Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Algures... numa Rua movimentada, do Concelho de Almada!
Esta mensagem, que considero poética, desperta-me atenção há algum tempo.
(Já cheguei a poetar sobre mensagens nas paredes. Sobre um grafitti nos Olivais.)
Esta mensagem é certamente original. Será inspirada no poema de Bob Dylan? Não importa!
Resolvi publicar e divulgar no blogue. Ontem, li uma entrevista de um candidato à Câmara de Almada, que diz que o concelho anda muito sujo. O que é totalmente verdade. Tem muitos grafittis nas paredes. O que também é verdade.
Não sei se, ganhando, vai mandar limpar tudo o que não presta, ele há por aí muita coisa que é lixo.
Bem verdade!
Não o caso deste esboço de poema, este verso numa parede.
Pelo sim, pelo não, edito-o neste postal.
Está feito!
Quanto ao lixo na cidade, nomeadamente nas freguesias que melhor conheço, concordo inteiramente.
Já referi esse facto noutras ocasiões.
Mas observando bem, constato que essa continuidade de lixo, de porcaria, é de responsabilidade primordial dos cidadãos, fregueses, ou lá o que sejam.
É ver, olhar e verificar como as pessoas são porcas! (Sem menosprezo pelos porcos, que é essa a sua condição!)
Já as pessoas não.
O melhor é mesmo seguir o conselho: Largarmo-nos à mercê do vento!
Texto de Cartazes espalhados em diversas Freguesias…
…de um determinado Concelho:
«EM…
HÁ LIXO NA RUA
E A CULPA NÃO É TUA!
É DA CÂMARA!»
*** *** ***
Este é o texto que enquadra diversos cartazes espalhados por diversas freguesias de um determinado concelho.
Considero que é um manifesto apelo a comportamentos disruptivos, de anti – Cidadania!
E porquê?!
Pontos prévios:
Todos temos consciência que a recolha de lixo e respetivas ações correlativas são de responsabilidade das Autarquias.
Também concordamos que os trabalhadores, funcionários, todas as pessoas que desempenham essas atividades, têm o dever de providenciar no sentido desse trabalho ser bem feito.
Questão fundamental:
E os Cidadãos - todos nós - temos ou não também responsabilidades nesse sentido?!
(…)
E agimos todos com esse objetivo de haver menos lixo, nas nossas ruas, de cidades, vilas e aldeias, dos nossos campos e mares, das bermas das nossas estradas?! (…)
É só olharmos e vermos! De como o lixo e a porcaria imperam nos nossos passeios, nos nossos jardins e parques, nas bermas das nossas estradas e autoestradas, nos caminhos vicinais, nos campos, nas nossas praias, rios e mares…
É só olharmos e vermos! Beatas e maços de cigarros, dejetos sólidos e líquidos dos canídeos, sacos de plástico e papeladas a esvoaçarem, latas e garrafas de bebidas… lixeiras “construídas” diariamente, pelos passantes, atirando tudo e mais alguma coisa, onde lhes dá mais jeito… mesmo que haja contentores perto.
É só olharmos e vermos!
E isto passa-se, por todo o Portugal que conheço, com maior incidência em locais e eventos mais movimentados. É um comportamento atávico em Portugal!
Relativamente à mensagem explícita e implícita no cartaz, ela é de reforço deste comportamento, de relaxamento, face aos lixos.
Por isso a considero de anti – Cidadania!
***
E, o Caro/a Leitor/a, o que acha do assunto?! (…)
***
(Dir-me-á que poderia apresentar o cartaz e seria mais explícito. Até porque tirei foto e já consigo editar. E é bem verdade!
Não apresentei, porque refere-se especificamente a determinado concelho. Mas o comportamento desleixado dos portugueses, face ao lixo, é geral, é nacional.
E vem dimanado de um partido. E não faço publicidade a partidos.)