Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
É um dos monumentos mais carismáticos de Portugal. Aí estão plasmados – documentados na pedra - marcos identitários da nossa História, nomeadamente da História da nossa Arte.
Um dos trechos peculiares do Monumento são as designadas “Capelas Imperfeitas”!
Percebo, relativamente, o significado da designação. Porque ao longo dos séculos não foram concluídas.
Mas “Imperfeitas”?!
Se há ali uma verdadeira “Obra Artística” da maior e inexcedível perfeição!? No conjunto, na globalidade e no pormenor dos detalhes!
Antes terem-nas designado por “Incompletas” – “Não concluídas”!
A 1ª quadra dos “Maios” achou uma nova quadra. Ainda de Abril e dos Maios, mais a Liberdade!
As fotos acompanham ainda os Maios. Ambas as quadras inspiradas no real, mas não há fotos publicadas dos potros. Não são meus, são certamente valiosos, estarão registados, por isso tendo embora fotos dos corcéis não as divulgo.
Vão também fotos dos Espinheiros, que noivam os campos, espalham um perfume sereno, mas apelativo e nos testemunham a Primavera deste Abril, hoje, já cheirando a Verão!
Continuação de excelente Primavera, excelso Abril Pascal e bons passeios campestres.
Ontem, 4 de Abril, foi tempo de testemunhar como os “Maios” já amarelejam os campos da Tapada do Rescão – Aldeia da Mata.
Inspiração para uma Quadra. A minha Musa é parca, parcimoniosa. Pode ser que ainda surja outra.
Tarde de espargos. Apanhei um molho bem jeitoso, nas habituais tapadas.
As cabras anunciadoras das “Páscoas”, mal foram soltas pelo dono, logo calcorrearam as três tapadas: a do Rescão, a das Freiras e o Chão da Pereira. Não satisfeitas, ainda saltaram para propriedade do vizinho. Lá teve de ir o Luís – dono - buscá-las. Chama-as e elas voltam. Interagem muito bem com os humanos. Mas são cabras! Sempre cabras!
Os javalis, certamente também as javalinas, andam numa fossadeira pelos campos. Quase uma lavoura! Pior é o efeito nas redes de proteção dos terrenos. Não resistem! Abrem buracos por todo o lado. Bem podem fechar uma saída (ou entrada?), logo descortinam outra. Não há trabalho de manutenção que aguente!
Aproveitei a tarde de ontem para a passeata habitual, ainda pelos campos. Vindo o calor, os espargos vão rareando, as ervas secam, os maios estiolam e abundam as carraças e outras bicharadas. Nessas alturas já não gosto tanto de passear no meio do ervaçal.
Anteontem, no decurso dos trabalhos “agrícolas”, vi a primeira cobrita. Deixei-a seguir o seu destino!
E, assim termino esta “croniqueta” campestre. Que, hoje, foi dia de Cidade!
Perto de Monte da Pedra. Junto à estrada para a Cunheira.
(A visita à “aldeia” do Chamiço "deu pano para mangas".)
De regresso, já quase sol-posto, o Amigo Casimiro achou por bem irmos visitar a “Laje de Santo Estevão”.
Saindo de Monte da Pedra para a Cunheira, passado o entroncamento com a estrada do Monte para o Crato, onde se localizam as antigas Escolas Primárias – tristeza, tanto abandono! – e dois “palacetes”, que também já tiveram melhores dias, talvez nem um quilómetro, logo vemos uma placa em madeira, assinalando o local rústico.
Mais uma distância curta, em caminho vicinal, logo estamos perante este sítio geológico. Não é um espaço que dê muito nas vistas. É uma laja. Logo rasteira. Mas de uma extensão deveras considerável. As fotos não são suficientemente elucidativas, face à dimensão do local. Uma foto através de drone mostrar-nos-ia muito melhor a dimensão, ou através do google maps. Não sei. Dou o que tenho e sou capaz! (Não tenho drone, nem sei usar e através do google não seria foto minha.)
Junto ao lajedo está uma antiga casa em ruínas, toda construída em pedra.
Uma questão que me surge sobre a lajem. Será que nos tempos das debulhas e descamisadas esta lájea seria utilizada para tal fim?! Quem sabe?!
Isto de dar nomes às pedras será um dom?! Haverá quem lhe chame outra coisa. Mas… “isto cada um é como cada qual”.
Bem, na visita à Pedreira das Mós, no Couto do Chamiço, o senhor que nos guiou, também nos interpelou e comentou sobre duas pedras muito particulares, especialmente uma, sensivelmente a sul sudoeste da Pedreira. Em que, por acaso, eu logo reparei, mal cheguei ao espaço, pois ela, apesar de pequena, destaca-se face a todo o conjunto ambiental.
As fotos da pedra são elucidativas.
Nas fotos, a que mostra o lado sul da pedra, quando ela está praticamente em linha reta com a pedreira, nota-se um maior desgaste. O Srº Aníbal Rosa, certamente conhecedor e observador do espaço, há dezenas de anos, e intrigado com a situação, questiona-se e questiona-nos sobre o eventual facto de essa pedra ter desempenhado alguma funcionalidade face às pedreiras.
Não tenho qualquer resposta opinativa sobre o assunto. Que desconheço na totalidade. Inclusive, ignorava a existência da Pedreira. (Todavia, é interessante referir que a minha Avó Carita, a dos contos tradicionais e narrativas sobre a sua Avó do Chamiço, tinha lá uma propriedade que, por herança, pertence atualmente aos meus primos, filhos de Tia Maria Carita. Propriedade que se chama “Tapada das Mós”! Não a visitei, desta vez. Isto das conversas…)
Mas voltando à pedra….
Outra perspetiva.
E uma outra pedra, que o nosso “Cicerone” também tem batizada.
Caro/a Leitor/a, não vou dizer o nome de batismo. Desta lembro-me do nome por ele atribuído. Da outra não.Tentarei saber.
A visita à “aldeia” do Chamiço, naquele “Dia da Senhora das Candeias ou da Luz”, no passado 02/02/23, com o Amigo Casimiro, foi uma visita verdadeiramente iluminada. Para além de termos calcorreado o antigo povoado, observando a ancestral localidade, também conhecemos realidades completamente novas.
O nosso cicerone, Sr. Aníbal Rosa, fez questão de nos levar a visitar um local que nos era completamente desconhecido e improvável de conhecer, não fora a sua sugestão. - Que ao abalar, o seguíssemos. O que fizemos. Fomos por outro caminho, que se dirige a Monte da Pedra, em muitíssimo melhor estado do que o que trouxéramos à ida. Este caminho vicinal vai desembocar perto de Monte da Pedra, na estrada que desta localidade segue para Gáfete.
E que local é esse?! Pois. Precisamente uma pedreira onde eram feitas as mós utilizadas nos antigos moinhos, espalhados pelas redondezas. Até à época em que estes eram utilizados na fabricação de farinha, antes do advento das panificadoras industriais. Talvez até aos anos quarenta / cinquenta do século XX, digamos, como limite aproximado, do findar da respetiva utilização.
Sensivelmente a meio caminho entre a “aldeia” do Chamiço e a aldeia do Monte da Pedra, parou a camioneta e incentivou-me a saltar a vedação do Couto, encimada por arame farpado, que ele empurrou para baixo, para eu poder saltar, utilizando a rede como escada. Não foi fácil, friso. Estive para desistir, não fora o seu incentivo. Que ele, mais novo, já estava dentro da propriedade. Não foi a primeira vez que fizera essa acrobacia, pois tem levado várias pessoas a visitar o local. (É a sua função de “Cicerone”!)
(O amigo dele, bastante mais velho e o amigo Casimiro, ficaram nas respetivas carrinhas.)
Eu, apesar da dificuldade, consegui ultrapassar o obstáculo (entrada de acrobata) e em boa hora o fiz, porque o local é bem merecedor de visita.
No local, existem algumas, poucas, mós, acabadas. Outras em processo de fabricação. Muitos pedaços de pedra, já partidos, mas ainda em bruto, à espera que os cabouqueiros as trabalhem e aperfeiçoem em jeito de mós. (Bem podem esperar, sentadas, melhor, deitadas a esmo, amontoadas na pedreira, esperando hora de abalada, que nunca mais vem.)
A 1ª foto titulando o postal é de uma mó, pronta, para ali abandonada.
A 2ª foto é a mesma mó perspetivada face à pedreira.
As anteriores fotos nº 3 e nº 4 são de excertos da pedreira. Bem como a seguinte:
Uma pedra singular, não identificável, em confronto com mó acabada e quase soterrada.
Uma perspetiva do espaço.
Ao longe, uma barragem... O sol a caminho do ocaso... E uma pedra peculiaríssima, dificilmente visível na foto, que merecerá destaque em futuro postal.
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Saída de javali!!?? Porquê?!
Porque, no regresso, já não me atrevi a saltar a rede e optei por uma das saídas utilizadas pelos javalis. (Hão de servir para alguma coisa!) Neste caso, o Srº Aníbal levantou a rede do nível inferior do cercado e eu, qual “javaleco”, saí do Couto do Chamiço para o caminho vicinal.