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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Pores do Sol, em Outubro de 2023

Ocasos em Aldeia da Mata

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

Poentes com fotos tiradas a partir do Chão da Atafona.

Nestas datas, o sol já se põe muito próximo das 19 horas. No dia nove, praticamente a essa hora! Cada vez mais cedo. E, quando mudar a hora, mais cedo será. Com o calor que tem estado, os ocasos também proporcionam cores condizentes.

Este tempo não é tempo deste tempo! Imenso calor, sol muito baixo e de verão tórrido. Todavia, proporciona poentes muito interessantes.

Vou lançar um desafio, caso queira aceitar.

São imagens do Pôr-do-Sol nos dias dez, nove, oito, sete, seis, quatro, um de Outubro.

Em todas elas se observa o recorte de árvores no Chão ou no Vale de Baixo.

É capaz de, através do recorte das folhas, decifrar que árvores são?!

As árvores que dominam nestas duas propriedades são as oliveiras, plantadas por antepassados meus.

Depois, as que eu plantei, a maioria semeadas previamente, incluem: Catalpas, carvalhos robles / alvarinhos, cedros, uma grevília, uma palmeira. Um eucalipto plantado pelo meu Pai.

Saberá identificar as plantas, pelo recorte das folhas e ramos?!

(A 1ª foto é de 09/10/23.)

***

Ontem, 10/10/23:

Pôr do sol. Foto original. OUT.23.

Anteontem, 09/10/23:

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

08/10/23:

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

07/10/23:

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

06/10/23:

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

04/10/23:

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

01/10/23:

Pôr do sol. Foto original. Out.23.

Obrigado pela sua atenção e participação.

(Fotos de minha autoria.)

Votos de saúde e paz. 

(Outros Ocasos / Poentes / Pores do Sol!)

 

POEMA FIGURADO (III)

POEMA FIGURADO (III)

      Perdido de si

 

Há muito quedado estava, ali, naquela ilha.

Náufrago do desejo, da incerteza, do saber, do não saber

                                                             como fazer, do ser.

Aportado, só, se apossara dele a ansiedade, o medo,

                                         a dúvida, o desespero.

Uma palmeira, simples companhia

                                 alimento duma alma dolorida.

 

Em redor, o mar…

A água mãe, a mãe das águas

                    as primeiras águas…

O líquido primeiro, de que fomos e de onde nascemos.

Memória ancestral, primórdio da existência

Repetida por cada ser nascido, renascido…

O rebentar das águas…

O libertar das águas

E a prisão primordial das águas. Sempre!

 

E tamanha a solidão, a angústia.

 

Finalmente, um barco!

Um cargueiro, um barco de guerra…

Pouco importa.

De momento, é um barco

E com ele a salvação.

(Hipotética, apenas.)

 

Perdido, nos caminhos de si

Enorme a barba, de isolamento

Ergue os braços, gesticula, acena, pula

Chama a atenção, grita, pede socorro, ajuda

                                                      a quem passa.

Pouco importa que barco, de carga ou cruzador.

Há que tirá-lo da ilha-prisão em que se encontra.

 

Inocência a sua!

Revelar-se assim aos outros. Descobrir-se.

Dizer-se desesperado, faminto, pedindo ajuda…

Cheio de fome de’amor.

Criancice a dele.

Comportamento infantil.

 

Há que riscar tudo.

 

Tapar, esconder com garatujas, riscos,

                                                a verdade.

Esconder. Revelar. Esconder.

Tapa – Esconde – Revela – Descobre.

 

É um desenho de criança

Não é um desenho para a sua idade.

 

Há que recalcar

         mas descobrir

              deixar antever, tapando,

                        o desespero

                     a angústia

                a solidão

      em que se encontra.

 

Um Homem só, barbudo

              numa ilha

Uma palmeira. O mar em volta

           p’lo mar envolta.

Lá longe… o sol e umas gaivotas.

E quase próximo, um barco

             pouco importa cruzador ou cruzeiro.

Há que pedir-lhe ajuda

Para sair da ilha.

 

Há muito quedado está, ali, naquela ilha!

 

 

 

 

Escrito em 1988.

Publicado em “A Nossa Antologia”-  X Volume – A.P.P. – Associação Portuguesa de Poetas - 2002.

 

 

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