Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
“Linha de Barca D’Alva” – “Pocinho » Barca d’Alva”.
“DOURO ADORMECIDO”
«Os últimos 28km da Linha do Douro, entre Pocinho e Barca d’Alva, foram desactivados em 1988. Desde 1985 que, do lado espanhol, não havia continuação de comboio para Salamanca.
Ironicamente, tinha sido a necessidade de abrir uma ligação directa do Porto a Espanha a razão de ser da construção deste traçado. Na verdade, em 1887, um consórcio de empresários e banqueiros portuenses financiara integralmente não só a linha até Barca d’Alva, como daí em diante, já em território espanhol, até Fuente de San Esteban (onde entroncava com a linha para Salamanca).
Quando a decisão de fechar a linha foi tomada, não se sonhava que um dia haveriam de ser descobertas gravuras paleolíticas no baixo Côa e, muito menos, que esse conjunto viesse a ser classificado pela UNESCO. Ou que o Douro Vinhateiro também se tornasse Património Mundial. Mas a verdade é que durante todos estes anos não se acautelou uma manutenção mínima da plataforma: houve derrocadas, crescimento de matos e até de árvores inteiras, para além de as estações terem sido vandalizadas. Não deixa de ser curioso que a estação do Côa, reduzida a pouco mais de uma ruína, se situe perto do local escolhido para a construção do futuro Museu do Vale do Côa.
Agora é do lado espanhol que vêm sinais de possível revitalização da linha, mas a factura desta operação do lado português não vai ser inferior a 16 milhões de euros. A pergunta que apetece fazer é a seguinte: em quanto se reduziria este valor se, ao longo destes anos, tivesse havido um mínimo de manutenção?
(…)
No local onde confluem os dois patrimónios mundiais durienses não deixa de ser irónico que o percurso ao longo do Douro, em seguida sugerido, só possa ser feito a pé ou nos barcos dos cruzeiros turísticos. Ou que a possibilidade de chegar ao Parque Arqueológico do Côa de comboio continue uma miragem. Para quando o regresso dos comboios a Barca d’Alva?»
In. “Pelas Linhas da Nostalgia – Passeios a Pé nas Vias Férreas Abandonadas”,de Rui Cardoso e Mafalda César Machado, Edições Afrontamento, Novembro de 2008. Pag.s 89 e 90.
(As fotos são dos Autores do livro. Fotografei-as com o telemóvel, a partir do livro.
Os sublinhados são da minha lavra.)
Caro/a Leitor/a, fizemos esta viagem até Barca D’Alva, em imaginação.
Só o nome da localidade: Barca D’Alva, Barca de Alva. Deduzo que ficando a localidade, a Leste de Portugal e do Douro, portanto do lado Nascente, será a esse conceito que o nome se refere. Barca do Nascente, do Leste, da Alva, ou seja, do Nascer do Sol!
A toponímia das terras é por demais interessante!
Reflita também no texto que, em poucas linhas, nos leva, direta e indiretamente, a vários factos marcantes da nossa História! S.F.F.
Sabia que tinha umas fotos sobre o dito cujo, mas não as consegui localizar no computador. Ainda as tinha no telemóvel, com uma enormidade de muitas outras, que isto de ter “aprendido?!” a lidar com o telemóvel e a funcionalidade “fotos” é no que dá.
Com a possibilidade de aceder às ditas, pensei em anexá-las aos postais anteriores ou então criar um postal novo, o 964! (Metralhices!)
Optei pela segunda alternativa, até porque pretendo expor uma ideia sobre a Cidade, que já congemino há algum tempo.
(Questionar-me-á, Caro/a Leitor/a, porque me interesso por Estremoz, não sendo a minha terra, nem concelho, nem sequer distrito.
Bem… antes de tudo o mais, porque gosto de opinar sobre assuntos que são importantes. Ademais positivos.
E… Estremoz é Alentejo, ou não?! Portanto, fica enquadrada completamente na temática “Aquém- Tejo”. E “aquém”, sendo um advérbio de lugar, exprime também um sentido ou sentimento de proximidade. Todos os assuntos que me interessem gosto de os expor no blogue.
Por isso ele aborda temáticas tão diversificadas. “São feitios..”
Obrigado pela sua atenção.)
Vamos ao fundamental.
Quem conhecer Estremoz, melhor do que eu, que é mais de passagem, há dezenas de anos, sabe que é uma localidade, na sua globalidade arquitetural, histórica, social, deveras interessante. Muito peculiar. O seu contexto geográfico, as encruzilhadas da História que nela perpassam, a Cultura, os vários espaços museológicos, as tradições… A Agricultura… Eu sei lá…que pouco sei.
Também saberá, que a Cidade tem um dos seus elementos patrimoniais de relevância, os “Bonecos de Estremoz”, considerado como “Património Mundial”.
Pois, é por aí. Como refere o título.
Considero que Estremoz merece ser “trabalhada” no sentido de ser elevada à categoria de “Património Mundial”.
Como?!
Bem, na Cidade ou “arredores”, haverá quem sabe bem mais do que eu sobre o assunto. Que sou leigo na matéria. Apenas sou um observador das realidades que nos cercam e, observando, “lendo” sobre o que aos nossos olhos essa realidade nos mostra, procuro construir propostas positivas sobre o que nos rodeia.
Tenho dito! A ideia está lançada. Quem puder, quiser, tiver condições para tal, que nela pegue e lhe dê a consequente estruturação.
(Não precisam de pagar nada. É de graça. Mas estou mesmo a falar a sério!)
A base de estruturação dessa candidatura?! O elo, o cerne fundamental de organização desse objetivo?!
Pois, Caro/a Leitor/a, reparou que em várias imagens está retratado o chão que pisamos. E alguns edifícios característicos. (Faltam os de “Arte Nova”, únicos e icónicos!)
E o que é que Estremoz tem debaixo do chão que pisamos e tem sido a grande base da sua riqueza, para além da Agricultura?!
Pois, exatamente, o Mármore! Esse deverá ser precisamente o “leitmotiv” desse Projeto.
Lancem-se à Obra! SFF!
Obrigado por me ler até aqui e votos de muita e Santa Saúde!
Tem este post o objetivo de relembrar que é hoje o lançamento da XIII Antologia de Poesia, do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, conforme já referido no blogue.
Também como previsto, divulgo a segunda das minhas poesias que figuram na mencionada Antologia.
Acompanhadas de duas belas fotosoriginais de D.A.P.L., de 2014, já apresentadas noutros posts, da tão peculiar e bonita localidade algarvia. Li, algures, que a UNESCO propôs que esta linda povoação, bem como a Vila Real de Santo António, fossem candidatas à categoria de Património Mundial. Inteiramente justo!
Que a Vida nem sempre é como se quer. Por vezes há assuntos mais prementes a tratar. Nem podemos estar sempre ligados à informática. Mas não me esqueci que ainda hei-de voltar aos temas mencionados no post anterior.
Ainda antes de voltar ao assunto do último post, relacionando acontecimentos de há quarenta anos (1975) e a atualidade (2015), divulgamos um acontecimento que irá ocorrer de hoje a oito dias.
Já falei de “Visita Guiada”, que é apresentado às 2ªs Feiras, após a exibição da série.
Na passada 2ª feira, dia 7 de Setembro, repetiram o episódio sobre a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva e Escola Superior de Artes Decorativas, sediadas em Lisboa, Alfama.
Uma Obra verdadeiramente iluminada pelo espírito artístico!
Na próxima 2ª feira, apresentarão outro episódio.
Aos sábados, à noite, agora estão passando filmes do consagrado realizador italiano, Roberto Rossellini. No sábado passado, projetaram “Roma, Cidade Aberta”, filme de 1945, estando ainda prevista a visualização de mais duas obras deste Mestre da 7ª Arte.
Além da temática dos filmes, obras marcantes de uma época, o Cinema Italiano tinha projeção internacional, consagrado de realizadores aclamados e também grandes atores e atrizes. Filmado em cenários reais, “Roma, Cidade Aberta”, maioritariamente com atores amadores, em que as crianças são um exemplo vivo de purismo e inocência representativa, destacam-se os profissionais Aldo Fabrizi, como Dom Pietro e a fabulosa Anna Magnani, no papel de Pina.
Recebeu o grande prémio do festival de Cannes de 1946,
Um filme que se revê sempre com muito agrado!
Também na semana passada, no dia quatro, à noite, projetaram um documentário de José Salvador, “Douro – O Rio do Vinho”, sobre a épica região produtora de vinhos, que é a Região Demarcada do Douro. Um trabalho de divulgação excelente, convidativo a uma viagem a um espaço geográfico e humano tão empolgante, criado, trabalhado, como uma Obra de Arte, durante séculos, pela mão e labuta de Homens, Heróis que naqueles terrenos alcantilados construíram uma epopeia, desde o século XVIII. E consagrado e reconhecido como Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, desde 2001.
Pena, enquanto vemos estes documentários, apenas podermos ver e ouvir e ainda não seja possível, que acredito um dia será, podermos também degustar o agradável vinho e saborear os petiscos que são apresentados e saboreados pelos participantes!
Tempos virão em que isso será possível.
BORGEN, nunca é demais repetir, continua a ser uma das minhas séries preferidas.
Procuro sempre rever os episódios, nos domingos à noite!
Pois continuam a projetar esta excelente série europeia.
Também passaram, há algum tempo, não sei precisar quando, julgo que ainda em Agosto, o filme “Getúlio”, que havia visto na 10ª Mostra do Cinema Brasileiro. Ainda comecei a revê-lo, mas, nessa noite, a minha TV pregou-me a partida e transformou o écran numa tela impressionista!