Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Neste postal nº 977, apresento imagens de rochas que, de algum modo, foram sujeitas a intervenções do Homem.
A primeira tem os cinco círculos que observamos e que são por demais intrigantes.
Terão sido elaborados há milhares de anos? Supostamente sim! Por que povos? Com que finalidades? Com que instrumentos? Que utilidade teriam?! Muitas mais questões poderiam ser levantadas. As respostas seriam certamente escassas.
Ainda tentarei limpar a pedra, para visualizar melhor os círculos.
A 2ª foto é de um muro de uma propriedade.
Observe, S. F. F., o trabalho arquitetónico: a forma e a função / funções. O conjunto e as partes. As pedras e cada pedra, no respetivo lugar.
Na 3ª, umas escadinhas, para subir à pedra maior.
Hei-de pedir ao proprietário para me deixar entrar no terreno, para observar e fotografar melhor. (Espero que não tenha cães bravos.) E, subir à pedra, se conseguir.
Na 4ª foto, também intervenção humana, no aproveitamento de um espaço natural para utilização funcional. Também trabalho antigo!
E este “corte”, nas pedras seguintes, terá resultado de intervenção humana?
E estas pedras, aparentemente espalhadas a esmo, terão resultado de intervenções de humanos com vista a alguma utilização?
Terão constituído alguma estrutura funcional? Terão sido desativadas dessa primitiva função? ... ?...?
E, a “Pedra da Cantareira”!
Esta tem nome, que é designada, como mencionei. Tal como a propriedade que delimita. Não me pergunte porquê, que não sei!
P. S. - O "Verão dos Marmelos" parece estar a terminar. Ontem, o céu esteve sempre coberto de nuvens. Hoje, um capacete cerrado de nuvens cobre completamente a Serra. Parece que chuviscou.
Neste postal, o novecentos e setenta e cinco, continuo divulgando imagens das rochas peculiares do Norte Alentejano. Neste caso, figurando Cogumelos! Gigantes!
As focagens permitem perspetivas diferentes.
Rochas cogumelos. Outra perspetiva
Nalgumas verifica-se intervenção humana. Estes granitos tinham muita utilidade e nem sempre a perceção dos povos sobre a Natureza é estética ou artística. Ou transcendental!
A maioria das vezes é utilitária.
Mas, por vezes, essa intervenção resulta interessante esteticamente, como na quinta foto!
Outras Imagens e paisagens:
Cogumelo com sobreiro em fundo. Brincando ao esconde, esconde.
Rocha cogumelo agindo na sua função decompositora sobre sobreiro morto!
Rolantes?! Não! Roliças… e, sim, Rolantes, algumas!
O Alentejo Norte, Norte Alentejano, Alto Alentejo, nas regiões de terrenos graníticos, possui formações de rochas muito peculiares. A erosão, ao longo de milhões de anos, proporcionou a existência de verdadeiros monumentos naturais. Pedras, calhaus, rochas, umas maiores outras menores, que mercê da erosão, da ação dos ventos, das chuvas, das águas correntes, da força mecânica das areias arrastadas sobre a rocha mãe, criaram verdadeiras esculturas de formas e artes quase surreais.
São alguns exemplos que apresento neste postal.
A mesma rocha pode adquirir aparências diversas, conforme o ângulo de visão.
Nalgumas houve intervenção humana. Neste postal, apresento as que me pareceram mais roliças! Perspetivas... pessoais e conforme o ângulo de visão.
Neste postal e nos seguintes, subordinados ao tema "Pedras...", surgem silhuetas peculiares, mesmo bizarras, algumas. Não tanto a que se segue, mas a primeira do postal e outras que penso apresentar em futuros postais.
Espero que goste e valorize o Património de que dispomos. Mesmo o Natural!
Pois, agora, a paisagem está assim. Ou pior! Que as fotos são de há um mês.
As acácias mimosas foram desbastadas no Inverno e Primavera. A dita, chegados Abril e Maio, acompanhados de alguma chuva, proporcionou as imagens surpreendentes que apresentei documentando os passeios e passeatas nos percursos assinalados, do Boi d’Água, da Fonte dos Amores, do Salão Frio.
Simultaneamente as acácias, infestantes como são, foram sempre rebentando.
Acácias, essas não pediram licença ao tempo, cresceram e medraram, como é seu hábito. Proliferaram ainda mais.
Nos últimos passeios realizados pela Serra, pela tarde, em pleno Verão, sem o encanto e magia primaveris, constatamos os campos, outrora pinturas impressionistas, agora assim como as imagens documentam.
As acácias que, continuariam no respetivo verde acinzentado de Verão, estão ainda mais secas que os pastos.
Houve certamente intervenção humana “atacando-as” com algum produto tóxico a ver se elas secam de vez. Isto deduzo eu que não tive oportunidade de questionar alguém de direito sobre o assunto.
Coisas da Vida!
Acácias, mimosas ou não, de espigas ou lá o que sejam, de espinhos também, é nunca plantar.
A Cidade e a Serra, apesar de tudo, do Verão e do calor, proporcionam sempre imagens por demais sugestivas. Enquadradas na vegetação autóctone: sobreiros, carvalhos negrais, lentiscos, medronheiros, sanguinhos, carrascais. E também: pinheiros mansos, oliveiras, zambujeiros.
Aproveite, apesar de tudo, para passear! Se, no Alentejo, aproveite as sombras. Dos sobreiros...
Se for na praia... Bem! Ainda melhor! Bons passeios. Muita saúde.
Bem sei que fica longe do seu percurso de Vida, Caro/a Leitor/a. Mas para quem está por perto, proporciona um passeio bem sugestivo. A fonte está lindíssima. Ademais, agora, pintada. Tem uma água ótima. Muito fresca.
Para quem está longe, proporciono esta viagem virtual. Aprecie a arquitetura, singela, mas peculiar, apelativa, tradicional.
A bacia de receção da água e de colocação dos asados, simples, mas artística!
Há sempre, em qualquer localidade, uma fonte perto, mesmo nas cidades, por maiores que sejam.
Aliás, quanto maiores e mais opulentas as urbes, mais majestosas as fontes: a Fonte Luminosa, a Fonte Monumental, a Fonte da Boneca, a Fonte dos Amores, eu sei lá… a Fonte do Ídolo… a Fontana de Trevi!
Na sua localidade qual a fonte que mais se destaca?!
Por aqui, pela Aldeia, eu evidencio esta, a Fonte do Salto! Nome original.
Aventure-se e aprecie, SFF!
Pena não poder oferecer-lhe um copo de água num cocho.
O Jardim – Parque da Gulbenkian é um oásis em Lisboa.
Surpreendente a floresta criada no meio da Cidade. (A Praça de Espanha também está bastante diferente, mas ainda não deu para uma apreciação global e avaliativa. Mas, na questão de circulação automóvel, pareceu-me melhor. Mas ainda terei que ajuizar com mais atenção.)
Voltemos à Gulbenkian e apreciação do coberto vegetal do Jardim. Alguns aspetos de pormenor e outros de por maior. De algumas plantas conheço nome vulgar, de outras não. Nomes científicos, mais corretos, em latim, não conheço. Lamento!
A foto de capa: Roca da Velha
Imagem de por maior: Canavial, de Canas da Índia
Lantana
Roseira florida.
Rosas muito bonitas existem no Roseiral da Gulbenkian. Mas perdem muito do fulgor dos roseirais, porque o arvoredo que limita o espaço a sul – sudoeste cresceu imenso e priva-as de luz solar. Digo eu… Jardim ou parque sem roseiral, não é jardim nem parque, em Portugal!
Azevinho
Acanto
As imagens seguintes são de plantas cujo nome desconheço.
Sabe os respetivos nomes?!
Se souber, agradecemos que os nomeie, Se Faz Favor!
Afinal, o caril não era de gambas, mas de camarão. Correção feita!
Chegados ao Jardim para o piquenique, depressa os preconceitos voaram. O que mais havia era gente a piquenicar. As mesas junto aos eucaliptos estavam ocupadas, precisamente com pessoal a comer. Os bancos em redor, vários deles, em idêntica funcionalidade. Pela relva, também havia grupos, na função digestiva. Debaixo das sombrosas árvores, várias pessoas observei, comendo.
Um dos preconceitos: o “cesto do supermercado”. No final da visita, observaria um senhor, todo descontraído, com um desses cestos a tiracolo, onde levava o que sobrara do piquenicar que ele e a família haviam feito num dos bancos de cimento, debaixo dos eucaliptos!
Não tenho memória, se antes da eclosão da pandemia, era costume ver-se tanto pessoal a almoçar pelo parque. A hora de almoço costumávamos passá-la nessa função.
Comemos, piquenicando, divertimo-nos e tivemos direito a sobremesa, após termos arrumado os apetrechos, conforme foto do postal anterior. Não deixámos restos, nem papéis. Não demos nada, nem aos pombos, nem aos patos, que, gulosos, nos abordaram, enquanto comíamos. Seguimos as instruções que nos interpelam logo à entrada leste do parque, junto ao Centro Interpretativo Ribeiro Teles, conforme foto documental.
Foi precisamente na gelataria que pedimos a sobremesa. Por mim, decidi-me por gelado de alfarroba, nunca havia provado. Gostei. Sou guloso! Mas também houve de morango e de chocolate. Para mim, triviais.
E houve direito a café, para quem quis, com ou sem açúcar! Em chávena. Havia quem não bebesse assim café, há imeeennso tempo! Na bandeja, levei-os para a sombra do exterior, que no espaço interior, apenas se podia ficar tendo o tal certificado. Devolvi a bandeja à origem, claro!
Uma tarde muitíssimo bem passada. Passeata no jardim. Exercícios, à moda olímpica. Aproveito para felicitar os nossos atletas, os medalhados e os não medalhados, que também se esforçaram para tal.
O Jardim oferece excelentes sombras, nalguns locais, verdadeira floresta temperada, sempre bem irrigada. Ouve-se a passarada. Pareceu-me rouxinol, quando chegámos. Gaio também me pareceu no seu “grasnar”?
Não me atrevi a visitar a exposição na galeria principal.
O candeeiro da “prima” Joana está exposto num dos átrios principais. É tão grande que não passa nada despercebido.
A fila para o museu manteve-se sempre crescida até depois das cinco, quando partimos. Também não queríamos visitar. Já o fizemos por diversas vezes.
As esplanadas, a do restaurante do Museu e a do Centro Interpretativo, estavam cheias.
A quase totalidade do pessoal andava de máscara, aonde ela era devida. Nós, inclusive.
No final da visita, encontrámos este casal, bem simpático. Entre oitenta e noventa. Com a devida autorização, fotografei-os. Não costumo colocar, no blogue, fotos com Pessoas. Mas não resisto a esta. Há sempre uma excepção, o que só confirma a regra.
Também fotos de plantas. Esta de uma plantinha minúscula. Para contrapor ao tamanho do candeeiro da “prima”! Há beleza e harmonia em toda a Arte. A natural e a humana, que “copia” a da Natureza?!
Ontem, 1 de Agosto de 2021, entrámos em espírito de férias. Olha, que grande admiração, ó meu! Dirá. Agosto é mês habitual de férias, vacanças, holidays…
Sem dúvida! Mas para quem está “reformado”, serão férias todo o ano… Todavia, fica sempre essa reminiscência. Mas, se para o núcleo familiar fundamental a situação habitual é essa, há quem tenha tido e irá continuar a ter, um ano de muito trabalho e compromissos. Por etapas, que vão sendo concluídas. Adiante…
Resolvemos fazer algo diferente. E o quê?!
Já não íamos à Gulbenkian - Lisboa, há mais de um ano. Desde antes da pandemia. Aos domingos, costumávamos ir com alguma regularidade, desde há cerca de trinta anos!
As saudades de passear no jardim – parque, ainda mais de ir almoçar ao restaurante do Centro de Arte Moderna, são mais que muitas.
Mas o Centro está em obras, acabarão lá para 2022? E o restaurante reabrirá?! E o que será feito do Pessoal sempre tão simpático e atencioso?! (Saudações cordiais!)
Bem… E se fossemos fazer um pique nique no Jardim?! Ideia lançada no sábado e prontamente aceite em família.
Confesso que tinha algum preconceito, apesar de achar a proposta excelente. Como estaria o ambiente? A vivência humana? Será que pareceríamos uns extraterrestres?! E o que levar para comer? E como? E onde comer? Como abancar?!... Aquelas dúvidas que nos assaltam e moem, perante algo inusitado.
(E essa coisa da Covid?!)
Tomada a decisão, aceite, passámos à concretização.
O principal: a comida. Decidimos juntar dois em um. Encomendar no "Nepalês", que é como o nomeamos. Mas cujo nome de batismo é “Everest Montanha”!
Um restaurante, com esta origem e comida condizente, situado na Avenida do Brasil – Lisboa. Apreciamos a paparoca. Caril de gambas, sem picante, que ao natural já pica. Arroz basmati, uma delícia. E pão. Um com alho! (Ai o Quim Barreiros!)
De véspera, havíamos aprontado os apetrechos: toalha, guardanapos, talheres, garrafas de água, recipientes para acondicionar os alimentos e sacos para levar a comida e acessórios. (Não queria levar um daqueles sacos das compras dos supermercados.)
Bem! Ficaram algumas imagens ilustrativas e abordarei pormenores noutro postal.
Posso dizer que foi ótimo. Achámos um piadão. A comida era excelente. Comemos muitíssimo bem. Até tivemos sobremesa e digestivo.
(Aventure-se também num piquenicar num Jardim, perto de sua casa. Ou longe!)
Ah! E, neste dia muito especial, também tivemos o grato prazer de rever dois Amigos que não víamos, desde antes da eclosão da pandemia. O João e a Fatinha! Valeu!