cada personagem, per si, tanto entre os “perseguidos” como entre os “perseguidores” é um verdadeiro “tratado”, em que a linha que separa o “cumprimento do dever” da transgressão é por demais difusa, quando não total e completamente ultrapassada!
Caso para parafrasear o célebre chavão: “Com policiais assim, para que nos serve haver criminosos?!”
Há assuntos sobre os quais desejaria, de todo, não mais falar. Todavia e apesar de já ter abordado estas temáticas no blogue, ainda me vejo na contingência de escrever sobre o mesmo.
Antes de mais, manifestar a minha solidariedade e as minhas condolências.
Houve, neste caso, um conjunto de situações externas e incontroláveis, que, segundo os especialistas, terão provocado tão terrível catástrofe.
Temperaturas elevadíssimas, e ainda estávamos na Primavera; ventos quase ciclónicos e trovoadas secas. (Alterações climáticas?)
Circunstâncias incontroláveis, à escala humana.
Mas o rastilho estava lá.
Preste atenção, caro(a) leitor(a) nas fotografias seguintes.
A floresta, além de ser de monocultura, ademais de pinheiro bravo, presumo, está praticamente dentro da estrada.
Nestes casos, as árvores não deveriam estar a, pelo menos, dez metros das bermas da estrada?!
Seria o mínimo a ser exigido.
Além da floresta estar, a bem dizer, na estrada, também está completamente dentro das povoações.
Uma distância mínima das habitações, de cem a cento e cinquenta metros, de árvores altamente combustíveis, como são os pinheiros e os eucaliptos, é uma regra imprescindível de ser cumprida.
Nem falo dos matos e pastos secos que circundariam essas estradas e povoações devastadas.
E estas situações repetem-se por dezenas, centenas, milhares de povoações deste País, cada vez mais à beira mar plantado, mas que é urgente replantar no interior.
Prioritariamente, replantando outros tipos e modos florestais e outras maneiras de agir perante os campos.
Que esta tragédia, mais uma das que este País, periodicamente, se vê mergulhado, sirva para alertar todos, mas Todos, para a urgente necessidade de medidas preventivas, neste contexto, como noutros domínios.
Mas porque será que neste tema, e especialmente da parte das entidades responsáveis, o que acho é que têm passado o tempo a “atirar-nos areia para os olhos”?!
Relativamente aos "defensores" do nuclear, cito as palavras sábias da "primatóloga" Jane Goodall:
"Não herdámos o planeta dos nossos pais, pedimo-lo emprestado aos nossos filhos, mas o que está a acontecer é que estamos a roubá-lo aos nossos descendentes. (...)"