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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“CÓDICE” - Série de Television de Galicia

“CÓDICE” 

“O Roubo do Cálice”

RTP2

ou melhor

“Roubo de Identidade de Objeto Roubado”

 

Códice, foi como designaram, na Television de Galicia, à mini série, de dois episódios, que aborda o roubo do “Códice Calistinus”  ou “Codex Calistinus”, em 5 de Julho de 2011 e que viria a ser encontrado em 4 de Julho de 2012. Enquadrando todo o contexto do roubo e a posterior demanda na sua busca e achamento, desse livro manuscrito e iluminado, do século XII, pertença da Catedral de Santiago de Compostela.

 

A RTP2 volta a exibir nova série galega! Mas por demais interessante, como titulam a série em português de Portugal, muitíssimo diverso do galego, como todos sabemos?!

Pois então! “O Roubo do Cálice”!

Um espanto, estas espantosas traduções. Como diz o ditado italiano, “tradutor é traidor”. Mas aqui não é apenas traição, é quase crime, ou assassinato.

Com uma diferença tão grande de nomenclatura, o mais certo é que, na versão portuguesa, nem achem o objeto desaparecido. Porque a perder-se um livro e procurar-se um cálice, vai uma grande diferença! Mas onde é que terão ido buscar esse título?! Analogia com alguma outra série ou algum best-seller?!

 

Ontem à noite, ainda divulguei um post sobre o assunto!

 

in. caminodesantiago.lavozdegalicia.com

 

Mas vamos aos finalmentes, que os entretantos nos retardam!

 

É muito agradável rever os “nossos amigos” da saudosa série “Hospital Real”, agora a desempenharem outros papéis.

 

Antes de mais, logo o nosso bom amigo “Drº Devesa”, a nossa torre branca, que de médico- cirurgião passou ao papel de clérigo, como deão, diácono da Catedral de Santiago, a cuja guarda estava o referido Códice, que o estudava, mostrava e explicava aos visitantes e estudiosos. Era uma das poucas pessoas que tinham acesso a tal documento.

 

Na equipa policial de investigação contracenam uma série de nossos conhecidos do “Hospital”.

A equipa da Judiciária local é chefiada pelo comissário, “Dom Leopoldo Alvarez”, o cavalo negro, que de fidalgo falido e trambiqueiro, mandante de assassinatos e também assassinado, morto e ressuscitado, agora coordena a equipa de investigação em Santiago.

Coadjuvado pelo seu assassino, primeiro à sua própria ordem, antes que sendo “criatura”, se ter voltado contra o seu “criador”. De quem falamos? Pois, de “Duarte”, o moço de fretes, “pau para toda a obra” do Hospital, “serial-killer”, que de assassino, ter-se-á regenerado e, agora, desempenha funções na polícia de investigação lá do sítio.

E o outro funcionário, quem é?! Pois nem mais nem menos que “Dom Cristobal”, o boticário, agora não investigando e pesquisando sobre plantas, mas sobre ladrões de livros antigos. E que continua a fazer das suas trapalhadas.

E, esta é a base da equipa de Santiago, mas que teve a ajuda e coordenação de um elemento exterior, proveniente de Madrid, em viagem de TGV. Não sei se é TGV, mas faz de conta, se não for.

E que elemento é esse?!

Pois, a nossa boa “Dona Irene”, a rainha branca, que finalmente viu satisfeitas as suas reivindicações feministas, passados mais de duzentos anos, de as mulheres poderem ascender a profissões livres, a estudos superiores, a igualdade de direitos e até coordenar e dirigir uma equipa de homens. Valeram as palestras que promoveu e o incentivo que deu às jovens da Cidade Compostelana. E ela que estava para ser presa! Mas deve ter sido libertada ou nem chegou a ir para a prisão, que o mundo dá muitas voltas em duzentos anos! Não nos trouxe novas de “Dom Andrés”, o rei branco!

Toda esta equipa trabalha interligada, interdependente, dependente, não sei bem o tipo de elo, com  um Juiz, como é de praxe, que já sabemos de “Crime e Castigo”. Mas como o senhor em causa, neste mini seriado, não participou em “Hospital Real” não sei quem é, nem vale a pena saber, que são apenas dois escassos episódios.

 

Paralelamente à equipa jurídico policial, os jornalistas do jornal local também fazem investigação, formando outra equipa, que procura também deslindar o caso, na perspetiva comunicacional; paralela e entrecruzada com a equipa da Judiciária, criando, estreitando, desenvolvendo até, laços de colaboração mútua, entreajudando-se.

Nesta equipa trabalham vários profissionais, uma jornalista parece-me que a conheço, mas não sei bem e há um profissional, julgo que free-lancer, que era o nosso mal-amado inquisidor, Somoza.

Ele que era um todo-poderoso, a jogar como bispo negro, aqui faz papel de peão, que até foi dispensado, comido, em linguagem de xadrez, porque deu em falar as verdades, que trabalhava e não lhe pagavam. Imagine-se no tempo da sua Inquisição, teria ido logo para a masmorra. Ele a reivindicar pagamento, quando votou contra o recebimento de salário pelas nossas boazinhas enfermeiras!

Da restante equipa redatorial, nomeadamente o diretor, um mal-humorado, nenhum fazia parte dos nossos conhecidos do “Hospital”. Logo, também não importam neste contexto em que só pretendo relacionar as duas séries, pelos personagens que conheço.

 

Das personagens aparentemente conhecidas, a rapariga que trabalha no café também parece uma cara familiar, mas não tenho a certeza de a identificar!

 

E resta-nos um personagem que não mudou de caráter! Refinou e adaptou-se aos novos tempos, já que não exerce funções superiores, é um subalterno que desempenha as funções de eletricista da Catedral, desde os finais de setenta, do século XX. Identifico anos 70, pelas roupas, que não me lembro de referiram datação, quando apresentaram as cenas iniciais. Foi sempre protegido de Dom José Maria, o deão, diácono da Catedral, o nosso bom “Drº Devesa”, mas ele “pintou a macaca” na Catedral, por mais de trinta anos.

Fazendo falcatruas de todo o tamanho e feitio, desde o início. Roubando nas esmolas, muitos dos intervenientes nas respetivas recolhas, roubam. Falsificando os contratos a seu favor. Ludibriando no material das instalações que fazia. Enganando sempre que podia!

Foi sendo descoberto, mas foi-se encobrindo e desculpando, manipulando… Até que o despediram já neste milénio! Mas foi sempre ficando pela Catedral a ver se o readmitiam…

Mas quem é mau caráter, uma vez sendo, é sempre!?

E quem era este personagem no “Hospital”?!

Pois, Dom Mendonza, o Alcaide, o rei negro, que esteve quase a ser preso, não fora a temporada acabar… e que, pelos vistos, não o prenderam em “Hospital”, vêm prendê-lo no “Cálice”?! Melhor, no “Códice”!

 

Mas já me estou a adiantar no enredo!

 

E que mais a dizer?!

 

O decorrer da ação em Santiago de Compostela, na Catedral, na Biblioteca, nos corredores, sacristias, claustros, daqueles edifícios majestosos e carregados de História!

Alguns efeitos de encenação, montagens e remontagens, toques e retoques de fotoshopes, não sei!

 

Vamos ver o segundo e último episódio, embora já saibamos a autoria do roubo!

 

Também estou curioso em ver se mantêm o mesmo estúpido título em português, de Portugal!

 

 

 

 

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