Achado junto aos caixotes do lixo!
Que artigo é este?!
Achei-o, um destes dias, junto aos caixotes do lixo!
Não costumo apanhar objetos deixados junto ao lixo. Mas este, apanhei-o.
Fiz mal?! Fiz bem?!
É uma tampa de uma máquina de costura Singer!
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Que artigo é este?!
Achei-o, um destes dias, junto aos caixotes do lixo!
Não costumo apanhar objetos deixados junto ao lixo. Mas este, apanhei-o.
Fiz mal?! Fiz bem?!
É uma tampa de uma máquina de costura Singer!
Passeios e Passeatas (III)
Nestes passeios e passeatas de início de Verão, no contexto de atividades em Setúbal, que isto de estar reformado, não nos isenta de termos “coisas” para fazer. O primeiro contacto que tivemos com o enquadramento da Cidade foi precisamente no Campo.
A EN10, trânsito imenso, velocidades de meter medo ao susto, proporcionou-nos a possibilidade de, descansando um pouco, observarmos os campos que desaguam na Cidade Sadina.
A Serra de São Luís proporcionará ótimos passeios pedestres, alguns assinalados. Locais emblemáticos espalhados pelos montes, guardando tradições centenárias ou viveres modernos adaptados à Natureza. As marcas de antigas pedreiras, algumas relativamente recentes, entretanto desativadas. Antes que a Serra ficasse cariada, conforme mostram as cicatrizes dessa prática. Também pudemos observar a preferência de ciclistas que frequentemente trilham esses caminhos desbravando a Serra, a partir da Estrada Nacional. Também caminhantes.
Sendo nós despertos para as coisas simples da Natureza não deixámos de nos fascinar com a realidade natural que observámos.
É esse registo documental fotográfico que apresento neste postal nº 932, subordinado ao tema Ruralidades, contraponto a anteriores de “Urbanidades”!
Fotos de corriolas ou verdizelas, as habituais, de cor branca.
Outras plantinhas de flores em corola semelhantes à verdizela, mas de cores que nunca havia visto: azul e cor-de-rosa, na 3ª foto.
Imagens da Serra, não sei se a vertente visível ainda é a de São Luís. A Serra da Arrábida, designação global, ganha nomes específicos. Trânsito bem visível. As faldas da Serra, campos de onde terão obtido fenos. Quintas espalhadas pelas encostas. A sempre omnipresente EN10 e o trânsito efervescente de velocidade e tráfego.
Vislumbra-se o manto arbóreo denso, pinheirais e as árvores e os arbustos autóctones: aroeiras, zambujeiros, na foto anterior, roseiras bravas…. Funchos, na 1ª foto.
Plantas cujo nome desconheço, mas que são muito abundantes:
Vinhas, que estas terras são de bons vinhos. Palmela e Setúbal estão imbrincadas uma na outra.
Plantinhas de flor azul, que há por todo o lado, mas que não sei nome:
Mesmo no Verão, na Natureza nunca deixa de ser Primavera. Há sempre plantas em floração. Até no Inverno e Outono!
E, não esquecer, a quem de direito:
É fundamental a construção de passeios nas bermas dessa Estrada Nacional 10, pelo menos até às bombas da BP. Estacionamentos... Ler postais anteriores, SFF!
E a quem é torto por natureza:
Não deixem lixo na Natureza. (Estes portugueses… e portuguesas?!)
Sugestão de Percurso Pedestre.
Cai neve no Alentejo!
Cai “… leve, levemente…”
Hoje, desde cerca do meio dia, está a nevar na Cidade de Régio. Uns farrapitos, quase nada, vieram engrossando, uma dança de alvéolos flutuando. Vistos do quarto andar, ganham outra dimensão, pequenas plumas silenciosas e acrobáticas, logo se desfazem, mal tocando o chão. A continuarem, esperemos que sim, talvez, amanhã, pela manhã, tenhamos as encostas da Serra matizadas de branco. Que saudades! Há muito que não vejo os campos alentejanos cobertos de neve.
Mesmo assim, já nevando e ainda antes da hora de confinamento, fiz parte do percurso do “Boi D’Água”. Não continuei na direção do Bonfim. Entre outras razões, havia gente a cortar lenha e a apanhar pinhas numa das propriedades. Provavelmente alguns dos proprietários. O caminho vicinal é público, apesar de estar vedado por portão. Mas, seguindo-o e desbravando-o, é possível chegar ao Bonfim, sempre por trajetos vicinais, alguns bem característicos de tempos antigos. É ver e olhar e observar.
É um trajeto ótimo para um percurso pedonal. É as pessoas caminheiras quererem aventurar-se. Só não gostei da parte entre o Areeiro e o Bonfim, que se processa na estrada, que é muito movimentada e as bermas são muito, muito estreitas. De resto, proporciona excelentes vistas, algumas já apresentadas noutros postais, outras neste.
E ficou muito por explorar. Que existem algumas casas em ruínas e o que parece ser um fontanário antigo. Que a Serra é riquíssima em água e as quintas nas encostas todas têm e tinham bons mananciais para consumo dos proprietários e regas das hortas e pomares. E é por aí que correm os primórdios da Ribeira da Lixosa. (Que raio de nome!)
Mas, paradoxalmente, sempre se encontra algum lixo. Um improvável fogão velho, atirado borda fora do caminho, numa ribanceira. Ele há gente que faz da Natureza balde do lixo de casa!
E algo que me impressiona e atemoriza. As encostas têm uma floresta vasta de pinheiros, prontos a cortar, a desbastar, com imenso mato autóctone, caruma por todo o lado, troncos velhos e podres, pinhas, giestas secas. Um rastilho de pólvora em verões quentes, que nos atormentam todos os anos.
Os terrenos não têm proprietários que mandem cortar os pinheiros? Desbastá-los? Uma limpeza a sério. Até renderá bom dinheiro, pois as árvores já são de grande porte. Muitos proprietários? Desconhecidos?
As entidades públicas, os serviços competentes nacionais ou municipais não têm capacidade ou poder de intervenção?!
Uma pena e um perigo. Para as dezenas de moradores que têm quintas ou vivendas nas redondezas. Para as centenas de habitantes dos bairros nas proximidades. Para todos os habitantes da Cidade. Porque a ocorrer uma catástrofe, todos perdemos!
Um pedido, um alerta, uma sugestão, a quem de direito.
E continua a cair: “… leve, levemente…”!
Fui ver. “A neve caía… tão leve… tão fria…”
Outros Monumentos: Uns singelos, outros mais grandiosos!
E também Paisagens… da ALDEIA
E ficam ainda vários elementos patrimoniais dignos de visitas campestres: as Azenhas ou Moinhos: o do Ti Luís Belo, (foto supra, autoria de Marco Rego), o das Caldeiras, o do Salgueirinho, o da Ribeira da Midre.
E o(s) Lagar(es)?
E Caro/a Leitor/a, já reparou na variedade de nomes que já referi, respeitantes sempre à mesma Ribeira?!
De Cujancas, é o nome oficial.
Mas localmente, só tem essa designação, a montante da Aldeia, quando si inicia, junto à ponte da estrada, Crato - Monte da Pedra e, a jusante, junto à ponte da Linha de Leste. No intervalo entre estes dois locais, para além dos nomes que já designei, ainda o de Ribeira das Vargens e o de Ribeira da Lameira. (…)
Se souber mais algum, comunique-o neste postal, SFF.
E só estes itens para visitar?
E a Anta do Tapadão?! Esse monumento grandioso, com mais de cinco mil anos?!
E a Igreja e o Adro à volta? E as vistas da Torre?! E a Araucária?
E as Oliveiras milenares?
E a Casa Museu? E as Ermidas, as da localidade, São Pedro e Santo António e a da Senhora dos Remédios?!
E os Cruzeiros? (São do séc. XVII!)
E um passeio pelas Ruas e as particularidades que vamos encontrando?!
Bem, meus Caros Leitores… temos material não apenas para um percurso pedestre, mas para vários.
É só precisoorganização e trabalho!
Sem quaisquer constrangimentos, envolvendo todos, sem exceção.
Lembra-se de “Portugal O’Meeting 2017”?!
Aproveito para lembrar e para algo que me impressionou imenso. Envolveu centenas de pessoas de diferentes países, de vários continentes. Calcorrearam vários dos locais que mencionei nestes postais.
Pois, digo-lhe. NÃO deixaram lixo nos campos.
É também esse pedido que lhe faço. Quando visitar os nossos monumentos e / ou percorrer os nossos campos, NÃO deixe lixo: sacos, garrafas de plástico ou latas, restos de roupas ou calçado, maços de cigarros, eu sei lá!
Por favor!
Para além do mais... Passeie... E proteja-se, a si e os outros! SFF!
Este País está a tornar-se um país de *****!
Este é um assunto que já abordei no blogue várias vezes. O lixo espalhado por esse Portugal. Por tudo quanto é sítio. Nas ruas das cidades (Almada, ah! Almada…), nas mais diversas cidades, nos campos, nas praias, nos mares… nas bermas das estradas e autoestradas, nos campus onde se realizam eventos das mais diversas naturezas. Nos leitos dos rios e ribeiras… nas florestas, nos matos… Amontoam-se, espalham-se, quilos e quilos de lixos de todas as naturezas, por todos os lugares e sítios!
Papéis e papelões, fraldas, sacos de plástico, garrafas de plástico, de vidro, latas de cervejas e refrigerantes… beatas de cigarro, beatas… restos de roupas e calçado, detritos industriais, despejos de obras… dejetos de cães, líquidos e sólidos, por passeios, parques, relvados, urinóis nas esquinas, nas soleiras das portas, nos carros, nos equipamentos públicos. Uma verdadeira porcaria. E digo porcaria, que podia ou devia dizer m****, c********! Mas ainda não é desta que solto os substantivos no vernáculo!
Este País está a transformar-se num país de lixo. Num país de m****!
Que fazer?!
Antes de mais, o papel de cada um: mudanças comportamentais dos cidadãos. É imperioso e urgente que cada pessoa, sujeito, ser humano, homem, mulher, velhos e novos, jovens e menos jovens, tomem atitudes de cidadania, no respeitante aos lixos, a todos os lixos.
Ações de limpeza, pelos poderes públicos, nomeadamente por parte de quem exerce essas funções dia a dia, também tem que ser mais eficaz. Os profissionais do ramo exercem uma função importantíssima no contexto da Sociedade, devem exercê-la com brio e eficácia. Como todo e qualquer profissional em qualquer contexto.
Quem manda, pode! E deve exigir, de quem faz, um bom trabalho! Tem esse direito e esse dever.
Algumas medidas previstas são de imprescindível implementação. As embalagens retornáveis, com indexação de uma tara, talvez seja medida eficaz. A substituição de sacos e embalagens de plástico por outros materiais. (Vidro para embalagens, tecido para sacos.)
A medida proposta por um partido sobre as beatas não é desinteressante. Há Países em que essas regras são obrigatórias e sujeitas a coimas elevadas. (Cá, os poderes públicos temem medidas que alterem hábitos arreigados.
A atitude de quem fuma e simplesmente atira beatas, por vezes acesas, para bermas de autoestradas, em pleno verão de altas temperaturas… só observando os efeitos que tem!)
A fiscalização é sempre necessária, imprescindível, mas se cada Pessoa não tiver uma ação devida como Cidadão…
E para que serve tanta publicidade, no correio, em tanto papel, com tantas tintas perigosas?
E os outdoors? Fora de portas. Fora tanta publicidade em tantos painéis. (… …)
Ele há tanto a fazer neste plano.
Promovem-se ações interessantes: Limpeza de praias. Importante. Importantíssimo. Mas tudo se passa a jusante. Importa também limpar logo na origem, a montante. Na proveniência. E quem vai para praias ou outros eventos coletivos deve prever sempre a recolha dos lixos que produziu.
Manifestações de jovens pelas problemáticas ambientais. Pertinentes. E como deixam os espaços após a realização dos eventos? (Questão tanto para jovens como para menos jovens, frise-se!)
Umas fotos davam jeito? Pois davam! Mas nada melhor que o/a Caro/a Leitor/a observar à sua volta e constatar esta triste realidade, no seu dia-a-dia. Que é demasiado comum em Portugal!
A “Ditadura do Politicamente Correto”
Crónica(s) de Descontentamento (III)
As Pessoas não devem ser discriminadas sob aspeto algum relativamente a si mesmas, enquanto Pessoas. Este é um axioma, inseparável da condição humana.
Mas uma realidade, é a das pessoas, seres humanos, outra, a dos animais. São realidades distintas.
Isso de os donos de “animais de estimação” não serem discriminados no acesso à habitação, por esse facto, levanta-me a questão de saber se os moradores dos prédios urbanos, que por qualquer razão se achem no direito, igualmente legítimo, de não coabitarem com “animais de estimação” não se sentirão eles próprios discriminados e lesados nos seus direitos enquanto cidadãos.
Que essa atitude, agora tão na moda, de que os “animais de estimação” fazem parte da “família”, não tem que ser necessariamente aceite por todas as Pessoas.
Quem vive num prédio urbano, destinado a Pessoas, tem o direito de viver nele sem ser incomodado pelos diferentes atropelos a que estão sujeitos pelos donos de “animais de estimação”.
E tem o direito de contestar e não aceitar essa coabitação que lhe é imposta.
A preocupação legalista pelos direitos dos animais faz, genericamente, todo o sentido.
Mas e no referente aos ditos “animais de estimação” e, como já reportei noutro post, convinha, antes de tudo o mais, definir, preto no branco, quais são os animais de estimação.
Que é um conceito quase impossível de definir em termos de objeto, porque essa definição depende de muitos contextos.
Desde logo se se trata de um contexto urbano, se de um rural.
Como é evidente, num contexto rural, de pessoas que disponham de espaço e condições, há um conjunto de animais que podem ser tidos como animais ditos de estimação, que num contexto urbano são completamente impossíveis de considerar.
Mas há por aí gente tão louca, que levam os mais imponderáveis animais como de “estimação” para os respetivos andares nos prédios das nossas cidades!
E, também no respeitante ao tratamento dado aos animais, atuar e autuar sobre espetáculos em que os animais são objetivamente torturados.
Isto é, haver a coragem de “pegar o touro pelos cornos”!
Mas os aspetos fundamentais neste assunto dos “direitos dos animais” continuam a ser esquecidos!
Para não referir que com esta preocupação dos “direitos dos animais” se esquecem dos “Direitos do Ser Humano”.
Porque em quantos contextos não são os Seres Humanos tratados abaixo de lixo?!
Para não falar daqueles Humanos que vivem abaixo das condições mínimas de dignidade e que todos os dias constatamos nas nossas cidades. E a quem já nem ligamos! É só vermos com olhos de ver!
Que eu sou totalmente contra o maltrato dos animais.
Mas os animais são os animais. E as pessoas têm o Dever de serem Pessoas!
O que não acontece.
*******
Hoje, atualmente, nestas modernidades a que o conceito de “politicamente correto” nos tem levado e neste enquadramento dos cães, que são os animais em que há unanimidade em considera-los como de estimação, a tudo nos querem sujeitar.
Para além de, ao sairmos do nosso apartamento,
- depararmos com um caniche qualquer a defecar ou urinar nas escadas, caso frequente;
- de as ombreiras dos prédios, os muros e muretes, pilares e postes e equipamentos coletivos, de variados serviços públicos, estarem devidamente “esterilizados” por milhares de mijadelas;
- de passeios, jardins e relvados, altamente estrumados por cacas de canídeos;
- ainda nos querem, as sumidades “defensoras” dos animais, brindar-nos com mais alguns "presentes".
Por ex., o “Jornal de Arroios” Nº 11, Junho 17, pg. 15, informa-nos que “Agora donos e cães podem partilhar o mesmo bebedouro de água”.
Mais!
Esta medida é destacada no próprio Editorial, como se tratasse da mais iluminada e iluminante modernidade!
Paralelamente, ou nem por isso, também se prevê no nosso Parlamento legislar sobre a entrada franca de animais de estimação nos cafés e restaurantes, sentarem-se à mesma mesa que clientes humanos. Talvez tomarem café e bagaço juntos!
Assombrosa e estimulante modernidade!
Que este país gosta de viver na m****, não duvido.
Mal saiu ainda da pré-história do saneamento básico… Sim, não é ainda há muito tempo que neste país existem as condições mínimas neste aspeto…
Pois, agora, que praticamente os alojamentos atuais estão dotados dessas serventias, pois é vermos as ruas, os passeios, os jardins, os parques, cheios de lixo e porcaria.
É só olhar e passear com olhos de ver!
E é esta a “modernidade” a que nos leva o “politicamente correto”!
E para que os nossos representantes se ocupam no nosso suprassumo legislativo!
(Notas Finais:
Imagem: in. ndonline.com.br.
Esta imagem foi propositadamente escolhida da net, por ser dúbia e irónica.
É por demais evidente que há "pedidos / exigências" que não podemos esperar dos animais. Precisamente. Porque pessoas são, em princípio, Pessoas. Animais são animais!
Mas há muito boa gente que acha que é tudo igual!)
... e ataque de um cão a uma Pessoa num Parque Público em Almada.
Volto à escrita no blogue e sobre um assunto do quotidiano que já há algum tempo tenho pensado em expor, agora reforçado por uma ocorrência que observei muito recentemente.
Genericamente o tema reporta-se com a falta de civismo dos portugueses, diga-se de alguns portugueses, face ao lixo. Constata-se nas ruas, nas bermas das estradas, nos caminhos… A acumulação de papéis, de sacos e garrafas de plástico, de maços de tabaco, que são atirados para o lado, como se não houvesse contentores de lixo indiferenciado, nem contentores específicos para reciclagem. Até para as roupas e sapatos já existem contentores espalhados pelas mais diversas regiões do País. Contudo o lixo continua a ser atirado de qualquer maneira, para qualquer lado, deixado em qualquer lugar, sem o mínimo cuidado… Nem falo dos cigarros mal apagados que são atirados pelas janelas dos carros, em pleno Verão…
Especificamente, enquadrado neste tema genérico da falta de cuidado relativamente aos lixos, quero referir a acumulação de dejetos de cão, por tudo quanto é rua, passeios e até jardins das cidades que conheço.
É um incómodo permanente caminhar por qualquer passeio público das Cidades que mais frequento: Almada e Lisboa e sermos confrontados sistematicamente com dejetos de cães, que os donos não recolhem, como é sua obrigação. Que a Câmara, pelo menos a de Almada, providencia sacos e sistema de recolha. Mas, e mais uma vez, essa é uma falta de civismo dos donos dos animais. De alguns donos, frise-se! Mas que são os suficientes para que os passeios exibam o mostruário “artístico” que patenteiam.
Infelizmente essa é também uma situação comum a diversas cidades portuguesas que mais esporadicamente tenho visitado.
Mas não haverá ninguém com competência para fiscalizar e atuar sobre estes assuntos?!
Que o primeiro e último fiscal, deveria ser a consciência das pessoas! Que, sem essa auto consciência de auto responsabilização, não haverá sistema de recolha de lixos que funcione!
Especificamente dentro deste âmbito da falta de cuidado de alguns donos de canídeos, com os respetivos animais, quero apresentar uma ocorrência observada num espaço público dependente da Câmara Municipal de Almada. Concretamente, o Jardim Público, anexo ao Pavilhão Gimnodesportivo do Feijó.
Nos últimos anos, este espaço tem sido cada vez mais utilizado pelos donos de cães. Ação para a qual não foi prevista a sua utilização nem adequação funcional e espacial, de que surgem situações perigosas, até ao momento nenhumas graves, que eu saiba, mas que qualquer dia ocorrem…
Na passada 3ª feira, 27 de Outubro, ao atravessar o jardim, num repente, apercebo-me de um cão a atacar uma pessoa que descuidadamente passava na parte sul da alameda das tílias, a seguir ao edifício das piscinas, cão que saíra precisamente do espaço do Jardim que confina com as referidas piscinas.
A pessoa que acompanhava o cão, supostamente a dona, uma rapariga jovem, não o trazia nem com coleira, nem açaimado, nem conseguia ter mão no cão, por mais que a pessoa atacada lhe pedisse. O animal só não mordeu a pessoa, porque ela tinha um guarda-chuva, com que evitou que ele a atacasse, mas sem nunca ter tocado no animal, que constantemente se eriçava para ela e a rodeava por todos os lados. Esteve nesta situação vários minutos.
Valeu a intervenção de outra senhora, julgo que também proprietária do animal, que inicialmente também não manifestava ter autoridade no mesmo, mas que se lembrou de pedir o guarda-chuva, à pessoa atacada, com o qual conseguiu impor a sua autoridade de dona, evidentemente também sem tocar no animal.
Não é a primeira vez que observo situações em que cães mal treinados pelos donos têm comportamentos semelhantes e que estes têm dificuldade em controlar.
O espaço é muito frequentado por crianças e pessoas de todas as condições, dada a sua localização e funcionalidades adjacentes. E essas foram as funções para as quais foi concebido, planeado e estruturado.
Algum dia acontece desgraça! E depois será o habitual “Ai Jesus!”.
Será melhor prevenir. E não adianta colocar placas e avisos…, que já lá estiveram.
De qualquer modo, as leis já existem e são para serem cumpridas. E as pessoas conhecem-nas.
Esse aspeto foi referido às senhoras proprietárias, que foram sempre educadas e só diziam “Tem razão! Tem razão!”. Mas de que vale às vítimas terem ou não razão se os/as donos/as não trazem os animais devidamente atrelados, se não os conseguem controlar e os transeuntes incautos podem ser atacados e mordidos?!
Para se atravessar um Jardim público, que é um elo de passagem entre vários bairros, para além de acesso às múltiplas e variadas atividades do Pavilhão Gimnodesportivo, as pessoas vão ter que ir prevenidas para eventuais ataques?!
Dir-me-ão… mas tem alguma sugestão sobre o assunto?
Formularia algumas sugestões.
1º - Já que aquele espaço público está a ser exaustivamente utilizado para passear e recrear canídeos, então que sejam exigidas aos respetivos donos as devidas obrigações, nomeadamente trazerem os animais com trela e açaimados. Dir-se-á que a maioria dos animais são mansos e estão educados, o que é verdade, mas todos os anos têm acontecido casos de agressões por cães, algumas bem graves, precisamente às pessoas que lhes estão mais próximas, familiares e vizinhos. Que os julgariam certamente de mansos e educados!
Essa fiscalização que é uma OBRIGAÇÃO das Entidades Públicas, deverá ser feita de uma forma pedagógica e didática, inicialmente, para depois atuar e autuar os prevaricadores. Que é também uma forma de educar e ensinar as pessoas.
Porque as Leis já existem, toda a Pessoa tem obrigação de conhecer a Lei, nem pode invocar em sua defesa o respetivo desconhecimento.
E é um Dever e Obrigação dos Poderes instituídos providenciarem na respetiva aplicação.
Não sei, se neste caso específico, essa é uma competência da Câmara Municipal de Almada, julgo que será, pois que a manutenção do espaço é permanentemente assegurada por funcionários camarários.
Esta ação de fiscalização e atuação é imperiosa e urgente. É fundamental pô-la em prática pelas entidades competentes. Competências que julgo também pertencerem à Polícia de Segurança Pública.
2º - A segunda sugestão penso que é mais exclusiva da Câmara Municipal e consiste na criação de espaços específicos para os cães e respetivos utilizadores, semelhantes ao que existe no topo norte do Parque da Paz, junto à Cova da Piedade. Espaços devidamente vedados, e com dimensão adequada, para os animais poderem estar mais à vontade. E com alguns equipamentos próprios.
Sim, porque não sou contra os animais. Condeno é a atitude e comportamento de alguns donos!
Relativamente a espaços, junto a esse Jardim e Pavilhão existem alguns, que não sei se serão privados se públicos, mas que julgo reunirem condições, à priori, para essa finalidade, após as devidas e necessárias adaptações funcionais, também para o bem estar dos animais e utentes.
A Oeste do Jardim e das Piscinas e a norte das traseiras da Igreja do Feijó e do Centro de Dia, existe uma colina, até parcialmente arborizada pela Câmara, que devidamente vedada, permitiria um espaço ótimo até em termos de dimensão, para essa finalidade.
Já fora da zona do Jardim, na direção norte, quem desce na direção da Cova da Piedade, nomeadamente em frente da Escola Secundária António Gedeão, também existem campos suficientes onde poderiam ser adaptados espaços para canídeos.
Bem sei que aquele Jardim é muito centralizado. Mas como está a ser usado, precisa de reestruturação e de outras medidas, sob pena de algum dia acontecer desgraça!
(foto extraída da net. in: oestegoiano.com.br.)
Que as animais, neste caso os cães, não têm culpa nenhuma. Porque os animais, são apenas isso e somente, animais.
Que os seres humanos também o são, mas têm obrigação de, enquanto Pessoas, serem um pouco mais!
Notas Finais:
As duas fotos iniciais do referido Parque/Jardim Público são originais de F.M.C.L., de 2014, no Outono.
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