Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Também para falar da Associação Portuguesa de Poetas. E para continuar na divulgação dessa nobre Arte, a Poesia!.
A APP é uma Associação, com uma enorme vitalidade.
De certo modo, só faz sentido que assim seja, dado que está nos seus trinta e dois anos, mas esse facto também se deve ao dinamismo dos Associados e, obviamente, da respetiva Direção. Ao seu trabalho e competência.
Consultando as atividades mensais desenvolvidas e as previstas de realizar, verificamos uma grande azáfama, tanto da Associação, como dos Associados:
- Lançamentos de antologias coletivas, de livros individuais, de boletins culturais; organização de tertúlias variadas, eventos diversos de caráter cultural, por todo o Portugal e também no Brasil, centrados ou com a participação de sócios; prémios de poesia; reconhecimento do mérito e do trabalho de poetas e poetisas associados da APP, em ambos os Países irmãos, por diversas, diferentes e prestigiadas Instituições; programas de rádio, workshops poéticos, palestras, peças de teatro, blogues… artes plásticas, música, canto. Eu sei lá!
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Vou falar apenas e um pouco de três eventos a que assisti e/ou participei, no finado mês de Outubro.
A vinte e nove, (29/10), a habitual Tertúlia da APP, de final do mês, na sede da Associação: Rua Américo de Jesus Fernandes, nº 16 - A, aos Olivais, Lisboa.
Integrada e inaugurada nesse contexto, uma bela Exposição de Pintura, “Momentos”, da associada, pintora Helena Cruz.
São de sua autoria, os quadros, que tomei a liberdade de enquadrar como ilustradores deste post.
Obrigado!
Também nesse enquadramento, foi apresentada a XXI Antologia, “A Nossa Antologia”, com 89 Autores. (Quase a bater o record da “V Antologia de Poesia Contemporânea”, organizada por Luís Filipe Soares, sócio nº 1 da APP, em 1988! Com 97 autores.)
Com uma sugestiva capa, ilustrada a partir de “Camões”, desenho a tinta-da-china, de Teresa Maia. (Composição e arranjo gráfico de João Luís.) Editor: Euedito.
No decurso da Tertúlia, todos os Poetas e Poetisas presentes, a maioria participantes da Antologia, tiveram oportunidade de ler/dizer/recitar/declamar um dos seus poemas. Alguns até nos demonstraram o seu estro de cantantes!
No dia quinze, (15/10), reiniciou a APP a já tradicional “Tertúlia do VÁ VÁ”.
Evento já com história, dado que proveniente de anteriores Direções da Associação. Interrompido algum tempo, devido às obras no café – restaurante.
Oportunidade para a apresentação do livro de poemas de Alcina Viegas, “Versos Do Meu Sul”, Edições OZ, 2017.
A imagem de capa reproduz um óleo s/ tela, também da Autora. (A capa e paginação são de Paulo Reis e a revisão de Paula Oz.)
Deste livro, tomei a liberdade de transcrever o poema “Além do Tejo”, pag. 22.
«Para além do Tejo,
os campos que vejo
são de sol dourado…
Os verdes trigais
e o chão semeado
são pão amassado
com dores e com ais.
E os verdes fatais,
cor dos olivais
são belos poemas,
às moças morenas.
Tem de Florbela
a dor e a candura
são amores em chama,
de uma alma pura,
alma alentejana.»
(Já conhecia a poesia desta Autora do blogue “Rumo ao Sul”.)
(Neste evento, de sala cheia, com mais de quarenta pessoas, apenas assisti. Não participei na tertúlia.
Tenho a realçar que a sala, per si, é adequada. Mas é pena que a porta que dá para o café, tendo um bonito rendilhado na sua estrutura, este não esteja coberto com algum material, vidro, por ex., de que resulta que, mesmo estando fechada, é como se estivesse permanentemente aberta…
Mas lá diz o ditado: “ a cavalo dado…”)
A APP prevê continuar a realizar estas tertúlias, mensalmente, nos segundos domingos.
A próxima está prevista para 12, do corrente mês, pela 16h. 30’.
Café – restaurante "VÁ VÁ", Lisboa, cruzamento da Avenida de Roma, com a dos Estados Unidos da América!
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Ainda no domínio das tertúlias também a APP iniciou recentemente uma nova.
Em Almada, a “Tertúlia Almadam”: terceira 3ª feira de cada mês.
No Café “Le Bistrô”, Rua dos Espatários, 2.
(Junto da Igreja de S. Sebastião, bonita de visitar, diga-se e perto da paragem de Metro, precisamente de Almada.)
Tem coordenação de Maria Melo e responsabilidade de Maria Leonor Quaresma.
A próxima será dia vinte e um, (21/11), pelas 16 horas.
Participei, com muito gosto, na anterior, a segunda a ser realizada, no transato dia dezassete, (17/10/17).
Apresentei: “Aquém – Tejo” e “Retalhos do Alentejo”.
Excelentes “dizedores” de Poesia. (Que me sinto pequenino!)
Oportunidade ainda para mostrarem outros talentos.
Clara Mestre leu e cantou o belíssimo poema de Maria Guinot, “Silêncio e Tanta Gente”, canção que venceu o Festival da Canção de 1984.
Mabel Cavalcanti também cantou uma canção sobre um pássaro da Amazónia, que, quando canta, todos os outros se calam, cujo nome não consegui fixar. Não sei se é “irapunu”!
Ao escrever a crónica anterior, datada de 14/10/17, referi a possibilidade de eventualmente voltar a escrever mais alguma crónica ainda neste mês.
Mas estava a milhas de imaginar que ainda voltaria a abordar o tema dos incêndios. Pois quem haveria de supor vir ainda a acontecer tal tragédia!
Mais de quinhentas ignições de fogo, (523), praticamente em todos os distritos ao Norte do Rio Tejo, no domingo, dia 15 de Outubro! E 199, na 2ª feira, 16 de Outubro!
Números assombrosos!
E perdas de vidas humanas.
E também de animais.
Milhares e milhares de árvores incineradas.
Poluição atmosférica tremenda!
Milhões de prejuízos...
(…)
Como é possível acontecerem tantas ocorrências de incêndios?!
Não há efeito sem causa!
É caso para ser averiguado. O que ocorreu para tal ter acontecido?! Porque não houve por aí, trovoadas secas, ventos ciclónicos, descargas elétricas… arcos voltaicos!
É imperioso que um estudo seja feito sobre o assunto.
Que situações se desenvolveram para que, em tão diversos e diversificados locais, tenham acontecido tantos incêndios. Melhor, para ser mais preciso, tantas ignições.
Porque incêndios, dado o estado de sujeira em que está todo o País, é fácil acontecerem.
Mãos criminosas?!
Mãos descuidadas que iniciaram queimadas, na expectativa da vinda das chuvas?!
Lavouras, aceires mal feitos?! Limpezas e cortes de árvores secas com máquinas motorizadas?! Uso de motosserras?!
Desbaste e aceire de pastos com maquinetas elétricas ou a gasolina?!
(…)
Seria muito bom que de conjunto tão variado e disperso de incêndios se tentasse saber como foram iniciados. Porque foi uma calamidade!
Numa entrevista na SIC, durante o Jornal da Noite, de 2ª feira, 16/10, um senhor que o pivot do Jornal considerou grande especialista, reportou para o facto de esta enormidade de incêndios, ter ocorrido na véspera do dia anunciado para a vinda das chuvas!
Esta afirmação passou relativamente ao lado do jornalista, que não a explorou, porque, depreende-se, não a compreendeu.
(Que é o problema fundamental deste pessoal das Grandes Cidades e destes Mundos Eletrónicos. Estão perfeitamente a leste do Mundo Rural! Problema idêntico nos nossos políticos!)
Porque, é mais que certo, que se no meio destes incêndios terão havido mãos criminosas e muitos interesses pelo meio… também, certamente, uma parte significativa se deveu a descuido de intervenientes.
Previu-se chuva.
E vai daí, muitas pessoas terão iniciado trabalhos agrícolas ou florestais que, dadas as condições em que ainda está a Natureza, são ainda extremamente perigosos.
E continuarão a ser, enquanto não chover realmente a sério e as temperaturas não baixarem consideravelmente.
Entretanto foi o que aconteceu. Uma verdadeira tragédia Nacional.
E a atuação do Governo atual, enquanto representante do Estado?!
Nem faço comentários!
E não deverão tirar ilações políticas?!
Se por umas “bofetadas virtuais” foi o que foi… Mas adiante, que se faz tarde...
E sobre o discurso de Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro?!
Disse o que havia para dizer, mas…
Um plano concreto de ação?! (?!) (?!) (…)
Ainda haverá uma reunião extraordinária de Conselho de Ministros.
Sempre o protelar no futuro…
Peço imensíssima desculpa, mas Sua Excelência deveria fazer o favor de ler as recomendações que frisei sobre a Reforma das Florestas.
Tomo a liberdade de fazer um pedido a Vossa Excelência, sabendo de antemão que dificilmente irá lê-lo.
Em termos de ação prática e concreta,
Se Vossa Excelência providenciar ordens e meios para que se faça uma verdadeira limpeza em campos por todo o País, a começar agora, que já se iniciou realmente a chuva, veremos melhorias no futuro.
Nem é preciso criar legislação nova. Basta pôr em aplicação a que já vigora.
Que o Poder Central nas propriedades e locais onde tem essa competência, aja nesse sentido.
Que as Autarquias, Câmaras e Juntas de Freguesia, as verdadeiras forças que estão no terreno, atuem com essa finalidade
As Autoridades Civis, Militares e Paramilitares, segundo as suas competências e jurisdição, atuem no sentido de operacionalizar trabalho a ser feito, o fiscalizem ou imponham de ser executado.
Limpar bermas de estradas e autoestradas. (Mesmo dentro do perímetro territorial das autoestradas há verdadeiras matas, é só olhar e ver.)
Exigir cumprimento das normas de pelo menos dez metros para cada lado das vias, com corte absoluto de matos e vegetação combustível.
Corte de vegetação combustível e de matos até pelo menos cem a cento e cinquenta metros de casas e povoações.
Aceires devidamente feitos.
Limpezas de caminhos vicinais…
E é só nos campos?!
Basta olhar, com olhos de ver, mesmo nas cidades!
Se Vossa Excelência conseguir pôr em prática esta medida por todo o País, atuando, como Poder Central onde tem essa obrigação e delegando poderes e competências nas Entidades Locais, muitas situações de risco serão minimizadas.
Exigindo Trabalho.
Exigindo também dos particulares!
E só falo destas medidas que têm que ser de curto prazo.
Se cumulativamente conseguisse criar estruturas, unidades fabris, por ex. que utilizassem todas essas matérias vegetais, arbustivas, lenhosas, herbáceas, para produção, por ex. de energia, para a compostagem, seria o coroar de um processo de êxito. (Estas ações já não seriam de curto prazo.)
E para falar só de medidas que têm que ser de curto prazo.
Agora, é prevenir também os efeitos das chuvas.
Que a chuva até tem vindo com muita calma! Chove bem, mas sem exageros, de noite. E, de dia, está quase sempre sol.
Assim permite que a água possa penetrar na terra, não escorra e o sol possibilita o nascimento rápido da erva nova.
A Natureza, ou a Divina Providência, ou Deus ou Quem coloca alguma organização no Universo, são Entidades muito mais sensatas que os Humanos.
Então que os “nossos” políticos nem se fala!
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Notas Finais:
Esta crónica começou a ser escrita na 3ª feira, 17/10, já após os discursos…
Entretanto logo após o discurso do Senhor Primeiro Ministro, 2 ª feira, 16/10, já perto das 23 horas, começou a chover!
É caso para dizer que sempre houve alguma ação. Não do governo, não dos homens, mas da Natureza.
Milagre?!
Não sei se na 4ª feira se ainda na 3ª, houve o pedido de demissão da Senhora Ministra.
Pecou por tardio?!
Rapidamente se resolveu a substituição.
Adequada? Dará algum resultado?! Valerá a pena?!
Outras demissões de outros órgãos ligados à problemática da gestão dos fogos também ocorreram…
Nem são para menos!
Entretanto também foi anunciada uma moção de censura ao governo.
Merecida?!
Sem dúvida. Apesar da demagogia, muita demagogia, associada.
E este governo deve continuar a ser sustentado pelos partidos que o têm amparado?
Deve?! Merece?!
É uma reflexão que deve ser feita por quem tem aguentado este governo.
Mas deverá este governo pagar por todo um conjunto de más politicas que já têm trinta anos?!
Mas tanta inação, tanto desgoverno, tanta falta de operacionalidade não é de sancionar?!
(...)
Reflita e tente responder por si, caro/a leitor/a!
Uma questão final.
E de todas estas últimas mudanças e alterações, o que foi mais importante?
As alterações políticas ou a chegada da abençoada chuva?!
E esta, vai continuar a vir de mansinho, ou, de repente, ganha senha de trovoada?
Sem dúvida que a chuva foi o mais importante.
Mas do que toda a gente vai continuar a perorar é sobre as alterações políticas.
Ah! E sobre o futebol!
(E prevê-se novamente tempo quente!
E as alterações climáticas?!)
(E como a foto, original DAPL - 2016, nos prenuncia: Haverá nova Primavera! Novas Primaveras!)
.(Até lá... tanto trabalho ainda a fazer!)
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P.S. -
Tem toda a razão caro/a leitor/a. O imediato, imediato, de curto prazo, agora, é resolver os problemas prementes de quem sofreu com os incêndios. Antes que chegue o Inverno.
Algumas ações positivas – outras tantas imbecilidades
Crónica de Descontentamento(s) (IV)
E alguns Contentamentos
Intitulo esta crónica, de Outubro, desconhecendo se ainda virei a publicar mais alguma referente a este mês.
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(I)
Começo por uma ação de lado positivo, que observámos na passada 6ª feira, 13 de Outubro.
Na estrada de Estremoz – Vimieiro, constatámos algo de muito positivo.
Já perto da povoação do Vimieiro andavam técnicos a recolher o lixo, que os automobilistas “educados e asseados” atiram borda fora quando viajam pelas estradas deste nosso Portugal, que “muito boa e educada e asseada gente” insiste em transformar num enorme caixote de despejo das respetivas imundícies.
Nas bermas da estrada, haviam cortado o pasto que prolifera nas valetas e espaço circundante do alcatrão até às lindas das propriedades particulares.
Um trabalho que é imprescindível e imperioso seja feito todos os anos pelas entidades competentes, nomeadamente as autarquias ou outros órgãos e agentes públicos que têm que interiorizar essa obrigação anual.
E que além do mais dá trabalho a muito pessoal. (Tanta gente que se queixa que não tem trabalho!)
Na sequência dessa limpeza, desse desbaste de ervas e matos, chamemos-lhe aceire, fica visível toda a quantidade de garrafas de plástico e de vidro, garrafões, embalagens, sacos de plástico e papel, de lixos diversos, eu sei lá, que variedade de porcarias que atiram pelas janelas… (Nem falo das beatas de cigarro acesas…)
Pois, vários funcionários, não me perguntem de que Entidade, andavam juntando esses detritos em sacos. Deduzo que os levarão para reciclagem… pelo menos retiram-nos das bermas e valetas, com todos os perigos que aí representam.
Ações meritórias, sem dúvida: Limpezas e aceires. E subsequente recolha de lixo.
Pena e deplorável é que neste lindo País, à beira mar plantado, ande tanta gente a conspurcá-lo. O País e o Mar!
Porque não há razão para se atirarem os lixos para qualquer lugar, com tantos meios de recolha adequada.
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(II)
Extrato de Notícia de “RR – Renascença in. Sapo.pt/”, de 12/10/17 – 13:02, de Eunice Lourenço, Paula Caeiro Varela
«Relatório da comissão independente entregue no Parlamento.»
(…)
«No que diz respeito à prevenção, apontam como “maior constrangimento” a falta de cumprimento das regras sobre vegetação (50 metros em volta das edificações, 10 metros para cada lado da rede viária e 100 metros à volta dos aglomerados populacionais). Ou seja, havia vegetação onde não devia haver.»
(…)
Refere-se esta notícia ao incêndio de Pedrógão.
Realço este excerto, porque é na concretização desta ação que tem que residir a base primária e permanente de toda a PREVENÇÃO.
Pode crer, caro/a leitor/a que a serem realizadas, anualmente, estas atividades de limpezas, de aceires, haverá um risco bastante menor de incêndios.
E trabalho que assim é possibilitado a tanta gente que se queixa que não tem emprego! (!!)
E o que se pouca em tantos milhões e milhões e perdas de vidas humanas, que não têm preço!
E já agora e novamente, reforço uma sugestão que já fiz em diferentes contextos.
Estruturem e criem “unidades fabris” que aproveitem toda essa matéria vegetal: lenhosa, arbustiva ou herbácea.
Implementem centrais de produção de energia ou de produção de compostagem, a partir de todos esses materiais. Situadas estrategicamente no Interior do País.
Haja vontade, vontades políticas para concretizar tais projetos.
Da zona antiga da Cidade desaguaram no lago do Jardim do Tarro…
Quem observe e tenha capacidade crítica, pode avaliar quão negativas são as ações praticadas.
Uma verdadeira imbecilidade. (É o termo mais adequado para qualificar tais práticas.)
Quando é que as Autoridades, todas as Autoridades, desde o topo da Administração do Poder Central, até às Autoridades Locais, resolvem agir sobre atos de desrespeito do Ser Humano, ademais perpetrados na via pública?! (?!)
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(IV)
Paralelamente ou nem por isso, nesse mesmo dia, à noite, decorreu na Praça do Campo Pequeno mais uma “tourada à antiga portuguesa”.
Ainda na mesma onda e em rota igualmente paralela, dia 13 de Outubro, 6ª feira, (é caso para dizer, sexta feira treze!) o Parlamento Português aprovou a “…permissão de animais de companhia em estabelecimentos fechados de restauração…”
Mão amiga fez chegar no ano passado, 2016, um conjunto de “cantigas” impressas em duas folhas A4, às mãos de D. Maria Belo. “Cantigas” essas que faziam parte do espólio de Srª D. Maria Águeda, distinta Professora Primária, natural de Aldeia da Mata, que exerceu o Magistério em Vila Viçosa, terra natal da célebre Florbela.
“O sino da nossa Aldeia”, “As moças da nossa Aldeia”, “Namoro”, “Marcha de Aldeia”, “Festa de Aldeia”, “Cantigas das nossas ruas (desafio)”, “Balada de Aldeia”.
Estas cantigas eram precisamente para serem cantadas e foram exibidas “no rancho em Aldeia da Mata no Verão de 1960”.
Esta publicação e divulgação no blogue é também uma homenagem e tributo de amizade e de consideração pela estima mútua.
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As fotografias são originais de D.A.P.L., de campos alentejanos, na Primavera, de 2016 e de 2017. A primeira tem como fundo a aldeia de Alagoa e a segunda foi tirada perto de Monforte.
III ANTOLOGIA de POESIA CONTEMPORÂNEA, 64 autores, coordenação de Luís Filipe Soares, 1986. Minigráfica, Lisboa.
Notas Finais:
Conforme mencionara em post anterior, prossigo na divulgação de Poesia de Pessoas da Aldeia, de que eu tenho conhecimento.
Supracitado, está o Srº João Guerreiro da Purificação, (10/07/1927 – 17/12/1997), que dispensa apresentações e que tive o grato prazer de conhecer e de conviver, como a grande maioria dos Matenses.
Segundo julgo saber, esta “III Antologia de Poesia Contemporânea” foi o 1º livro em que o Srº João participou, tendo também ainda publicado, nessa Antologia, “INIMIGOS”.
(Nesta mesma Antologia também participei. Com: “UM QUADRO” e “CAVALO DE FERRO”, que já figuram no blogue.)
No domínio das Antologias, que seja do meu conhecimento, ainda participou na “IV ANTOLOGIA de POESIA CONTEMPORÂNEA”, 80 autores, coordenação de Luís Filipe Soares, 1987; Minigráfica, Lisboa.
Deu a conhecer: “E FOI ASSIM” e “QUADRAS SOLTAS”.
(Nesta Antologia não participei. Mas tenho um exemplar autografado, que me foi oferecido pelo Srº João.)
(Relativamente a estas Antologias, não posso deixar de frisar o trabalho altamente meritório de Luís Filipe Soares, que neste domínio conseguiu sempre um crescendo de adesões, pois a “V Antologia de Poesia Contemporânea”, de Fev. 1988, conseguiu 97 Autores!
No final desse mesmo ano, Nov. 1988, “estranhamente”, surgiria uma outra Antologia intitulada “I Antologia de Poesia Contemporânea”, coordenada por um dos participantes na V Antologia de Poesia Contemporânea, já referida.) (!!!???)
No concernente ao Srº João Guerreiro da Purificação, frise-se que ainda veria, em vida, a publicação das suas Poesias, em livro de sua autoria: “ANTA”, Aldeia da Mata - 1992; Gráfica Almondina, Torres Novas. Com “Apresentação” de Srª D. Maria Aires, impulsionadora da publicação deste trabalho, como o próprio frisa na “Introdução”: “Encorajou-me de tal maneira que consegui levar por diante esta sua lembrança.”
Seria ainda publicado de sua autoria, embora já não em vida, um outro livro versando “As tradições da nossa Terra… o que foi a Grande Sabedoria Popular da nossa Terra”, conforme, de algum modo, sugerira na “Introdução” do mencionado “ANTA”.
Intitula-se “A nossa terra”; “2000, Há Cultura. Criação e Produção de Eventos Culturais, Lda. / Associação de Amizade à Infância e Terceira Idade de Aldeia da Mata”; Colecção Patrimónios; Lisboa.