Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Depende! Dois podem chegar, ou sobrar! Depende de quem for eleito!
Assim, também é mais fácil votar. Na melhor das hipóteses, dois partidos elegem um deputado cada um. Na pior, são os dois do mesmo lado!
Bem, não importa! Este diálogo, pré-eleitoral fará sentido?!
Desde que não diga o sentido de voto, para não influenciar outros possíveis eleitores, pouco importa!
Nada faz sentido nestas eleições antecipadas. Já o disse, e repito! Em cinco anos, três eleições antecipadas! É Obra! Uma grande Obra!
A obra que gostaria de ver concretizada no meu Distrito, independentemente do número de deputados…(Que até poderiam ser mais. Desde que Lisboa, por ex., tivesse menos. Esta máxima aplica-se também ao Porto. Distribuídos pelos distritos do Interior: Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja.)
Mas o mais importante era que os deputados estivessem adstritos aos distritos que os elegem. Empenhados, envolvidos, implicados nas problemáticas e dinâmicas dos respetivos distritos. De certo modo, como depreendo e percebo do que se passa na Inglaterra!
Envolvidos e responsabilizados, no que os distritos precisam, no desenvolvimento do Interior.
E vamos às Obras!
O Distrito de Portalegre precisa que o IP2 seja, de facto, um Itinerário Principal. Não o arremedo que é! Retirar-lhe todos os constrangimentos que tem. E até, e porque não?! Com duas faixas!
A Linha de Leste posta a funcionar devidamente para passageiros e mercadorias.
O que é preciso fazer para operacionalizar tudo isto?! (…)
Este poema comecei a escrevê-lo em Dezembro de 2017. Disse-o, pela primeira vez, em 2018, numa Sessão de Poesia, organizada pelo CNAP – Círculo Nacional D’Arte e Poesia no “Centro de Dia de São Sebastião da Pedreira”.
Do pouco que vi, do que li online, das e sobre as cerimónias de trasladação dos restos mortais de Eça, para o Panteão – antiga “Igreja de Santa Engrácia” -, inferi o seguinte:
- Vaidade! Fausto! Opulência! Poderia ser de outro modo?! Se é para isso que servem estas cerimónias?!
- O Poder celebrando-se a si mesmo! Faria sentido ser de outra maneira?!
(Se, o que fisicamente resta do corpo do homem, já recebera Honras Nacionais em 1900?! Já fora em cortejo, do Terreiro do Paço para o Alto de São?! Dizem as crónicas, que eu não era visto nem achado na altura. Antes, dizem, veio de barco de um porto francês até Lisboa. E antes, terá ido, desde Paris, de comboio, para esse porto francês. Deduzo eu, que seria o melhor meio de transporte, nessa época. E dessa povoação onde habitava e faleceu, Neuilly, qualquer coisa, como foi para a capital francesa? (Ignoro!) E para que estação de caminho de ferro terá “comboiado”?! Austerlitz?!
E, depois de ter descansado dezenas de anos no cemitério do Alto de São João, ainda o recambiaram novamente. Desta vez para o concelho de Baião, onde supostamente se situa a mítica Tormes!
A propósito!... Tormes tem existência real ou ficcional? É um povoado ou apenas um apeadeiro da Linha do Douro? É uma localidade ou uma região?! …)
- Uma “Feira das Vaidades”! Um modo de se ver e ser-se visto.
(Este ano há novamente eleições. Há?! E preparam-se outras. Já anda tudo numa azáfama!)
Depois de tantas deslocações, ainda andaram com os ossos – só já podem ser ossos - ou nem isso (?!) para Lisboa – Alfama – Santa Engrácia – Panteão!
E ficará por aí?!
Eu já cá não estarei, mas com tanta mudança… ainda o deslocam para outro lado qualquer! (Digo eu, que não serei tido nem achado no assunto.)
Claro que Eça de Queirós merece “Honras de Panteão”.
Mas será que os “Heróis de Panteão” têm de estar todos na antiga Igreja de Santa Engrácia?!
Há ou não há outros espaços considerados e com as funções de “Panteão”, noutras localidades e zonas que não apenas Lisboa e Alfama?!
Será que é indiferente que Eça de Queirós seja homenageado, enquanto “panteonável”, quer em Lisboa, quer em Tormes?!
É evidente que não.
(Só para quem tenha uma visão centralista, para quem Portugal é só Lisboa; para quem Lisboa é o umbigo de Portugal; só para quem Portugal é Lisboa e o “resto” é paisagem; só para quem tenha essa postura macrocéfala pode parecer que é a mesma coisa.)
Em Lisboa, na antiga Igreja de Santa Engrácia, é mais um ilustre que está ali homenageado.
Em Tormes, é o Eça o único Personagem a merecer o destaque e relevância própria que lhe são devidos.
Razão têm os ilustres de Baião que dão a cara para que Eça não seja trasladado para Alfama, para a Igreja de Santa Engrácia.
Pois que fique em Tormes, concelho de Baião!
(P. S. – Já agora, se forem avante com essa trasladação, não se esqueçam de fazer a mesma tolice que fizeram com Eusébio. Andaram com o futebolista, numa espécie de “berlinda / atrelado / charrete”, pelas ruas de Lisboa, acompanhado por uns cavaleiros da GNR e a transmitirem na TV!
Uma bacoquice!)
Não sendo eu, nem de perto nem de longe, de Tormes ou de Baião, digo.
Eça, ao Panteão, mas sem sair de Baião!
(Quem diz Baião, diz Tormes. Baião é só por causa do refrão!)
Os Autarcas e Cidadãos de Baião, de Tormes, estarão todos de acordo em que Eça lá fique, não saindo de Baião, ou não?!
Ironicamente, talvez não!
Isto da politiquice, por vezes é uma “carneirada”!
Já deveria ter passado o tempo, em que qualquer valor cultural, de relevância nacional, fosse qual fosse, era “transportado” para Lisboa, para os respetivos museus.
Atualmente, a Província tem excelentesMuseus e ainda deveria ter mais!
Apresentação na Sede da APP - Associação Portuguesa de Poetas
Rua Américo de Jesus Fernandes 16–A - Lisboa (Olivais) – Portugal.
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Hoje, 24/11/2024, quando início a escrita deste postal – 16h. 30’ – estará a decorrer o lançamento da Antologia supracitada, como já mencionei em postais anteriores.
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Volto a escrever sobre esta coletânea de Poesia, subscrita – participada – por 74 Poetas e Poetisas, ordenados alfabeticamente. De Aires Plácido a Zélia Torres.
Agradeço a todos os Antologiados. Neste modelo de edição, a disponibilidade de participar, de angariar pessoas para publicarem as suas poesias, é a base de constituição, da imprescindível produção do Livro. Muita gente se envolve numa edição deste tipo. Cada um – sozinho – tem mais dificuldade em editar e dar-se a conhecer.
É também inexcedível a colaboração das várias Entidades que estão na base da respetiva estruturação. A quem também quero agradecer: Direção da APP, Coordenação e Composição, Autoria da Capa, Revisão, Edição. Personalidades nomeadas na Ficha Técnica e que mencionei em postal anterior.
Já iniciei a leitura. Estou apreciando.Gosto também de ler, sempre, as breves biografias e constatar a enorme diversidade e valor de percursos – de vida, profissionais - de tantas personagens que contribuem para que cada livro se materialize.
Essa rica heterogeneidade cultural também se espelha nos poemas publicados. Tanto na forma, como no conteúdo. É uma das grandes riquezas destes modelos de produção literária. Convivem e irmanam-se estilos, ideias e ideais, princípios e valores, variadas estéticas e configurações poéticas. Todos integrados num mesmo “produto” cultural. Acrescentando valor, à valia intrínseca de cada um e de cada qual. Ganhamos todos.
Cito Presidente da Direção – Professor Doutor Ivo Álvares Furtado:
«”A Nossa Antologia” é uma edição em contínua construção e aprimoramento.
…
A divulgação da poesia em Língua Portuguesa, merece todo o nosso empenho do trabalho em equipa, em perfeita concertação.
O espírito dos fundadores, e os ainda vivos, decerto se orgulharão.
Vivam os poetas que participaram nesta edição!
Finalmente… o encerrar com galhardia, com um efusivo viva a Poesia!»
Bem sei que o assunto já vai estando esquecido – esse é o mal… Outras agendas mediáticas.
Solidarizar-me com as pessoas que sofreram. É certamente grande e dificilmente superável, a dor sofrida por pessoas que ficaram sem os entes queridos, perderam pessoas que estimavam, amavam… familiares, amigos. E a enorme destruição de bens. Carros, casas, estradas, serviços básicos e indispensáveis…
Também a enorme frustração, desalento, raiva, pela pouca ajuda inicial – mas teria ela sido possível de imediato?! Daí a descarga emocional agressiva sobre os representantes da Monarquia e do Estado. Problemática, é certo; compreensível, todavia, mas justificável?! (Cada um faça o seu próprio juízo de valor!)
Aos que morreram, que Deus os tenha em Paz. Mortes brutais, inesperadas, sem tempo de arrependimento. (Foi este tipo de mortes, em ocorrências fortuitas e trágicas, sem oportunidade de remorso e remissão, que, em Portugal, levavam à respetiva evocação nos monumentos singelos e peculiares, designados “Alminhas”!)
Não conheço Valência, esta do Mediterrâneo. Apenas a Valência de Alcântara, perto da fronteira portuguesa, cerca de Marvão.
De Valência sabia das célebres “Fallas” e da paella.
Da província, tinha ideia da falta de água, do clima quase subtropical, das culturas intensivas dos trópicos, de transvases do norte de Espanha para o sul mais seco, para irrigação. Ou seja, de secas! Mas que deram em enxurradas!
(Lembro, as conversas que tinha com a Mãe, nomeadamente em 2022, quando lhe falava da falta de chuva e ela dizia: Deixa, que ela não fica lá! E não ficou. Em Dezembro, veio. De cheias: duas! Mas, Aldeia, sabedoria de antigos, fica bem lá no alto da colina.)
Também, sobre Valência, li, na “Dona Internete”, claro, que cheias catastróficas, em Valência, não foram estas as primeiras. Nem em Valência, nem nas mais diversas localidades, por esse mundo fora.
Nem em Portugal.
Lembro as de 67! Mortíferas e traiçoeiras, também! Inesperadas?! Agora, olhando nós para toda a região saloia onde aconteceram essas cheias, o vale de Loures, todo um grande vale, a norte da segunda circular, da calçada de Carriche, urbanizadíssimo, o que aconteceria se houvesse outra grande cheia como a de 67?! À data, era “barraquedo”, barracas e mais barracas. Que seria, atualmente, com terrenos ainda mais entaipados, tantas construções em leitos de cheias, tantos carros e carretas?! Deus nos livre que aconteça.
Mas que ela não fica lá, não fica!
E ainda sobre Lisboa.
Quem conheça Lisboa…partindo, por ex, do Areeiro, verifica que, correndo para sul, pela Avenida Almirante Reis, até ao Martim Moniz, Praça da Figueira, estão leitos de ribeiros – ribeiras, desaguando na Baixa Pombalina, em direção ao Tejo. Quem venha do Saldanha, ou São Sebastião da Pedreira em igual direção sul, são igualmente ribeiras, abaixo da Avenida da Liberdade, pela Rua de Santa Marta, Rua de São José, Rossio, Baixa Pombalina. Quem partir de Sete Rios - o próprio nome indica – direto a Campolide, Vale de Alcântara, é todo um rio entaipado que por ali segue.
Quando chove um pouco mais, logo a 24 de Julho, Alcântara, se ressentem. Imagine uma tromba de água, dias e dias a chover, ademais se chuvas repentinas… Como ficariam todas essas zonas lisboetas?!
E, por aqui, me fico.
A minha solidariedade com o Povo Valenciano! (Quem dá o que tem e pode…)
Que se aprenda com os erros…
Não construir nem urbanizar em leitos de cheias.
Já reparou que os rios, na Natureza, têm meandros, curvas e curvas, em sentidos diversos e por vezes contrários?! Porque será?!
E que os Homens, quando regularizam os rios, para além de os entaiparem, ainda os constroem em canais, quase sempre a direito, encaixados em linhas retas?! Porque será que não olham para a Natureza?!