Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Vou tentar expor algumas ideias sobre o décimo sétimo episódio, desta segunda temporada de “El Príncipe”, correspondendo ao episódio global nº 30. Daí que, em consulta que fiz há algum tempo e mencionei em post, tenha encontrado referências a um trigésimo primeiro episódio (31º).
Intitulado com o sugestivo “Tudo por ti”, correspondente à justificação apresentada por Khaled, sobre as suas atitudes, comportamentos e ações, que tudo fizera por Fátima.
Em última e derradeira instância, ainda será ela a culpada de todas as suas malandrices! Registe-se!
Igualmente, uma forma de se desculpabilizar.
Mas antes, ainda tenho alguns pontos prévios a referir:
1 – Ontem quase ao iniciar-se este 17º Episódio ainda tive oportunidade de publicar um post sobre o 16º. Muito sintético e com duas imagens.
Esteve publicado, mas, hoje de manhã, acedi ao mesmo e voltei a trabalhar nele, nalguns pormenores.
Mas, não sei, nem como nem porquê, perdeu-se. Tentei recuperá-lo, mas não consegui.
Comuniquei com a Equipa Sapo. Veremos se têm oportunidade de me dar resposta.
Se não conseguirem, ainda verei se edito esse post, pois tenho o texto guardado e as fotos.
Entretanto vou escrever sobre o 17º.
Interessante que, na ficção, o atentado também era no dia 17!
2 - Já sabe o/a caro/a leitor/a que, ao escrever, também me reporto quase sempre para a realidade.
E hoje não posso deixar de o fazer.
Já reparou que dia é hoje?!
Dir-me-á: 4ª feira, cinco de Outubro.
E não observou nada de diferente?!
Se estiver na mesma situação que eu, não notará grandes alterações.
Mas, de facto, há!
Hoje, voltou a ser feriado nacional! Nem mais.
Registe-se também, que não é de somenos importância.
Provavelmente, se por acaso foi logo pela manhã a alguma grande superfície comercial, também terá verificado a diferença.
No supermercado a que fui, logo cedo, já havia imensa gente, muito pessoal filando as carnes e os peixes “frescos”, carrinhos super cheios, produtos específicos com várias unidades, certamente em promoção.
E outro pormenor, a não desprezar. Famílias com as três gerações presentes, avós, pais e netos: as infatigáveis crianças. Que, nestes dias sem escola nem infantário, são uma “dor de cabeça” para os papás e mamãs. Nem eles, pais, sabem o que lhes fazer, nem elas, crianças, como se comportar. Nem eles, papás e mamãs, sabem ou têm paciência para o como fazer.
Pasme-se e registe-se também!
E observe, quando puder e tiver oportunidade, se faz favor!
3 - E já que falamos em crianças e agora reportando-me para a série, e ainda nos pontos prévios, acentuar como é chocante a utilização gratuita de crianças como bombistas suicidas.
E, dir-me-á.
Mas é isso que se passa na realidade.
Mais chocante se torna esse facto atroz.
E já reparou, e relacionando a ficção na série e a realidade, que ocorre sistematicamente nesses atentados, sobre o papel desempenhado por essas mesmas criaturas, muitas crianças e jovens, que são apenas “usadas” como suicidas?! Que, sendo pessoas como nós, são “utilizadas”, como objetos, para explodirem?! Pura e simplesmente!
Acha que vão de livre vontade?!
A série, nesse aspeto, julgo ser bem elucidativa.
São enviadas como porta bombas, sem qualquer hipótese de fuga ou remissão, à mercê de um detonador, à distância de um clique, manipulado por um qualquer psicopata!
E como será chocante para quem tenha que intervir na ajuda às vítimas.
E, nestas questões das guerras, sim, porque o que estamos vivendo é uma autêntica guerra mundial, relembrar o que já referi quando tratei de “A Família Krupp”, isto é, aqueles que “mandam” nas guerras, mas estão resguardados delas.
Que mexem os cordelinhos do dinheiro, do financiamento das contendas!
Sim, porque as guerras são financiadas e fomentadas e os seus fautores são, por vezes, os personagens mais insuspeitos e de mãos mais “lavadas”.
Este seriado, quer o observemos ou não nessa perspetiva, remete-nos também para esses factos.
E será que já me sinto capaz de agarrar a narrativa, propriamente dita, do episódio dezassete?
A ver vamos!
Desenvolvimento:
Antes de mais, e ainda, informar que a vestimenta vermelha da heroína, quando ela contemplava, extasiada, o Alhambra, era composta não só pelo véu, mas também pelo vestido. Uma verdadeira rosa encarnada.
Assim vestida de vermelho, cirandou por todo o episódio dezassete, no meio daquele descalabro das bombas rebentando no seio do “Carmen”.
Esclarecer que a bomba colocada nas cisternas por Ismail e que Morey tanto se esforçou por desativar, que aparentemente pareceria não ir conseguir, foi realmente neutralizada. O nosso herói, com a sua persistência e saber, e expondo-se em risco de vida, tal como Fran, conseguiu despoletá-la, evitando que explodisse.
Dessa se livraram eles e os chefões também. Que Robledo e a Securité, ao “comprarem” Khaled não avaliaram as consequências, pura e simplesmente brincaram com o fogo e a bomba ainda não lhes rebentou nas mãos, mas bombas já mataram e feriram muitos inocentes.
A das cisternas não rebentou, Ismail foi preso, mas fanático e, apesar de pressionado, não cedeu, nem informou sobre as outras. Apenas se ria loucamente e cuspia, sangue e veneno nas palavras.
De entre os mentores bombistas, Khaled pavoneava-se pelo evento, mas sempre em conciliábulo com Salman, que detinha os detonadores e comandava à distância e, por sinais, as quatro moças acopladas com os explosivos na cintura.
Estas circulavam aterrorizadas, por entre os convidados, oferecendo-lhes refrescos, às ordens de uma promotora de catering, armada em parva.
Nasirah, não sei se por mais fanatizada, se por medo ou desespero, se por não aguentar a pressão, decidiu, abruptamente, fazer-se explodir.
Por ironia do destino, ou decisão do guionista, bem junto de Sophie, agente da Securité, que tanto brincou com o fogo, que com ele pagou.
Seria uma das vítimas, ainda que não imediatamente.
Uma outra miúda, ao ser transportada para o hospital numa ambulância, explodiria no meio da cidade de Granada, na sequência de o enfermeiro, desconhecedor da situação e involuntariamente, ter mexido no aparelho explosivo, quando tentava auscultá-la.
Outra, a terceira, que se refugiara na casa de banho, e proporcionara situações deveras caricatas, envolvendo nomeadamente Salman, foi também explodida, precisamente pela ação deste anjo exterminador, detonando o manipulador.
A reportagem destas ações, melhor, das suas consequências, era mostrada em todas as televisões.
Era a guerra em direto, mais uma vez a vender a desgraça alheia.
E, sempre, o pilim, o money a tilintar na caixa registadora, precisamente e talvez a ouvir-se à distância, na mansão dos Robledos e Krupps deste mundo.
Medite nestes factos quando vir as notícias sobre os próximos atentados!
Na esquadra, em Ceuta, agora chefiada por Nilab, também assistiam às reportagens em direto.
E também intervieram na ajuda à jovem que fugira de Granada, do grupo das falsas serviçais de catering, que chegou ao enclave não sei por que meios e de que forma tão rápida, mas tremendamente desfalecida, que foi hospitalizada.
E, no hospital, quase foi assassinada pelo célebre Sérgio, transfigurado em Mohamed, não fora o tiro certeiro de Mati, que, pelos vistos, recuperou a pontaria e a frieza na ação, quando o falso galã juvenil ameaçava degolar a rapariga.
E mais, que ainda fica por contar…
E não posso deixar de falar sobre algo sobre que me interrogo e sobre quem não tenho observado nestes dois últimos episódios, dezasseis e dezassete, que não vi o quinze.
Que é feito de Faruq, de Aisha, de Leila?!
Faruq conseguiu transferi-los para lugar mais seguro que o Bairro de Ceuta?!
É o que faz saltar um episódio, pelos vistos marcante, e não voltar atrás às gravações, como se vivesse na pré-história da TV digital!
Mas ainda tenho que contar, sem pretensão de contar tudo e bem, que, Robledo, cujo papel já conhecemos muito bem, em conversa com Salinas, arma-se em esperto ou parvo, que nem sei, e atira lama e porcaria para o lado, insinuando que todos são coniventes com ele e comeriam da mesma manjedoura.
Frise-se também.
E o final do episódio proporcionou uma daquelas cenas, mais ou menos James Bond, em que Khaled, literalmente, rapta Fátima.
Com ela foge de carro para destino incerto e Morey corre igualmente, mas a pé, perseguindo-os e perde, já se vê, nem que fora Usain Bolt.
Mais atrás, ainda e também a correr, o inseparável amigo, Fran; Zorro e Tonto, deixando escapar o bandido com o tesouro, neste caso a moura Fati!
E esperemos por logo à noite, em que será projetado o 31º Episódio, 18º da 2ª temporada.
Iniciou-se, ontem, 2ª feira, 12 de Setembro, a 2ª Temporada da Série.
E eu, que andava entusiamado para observar como se ia desenrolar e iniciar esta segunda temporada, quase não vi o primeiro episódio. Haverá, portanto, lacunas na minha narração. Como aliás é costume, dir-me-á, mesmo quando visualizo a totalidade dos episódios.
Do que vi e que retevi de memória, parece, talvez seja impressão minha, que não surgiram assim, grandes, grandes surpresas.
A “nossa querida Fatucha” passou a ser a Srª Ben Barek, que se casou com o primo, agora marido. Vive numa “bruta vivenda”, é assim que se diz em gíria, na cidade de Ceuta, com vistas para a cidade e para o mar. Tem duas empregadas às suas ordens, ou do marido, que veremos. Uma será a criada de dentro e a outra a de fora. Ou eu me engano ou uma fala francês, não sei se toca piano!
Khaled é dono de uma grande construtora, para além de chefão do Akhrab e também barão da droga, cujo dinheiro usa para financiar as operações terroristas.
Estruturou um conjunto de operações no âmbito da droga, que provocaram a guerra entre os dois bandos de narcotraficantes existentes: o de Faruq e o de Aníbal.
O que traz toda a gente em polvorosa no Bairro, confunde os polícias, agora chefiados pelo personagem do polícia "betinho", de fato e gravata, cismado na prisão e confissão de Faruq, sobre os assassinatos ocorridos. Personagem fora do contexto ambiental do bairro, sem quaisquer simpatias na esquadra e alvo do ódio de estimação de Fran, que discorda dos seus métodos e modos de ser.
Acabará por sair de cena, tal como na primeira temporada e para isso contribuiu a ação de Morey, que, para ter a colaboração de Fran, logo lhe prometeu que removeria tal impecilho. O que ao acontecer lhe deu direito a um murrázio de Fran, pois que ao analisar as mortes ocorridas no bairro, cismara que eram de criminosos diferentes e fizera insinuações sobre a idoneidade de Fran, que sabemos ser incorruptível.
Ao provar-se que, afinal, eram provocadas pelo mesmo tipo de bala e arma, logo a mesma autoria, ganhou o prémio, que foi a agressão de Fran, com aplauso de toda a esquadra.
A chefia da esquadra e consequente investigação dos crimes e da sua ligação com o terrorismo será o leit-motiv dos próximos episódios, digo eu. A chefia, repito, voltou a ser de Morey. O que também não nos traz surpresas.
Este voltou a pedir a colaboração de Fátima e, esta, apesar de casada e vigiada, não resistiu e foi-se encontrar com o ex-amado, nas muralhas da Cidade.
E, aí, disse-lhe o que era esperado, face ao facto de ele ter morto o irmão “Abdu”. E que Khaled era uma boa pessoa.
Morey respondeu-lhe que não deixara de a mar nem um segundo.
Nada de inovações, portanto.
Todavia, Fátima não deixou de testar o marido, ao contar-lhe que, contrariamente ao que lhe dissera que iria ao velório da jovem assassinada, se fora encontrar com Morey e o que este lhe contara sobre o próprio. Khaled disfarçou o melhor que pôde e abraçou-a, mas ficou algo apreensivo.
Estes enredos irão certamente desenvolver-se na narrativa e Fátima continuará a ter um papel principal, sendo que Khaled também ganhará protagonismo.
No CNI, Serra continua a chefiar. Talvez nos traga surpresas!
Nesse enquadramento, pareceu-me ver uma nova agente, que, julgo, irá incendiar brasas.
Uma outra ou a mesma personagem, que não pude ver muito bem, como já frisei, parece-me ser a atriz galega que, na série “Hospital Real”, desempenhou o papel de filha do fidalgo e da fidalga, Dona Elvira, irmã do herói e médico jovem; cujo marido lhe batia e que amava um oficial do exército, que esteve algum tempo hospitalizado e que também nutria simpatias pela nossa Ollala!
(Desculpe-me este modo de contar, mas é o que me lembro assim de cor, sem recurso a qualquer pesquisa. Se, de facto for, hei-de informar-me melhor!)
Outra personagem nova, agora apresentada, é a mãe do traficante Aníbal, Mamã Tere (?), que talvez traga algum colorido à narrativa e que, perante as mortes e crimes ocorridos no Bairro, se referiu à suposição de que algum peixe mais graúdo quer comer os peixes mais pequenos. Metáfora corrente nestes casos e que sabemos ser verdadeira e quem constitui e chefia esse terceiro peixe, graúdo.
E quem é o homem de mão, um ruivo, às ordens de um capanga de Khaled.
E estes foram alguns tópicos que observei neste primeiro episódio desta segunda temporada e que poderão estruturar e orientar a narrativa.
Muito incompletos…
Outros factos surgirão dando “pica” ao enredo, para não defraudar as nossas expetativas!
Um dos aspetos que me falhou, talvez por não ter visualizado tudo, foi o hiato temporal que separa a narrativa entre as duas temporadas.
Terá sido algum tempo, pelo menos o suficiente para Khaled construir a mansão, com todos os effes e erres, não acha?!
A RTP 2 repõe a 1ª temporada desta série policial espanhola, desde a passada 4ª feira, 24 de Agosto.
Tudo faz prever que, de seguimento, apresentarão a segunda. Só faz sentido que assim seja, senão porque estar a retransmitir a primeira, pese embora seja essa a prática habitual deste canal, repetir a visualização de seriados. E, sendo eles de qualidade, porque não fazê-lo?! Antes isso que apresentar chachadas de programas.
E “El Príncipe” merece ser visto e revisto. É um seriado espanhol, cuja ação decorre na cidade de Ceuta, enclave espanhol no Norte de África, Marrocos.
(“Herança” de Portugal, diga-se de passagem. Cidade conquistada por Portugal, em 1415, no início da 2ª Dinastia, reinava Dom João I, com a qual foi começada a expansão territorial de Portugal além da Europa.
E como se tornou espanhola?!
Se quiser saber mais… para não nos perdermos na História.)
Já basta o Bairro labiríntico em que supostamente decorrem as principais cenas, precisamente “El Príncipe”, que, na realidade, funciona mais como cenário suposto, do que real.
Para além do bairro propriamente dito, dos seus becos e ruelas, as cenas decorrem na Esquadra do bairro; na casa dos “Ben Barek” , muçulmanos, “mouros”; no Centro Cívico; em presumíveis exteriores… e noutros locais variados e diversos.
O seriado tem todos os condimentos para atrair espetadores:
- Atualidade, na forma e no conteúdo; ação, intriga, suspense, enredo romanesco.
Desde logo, sinal de Amor, aparentemente impossível, que o Destino laça e desenlaça para a sua hipotética concretização.
Fátima e Javier Morey, separados por barreiras supostamente inultrapassáveis, cruzam-se de amores desde o início do primeiro episódio.
“- Se não entende um olhar, como entenderia uma longa explicação?!” Interpelação feita a Javier, pela mulher, Fátima, comprometida e casadoira; espanhola, mas muçulmana…
E este é um dos fios condutores da narrativa: o relacionamento entre o “herói” e a “mocinha”: Morey e Fátima.
Ligados, enleados também pela tentativa desesperada dela em encontrar o irmão "Abdu", desaparecido.
Que a polícia local pouco se tem esforçado nesse sentido, mas a que Morey vai dar um novo impulso. Socialmente, é esse aspeto que mais transparece do relacionamento entre ambos.
Morey vem, supostamente, superintender na esquadra, sendo que o seu objetivo principal é descobrir uma presumível rede de jhiadistas que existiria no bairro, a que a própria esquadra não seria alheia, bem pelo contrário, que nela haveria agentes infiltrados.
A esquadra cumpre, melhor ou pior, a sua função, zelar pela segurança dos cidadãos. Mas pelo modo como é dirigida e de facto funciona ou disfunciona (?), permite que, de forma mais ou menos velada, a corrupção possa estabelecer um certo status quo com o submundo do bairro. Neste, campeiam os tráficos ilícitos, em que o da droga, em desatino, inquieta as gentes honestas, a maioria dos que lá vivem.
Esta multiplicidade de situações verifica-se nas próprias famílias.
Um dos núcleos fundamentais do elenco é representado pela família “Ben Barek”.
Um dos sujeitos basilares deste grupo é Faruq, que simplesmente é o chefe de um dos bandos organizados do narcotráfico no bairro.
Muçulmano tradicionalista, controla parte do bairro, com os seus homens de mão, sendo aparentemente um bom chefe de família, na sua visão personalizada da vida.
Coabita num contexto de família alargada, apesar de ser casado com Leila, mas ainda sem filhos.
A mãe, Aisha Ben Barek e o pai, Hassan, donos da popular cafetaria do bairro, igualmente muçulmanos, são “pessoas de bem”, alheios (?) às negociatas do filho.
Contudo esta é a “realidade” ficcionada de “El Príncipe”. Crime organizado funciona paredes meias com a vida nos parâmetros da Lei.
Contrapondo-se a Faruq, a irmã, a “mocinha” e heroína da história, Fátima, que, no papel social de Professora no Centro Cívico, procura a regeneração, a integração social dos jovens, através da Educação.
Uma das características das personagens e entidades da série é o seu lado oculto, subterrâneo. A ligação entre o lado explícito, social, que está à superfície, que é visível e o que está escondido, oculto das vistas sociais.
E relativamente ao Centro Cívico, tal como já referi sobre a Esquadra, há personagens que se dedicam a outras funções não explícitas, e ilegais. Veremos.
E tornamos à Esquadra.
O chefe policial é “Fran”, Francisco Peyón, personagem marcado pelas experiências e frustrações da sua vida, a que não é estranho o assassinato do filho adolescente por um desordeiro delinquente e menor, recentemente saído do centro de recuperação, onde nem chegou a cumprir três anos.
Paradoxalmente assassinado no bairro onde ele, chefe de esquadra, deveria impor a ordem.
Coadjuvado por outros personagens não menos envolvidos nas negociatas dos comércios ilícitos: Quilez, “espanhol” e Hakim, “mouro”.
Personagens que têm muito que contar!
Que muito se irá desvendando.
Personagens que, a seu modo, sabem impor a lei, quando a Lei permite que delinquentes se bandeiem impunemente. Refiro-me ao assassino (?) anteriormente mencionado.
Se há algo que choca na série é a utilização de menores pelos criminosos, para executarem as suas “façanhas”. Situação tristemente real!
Ainda na esquadra: Matilde, “Mati”, também “espanhola” e loura, de Barcelona, jovem cheia de ambição, a que Morey dá a mão. E que “namora” com o “mouro” Hakim.
E Federico, “Fede”, personagem muito secundário, mas que introduz algumas piadas cómicas no enredo.
E, a propósito de comicidade, não posso deixar de nomear Pilar e Rocio, amigas de Fátima, também bastante secundárias, mas correspondendo ao estereótipo das “espanholas”, “chicas” de Almodôvar!
E já que de “chicas” se fala, realçar a mais “chica” de todas, a fogosa Marina, namorada de “Fran” e dona do bar de tapas, habitual poiso de recreio dos policiais e relax do chefe.
E sobre grupos de personagens reportamos também para os que estão ligados ao CNI. (Centro Nacional de Investigação?) (Em capítulo futuro, saberei que é Centro Nacional de Inteligência! Nem mais!)
Que agrega os que coordenam e orientam a investigação de Morey, e o motivo principal da sua ida para o Bairro.
Mas como eles trabalham na sombra e/ou à distância mantemo-los, ainda, nesse estado e estatuto.
Que muito ainda falta saber e descobrir sobre eles. Que também têm as suas sombras e lado escuro.
E sobre esse lado menos claro do enredo da série, mas cada vez mais visível e explícito, à medida que prossegue a narrativa, surge-nos o tema do terrorismo jhiadista, dos radicais islamitas, o papel de um grupo terrorista, Akrab, as suas ações na cidade, os tentáculos no bairro, o envolvimento de personagens aparentemente insuspeitos.
E voltamos a um dos leitmotiv do enredo: a descoberta do paradeiro do filho mais novo dos Ben Barek, preocupação da família e persistência de Fátima.
De nome Abdessalam Ben Barek, “Abdu”.
E ainda e já na família, mas querendo reforçar os laços de pertença, menciono Khaled Ashour, primo e pretendente à mão de Fátima. Que muito também nos irá contar e ganhará maior protagonismo na segunda temporada.
E terão estes dois personagens destacados algo a ver com o terrorismo?!
Mas deixemos este tema ou mantenhamo-nos nele e na violência tão presente no Bairro, tanto no plano real, como virtual e lembremos também duas personagens jovens, sujeitas e vivendo essa constante instabilidade e expondo-se a perigos vários: Nayat, a caçula dos Ben Barek e Ruth Peyon, filha de Raquel e Fran.
E estou a esquecer vários personagens importantes, tal como a namorada de Abdu e o terrorista que a assassinou? Aos olhos de Fátima e Javier! (Sempre unidos na trama: herói e mocinha!)
E vamos continuar a ver e/ou rever os episódios. São muito chamativos!