Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há algum tempo que não escrevo sobre séries. Tenho visto algumas que a RTP2 tem transmitido, originárias de vários países europeus, mas não tenho escrito sobre elas.
Agora retorno. Com o retornar de “GOMORRA” na segunda temporada, iniciada na passada sexta-feira.
Novamente uma série italiana, após a transmissão de “1993” e anteriormente “1992”.
Em ambas, os assuntos fulcrais da vida italiana, nesses dois anos carismáticos.
A política, a baixa política, o surgimento de novos partidos e pretensos novos políticos; os negócios obscuros, as negociatas políticas, económicas e financeiras, a corrupção a todos os níveis; o mundo do crime tão presente em Itália, a sua ligação ao mundo político; questões sociais prementes na altura, caso da SIDA, o sangue contaminado importado e negociado; o julgamento de políticos e mafiosos, a luta de magistrados honestos para os levarem a Tribunal e cadeia… a publicidade e sua importância na criação de factos e políticos, o mundo do espetáculo, e dos media, especialmente a televisão, como forma de manipulação das massas… a célebre “Operação Mãos Limpas”…
Em “Gomorra”, essas mesmas problemáticas estão presentes ou latentes, mas destacadíssimas e exacerbadas as questões referentes ao mundo do crime e das drogas. A criminalidade violenta elevada ao seu clímax máximo!
Ciro, na sua ânsia de poder, dinheiro, notoriedade, de ambição e grandeza de menino pobre, alia-se a Dom Salvatore, no controle do negócio da droga e espalha o medo aterrador, mesmo entre os seus mais próximos e num ato tresloucado de desespero, mata a própria esposa, mulher que ama e mãe de sua filha que adora!
A sua luta contra o clã dos “Savastano” mergulha Nápoles no terror!
Genaro e Dom Pietro irão voltar…
Sobre esta série já escrevi sobre a primeira temporada. Dada a loucura assassina que irá certamente caraterizar o seriado, não sei se voltarei a escrever sobre o mesmo.
De qualquer modo, em princípio, irei acompanhando.
*******
Já que voltei a falar de Séries, lembrar algumas das que passaram na RTP2, que visualizei, apesar de não ter escrito sobre elas.
Duas interessantes séries alemãs, sobre a História recente da Alemanha:
“Amor em Berlim” e “Irmãos e Rivais”. Reflexões pertinentes da Alemanha sobre a sua própria História de algum modo, um “esconjurar e libertar” do seu passado! Um apaziguamento necessário e imprescindível!
Ah! E está também a ser transmitida, semanalmente, uma série histórica sobre Maximiliano de Áustria. Não perco os episódios aos domingos, no horário habitual, após o Jornal Dois, pouco depois das 22h.
É com grata satisfação que divulgo a sessão comemorativa do décimo primeiro aniversário de "Momentos de Poesia". Acontecimento poético que muito dignifica a Poesia e enobrece a Cidade de Portalegre!
Também para falar da Associação Portuguesa de Poetas. E para continuar na divulgação dessa nobre Arte, a Poesia!.
A APP é uma Associação, com uma enorme vitalidade.
De certo modo, só faz sentido que assim seja, dado que está nos seus trinta e dois anos, mas esse facto também se deve ao dinamismo dos Associados e, obviamente, da respetiva Direção. Ao seu trabalho e competência.
Consultando as atividades mensais desenvolvidas e as previstas de realizar, verificamos uma grande azáfama, tanto da Associação, como dos Associados:
- Lançamentos de antologias coletivas, de livros individuais, de boletins culturais; organização de tertúlias variadas, eventos diversos de caráter cultural, por todo o Portugal e também no Brasil, centrados ou com a participação de sócios; prémios de poesia; reconhecimento do mérito e do trabalho de poetas e poetisas associados da APP, em ambos os Países irmãos, por diversas, diferentes e prestigiadas Instituições; programas de rádio, workshops poéticos, palestras, peças de teatro, blogues… artes plásticas, música, canto. Eu sei lá!
*******
Vou falar apenas e um pouco de três eventos a que assisti e/ou participei, no finado mês de Outubro.
A vinte e nove, (29/10), a habitual Tertúlia da APP, de final do mês, na sede da Associação: Rua Américo de Jesus Fernandes, nº 16 - A, aos Olivais, Lisboa.
Integrada e inaugurada nesse contexto, uma bela Exposição de Pintura, “Momentos”, da associada, pintora Helena Cruz.
São de sua autoria, os quadros, que tomei a liberdade de enquadrar como ilustradores deste post.
Obrigado!
Também nesse enquadramento, foi apresentada a XXI Antologia, “A Nossa Antologia”, com 89 Autores. (Quase a bater o record da “V Antologia de Poesia Contemporânea”, organizada por Luís Filipe Soares, sócio nº 1 da APP, em 1988! Com 97 autores.)
Com uma sugestiva capa, ilustrada a partir de “Camões”, desenho a tinta-da-china, de Teresa Maia. (Composição e arranjo gráfico de João Luís.) Editor: Euedito.
No decurso da Tertúlia, todos os Poetas e Poetisas presentes, a maioria participantes da Antologia, tiveram oportunidade de ler/dizer/recitar/declamar um dos seus poemas. Alguns até nos demonstraram o seu estro de cantantes!
No dia quinze, (15/10), reiniciou a APP a já tradicional “Tertúlia do VÁ VÁ”.
Evento já com história, dado que proveniente de anteriores Direções da Associação. Interrompido algum tempo, devido às obras no café – restaurante.
Oportunidade para a apresentação do livro de poemas de Alcina Viegas, “Versos Do Meu Sul”, Edições OZ, 2017.
A imagem de capa reproduz um óleo s/ tela, também da Autora. (A capa e paginação são de Paulo Reis e a revisão de Paula Oz.)
Deste livro, tomei a liberdade de transcrever o poema “Além do Tejo”, pag. 22.
«Para além do Tejo,
os campos que vejo
são de sol dourado…
Os verdes trigais
e o chão semeado
são pão amassado
com dores e com ais.
E os verdes fatais,
cor dos olivais
são belos poemas,
às moças morenas.
Tem de Florbela
a dor e a candura
são amores em chama,
de uma alma pura,
alma alentejana.»
(Já conhecia a poesia desta Autora do blogue “Rumo ao Sul”.)
(Neste evento, de sala cheia, com mais de quarenta pessoas, apenas assisti. Não participei na tertúlia.
Tenho a realçar que a sala, per si, é adequada. Mas é pena que a porta que dá para o café, tendo um bonito rendilhado na sua estrutura, este não esteja coberto com algum material, vidro, por ex., de que resulta que, mesmo estando fechada, é como se estivesse permanentemente aberta…
Mas lá diz o ditado: “ a cavalo dado…”)
A APP prevê continuar a realizar estas tertúlias, mensalmente, nos segundos domingos.
A próxima está prevista para 12, do corrente mês, pela 16h. 30’.
Café – restaurante "VÁ VÁ", Lisboa, cruzamento da Avenida de Roma, com a dos Estados Unidos da América!
*******
Ainda no domínio das tertúlias também a APP iniciou recentemente uma nova.
Em Almada, a “Tertúlia Almadam”: terceira 3ª feira de cada mês.
No Café “Le Bistrô”, Rua dos Espatários, 2.
(Junto da Igreja de S. Sebastião, bonita de visitar, diga-se e perto da paragem de Metro, precisamente de Almada.)
Tem coordenação de Maria Melo e responsabilidade de Maria Leonor Quaresma.
A próxima será dia vinte e um, (21/11), pelas 16 horas.
Participei, com muito gosto, na anterior, a segunda a ser realizada, no transato dia dezassete, (17/10/17).
Apresentei: “Aquém – Tejo” e “Retalhos do Alentejo”.
Excelentes “dizedores” de Poesia. (Que me sinto pequenino!)
Oportunidade ainda para mostrarem outros talentos.
Clara Mestre leu e cantou o belíssimo poema de Maria Guinot, “Silêncio e Tanta Gente”, canção que venceu o Festival da Canção de 1984.
Mabel Cavalcanti também cantou uma canção sobre um pássaro da Amazónia, que, quando canta, todos os outros se calam, cujo nome não consegui fixar. Não sei se é “irapunu”!