Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Não sabendo especificamente muito sobre o assunto, não deixo de ter alguma opinião, enquanto cidadão. Algo que observo de comum, no Afeganistão a outros países, referidos em postais anteriores, Síria, Iraque, Iémen, vários países africanos, é idêntica situação de base. Isto é, estes conflitos assentam em "guerras civis". Em que forças militares de países estrangeiros intervêm apoiando os contendores. De certo modo, projetando as respetivas rivalidades no grupo ou grupos que mais lhes interessam. Será uma forma simplista de equacionar a análise, reconheço. A ordem dos fatores não será sempre a explicitada anteriormente. Poderá ser o contrário. O fomento das guerras civis poderá ter partido do exterior, poderá ser simultâneo.
São conflitos que se eternizam e cujas soluções não têm final à vista. Porque o ódio cego que sustenta os beligerantes primários, os autóctones, não tem controlo. Porque os interesses de quem sustenta realmente as guerras, no interior e no exterior, não se esgotam. E só a respetiva continuidade e proliferação lhes interessa.
E a quem interessam as guerras?
A quem vive no terreno, nos países, nas aldeias, vilas e cidades, que tem a sua vida vulgar, como qualquer um de nós? Que o que pretende é poder acordar vivo, seguir ao seu trabalho, ou descanso, criar os filhos em segurança, ter os seus dias e horas de lazer, seguir as suas orientações religiosas, culturais, públicas ou privadas, os seus modos de vida e fazer uma vida “normal” de todos os dias?!
Obviamente que não!
Nem tenho bem a certeza que interesse realmente a quem ande de armas na mão, a disparar, mas também a estar sujeito a levar um tiro, a rebentar-lhe uma mina ou bomba, e partir desta para melhor.
Bem, a quem acredite que partindo desta maneira, encontrará uma vida melhor além-túmulo, talvez interesse. A quem ache que libertará o seu país da opressão de forças estrangeiras, também acredito. A quem ideologicamente se reveja na guerra, idem.
E o que alimenta as guerras?!
O armamento, sem dúvida.
E quem produz o armamento? E quem o distribui? O vende? O comercializa? Quem financia todas essas atividades em conexão?
Muito boa e santa gente, completamente insuspeita, no mais recôndito dos seus lares, no conforto dos seus gabinetes, dão ordens, com os instrumentos eletrónicos, financeiros, comunicacionais, mais sofisticados, para que essas guerras aconteçam a milhas dos seus paraísos, fiscais ou não. Enquanto, à beira das suas piscinas, na posse dos seus canais comunicacionais, olham, indiferentes, os milhares de afegãos, afegãs, sírios e sírias, iemenitas, africanos e africanas, clamando por um lugar num avião ou barco, em fuga desesperada para a Liberdade!
(Texto escrito também no Direito de Expressão da Liberdade!)
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Ilustração?! Uma foto original.
Uma rosa, simbologia de Paz! Nome sugestivo. Rosa de Alexandria, assim a conheço. Também designada Rosa de Damasco ou Rosa Damascena. Como a Paz, a rosa é bela, mas frágil. Mas, partindo da roseira mãe, é resiliente, vencendo as adversidades. É esse desiderato que almejamos para os Países onde a Paz é vacilante. Haja Saúde! E Paz!
Esta tem sido uma informação recentemente veiculada pela Comunicação Social, referindo nomeadamente que esta situação será colocada como referendo ao povo britânico, a 23 de Junho, deste ano de 2016.
Referem também que o 1º Ministro britânico, David Cameron, conseguiu um “acordo com os 27 parceiros europeus que garante ao país um estatuto especial dentro da União” no sentido de reforçar essa permanência. Também têm sido mencionados alguns dos “notáveis” britânicos que defendem essa saída, nomeadamente membros do governo atual, contrariamente à posição do 1º Ministro britânico, que defende a permanência na União.
Esta situação suscita muitas questões, algumas colocadas nos media.
Sobre o Acordo...
Este refere-se fundamentalmente a questões de funcionamento interno no Reino Unido ou também na forma como esse Estado se relaciona com os outros Estados, no contexto da União?
E favorece esse Estado e desfavorece os outros? Ou mantem-nos todos em pé de igualdade?
E foi “negociado” com todos os outros 27 Estados membros ou preferencialmente apenas com os “principais”?
Sobre o Reino Unido:
Será que o Reino Unido alguma vez esteve de “alma e coração” na União Europeia?!
Note-se que este Estado/País não aderiu nem à Zona Euro, a moeda continua sendo a libra esterlina, nem integra o Espaço Schengen.
Aliás, o Reino Unido, globalmente sempre se terá considerado um pouco além da Europa, diga-se do Continente, já que sempre se consideraram como as “Ilhas”.
Quando se fala deReino Unido temos que esclarecer que este é o termo para designar o Estado constituído pela Inglaterra, Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e mais umas quantas Ilhas no Mar do Norte e no Canal da Mancha, com estatuto especial.
Que no que respeita a este Estado há sempre muitas particularidades, nomeadamente o facto de ser uma monarquia, o que desde logo determina haver questões do Estado e questões da Coroa. Mesmo territorialmente!
E ainda vários territórios ultramarinos, espalhados pelo Mundo, resquícios do famoso Império Britânico, British Empire, como sejam as Ilhas Malvinas / Falkland Islands, Gibraltar, etc, etc, são mais de uma dezena, que esse Império se espalhava por todos os Continentes e Oceanos.
E este é um dos aspetos que sempre ressalta, quando se fala deste Estado/Reino.
Senhor de um Império assente no domínio dos mares e com territórios nos cinco continentes, que foi iniciado com Isabel I, na segunda metade do século XVI, se estruturou no século XVII e consolidou no século XVIII, tornando-se hegemónico no século XIX, ainda preponderante na primeira metade do século XX, mas que se extinguiu após a II Grande Guerra, com a independência das várias colónias na Ásia e na África.
Ficaram contudo múltiplos territórios espalhados pelos cinco continentes, como “remanescentes” desse Império, e que fazem parte desse Reino Unido.
Ficou também a organização intergovernamental designada “Commonwealth” que engloba 53 estados independentes como países membros, na quase totalidade pertencentes ao antigo Império.
E essa matriz identitária de detentores e integrantes de um Império tem condicionado a visão britânica do Mundo, no contexto da sua relação com outros Estados e Povos.
Estado possuidor de um grande poderio económico e financeiro, ainda atualmente. A “City” é o maior centro financeiro da Europa.
O Reino Unido sempre sentiu que contribuiria talvez demais para a Comunidade e pouco ganharia em troca.
Contudo gostaria de realçar um facto, que li há alguns anos, sobre a questão das verbas obtidas pelos agricultores europeus, na sequência das medidas de financiamento à agricultura, atribuídas à data em função das áreas dos terrenos.
Pois sabem quem era a Personalidade na Europa que mais recebia segundo esse critério?!
Pois, precisamente, a Rainha de Inglaterra!
E penso que estes têm sido alguns dos aspetos que, à partida, e de algum modo funcionando como marcos e preconceitos identitários, têm definido a adesão do Reino Unido, primeiro à Comunidade Europeia, 1973, e, posteriormente, à integração, sempre limitada e condicionada, na União.
Para além destes aspetos, ressalto também as idiossincrasias próprias dos britânicos. Circulação rodoviária pela esquerda, adesão tardia ao sistema decimal, tanto no dinheiro, como nas medidas e pesos, sistema métrico. Penso que a aceitação do sistema decimal terá sido na sequência da adesão à CEE, já na década de setenta do século XX.
Muitos destes aspetos são de natureza essencialmente cultural, mas condicionantes do relacionamento britânico com os europeus do Continente.
Como se diz em linguagem corrente, “sempre com um pé dentro e outro fora”.
(Que existem outros contextos em que os britânicos gostam de usufruir de estatutos especiais. Veja-se no futebol, não sei se em todos os desportos. Os britânicos têm representações da Inglaterra, da Escócia, do País de Gales, da Irlanda do Norte. Não sei se também das Ilhas de Jersey e de Guernsey!
Imaginam a Espanha a ter representações da Catalunha, do País Basco? ... Das Ilhas Baleares... Era um bailado flamenco!)
Atualmente com as “Crises” instaladas, o melhor será abandonar o barco?! ...
(Reporto-me especificamente à “Crise financeira e económica” e nomeadamente à “Crise dos Refugiados”.)
Mas gostaria de questionar:
Qual o papel que o Reino Unido terá tido no despoletar dessas mesmas Crises?
No respeitante à “Crise Financeira”, qual o desempenho que terão tido os decisores e “manipuladores de decisões”, sejam eles Bancos ou “Agências do que quer que seja”, instalados na sua “City”?!
No referente aos milhares e milhares de Refugiados, fugindo às Guerras do Médio Oriente.
Que papel terá tido o Reino Unido, primeiro, enquanto potência imperial, na sequência da I Grande Guerra (1914 – 18), na forma como, juntamente com a França, potências vencedoras, “dividiram” entre si o Médio Oriente em zonas de influência, criando Estados desconectados da realidade cultural da região, sem respeitarem o anseio de povos e nações culturalmente autónomas?
Basta atentar-se nas fronteiras desses Estados e reparar como foram traçadas “a régua e esquadro”. (Aliás, o mesmo se verifica em África, frise-se.)
Em segundo lugar, e após o finalizar da II Grande Guerra (1939 – 1945), o modo como essa região continuou a ser determinada e estruturada territorialmente pelas potências vencedoras, neste caso já não apenas as mencionadas, mas igualmente os E.U.A. e a U.R.S.S.?
E qual o papel das empresas petrolíferas e financeiras, a elas interligadas, em todas as contínuas Guerras travadas na região, desde então?
E qual o papel do Reino Unido na invasão do Iraque, em 2003, na busca das célebres armas químicas, ao tempo de Tony Blair?
Todas estas situações e decisões e mais as que desconheço e/ou não refiro e omito, estão na base da constante e contínua instabilidade do Médio Oriente. Agravadas nestes últimos anos pela Guerra na Síria, que é paradigmática sob todos estes aspetos.
E que papel do Reino Unido em todas estas situações? Repito!
Tantas perguntas... Tantas questões... Tantas dúvidas... E tão incompleta esta análise...
(Dir-se-á que nesta minha limitada análise também perpassam alguns preconceitos sobre os “britânicos/ingleses”. Talvez... Talvez um dia escreva sobre isso...)
E ainda...
E, se o Reino Unido decidir democraticamente, através da auscultação dos seus “súbditos”, deixar de pertencer à União Europeia, que consequências daí advirão? Nomeada e especialmente para a União Europeia.
E ainda outra questão.
E independentemente dessa saída ou qualquer outra entrada, a União Europeia, a Europa Unida, sob este modelo vigente ou outro, é uma realidade com prazo de validade? Mais ou menos curto?!
É uma estrutura organizativa que, mais tarde ou mais cedo, se “desmoronará”?
Ou, apesar de todas as contrariedades, este modelo de organização e estruturação da EUROPA continuará vigente ainda por várias gerações?
Penso que, infelizmente, a situação de “desmoronamento” será a que ocorrerá, mais tarde ou mais cedo. Embora não seja esta a situação que eu desejaria que acontecesse. No Mundo existem espaços territoriais tão ou mais vastos que a Europa que constituem Estados únicos, caso precisamente dos Estados Unidos (E.U.A./U.S.A.) e, ainda mais paradigmático, a China, em que para além da extensão territorial tem uma enorme diversidade cultural (racial, étnica, religiosa, linguística,...). Mas forma uma unidade de Estado, há séculos! A Índia também.
E termino, por hoje, estas minhas reflexões, “extraordinárias”, neste dia também extraordinário: 29 de Fevereiro, de 2016. Ano bissexto. Ano de Jogos Olímpicos!
No Rio de Janeiro, Brasil, também um Estado Federal, de grande extensão territorial e grande diversidade cultural, embora com uma matriz quase única na Língua, aliás como os E. U. A. / U.S.A.
É claro que tenho plena consciência que, na Europa há muitas, muitas outras questões que nos separam.
Lembremos que os Povos Europeus têm passado os últimos dois mil anos em constantes e permanentes guerras entre si!
E Visionários e Idealistas como os Políticos Sábios que delinearam e iniciaram a “Construção Europeia” já não existem.
Atualmente apenas conta o Deve e o Haver!
E, nestas coisas de dinheiro, mesmo os irmãos mais irmãos...
Segundo informações veiculadas pela Comunicação Social, a partir de notícia do Jornal “Público”, de 23/02/2016, o futuro Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, no dia da tomada de posse, 9 de Março, entre outras ações, irá a um ofício religioso, de caráter ecuménico, “celebração ecuménica/celebração inter-religiosa”, que se realizará na Mesquita de Lisboa.
A este evento comparecerão representantes de diversas confissões religiosas. Além de muçulmanos e católicos, também representantes de outras confissões cristãs (adventistas, evangelistas, ...). E de outras confissões religiosas: judeus, budistas... Num total de cerca de duas dezenas de Igrejas.
Desconheço a totalidade e especificidade de todas as Igrejas representadas, mas, por acaso, tenho curiosidade em saber.
Bem como gostaria de conhecer exatamente em que vai consistir essa “celebração inter-religiosa”.
Esta iniciativa tem como objetivo alertar para a necessidade de “entendimento entre religiões e culturas”... para a “busca de uma solução para o drama dos refugiados do Médio Oriente...” Significando também “...uma manifestação contra os ataques terroristas...”
O que dizer desta iniciativa inédita, no contexto em que se insere?!
Pois, direi que é de louvar!
Portugal, atualmente, é um País e um Estado em que existe Liberdade, Liberdade de Expressão e especificamente de Expressão Religiosa. Como disse: actualmente!
Contrariamente ao que se passa em muitos, demasiados, Países, por esse Mundo fora. Em que não existe Liberdade. Nomeada e especialmente Liberdade Religiosa. E, noutros países, aparentemente onde existe Liberdade, nomeadamente Religiosa, coexiste também e simultaneamente muita, mas muita intolerância. Religiosa e não só! Que onde prolifera a intolerância religiosa ela propaga-se a todos os setores e modos de vida da sociedade.
E, esta situação é muito mais corrente do que seria desejável.
E é causa de muitos conflitos. Alguns arrastando-se há dezenas de anos.
Embora, muitas vezes, conflitos que superficialmente aparentam ser de caráter religioso, têm na sua génese e base também outros motivos e razões.
Por isso, uma realização deste tipo, promovida por um Presidente da República, ainda que de um País relativamente pouco importante no contexto internacional, é de louvar.
Fundamental será que iniciativas deste tipo, busca do Diálogo inter - cultural e religioso, sejam promovidas e operacionalizadas num contexto de Política Internacional, no sentido de que conflitos que se eternizam, em que o fator religioso é um dos sustentáculos, busquem no acordo, no consenso, na negociação, a solução para os problemas conflituosos.
Infelizmente, o que nós assistimos é que ações idênticas foram promovidas por agentes decisores, até de maior relevância que o Presidente da República de Portugal, mas, depois, os resultados tardaram a visualizar-se ou sequer vislumbrar-se.
Formulemos votos que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto Presidente da República Portuguesa, continue a promover, na sua atuação futura, este desiderato: a construção de um Diálogo Inter Cultural. A promoção do Diálogo, da Cooperação, do Consenso, do Acordo, e a começar por Portugal, onde, aliás, poderá ter maior capacidade de intervenção.
(Como apontamento final e no âmbito desta notícia, mas focalizando a forma como é veiculada e algumas expressões utilizadas, anexo este link, para frisar como, por vezes, alguns orgãos de comunicação social informam mal...)
Desejo a todas as Pessoas que visitam este blogue, que têm a amabilidade de ler estes textos que aqui vou publicando, sobre os mais diversos temas, desejo a Todos, “Um Santo e Feliz Natal”!
Para ilustrar esta temática natalícia, escolhi, propositadamente, esta reprodução de uma Pintura de GIOTTO, integrada no “Ciclo da Natividade”. A “Fuga para o Egipto”!
Lembrar a todos nós que a “Família Cristã” também viveu a condição de “refugiada” / ”refugee”. Também fugiram à tirania de um rei louco e cruel, atormentado pelo medo de perder a sua coroa, assassino de crianças inocentes, autor de massacre sobre meninos que supostamente poderiam vir a “usurpar-lhe” o trono!
Estranho, paradoxal, abominável que, passados mais de dois mil anos, ainda a mesma região onde nasceram as três religiões monoteístas, globalmente designada “Médio Oriente”, historicamente também apelidada como “Crescente Fértil”, que engloba as terras de onde partiu o Patriarca Abraão, e que as percorreu, ele também na condição de nómada, quiçá refugiado, continue a ser o palco onde tanto sangue se derrama de inocentes e fonte de onde partem tantos milhares e milhares de refugiados…
Um tema para refletirmos neste Natal. De mentes abertas e despertas para “Olhar o Mundo” pelo olhar dos “Outros”, dos que fogem aos horrores das guerras. De que não têm quaisquer culpas, que os verdadeiros culpados estarão muito bem resguardados dos horrores dessas mesmas guerras, festejando os seus “natáis” em maravilhosas consoadas, algures por aí, onde não ecoa o estrondo das bombas e bazucas, nem os cheiros de enxofres e corpos putrefactos…
E volto ao blogue e ao post em que abordei um acontecimento real ocorrido em 1975, a propósito dos “Homens Loucos” de Madison Avenue, N. Y. C., “Mad Men”. E dos computadores, na altura uns verdadeiros “monstros”, não só na forma, como no conteúdo, pela perspetiva de como eram vistos e percecionados, mesmo por quem lidava de perto com eles nos escritórios, mas não sendo especialista no assunto. Mais ainda para quem era completamente desconhecedor das suas funcionalidades e modus operandi.
Agora em que, a propósito de alguns acontecimentos mediáticos da política portuguesa atual, tanto se tem falado de 1975…
Gostaria de deixar registado neste blogue alguns aspetos relevantes de algumas mudanças significativas deste Portugal de início século XXI, 2015, relativamente a esse findar do 3º quartel do século XX, 1975.
Neste Portugal atual, e apesar da tão apregoada Crise, vive-se significativamente melhor do que nessa data já longínqua de setenta e cinco.
Em termos de Consumo, os portugueses têm genericamente acesso a um cabaz de compras de bens mais ou menos essenciais muito mais vasto e diversificado não só pelos bens suscetíveis e acessíveis à sua bolsa, como pela existência e proliferação de locais de compra. Tanto de bens de consumo imediato, como duradoiro.
Vivemos numa Democracia consolidada. A Liberdade também é um Valor inquestionável!
O acesso a bens e serviços englobados no contexto da Educação, da Saúde, da Habitação, é um Direito também estruturado. Apesar de algum retrocesso que se tem verificado nomeadamente no campo da Saúde, face ao que já adquiríramos entretanto.
Portugal vive em Paz, apesar dos medos que hoje se sentem e pressentem, resultantes do alastrar à Europa de Guerras, que, até há poucos anos, pareciam confinadas a Países distantes… Que não deixavam de ser Guerras por isso…
Estas são algumas situações em que, no plano interno, se constatam diferenças positivas relativamente há quarenta anos atrás.
E, no plano externo?!
Constate-se.
Portugal está integrado na União Europeia.
Faz parte da Zona Euro.
Não existe o “Muro de Berlim”, apesar de muitos outros muros que têm sido criados, por esse mundo afora. Físicos e psicológicos, culturais e sociais…
Não existe “Cortina de Ferro”.
Não existe “Pacto de Varsóvia”.
Não existe a URSS – União das Repúblicas Socialistas Soviéticas!
Vivemos num Mundo substancialmente diferente, mas…
Em que apesar de a designada “Guerra Fria” ter terminado, vivemos atualmente numa tensão e medo ainda maior. Em que a “Guerra” atual, há quem fale que vivemos numa “Terceira Guerra Mundial”, uma Guerra com contornos diferentes das anteriores, em que essa “Guerra” invadiu diretamente a Europa. E indiretamente chegou ao Continente Europeu através dos refugiados das Guerras por essas Áfricas e Médio Oriente.
E quem “produziu” essas “Guerras”?
Quem as alimenta com armas de todos os tipos?
Quem as financia?!
E com que fins?!
Quem as semeou e continua a sustentar, a adubar e fertilizar, com armas, munições, tanques e explosivos e carne para canhão de tantos inocentes?!
E quais os meios utilizados para obtenção de dinheiro para sustentar essas “Guerras”, umas “Grandes” e outras pequenas?
Por vezes questiono-me e lembrando a “Família Krupp”, e a “Queda do Terceiro Reich”, se as pessoas que de facto alimentam as guerras, produzindo e financiando o armamento, mas vivem afastadas dos locais de conflito, quando ocorrem situações como as que têm acontecido por essa Europa, não se interrogam sobre o seu papel no Mundo…! Sobre a sua ação destrutiva da Humanidade!
E voltamos ao ponto de partida.
Vale a pena comparar 1975 com 2015?!
Apesar do pessimismo recente, vivemos ou não num Portugal substancialmente melhor?!
É ou não possível haver em Portugal abertura a novas e diversas perspetivas de “conduzir” este barco “Portugal” a bom porto?!
Que não faltarão as tempestades, os ventos alterosos, as borrascas…
Ah! E não posso esquecer o Imperialismo!
E o Imperialismo ainda existe ou não?!
Os Estados Unidos da América continuam a ser uma nação imperial, mesmo e apesar de terem um Presidente Obama?
E a Rússia, a nova Rússia, continua a ser também um Estado imperial, como o foi a antiga U.R.S.S., talvez o maior império à face da terra? Tal como fora também um império a antiga Rússia czarista?!
E o Reino Unido? E a França? E a Alemanha? São ou não nações imperialistas ou vivem apenas na nostalgia dos respetivos impérios passados?!
E a China?! É a terceira potência militar mundial, já detentora de enorme poder e liquidez financeira, “proprietária” e “co-proprietária” de variados setores estratégicos por esse Mundo fora, a nação mais populosa, com “colonos” espalhados também por todo esse Mundo, ocupando setores variados, talvez a maior produtora e fornecedora de bens utilitários de maior ou menor préstimo, mas que os Ocidentais, na sua febre consumista, tudo compram...
E o imperialismo das grandes multinacionais, dos grandes grupos financeiros, das grandes petrolíferas?!
(…)
E voltamos a interrogar:
O Imperialismo continua a existir ou não?
E Portugal e os Pequenos Países podem ou não tomar decisões e tomar conta do seu Destino fugindo às garras do Imperialismo?!