Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Texto de Cartazes espalhados em diversas Freguesias…
…de um determinado Concelho:
«EM…
HÁ LIXO NA RUA
E A CULPA NÃO É TUA!
É DA CÂMARA!»
*** *** ***
Este é o texto que enquadra diversos cartazes espalhados por diversas freguesias de um determinado concelho.
Considero que é um manifesto apelo a comportamentos disruptivos, de anti – Cidadania!
E porquê?!
Pontos prévios:
Todos temos consciência que a recolha de lixo e respetivas ações correlativas são de responsabilidade das Autarquias.
Também concordamos que os trabalhadores, funcionários, todas as pessoas que desempenham essas atividades, têm o dever de providenciar no sentido desse trabalho ser bem feito.
Questão fundamental:
E os Cidadãos - todos nós - temos ou não também responsabilidades nesse sentido?!
(…)
E agimos todos com esse objetivo de haver menos lixo, nas nossas ruas, de cidades, vilas e aldeias, dos nossos campos e mares, das bermas das nossas estradas?! (…)
É só olharmos e vermos! De como o lixo e a porcaria imperam nos nossos passeios, nos nossos jardins e parques, nas bermas das nossas estradas e autoestradas, nos caminhos vicinais, nos campos, nas nossas praias, rios e mares…
É só olharmos e vermos! Beatas e maços de cigarros, dejetos sólidos e líquidos dos canídeos, sacos de plástico e papeladas a esvoaçarem, latas e garrafas de bebidas… lixeiras “construídas” diariamente, pelos passantes, atirando tudo e mais alguma coisa, onde lhes dá mais jeito… mesmo que haja contentores perto.
É só olharmos e vermos!
E isto passa-se, por todo o Portugal que conheço, com maior incidência em locais e eventos mais movimentados. É um comportamento atávico em Portugal!
Relativamente à mensagem explícita e implícita no cartaz, ela é de reforço deste comportamento, de relaxamento, face aos lixos.
Por isso a considero de anti – Cidadania!
***
E, o Caro/a Leitor/a, o que acha do assunto?! (…)
***
(Dir-me-á que poderia apresentar o cartaz e seria mais explícito. Até porque tirei foto e já consigo editar. E é bem verdade!
Não apresentei, porque refere-se especificamente a determinado concelho. Mas o comportamento desleixado dos portugueses, face ao lixo, é geral, é nacional.
E vem dimanado de um partido. E não faço publicidade a partidos.)
Projetos que julgo importantes que Autarcas, atuais e futuros, equacionem para um futuro próximo na Aldeia.
***
O Projeto global é estruturar uma entrada, em condições, para a Aldeia Antiga – São Pedro, Rua Larga, Travessa do Fundão, Largo do Terreiro, Adro da Igreja, Rua da Igreja, Rua Industrial, a partir do lado Norte da Aldeia. Possibilitar escoamento de trânsito, estacionamento cada vez mais difícil.
(Investir numa zona da Aldeia, que tem vindo a ser esquecida.)
Este projeto de “obras”, no sentido de possibilitar novas acessibilidades em antigos acessos a Aldeia – “Aldeia Antiga”, tenho consciência, que visto globalmente, pode parecer utópico e pouco concretizável. Mas não é.
Analisando, parcelarmente, cada sub-projeto percebe-se da sua exequibilidade. Algumas coisas são tão fáceis de concretizar, que até é estranho não terem sido já feitas. Outras até foram pensadas, planeadas até, alguns anos atrás, mas como se meteram as partidarites…
Se definirmos o Projeto Global, como de médio/longo prazo e os subprojectos a executar gradualmente tudo se torna mais fácil.
É essa síntese que vou procurar fazer.
1 - A proposta mais fácil:Colocar mais 2 lâmpadas nas Azinhagas. Uma na Azinhaga do Poço dos Cães, frente à Azinhaga da Fonte das Pulhas, e outra no início da Azinhaga da Fonte do Salto, frente à Azinhaga do Jogo da Bola. Os postes já lá estão!
2 - Arranjar a primitiva entrada em Aldeia, a Norte.
A valeta da estrada, lado Oeste, precisa ser rebaixada e colocada uma conduta, para escoar as águas pluviais e que funcione como “pontão”.
A ribanceira da propriedade a sudoeste, de argila seca, sem muro, sempre a esboroar-se precisa ser derrubada, de modo a alargar a entrada. (Obviamente, com consentimento do dono.)
3 - A parte de caminho/entrada até ao início efetivo da Aldeia - Rua de São Pedro - que está em pedra / “paralelos” / cubos graníticos, ser tudo alcatroado.
4 - O célebre “entroncamento” de Azinhagas (da Atafona / Travessa do Fundão – Azinhaga Estreitinha) de que tenho falado e proposto uma solução consistente, com alcatrão, canais subterrâneos de escoamento de águas. (Solução que tarda, que apenas tem havido remedeios. Até poderia ser uma das primeiras coisas a fazer.)
5 - A parcela de Chão, a sudoeste desse “entroncamento”, em muro de pedras soltas sempre a caírem, precisa ser tratada – com consentimento do dono.Este é um daqueles trabalhos que a Junta pode fazer, tem meios técnicos e humanos e tenho a certeza de que, conversando, “poriam mãos à obra”.
6 - As Azinhagas da Atafona e Azinhaga do Poço dos Cães transformá-las, alcatroando-as, alargá-las, onde for necessário, até ao Adro da Igreja Matriz.
(Nos troços confinantes com propriedades minhas já explicitei a minha opinião.)
7 - A “Azinhaga do Jogo da Bola”, devidamente alargada, poderá vir a dar continuidade a essa “nova” entrada na Aldeia. Nos Chãos, a norte do caminho, os respetivos proprietários bem poderão ceder parcelas que permitam o alargamento.
8 - Toda a ribanceira de Chãos, a noroeste da entrada norte primitiva da Aldeia -esboroando-se e muros a cair, bem podem ser derrubados, de modo a alargar também a entrada. (Obviamente com consentimento dos donos.)
*** *** *** *** *** *** ***
Tenho plena consciência que estes trabalhos não podem ser de obrigação apenas da Junta de Freguesia. A Câmara também tem de ser envolvida - não é só a sede de concelho que conta e importa. Também nós, Cidadãos, nomeadamente donos de terrenos, devemos ser envolvidos, participantes e colaborantes. Dar o nosso apoio e disponibilizarmos meios de que disponhamos. E os Governos, claro, que isto envolverá outros recursos.
A Empresa Operadora de Telemóveis e a ETAR também deverão ser envolvidas, porque também beneficiam. A EDP!
(…)
*** *** ***
É preciso é Acreditar, Lutar para… e Fazer!
Deverá ser um projeto global, faseado. Independentemente de qualquer partido que seja. É preciso é projetar o bem comum para a Localidade.
Não é um projeto que se execute de um dia para o outro, mas que pode e deve ser feito. Definir um plano de execução e pô-lo em prática.
(Pela minha parte, podem e devem pegar na ideia, e não me precisam de pagar quaisquer direitos de autor!!!)
(É evidente que isto é um esboço. Competirá aos técnicos adequados formular e concretizar com “efes e erres”. Não sou técnico. Faltam aqui pormenores, como é óbvio.)
Pensem, deixem-se de divergências partidárias, partidarites, unam-se e “ponham mãos à Obra”!
É gratificante vermos concretizados projetos que vimos sugestionando há anos.
(Não estou a escrever que tenho algo a ver com o assunto, porque não tenho. Nem que se inspiraram nas ideias semeadas, porque não tenho essa pretensão. Mas que fico muito contente que se operacionalizem estes projetos de Valorização da “Minha / Nossa Aldeia”, lá isso fico.
Tão satisfeito, que publico dois postais: um em cada blogue.)
Se Alguém vir os Gatinhos, diga-lhes: Olá! (S.F.F.)
Nós, melhor, eu gostaria de me despedir do Verão. O Verão é que não se quer despedir. Teima em prosseguir com este calor e eu, contrariado, terei de voltar a regar. Na realidade não me apetece muito. Preferia tempo mais fresco, mais outonal, com alguma chuva. E a Natureza, toda ela, precisa de chuva. De muita chuva, diga-se.
Bem, este postal serve para testemunhar a beleza destas lindas açucenas. Há quem assim lhes chame. Inclusive, numa povoação da Madeira, julgo que Campanário, fazem uma romaria, em que estas flores, designadas de açucenas, têm honras de altar.
Eu conheço-as por “Despedidas de Verão”. Só que o dito não se quer mesmo despedir. Fiquemos pelas açucenas.
Estas não estão no meu quintal. Estão perto da Fonte do Salto, num antigo hortejo, ou “canchoço”, mesmo junto à Ribeira. A pequeníssima propriedade, em ambas as margens da Ribeira, a montante da ponte, era pertença da Ti Raposinha. (Nome peculiar, Aquiliniano! Não sei se próprio, se anexim. )
Resquícios de tempos em que qualquer pedaço de terra era uma preciosidade. Para além do mais, com água da Ribeira, à mão de semear. Até aos anos sessenta era cultivado. Lembro-me de ver a senhora ir para a horta. Atualmente está tudo ao abandono. Mas ainda restam pedaços do tanque para acumular água e lavar roupa. E ficaram estas lindas açucenas, testemunhando esses tempos. Que no final de verão, inícios de outono, florescem em todo o seu esplendor.
E, falando na ponte da Ribeira do Salto, uma foto, como não a víamos há muito tempo.
A Junta mandou limpar as árvores que lhe tapavam a visibilidade e, agora, podemos observar a respetiva arquitetura. Vista de montante, sensivelmente de Leste.
Voltarei a este assunto.
Saúde. Paz. Bons passeios. Visite a Fonte do Salto. A Ponte. A Ribeira.
A localidade?! Aldeia da Mata - Alto Alentejo.
Não deixe lixo, SFF!
(P. S. - As fotos são originais, mas não são de minha autoria. Parabéns à Autora. E, Obrigado.)
Este postal já anda para ser publicado há algum tempo… Este passeio virtual, hoje, vai ser dedicado à minha Aldeia: ALDEIA da MATA!
Começo por dizer que as fotos ilustrativas dos caminhos vicinais para asFontes das Pulhas e do Salto foram extraídas do site da Junta de Freguesia, a quem agradeço. Duplo agradecimento, pelo trabalho efetuado na limpeza e arranjo dos caminhos para estas fontes, a que habitualmente nos dirigimos.
Parabéns, também!
Ainda em Outubro, fomos buscar água a ambas e o trajeto estava excelente, nomeadamente nos locais onde mais se faz sentir a erosão. No caso das Pulhas, na rampa descendente junto à “Tapada do Rescão” e na do Salto, entre a Horta do Primo Valério e a “Tapada das Freiras”.
Entretanto, vieram as desejadas chuvas, por vezes fortes, de modo que não sei como estará o terreno, pois em Novembro não chegámos a ir buscar água.
Desejamos que continue transitável.
Este introdutório insere-se na sugestão dimanada do subtítulo.
Já referi aqui, em anterior postal, como seria interessante que fossem organizados percursos pedestres, estruturando eventos periódicos, enquadrados neste conceito de “palmilhar territórios a pé”.
Desfrutar das paisagens naturais que temos, no apreciar dos monumentos singelos ou mesmo grandiosos de que dispomos.
A ideia fica lançada para quem, de direito e com recursos, a possa organizar.
(Quando vivermos tempos melhores...)
Todavia, nada impede que, individualmente ou em pequenos grupos de núcleos familiares, as pessoas usufruam desses passeios.
Neste postal, sugestiono alguns dos aspetos a enquadrar nesse contexto de visitas, documentando fotograficamente com o que disponho.
A si, Caro/a Leitor/a, sugiro a recolha documental de outros elementos não expressos neste espaço comunicacional.
As Fontes referidas são das que têm água que considero mais apetecível.
Fonte do Salto, Fonte da Bica, Fonte das Pulhas são as que mais frequentamos.
Mas também há quem goste de ir à Fonte da Baganha, à Fonte de Alter, à Fonte do Boneco.
Independentemente da preferência pela respetiva água, uma visita é sempre merecida. Acrescento ainda a Fonte da Ordem, nesta, a água está há muito interdita, mas, como singelo monumento, é muito peculiar.
Existem ainda outras fontes, ainda mais modestas, rústicas, mas que talvez mereçam visitas.
Digo: A do Sabugueiro, a do Salgueirinho… a da Fonte Silveira, coberta com tampa, perdeu parte da peculiaridade.
Haverá outras fontes, e mesmo as duas primeiras não sei como estarão.
E, enquadrando o tema sugerido, as Pontes: a da Ribeira do Salto
(Também há a da Ribeira das Pedras. Mas não tenho foto.)
E as Passadeiras?!
A foto supra é das Passadeiras da Ribeira da Lavandeira.
(Também existem as da Ribeira do Porcozunho e as da Ribeira das Pedras.)
Cito parte de uma notícia veiculada por “MSN – Notícias / Notícias ao Minuto”, de Patrícia Martins Carvalho, de há 2 dias, portanto, de 2 de Abril, remetendo também para o respetivo link. (Sublinho que, nos excertos da notícia, os realces a negrito são de minha autoria.)
Porque este é um tema, assunto, problemática, que, por variadas vezes e a diferentes pretextos, tenho trazido a este blogue:
A importância da “Defesa e Salvaguarda do Meio Ambiente” e do desrespeito constante que alguns cidadãos por ele manifestam na sua vida quotidiana.
(Digo alguns, mas, se calhar e, infelizmente, a palavra a usar seria outra: muitos.)
«Durante o verão é normal ver-se nas praias do concelho de Oeiras várias iniciativas a alertar os veraneantes para os cuidados a ter relativamente às beatas dos cigarros. Agora, desde janeiro deste ano, a autarquia decidiu investir ainda mais na consciencialização para a “atitude cívica e ambiental incorreta” que é a de deitar as beatas dos cigarros para o chão.
...
Brevemente a União de Freguesias irá replicar o modelo de vaso/cinzeiro para distribuir pelos estabelecimentos de restauração e outras entidades locais onde se verifique uma maior concentração destes resíduos”, adiantou a assessora autárquica.
Nesta senda, e sempre com meio ambiente como maior preocupação, a Câmara tem várias outras campanha em curso, como sendo a “sensibilização para a remoção de dejetos caninos na via pública, a correta separação e deposição de resíduos urbanos, a utilização do Número Verde 800 201 205 (gratuito) para solicitar a recolha de resíduos volumosos, as pragas urbanas (lagarta do pinheiro, escaravelho da palmeira, pombos, ratos e baratas), as boas práticas com os animais de companhia em meio urbano e a qualidade ambiental das zonas balneares”.»
*******
Estas são medidas que estão presentes nas práticas e preocupações das Entidades Autárquicas que conheço. Todas as Câmaras, cujos concelhos frequento, desenvolvem ações neste sentido, na salvaguarda e defesa do Meio Ambiente.
Onde eu encontro falha na execução dessas práticas é entre muitos cidadãos, que, no seu dia-a-dia, não agem em conformidade.
Que atuam como se das suas portas para fora e para além dos vidros do seu carro, o Mundo fosse um enorme caixote de lixo!
Há ou não contentores para o lixo indiferenciado?
Então, porque tanto lixo espalhado pelas nossas cidades?
Existem ou não contentores para lixos específicos: Papelão, Vidro, Embalagens?
Então, porque tanta gente deixa tudo de qualquer maneira, em qualquer lado, nas cidades, vilas e aldeias, atirando sacos de tudo e mais alguma coisa pelos becos das povoações e espaços dos nossos campos, que para algumas pessoas funcionam como uma verdadeira lixeira a céu aberto?
E que dizer dos montes de roupas abandonadas em qualquer local, quando há por aí variados recipientes para o efeito; diversas Instituições recebem roupa, calçado e brinquedos e, nalgumas localidades, até há empresas a recolher de porta à porta?
E os monos e tralhas atiradas para o pinhal? Para a floresta, para a ribanceira, para o rio e ribeira? (Quando a maioria das Câmaras tem serviços de recolha!)
E os dejetos caninos, que não se pode andar livremente nos passeios e mal se sai dos prédios, temos logo que ver onde colocar os pés?!
(E não é por falta de sensibilização da Câmara, nem falta de sacos plásticos e recipientes próprios. Que a Câmara não tem obrigação, só o faz porque muito boa e má gente não tem os cuidados devidos.)
E quem acaba por pagar as despesas que as Câmaras fazem pela falta de cuidado e civismo dessa boa e má gente?
Quem paga?
Quem paga os impostos, todos os dias, em todos os atos de consumo diário no IVA e em todos os outros impostos que pagamos periodicamente, com que são financiadas as Instituições Públicas?!
E quantas beatas mal apagadas são lançadas dos carros para a estrada, saltitando, ainda acesas, para a berma, incandescendo as valetas em pleno verão?
Quem não viu já esse saltitar da ponta do cigarro, ainda tremeluzindo, de noite, na auto-estrada, atirado da janela de carros a alta velocidade?
E quem não presenciou já o efeito dessa ação negligente ou propositada, nos sinais de terras queimadas logo a partir do alcatrão?
Infelizmente, é o que mais observamos todos os anos!
E essa ação pretensamente sábia dos que, não sabendo o que fazer ao dinheiro, o gastam na compra de alimentos embalados para alimentarem os pombos, verdadeira praga de ratos voadores; para abastecerem baratas e ratazanas, achando que desenvolvem uma nobre causa, que estarão a alimentar gatos e cães abandonados?! (Quando estão somente a contribuir para a propagação de pragas e doenças.)
Bem que podiam financiar Instituições que procuram tratar devidamente dos animais e que vivem com muitas dificuldades.
Bem, vamos terminar, que a conversa já vai longa.
Frisando que são de louvar as campanhas das Câmaras e das Juntas de Freguesias.
Mas é de suprema importância que os Cidadãos tenham atitudes cívicas. Nomeada e relativamente ao Meio Ambiente!
Que todos ganhamos com isso.
E os nossos filhos e filhas merecem que lhes deixemos uma Terra onde possam viver mais felizes e com melhor qualidade de vida!
Uma das temáticas deste blog é a divulgação de Poesia. Até ao momento, apenas ainda divulguei poemas meus e quase todos já publicados noutros suportes.
Outro tema é a divulgação de eventos e/ou instituições culturais que, devido aos condicionalismos da nossa Cultura, são injustamente pouco conhecidos, mas que cumprem um papel muito importante na realização de atividades culturais e contribuem de uma forma muito eficaz para o exercício de uma cidadania ativa para muitos Homens e Mulheres deste País.
Dentro destas duas premissas, cabe-nos hoje dar a conhecer o:
CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA
O CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA é uma Associação de caráter cultural fundada em 1989, por escritura lavrada a 7 de Julho. É, portanto, uma instituição que já fez vinte e cinco anos.
Esta associação, cuja fundação se deve à iniciativa de Maria Olívia Diniz Sampaio, que ao longo destes anos tem sido sempre a sua Presidente e, sem exagero, a sua verdadeira Alma, surgiu da necessidade sentida de dar voz aos poetas que guardavam os seus poemas nas gavetas, não os publicando e aos pintores e outos artistas que nunca expunham os seus trabalhos.
Razões mais do que suficientes para a concretização deste Projeto que viu luz há um quarto de século e que teve na sua génese mais nove sócios fundadores: Vitor Castelinho, António Inverno, Rosa Soledade Couto, Ermelinda Naia, Maria de Lurdes Agapito, Francisco Lopes, António José Diniz Sampaio, Luís Filipe Soares e Paulo Armindo.
Os objetivos por que foi criado têm sido cumpridos, sendo que regularmente o Círculo edita um Boletim Cultural, o Nº 118, neste final de 2014, como habitualmente dedicado à temática do Natal. Na concretização deste documento ilustrativo dos trabalhos desenvolvidos pelos sócios, conta a Direcção com a coordenação de dois dos sócios fundadores: António J. D. Sampaio e Luís F. Soares.
Através destes Boletins têm sido divulgados trabalhos poéticos dos mais de trezentos sócios que se foram associando ao longo destes anos, sendo que entretanto alguns foram morrendo e outros desistindo, por variadas razões, como é comum em instituições deste cariz voluntário e amador, no bom sentido da palavra. Contudo e provavelmente devido à persistência da sua fundadora sempre novos elementos se têm incorporado a este grupo de artistas.
Nestes Boletins, para além da Poesia, tema dominante, há habitualmente um texto biográfico, com um breve questionário sobre um dos sócios: poetas, pintores ou outros artistas. Também surgem prosas, sejam contos, crónicas, lendas, biografias ou entrevistas ficcionadas a poetas e artistas célebres e algumas breves informações de interesse da comunidade associada. Por vezes também um memorial de alguém recentemente desaparecido, cuja figura artística algum sócio ache por bem realçar. Em suma, estas algumas das temáticas que surgem neste veículo de divulgação cultural, cumprindo inteiramente um dos objetivos por que foi criado, pois, de forma despretensiosa, simples, mas eficaz, muitos poetas, escritores e artistas divulgam os seus trabalhos.
Muitos destes Boletins têm sido ilustrados por bonitos desenhos.
Apresentamos a capa do nº 72 que se debruça sobre vários Poetas. Para além de José Régio, traz poemas sobre Camões, António Sardinha, Conde de Monsaraz, Fernando Pessoa, Cesário Verde, António Boto, Bocage, Alexandre Herculano, Miguel Torga, João Villaret, Teixeira de Pascoais, Ary dos Santos, Antero de Quental, Florbela Espanca, Sofia de Mello Breyner, António Aleixo, Manuel da Fonseca, para além de vários Poetas do CNAP.
Ainda nesta temática das “Letras” há uma outra vertente também muito importante que o Círculo tem cumprido. Com uma regularidade mais ou menos bianual são editadas Antologias, sendo que neste ano já está em preparação a XIII, com previsão de saída em 2015, o vigésimo sexto ano de vida da instituição.
Nestas Antologias, auto financiadas pelos participantes e com a coordenação de Maria Olívia Diniz Sampaio, são publicados poemas dos sócios que o pretendam. Para além das belas e variadíssimas poesias, com frequência várias delas são ilustradas com bonitos desenhos. O mesmo sucede nas capas e contracapas em que diversos Artistas têm demonstrado o seu estro, enriquecendo cada uma delas e melhorando-as ao longo destes anos.
Interessante realçar que, até ao momento, as doze antologias já publicadas foram quase todas produzidas na “Gráfica Guedelha, Lda.” - Portalegre.
No decurso destes vinte e cinco anos, são dezenas os poetas e poetisas que viram as suas obras publicadas e divulgadas entre centenas, quiçá, milhares de leitores.
Estas Antologias são sempre apresentadas em recitais públicos, que habitualmente decorrem em Lisboa e em Arronches. Esta é também uma das facetas do Círculo, a promoção de recitais de Poesia de que têm sido realizados muitos ao longo destes anos, bem como outros saraus culturais e lançamentos de livros, em diversas Instituições de Lisboa e também no Alentejo.
Uma outra vertente do trabalho cultural desenvolvido incide sobre as Artes Plásticas. Por esse motivo são promovidas regularmente exposições de pintura, escultura, artesanato, fotografia, de artistas associados, nas mais diversas Instituições, muito principalmente ligadas às Juntas de Freguesia ou Câmaras Municipais, mas também outras: Casa do Alentejo, Padrão dos Descobrimentos, onde também se realizaram espetáculos, que é outro campo de divulgação artística que o Círculo também já implementou.
Terminou recentemente uma Exposição no Centro Cultural Multiusos da Junta de Freguesia da Penha de França e está a decorrer, desde 24 de Novembro e até 23 de Dezembro outra Exposição, no Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira.
Ao todo e se fosse possível fazer uma retrospetiva seriam dezenas os eventos já realizados, bem como as Instituições que possibilitaram a sua concretização e muitos os artistas que nelas participaram.
Inclusive, também já se realizaram visitas guiadas a localidades e monumentos.
Há ainda uma outra atividade regular, promovida semanalmente pelo C.N.A.P., que são os “Convívios Poéticos” às quintas – feiras que, de 2002 a 2012, se realizaram no “Café Martinho da Arcada”, das 16 às 18 horas e que, desde 2012, são organizados na Pastelaria “Central da Baixa”, na Rua do Ouro 94/98, também no mesmo horário. Nestes convívios comparecem os sócios, seus familiares e amigos ou outras pessoas que o pretendam e são uma forma de conhecimento e interação entre os participantes, oportunidades de leitura, de recitação, de “dizer” Poesia, de divulgação de trabalhos realizados.
Para terminar, reportando-me à Presidente do Círculo Nacional D’Arte e Poesia, Maria Olívia Diniz Sampaio, ao fazer um balanço das atividades da Associação, valeu a pena todo o esforço, o empenho, o trabalho desenvolvido, os sacrifícios realizados ao longo deste quarto de século. Como foi referido, a divulgação da Poesia e das Artes, dos Poetas e Artistas, através dos boletins, das exposições, das antologias, dos recitais, dos espetáculos, a colaboração de tantas entidades e tão diversas, todos estes são aspetos positivos da ação do Círculo neste quarto de século. Como aspeto negativo apenas o facto de, ultimamente, algumas Juntas de Freguesia já não cederem os espaços para eventos.
E, como parar é morrer, o Círculo tem já em preparação um “Encontro de Poesia”, a realizar-se, em princípio, a 20 de Março de 2015, na Biblioteca Camões, em Lisboa.