Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
A 1ª planta, na respetiva flor (?) toda a gente conhece.
Estamos em Junho, vêm aí os Santos Populares. São João, São João… Numa das localidades em que os respetivos festejos são mais exuberantes, este “martelinho” era muito usado para bater no bestunto dos folgazões… Também a cidreira, em ramo… Atualmente?! (…)
A 2ª planta, também em flor. Como se chama?! Como a designa?
A 1ª quadra dos “Maios” achou uma nova quadra. Ainda de Abril e dos Maios, mais a Liberdade!
As fotos acompanham ainda os Maios. Ambas as quadras inspiradas no real, mas não há fotos publicadas dos potros. Não são meus, são certamente valiosos, estarão registados, por isso tendo embora fotos dos corcéis não as divulgo.
Vão também fotos dos Espinheiros, que noivam os campos, espalham um perfume sereno, mas apelativo e nos testemunham a Primavera deste Abril, hoje, já cheirando a Verão!
Continuação de excelente Primavera, excelso Abril Pascal e bons passeios campestres.
A visita à “aldeia” do Chamiço, naquele “Dia da Senhora das Candeias ou da Luz”, no passado 02/02/23, com o Amigo Casimiro, foi uma visita verdadeiramente iluminada. Para além de termos calcorreado o antigo povoado, observando a ancestral localidade, também conhecemos realidades completamente novas.
O nosso cicerone, Sr. Aníbal Rosa, fez questão de nos levar a visitar um local que nos era completamente desconhecido e improvável de conhecer, não fora a sua sugestão. - Que ao abalar, o seguíssemos. O que fizemos. Fomos por outro caminho, que se dirige a Monte da Pedra, em muitíssimo melhor estado do que o que trouxéramos à ida. Este caminho vicinal vai desembocar perto de Monte da Pedra, na estrada que desta localidade segue para Gáfete.
E que local é esse?! Pois. Precisamente uma pedreira onde eram feitas as mós utilizadas nos antigos moinhos, espalhados pelas redondezas. Até à época em que estes eram utilizados na fabricação de farinha, antes do advento das panificadoras industriais. Talvez até aos anos quarenta / cinquenta do século XX, digamos, como limite aproximado, do findar da respetiva utilização.
Sensivelmente a meio caminho entre a “aldeia” do Chamiço e a aldeia do Monte da Pedra, parou a camioneta e incentivou-me a saltar a vedação do Couto, encimada por arame farpado, que ele empurrou para baixo, para eu poder saltar, utilizando a rede como escada. Não foi fácil, friso. Estive para desistir, não fora o seu incentivo. Que ele, mais novo, já estava dentro da propriedade. Não foi a primeira vez que fizera essa acrobacia, pois tem levado várias pessoas a visitar o local. (É a sua função de “Cicerone”!)
(O amigo dele, bastante mais velho e o amigo Casimiro, ficaram nas respetivas carrinhas.)
Eu, apesar da dificuldade, consegui ultrapassar o obstáculo (entrada de acrobata) e em boa hora o fiz, porque o local é bem merecedor de visita.
No local, existem algumas, poucas, mós, acabadas. Outras em processo de fabricação. Muitos pedaços de pedra, já partidos, mas ainda em bruto, à espera que os cabouqueiros as trabalhem e aperfeiçoem em jeito de mós. (Bem podem esperar, sentadas, melhor, deitadas a esmo, amontoadas na pedreira, esperando hora de abalada, que nunca mais vem.)
A 1ª foto titulando o postal é de uma mó, pronta, para ali abandonada.
A 2ª foto é a mesma mó perspetivada face à pedreira.
As anteriores fotos nº 3 e nº 4 são de excertos da pedreira. Bem como a seguinte:
Uma pedra singular, não identificável, em confronto com mó acabada e quase soterrada.
Uma perspetiva do espaço.
Ao longe, uma barragem... O sol a caminho do ocaso... E uma pedra peculiaríssima, dificilmente visível na foto, que merecerá destaque em futuro postal.
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Saída de javali!!?? Porquê?!
Porque, no regresso, já não me atrevi a saltar a rede e optei por uma das saídas utilizadas pelos javalis. (Hão de servir para alguma coisa!) Neste caso, o Srº Aníbal levantou a rede do nível inferior do cercado e eu, qual “javaleco”, saí do Couto do Chamiço para o caminho vicinal.
Face às desgraças que ocorrem por esse mundo fora, o que vou abordar não passa de trivialidade!
Sim. Os sismos ocorridos na Turquia e Síria, altamente destruidores. A guerra neste próprio país e noutros países do Oriente Médio. A guerra na Ucrânia. Guerra(s) sem sentido. Nestas situações tornam-se ainda por demais absurdas. A Natureza comanda, domina a vida na Terra, por mais que o Ser Humano se julgue omnipotente. Os “donos” do mundo, os “senhores da guerra” não consciencializarão que não faz qualquer sentido a respetiva ação destruidora das guerras que promovem e alimentam?!
Mas o assunto que quero abordar também contém esse gérmen destrutivo da violência sem qualquer ideário.
Na passada 2ª feira, dia 6 de Fevereiro, participei numa reunião de condóminos. Já não vinha a reuniões há quatro ou cinco anos, ainda antes da eclosão da pandemia. Não mais participara, pelo ambiente tóxico que se vinha criando nas assembleias. Desta vez, resolvi deslocar-me propositadamente para comparecer, julgando que o ambiente houvesse melhorado. E porque não podemos ausentar-nos sistematicamente, pois demitimo-nos das nossas próprias responsabilidades e arriscamo-nos à tomada de decisões com que não venhamos a concordar.
O ambiente não melhorou. Pelo contrário, piorou deveras. Quase chegaram a confronto físico. Houve ameaças, ofertas de porrada e milhentas cenas que não vou escalpelizar, que são desprovidas de conteúdo válido. A “violência” verbal, intolerância, as acusações que intoxicam o relacionamento interpares. Adiante…
Apenas vou referir o aspeto que me implicou mais, relacionado com um pequeno jardim, pertencente ao prédio, localizado a norte do edificado, no respetivo lado esquerdo.
Jardim que delineei, estruturei, que nele trabalhei durante alguns anos, a partir de 2014 ou 15. Que fui mantendo, regando, regularmente.
Entretanto, ainda antes da pandemia, por diversas razões, nomeadamente as minhas ausências mais prolongadas, deixei de fazer a manutenção. Mas alguns vizinhos esporadicamente foram fazendo alguns trabalhos de arranjos. Foram também regando.
Nunca consegui que houvesse uma aderência global da vizinhança, que era um objetivo subliminar que eu pretendia. A maioria não mostrava qualquer interesse. De algumas pessoas, até se deduzia alguma indiferença / oposição. (Estou a sintetizar a narrativa, que poderia ser um pouco prolongada.)
Estive vários anos ausente da participação nas assembleias, como disse.
Mas, na ata da penúltima reunião, li que equacionavam “betonizar” o jardim! Obviamente essa hipótese mexeu comigo. O considerar sequer essa possibilidade entendi como desconsideração pelo trabalho que ali investi. Que o espaço esteve anos às urtigas, sem que se ralassem. ("É gozar com quem trabalha..." Como diz o "Outro".)
Agora, “betonizar”?! Que fazer?! Voltarei a futura assembleia, apesar de ter dito que não mais iria, dada a toxicidade do ambiente?!
Limito-me a apresentar fotos de duas larvas que processam a respetiva evolução na arruda que tenho num vaso, no “Quintal de Cima”.
Ignoro se eventualmente terei oportunidade de documentar a fase seguinte nem a que mais apreciamos, que será aquela em que atinge o estádio adulto.
A planta arruda tem aquele cheiro um pouco desagradável, mas consegue atrair uma das mais bonitas borboletas. Vou mantê-la no quintal. Já tivera. Deixei de ter. Pelo odor não muito agradável e porque produz muitas sementes, propagando-se demasiado. Tem de ser bem controlada.
(As duas primeiras fotos ampliei-as um pouco. A terceira está em tamanho natural.)
«Numa bela manhã de Primavera, e ainda bem cedo, punha mãos ao trabalho. Trabalho esse que consistia em fresar uma parcela de terra. Quando me coloquei de joelhos para engatar a fresa à moto-enxada, apercebo-me de um barulho estranho ali bem ao lado, num pequeno silvado. Todo o aparato que se gerava dentro do silvado, era a aflição de um pequeno melro, que ainda mal sabia voar. Na sua aflição tenta escapar à fúria de um gato. De repente sai do referido silvado em direção a mim. Ficou-me preso nas mãos e logo atrás vem o referido gato faminto.
O engraçado é que o danado do gato, assim que me viu, deu um salto e fugiu.
Vamos então refletir e analisar todo este episódio que a natureza nos oferece. Então não é que o pequeno melro quando se apercebe que está preso nas minhas mãos, desata numa chalreada.
Tamanha chalreada é um autêntico alarme que dá origem, a que os progenitores se apercebam que o próprio filho não está bem. Ainda estou a ver os pais de pequeno passarinho, direitos a mim, com uma fúria que um deles me arranhou a cara.
Alto lá cuidem dele se não fosse eu o gato bem o papava.»
Publico este texto em prosa, por demais interessante e sugestivo, do mencionado livro, ontem apresentado em Aldeia da Mata.
Ilustro com uma foto de um dos gatos que deambulam pelos meus Quintais. Este espreita do quintal do Ti Zé “Fadista”, local onde eles terão nascido ou que habitam com mais regularidade.
Não foi este, de certeza, que tentou papar o melro da anterior narrativa. Mas bem poderá ter comido outros melros ou diferentes passarinhos, pois, de vez em quando, aparecem penas de asas e de caudas de pássaros no “Quintal de Cima”. Essa foi a razão porque, a partir do início da Primavera, deixei de lhes dar de comer neste quintal e transferi o local de amesendação para o “Quintal de Baixo”. No de “Cima” várias aves fazem habitualmente ninhos todos os anos. Têm especiais cuidados, colocando-os nas roseiras aonde os gatos não sobem com muita facilidade, mas nunca se sabe…
No “Quintal de Baixo” há menos arvoredo e poucos ninhos aparecem.
Todos estes pormenores, sugeridos a partir do interessante texto de “Memórias e Poesias” e das lições de Vida que a Natureza nos dá!