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Aquém Tejo

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

Há quem do Tejo só veja o além porque é distância. Mas quem de Além Tejo almeja um sabor, uma fragrância, estando aquém ou além verseja, do Alentejo a substância.

“A Agência Clandestina” - Temporada 1 - Personagens e alguns Tópicos do Enredo

Série Francesa

RTP2

 

Le Bureau de Légendes

Episódio 10

(4ª feira – 02/11/2016)

 

 

E volto à abordagem da série. Que já chegou ao episódio 10.

 

Quanto ao título, de modo que fosse um pouco mais consentâneo com o tipo de Agência, talvez “Agência Secreta”. Não sei se seria original ou não.

Quanto ao significado de “Légendes”, no contexto da série, reporta-se a palavra precisamente para o sentido literal: “legendas”. Uma ideia um pouco diferente da que eu supusera, reportando-me aos agentes como “lendários”, no sentido do seu desempenho e atuação.

Procurando traduzir o que referem na sinopse: os agentes « …trabalham na sombra, “sob legenda”, isto é, sob uma identidade fabricada em todos os aspetos…»

 

le bureau des legendes in. alliancefrancaise.org.s

 

A Agência, “Bureau des Légendes” é um Departamento que funciona no âmbito da DGSE – Direção Geral da Segurança Exterior. Nela, são formados e dirigidos “à distância”, os agentes “clandestinos” mais importantes dos serviços secretos franceses, de informação externa.

Devidamente preparados, como podemos observar face à personagem “Marina Loiseau”, são colocados num país estrangeiro, em “Missão” de observação de possíveis pessoas suscetíveis de serem recrutadas como informantes.

Aí vivem longos anos, “imersos” nesse país, sob essa identidade fabricada, falsa, mas totalmente interiorizada como verdadeira, em permanente dissimulação.

 

Guillaume Debailly é o principal agente do Departamento e personagem principal no enredo e narrativa da série.

Viveu seis anos em Damasco, sob o nome e a identidade de Paul Lefebvre, professor de Francês.

Inicia-se a história com o seu regresso a Paris. Daí decorrerá a sua suposta integração na Agência e assunção da vida “normal”, sob a identidade verdadeira de “Guillaume, em que se incluirá o restabelecimento dos laços familiares com a filha e a ex-mulher.

Esse restabelecimento, esse “despir” de uma personalidade forjada, mas vivenciada durante largos anos e o interiorizar da verdadeira, não se revela nada fácil.

Mais difícil se vai tornando, quando, paralelamente ao seu regresso, também decorre a vinda, para a capital de França, da sua amante em Damasco: Nadia El Mansour.

Impossível se torna resistir ao apelo do Amor e Guillaume reassume a sua identidade de Lefebvre. E para amar, que o Amor não olha a meios nem fins, faz um jogo duplo e perigoso, colocando-se em risco pessoal, da sua própria família, no caso da filha, que expõe a perigos insuspeitos e da própria Nadia. Sobre esta, no nono episódio, recebeu uma chamada, de Nadim El Bachir, anunciando-lhe que acabara de lhe declarar sentença de morte. Porque, aparentemente não cedera à chantagem que aquele lhe impusera.

Muitas ocorrências aconteceram nestes últimos episódios.

 

A todos os agentes é atribuído um “pseudónimo”, melhor, “anexim”. O de Guillaume é “Malotru”.

Todos estes “anexins” são expressões favoritas, retiradas do vocabulário do capitão Haddock, personagem da banda desenhada de “As Aventuras de Tintin”.

 

haddock-600x434 in. topito.jpg

 

Continuando…

 

Nadia El Mansour, professora universitária, especialista em História e Geografia e muito especificamente do seu país natal, Síria, está muito para além do que Guillaume supunha.

Está em Paris, integrada num grupo de altos dignitários sírios, ligados ao chefe de estado do país, em negociações secretas com a oposição, tendo como intermediário um russo, em nome do respetivo país. É parte integrante dessas negociações, na sua qualidade de conhecedora da realidade cultural síria, altamente complexa e diversificada no plano da sua História e Geografia, suscetível de multivariados conflitos de índoles diversas.

O seu relacionamento com Lefebvre é motivo de preocupação e visto com muita apreensão pelos restantes membros da equipa das negociações, dado desconhecerem e temerem as atividades de Lefebvre, que desconfiavam ser jornalista ou espião, tipo de personagens que querem afastados, pois quebrariam o sigilo das negociações.

Avisada, intimidada, pelos vistos, ela não cedeu, julgo ter sido recrutada pela “Agência” e agora está ameaçada de morte. Pois que o seu amante não se vergou à chantagem, não fornecendo a informação pretendida, uma lista dos contactos que ele conseguira em Damasco, enquanto aí operava clandestinamente, como agente.

No episódio dez, soubemos que estará presa no Irão, numa prisão síria. Esta informação foi fornecida a Guillaume, por um agente da CIA, a quem ele fora oferecer os serviços de mediação com os sírios, em troca de a Agência americana tentar a libertação de Nadia.

O que se revela difícil, dada a complexidade das relações entre estes países e os americanos.

 

E estes são tópicos fundamentais da narrativa: as negociações secretas dos agentes sírios e o envolvimento de Nadia com Lefebvre, e as implicações e complicações daí decorrentes, para todos os envolvidos.

No fundo, resultantes de o agente não se ter conseguido libertar do seu passado em Damasco, mantendo e agindo conforme essa mesma identidade.

E nessa tentativa de remediação dos erros cometidos Guillaume vai-se “enterrando” cada vez mais. A ponto de trair: a sua Agência, o seu País, a sua Família, a sua Amada.

Um “renegado francês”, como o apelidou o representante da CIA em Paris, Peter Cassidy.

 

Outro dos tópicos centra-se no recrutamento, na preparação e no envio de um novo agente para o exterior. Neste caso, uma mulher, Marina Loiseau, que veio sendo preparada, testada na sua capacidade de resistência, para ser enviada para o Irão.

Submetida a treino intensivo no plano físico e psicológico, inclusive, torturada, revela-se suficientemente apta para o desempenho que lhe está destinado.

É apelidada de “Fenómeno”.

Neste 10º episódio soubemos que chegou, finalmente, a Teerão, depois de ter estado presa em Tiblissi, à ordem dos iranianos, mas pela ação dos georgianos. Mais um teste de resistência a que foi submetida e que conseguiu superar.

Mandou uma mensagem à “prima”, Marie Jeanne, a dar conhecimento da sua chegada. Depois da inquietação a que todos estiveram submetidos, foi com satisfação e alívio que receberam a notícia.

 

Marie Jeanne faz parte da equipa dos vigilantes da Agência. É com ela que os agentes secretos contactam, quando estão em missão. É a sua referência e elo de ligação com a estrutura mãe. Foi o referencial de Guillaume, enquanto em missão na Síria e, em França, promotora da sua integração na normalidade das suas referências, sem o conseguir, como temos visto.

É também ela quem tem preparado, na Agência, a nova “clandestina”, Marina, que neste décimo episódio lhe deu conhecimento que chegara ao seu destino, para o qual ela a preparara.

 

Outro dos tópicos fundamentais do enredo incide no desaparecimento de um agente especializado, operando na Argélia, Rachid Benarfa, apelidado de “Cyclone”, logo no primeiro episódio.

Este tem sido um tema que tem perpassado por toda a narrativa, especulando inicialmente sobre o que lhe teria acontecido, sobre a sua natureza enquanto espião, se fiel, se duplo, onde estaria, o que lhe teria acontecido, se raptado, se torturado, se teria delatado, quem o teria raptado ou coaptado… Verificada a sua integridade, tratou-se de encontrar formas e meios de o reaver. Engendraram um plano, concebido por Guillaume, de forma a obter a sua libertação. O que foi conseguido neste 10º episódio, no meio do deserto do Saara, algures no Mali.

Muitas peripécias e percalços ocorreram, envolvendo pessoas, instituições e recursos, que eu estou a saltar nesta minha narração.

Veremos se ele vai regressar à Agência.

 

Outros personagens relevantes que atuam na Agência ou na Direção Geral:

- Henri Duflot, o diretor. Funciona com um “pai espiritual” de todos os funcionários, por quem se interessa como tal. No seu estilo relativamente “apagado”, consegue agir e intervir de forma pertinente, mesmo em situações em que fora mandado colocar no seu “lugar”, que é essencialmente técnico, face a negociações, por vezes, fundamentalmente políticas.

- Marc Lauré, designado “MAG”, (Moule à Gaufres), “rosto picado das bexigas”. (Na minha Aldeia talvez se dissesse “cara de cortiça”.)

Coronel, é o diretor do Serviço de Informações e superior de Duflot. Age e funciona num enquadramento predominantemente de estratégia política.

- Raymond Sisteron, que faz parte da equipa de “vigilantes” da Agência. É a “referência” e suporte de “Cyclone”. Sofreu um bocado, que é como quem diz, bastante, com o respetivo desparecimento. Emocionou-se e rejubilou como ninguém com a respetiva localização e salvamento, para a qual teve um papel relevante, à distância de satélite, com as informações peculiares que forneceu sobre o seu agente e que foram cruciais para a identificação pelo médico, vindo de “Felis”.

- Funcionam dois agentes como siameses, sempre em dueto, Pépé e Mémé, o “Avô e a Avó”. São um sustentáculo operacional de todos os agentes em França. Tratam de logística, apoio, escolta, intimidação, defesa dos homens e mulheres a seu cargo.

- Outra agente “a Mula” exerce as mesmas funções.

- Ainda, integrados na Agência, funcionam:

- “Gherbi”, um dos recrutados por “Cyclone” em Argel, que, face ao respetivo desaparecimento, foi obrigado a ir para Paris, onde foi sujeito a tortura para testar a sua lealdade, o que o fez detestar o funcionamento da Agência e afirmar não querer mais trabalhar para eles.

- “Rim”, secretária de Duflot.

- Simon, torcionário, que torturou Marina, como forma e meio de a preparar para eventuais situações futuras e testar a sua capacidade de resistência. Tornaram-se “amigos coloridos”.

Veremos se cortaram completamente essa amizade, se ela resiste ao tempo e à separação e ausência comunicacional.

Há ainda mais alguns personagens secundários na Agência, mas de que ainda não me apercebi muito bem da função.

 

No plano familiar, assinala-se Prune Debailly, filha de Guillaume e Émilie Duflot, a mulher de Henri.

 

O enredo estrutura-se quase exclusivamente no âmbito profissional dos personagens, que a vida familiar destes agentes está relegadíssima para um plano muito secundário. Vivem muito na Agência ou na sua “missão", caso em que abandonam totalmente a sua vida anterior.

 

Do grupo de sírios, em negociações secretas, de que Nadia fazia parte, assinalam-se Nadim, dos serviços secretos sírios e Hachem Al-Khatib, homem de negócios e primo do presidente.

 

Guardo, propositadamente, para o final, a personagem da Doutora Balmes.

Médica psiquiatra, especializada em teoria comportamental, foi recrutada para ajudar os agentes em várias estratégias psicológicas de defesa psíquica e de manipulação dos seus verdadeiros objetivos. Está em permanente observação dos profissionais, nos diversos contextos em que eles agem e interagem, interpelando-os, interrogando-os, fazendo-os refletir, pensar sobre eles mesmos e os outros, sobre os seus comportamentos e atitudes, num modo analítico e introspetivo, a fim de se conscientizarem.

 

Surpreendentemente, no último episódio transmitido, décimo, ficámos a saber que ela é agente duplo, trabalhando para os americanos, CIA, desde o início em que foi contratada pela Agência francesa.

 

E é vê-la, no final do episódio, quando todos festejam na Agência a libertação de “Cyclone”, bebendo champagne, ela inclusive, e ovacionam Guillaume Debailly. Posicionada estrategicamente no fundo da sala, em lugar de não destaque, em permanente observação, ainda que também participante no evento comemorativo, mas numa certa distância empática.

E os olhares que se cruzam, o dela e o do agente glorificado.

 

Conhecendo, conhecendo-se e sabendo da ambígua e dupla situação de ambos, como será o respetivo desempenho futuro?!

 

Irão continuar a exercer as respetivas funções como se nada tivesse acontecido?

Manterão o statu quo, pelo menos nas aparências?

 

Irá Guillaume obedecer às ordens dos americanos?

Continuará a agir como se tivesse uma agenda profissional própria? Irá aguentar? Até quando sustentará essa pressão?

 

Na Agência farejarão alguma coisa? Deixará algum rasto mal apagado?

 

Tantas perguntas e questões que ocorrerão.

 

Só há um meio de encontrar respostas.

Visualizando a série.

 

Até breve!

(P. S. - Constatarei no dia 8, que o décimo episódio foi o final da 1ª Temporada.)

Uma Aldeia Francesa: "Les Personnages"

"Un Village Français"

Elenco in. gettyimages.com

 

Intróito:

Ainda me aventuro a elaborar um último post sobre "Uma Aldeia Francesa".

O que publiquei no início da série sobre os personagens, estruturado a partir do  site da wikipedia e do que já vira até ao momento, está algo incompleto, contudo é bastante visualizado.

Neste post, apresento um excerto do site já referido, respeitante aos personagens. Não me atrevo já a traduzi-lo, também não tenho muito tempo e as minhas traduções são o que são e, nalguns casos, deixam muito a desejar.

Atrevo-me a deixar também o link com a versão para português, mediante o "tradutor google".

Leia o original em francês, se souber e compare com a "tradução" do conversor referido.

Mesmo que não consiga ler no original em francês, divirta-se a ler a tradução "google".

Obrigado pela sua atenção e paciência por me ler e não deixe de o fazer só pelo facto de não ir continuar a escrever sobre a série. Pelo menos sobre a que está a ser transmitida: "O Paraíso", baseada em "Au Bonheur des Dames!"

E até pode ser que escreva, sabe-se lá...

Sobre o que ainda quero mandar alguns bitaites será sobre o Br.Exit e sobre o "Euro".

Segue-se então o texto sobre os Personagens, alguns documentados por imagens.

 

"Les Larcher"

daniel Hortense in. toutelatele.com

 

  • Daniel Larcher (Robin Renucci) : médecin de campagne, premier adjoint puis maire de Villeneuve après la disparition du maire précédent et époux d'Hortense(saisons 1 à 4); père adoptif de Tequiero ; frère de Marcel ; oncle de Gustave. Son père veuf décède en 1941. (56 épisodes)
  • Hortense Larcher, née Laude (Audrey Fleurot) : infirmière, épouse de Daniel(saisons 1 à 4) ; mère adoptive de Tequiero ; maîtresse de Marchetti (saison 2) ;maîtresse de Müller (saisons 3 à 6) ; tante de Gustave. (53 épisodes)
  • Tequiero Larcher (Lucas Tondelier-Roth,Tom Tondelier-Roth) : fils adoptif de Daniel et Hortense. Sa mère meurt en juin 1940. Son père apparaît en 1940 pour reprendre son enfant mais, avec la complicité de Jean Marchetti, Daniel et Hortense le gardent et l'adoptent officiellement. (Son père réapparaît en 1943 sous les verrous dans la même cellule que Marcel, il est fusillé peu après son incarcération. En septembre 1944 il est envoyé chez la mère d'Hortense).
  • Maria (Emmanuelle Michelet) : bonne des Larcher jusqu'en 1941(il n'est pas expliqué pourquoi elle est partie). (4 épisodes)
  • Sarah Meyer (Laura Stainkrycer), juive d'origine tchécoslovaque. Employée des Schwartz (renvoyée parMme Schwartz) puis des Larcher. Maîtresse de Daniel(depuis la saison 4) (elle est arrêtée par la milice française avec Ezechiel (Denis Sebbah), un juif recherché que Daniel et elle cachaient durant la saison 5). (32 épisodes)

Marcel e familia in. coolclassicseries.wordpress.jpg

 

  • Marcel Larcher (Fabrizio Rongione) : veuf de Micheline ; frère de Daniel et père de Gustave. Employé de la scierie. Amant de Suzanne, militant local du PC clandestin. Son père veuf décède en 1941(meurt exécuté sur ordre de Müller à la fin de la saison 5). (40 épisodes)
  • Micheline Larcher (Judith Henry) : femme de Marcel et mère de Gustave(décède d'une longue maladie au milieu de la saison 1). (3 épisodes)
  • Gustave Larcher (Maxim Driesen) : fils de Marcel et de Micheline. Neveu de Daniel et Hortense.(38 épisodes)
  • Théophile Larcher (Roger Dumas) : père de Daniel et Marcel Larcher, veuf, fervent patriote convaincu, il n'apprécie pas les idées communistes de son fils cadet(meurt de vieillesse en 1941 au début de la saison 3). (1 épisode)

Les Schwartz

Raymond in.toutelecine.challenge.tv.jpg

 

  • Raymond Schwartz (Thierry Godard) : patron de la scierie, il fournit les Allemands en matériaux ; époux de Jeannine(saisons 1 à 4) ; père de Marceau ; amant de Marie Germain (saisons 1 à 3 et 5) ; veuf de Joséphine (saison 5) et donc beau-frère d'Antoine (depuis la saison 5) ; entre dans la Résistance (à partir de la saison 5) (47 épisodes)
  • Jeannine Schwartz (Emmanuelle Bach) : épouse de Raymond(saisons 1 à 4) ; mère de Marceau ; épouse du nouveau maire Philippe Chassagne (saison 5) ; chef de l'entreprise « Schwartz Béton ». (40 épisodes)
  • Marceau Schwartz (Max Renaudin) : fils de Raymond et de Jeannine(part à Paris en saison 4 chez son grand-père maternel). (16 épisodes)
  • Joséphine Schwartz (Nathalie Bienaimé) : employée des Schwartz(saisons 3 et 4) ; épouse de Raymond Schwarz (saison 5) (se défenestre en saison 5 pour protéger son frère). (12 épisodes)
  • Antoine (Martin Loizillon) : beau-frère de Raymond Schwartz(saison 5). C’est le petit frère de la seconde épouse de celui-ci, Joséphine. Il est réfractaire au STO, se sauve dans le maquis où il prend la tête d’un groupe de réfractaires et devient le chef du maquis Antoine (s'engage dans l'armée à la suite de la libération de Villeneuve, en 1944) (17 épisodes)

Les Germain

  • Lorrain Germain (Dan Herzberg) : métayer des Schwartz ; époux de Marie(saisons 1 et 2) ; père de Raoul et de Justin (décède en saison 2 tué par sa femme). (8 épisodes)
  • Marie Germain (Nade Dieu) : épouse de Lorrain(saisons 1 et 2) ; mère de Raoul. Elle fait partie de la résistance gaulliste avec Albert Crémieux, Jules Bériot entre autres. Elle devient chef d’un mouvement de résistance. Maitresse de Raymond Schwartz (saisons 1,2, 5 et 6) (meurt pendue par Marchetti en 1944). (46 épisodes)
  • Raoul Germain (Thomas Mialon) : fils aîné de Marie et Lorrain(arrêté par les Allemands en fin de saison 4 et libéré par Antoine et Raymond Schwartz lors de la saison 5). (14 épisodes)
  • Justin Germain (Julien Labbé) : fils cadet de Marie et Lorrain(on ne le voit que dans la saison 3 lorsqu'il est réfugié avec sa mère et son frère chez Henri De Kervern et Judith Morange, il est ensuite envoyé dans la famille pour rester à l'abri). (4 épisodes)

Les Crémieux

  • Albert Crémieux (Laurent Bateau) : industriel juif qui vend son entreprise à Raymond Schwartz et s'engage dans la Résistance aux côtés de Marie, Jules Bériot et Vernet(meurt en saison 4 lors de l'action menée par la police de Vichy contre son réseau). (18 épisodes)
  • Anna Crémieux (Hélène Seuzaret) : femme d'Albert ; juive autrichienne(envoyée à Drancy lors de la saison 4 et probablement assassinée à l'Est) (7 épisodes)
  • Hélène Crémieux (Lucie Bonzon) : fille d'Anna et Albert(envoyée à Drancy lors de la saison 4 et probablement assassinée à l'Est) (10 épisodes)

Au commissariat

polícia toutelatele.com

 

  • Henri de Kervern (Patrick Descamps) : compagnon de Judith Morhange(quitte Villeneuve en saison 4) ; ancien commissaire de police de Villeneuve (saisons 1 à 2) ; s'engage dans la Résistance (saison 2) ; subalterne de Marchetti (saison 3) ; apparaît au chevet de son épouse Judith (saison 4) ; préfet de De Gaulle à Villeneuve en 1944 (saison 6). (Est blessé par les miliciens et sauvé par transfusion par Daniel à l'aide de Kurt , il est ensuite convalescent et obligé de ne pas marcher pendant 3 mois). (22 épisodes)
  • Jean Marchetti (Nicolas Gob) : agent desRG en charge de le la traque des communistes (saison 1), commissaire de police de Villeneuve puis chef de la police, collaborateur. Amant d’Hortense Larcher puis de Rita de Witte, une juive qu’il cache. Elle aura un enfant de lui : David. Il est arrêté par la police française et transfété à Dijon pour y être jugé fin de saison 6.(46 épisodes)
  • Rita de Witte (Axelle Maricq) : maîtresse de Jean Marchetti et enceinte de lui. Juive, sa mère (Annie Mercier) est internée à Drancy à cause de Marchetti(fuit en Suisse à la fin de la saison 4 après la découverte du rôle de son amant, est expulsée et revient en saison 6 , elle part en Palestine en fin de saison 6 avec Ezechiel , sa fille et David après l'arrestation de Jean). (12 épisodes)
  • Antoine Loriot (Olivier Soler) : policier, bras droit de Marchetti. Il devient chef de la Police de Villeneuve en fin de saison 6.(25 épisodes)
  • Vernet (Olivier Ythier) : policier résistant. Janvier et ses miliciens les assassinent, lui, sa femme et leurs deux jeunes enfants, en août 1944(épisode 1, saison 6).(16 épisodes)
  • Delage (Bertrand Constant) : policier résistant, agent double entre la Résistance et le commissariat. On ne sait pas ce qu'il advient de lui après la saison 5.(14 épisodes)

À l'école

Lucienne in. richardcotman.com

 

  • Lucienne Borderie (Marie Kremer) : institutrice, violée par Heinrich Müller, le chef de la Gestapo, maîtresse de Kurt, un soldat allemand(saisons 1 à 3) avec qui elle a un enfant ; épouse Jules Bériot après la mutation de Kurt sur le front de l’Est (depuis la saison 4). (45 épisodes)
  • Judith Morhange (Nathalie Cerda) : directrice de l'école ayant perdu son travail parce qu'elle est juive ; puis compagne du commissaire Henri de Kervern, envoyée à Drancy ; elle échappe à la déportation grâce à l'intervention du sous-préfet Servier, elle revient à Villeneuve, mourante(décède en saison 4). (28 épisodes)

Beriot in. programme.tv.jpg

 

  • Jules Bériot (François Loriquet) : Il succède à Judith Morhange à la direction de l'école et épouse Lucienne Borderie(depuis la saison 4) ; Franc-maçon et opposé au régime de Vichy, il devient responsable de la Résistance à Villeneuve. Il devient sous-préfet de Villeneuve en septembre 1944 en remplacement de DeKervern , convalescent.(38 épisodes)
  • Marguerite (Amandine Dewasmes) : nouveau professeur de chant de l'école de Villeneuve ; homosexuelle ; courrier de la Résistance qu'elle dénonce sous la pression(tuée par Vernet avec la complicité de Lucienne en fin de saison 5). (12 épisodes)

Résistants communistes et gaullistes

Resistentes in.premiere.france.jpg

  • Suzanne Richard (Constance Dollé) : maîtresse de Marcel ; agent des Postes et militante socialiste(saison 1), rejoint le PC clandestin. (31 épisodes)
  • Edmond (Antoine Mathieu) : cadre local du PC clandestin ; stalinien.(26 épisodes)
  • Max (Yann Goven) : militant local du PC clandestin ; proche de Marcel.(porté disparu après l'attaque contre le domicile du chef de la milice, probablement abattu par les soldats allemands dans la saison 6). (25 épisodes)
  • Natacha (Armelle Deutsch) : prostituée engagée dans la résistance(tuée par Lorrain à la fin de la saison 2). (5 épisodes)
  • Émilie (Maëva Pasquali) : ménagère révoltée ; finit par entrer au PC(déportée et probablement exécutée en saison 3). (5 épisodes)
  • Madame Berthe (Judith Rémy) : patronne de la maison close locale ; proche d'Heinrich Müller(saison 2) et des communistes (saison 4). (5 épisodes)
  • Yvon (Cyril Descours) : résistant qui rejoint le PC local(tué par Muller en saison 3). (6 épisodes)
  • Victor Bruller (Laurent Manzoni) : cadre du réseau gaulliste(tué par Morel en saison 4). (5 épisodes)
  • Vincent (Jérôme Robart) : transmetteur radio(meurt lors de l'action menée par la police de Vichy contre son réseau en saison 4). (5 épisodes)
  • Claude (Alexandre Hamidi) : compagnon de fortune d'Antoine. Il a étudié l'art dramatique à Paris(tué - selon Antoine - à la fin de la saison 5). (11 épisodes)
  • Anselme (Bernard Blancan) : paysan membre du réseau de résistance de Marie Germain. Devient chef du réseau après la mort de cette dernière.(14 épisodes)

Habitants de Villeneuve

Baile in.programme-tv.net.jpg

 

  • Ezechiel (Denis Sebbah) : juif tentant de fuir en Suisse, perd son fils ;(saison 2),retenu à l'école avec d'autres juifs,perd sa femme qui se suicide et fuit avec sa fille (saison 4), revient à Villeneuve et caché par Daniel Larcher puis arrêté par la milice avec Sarah Meyer (saison 5). Parvenant à s'échapper (on ignore comment) il revient à Villeneuve et rencontre Rita. (16 épisodes)
  • Eliane (Léa Betremieux) : amoureuse de Raoul, son père est quincaillier(saison 4), maîtresse de Marchetti et indic à la scierie Schwartz, tuée par Antoine (saison 5) (7 épisodes)
  • Inès (Annick Boyer) : secrétaire de Raymond à la scierie(quitte en saison 4 la scierie pour travailler en Allemagne). (9 épisodes)

Autorités françaises

  • Servier (Cyril Couton) : sous-préfet pétainiste de Villeneuve.(37 épisodes)
  • Philippe Chassagne (Philippe Résimont) : nouveau maire collaborateur ; mari de Jeannine(meurt fusillé sur ordre de Müller à la fin de la saison 5)(16 épisodes)
  • Morel (Pascal Casanova) : sous-brigadier, nommé brigadier en remplacement de Dupas, gendarme collaborateur et pétainiste convaincu(meurt lors de l'opération, tué par Vincent en saison 4)(7 épisodes)
  • Dupas (Bruno Rochette) : brigadier de gendarmerie chargé de l'arrestation des Juifs, rétrogradé après l'évasion de l'un d'eux(saison 4). (3 épisodes)

Autorités allemandes

Muller in. tumblr.com

 

  • Helmut von Ritter (Götz Burger) : Kreiskommandant de Villeneuve(muté sur le front de l'Est à la fin de la saison 2).
  • Heinrich Müller (Richard Sammel) : chef de la Gestapo(saison 2). Il devient l'amant d'Hortense. Muté sur le front de l'Est (fin saison 3), il revient ensuite à Villeneuve comme chef de la police allemande pour l'Est de la France (saisons 4 et 5), déserte pour fuir avec Hortense avant d'être arrêté par les américains (saison 6). (39 épisodes)
  • Kollwitz (Peter Bonke) : Kreiskommandant de Villeneuve en remplacement de Von Ritter(saison 3). Il est remplacé par Schneider (saison 5). (12 épisodes)
  • Kurt (Samuel Theis) : amant de Lucienne et père biologique de sa fille(muté sur le front russe durant la saison 3, de retour à Villeneuve en saison 6, grièvement brûlé, tué par Bériot, ivre). (14 épisodes)
  • Ludwig (Jochen Hägele) : officier d'ordonnance d'Heinrich Müller (Capturé par la résistance à la fin de la saison 6).(13 épisodes)
  • Schneider (Christopher Buchholz) : Kreiskommandant de Villeneuve en remplacement de Kollwitz(saison 5). Il quitte la ville avec la garnison pour fuir l'avance des Alliés (meurt abattu par Marchetti afin de sauver Rita et son enfant que l'officier allemand s'apprêtait à faire fusiller avec d'autres juifs dans la saison 6)(8 épisodes)
  • Krüger (Stefan Konarske) : Chef de la division dePanzers qui entre dans Villeneuve après le départ de la garnison allemande et qui fuit l'avance des troupes Alliés. Kurt se trouve dans son unité, il quitte Villeneuve après avoir soigné ses blessés. (3 épisodes)

Milice française

Milicians in. telestar.fr.jpg

 

  • André Janvier (Bruno Blairet) : chef de la Milice de Villeneuve. Fasciste convaincu et psychopathe sadique (blessé mortellement par Antoine en saison 6).
  • Alain Blanchon (Bruno Fleury) : commissaire de police de Villeneuve(saison 5), second puis chef de la Milice (saison 6) à la mort de Janvier (il meurt fusillé par Suzanne en même temps que ses camarades miliciens en fin de saison 6).
  • Alban (Fabrice Richert) : réfractaire au STO(saison 5), se fait arrêter par Marchetti et est reversé dans la Milice sous les ordres de Janvier, son parrain qui l'a pistonné (il meurt pendu par Raoul en septembre 1944 en fin de saison 6).
  • Xavier (Théo Cholbi) : jeune milicien, fasciste convaincu (il est probablement fusillé peu de temps avant ses camarades après avoir tenté de faire sauter l'école de Villeneuve en septembre 1944 en fin de saison 6).

Autorités américaines

  • Bridgewater (John-Christian Bateman) : capitaine américain auquel Marie demande de faire mouvement vers Villeneuve pour faire fuir les Allemands et empêcher une répression.(saison 6). (3 épisodes)

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Refratários in. tvmag.lefigaro.com

 Claude e Antoine, inicialmente refratários, posteriormente envolvidos na Resistência.

Antoine comandou a polícia, após a Libertação.

“Uma Aldeia Francesa” – Personagens

Nova Série Europeia na RTP2

 “Un Village Français

Temporada 3

1941

"Vivre ses Choix"

 

Un village français saison 3. In. commeaucinema.com. jpg

 

Estou a redigir este texto sinopse sobre as personagens da série, quando se está iniciando a 3ª temporada. Concretamente na 6ª feira passada, 15 de Abril, ocorreu o 14º episódio global da série, o 2º da Temporada 3.

As duas primeiras temporadas tiveram, cada uma, seis episódios. A 3ª temporada tem 12 episódios. E as duas subsequentes, 4ª e 5ª, também têm, cada uma, 12 episódios.

Hei-de apresentar sinopse.

Tenho visto apenas alguns episódios, esporadicamente e nalguns, apenas excertos. De modo que não conheço muito bem todo o enredo, nem sequer muito bem todos os personagens. Daí ter resolvido pesquisar e organizar um texto sobre as personagens principais, com base no que li e também no que tenho apreendido, a partir dos episódios que tive oportunidade de visualizar.

 

PERSONAGENS

elenco 3 in. npa2009.org.jpg

 

(Algumas que considero principais. E que têm aparecido até ao momento e baseando-me no que eu tenho observado. Ao longo do seriado ainda surgirão outros personagens, que não desenvolvo, deixando aqui o link para o original do texto.)

“Os Larcher”

 

- Daniel Larcher (Robin Renucci): médico e presidente da Câmara de Villeneuve. Marido de Hortense, pai adotivo de Tequiero, a cujo nascimento assistiu. Irmão de Marcel e, portanto, tio de Gustave.

- Hortense Larcher, (Audrey Fleurot, a “nossa célebre Joséphine de “Crime e Castigo”), enfermeira e esposa de Daniel e, correlativamente com os graus de parentesco respeitantes aos familiares do marido. Mulher sedutora, foi amante de Jean Marchetti e será também de Muller. No episódio 13, num célebre jantar, exibe todos os seus dotes de “femme fatale”, sobre o alemão, para ciúmes do marido.

- Sarah Meyer, (Laura Stainkrycer), judia, de origem checoslovaca. Inicialmente fora empregada dos Schwartz, atualmente, nesta 3ª temporada, dos Larcher. Será amante de Daniel Larcher, na 4ª temporada.

- Marcel Larcher, (Fabrizio Rongione), irmão de Daniel, pai de Gustave. É viúvo de Micheline, que morreu na 1ª temporada. É empregado na serração, é ativista contra a ocupação alemã e, já antes da guerra, nos finais da década de trinta, era perseguido pelas suas ideias e atividades políticas. É amante de Suzanne, militante local do Partido Comunista clandestino. (Não cheguei ainda a perceber muito bem se ele é também militante ou apenas ativista, dado ter visto poucos episódios.)

Gustave Larcher, (Maxim Driesen), filho de Marcel e Micheline. E, logicamente, sobrinho de Daniel e Hortense. (Tem um papel interessantíssimo no desenrolar do enredo, pelas particularidades dos seus ascendentes e de como se entrosam as respetivas vivências. E como ele se desenvolve, naquele contexto da ocupação alemã, face aos vários contratempos que vão surgindo. Logo desde o 1º episódio em que ele desaparece, na sequência do bombardeamento do caça alemão ao piquenique das crianças da escola.)

(Neste enquadramento familiar também se inclui Tequiero Larcher, que nasceu no 1º episódio, e cujo nome me suscitou a referência a Marcel Pagnol, aspeto que terei que esclarecer melhor.)

 

“Os Schwartz”

 

Raymond Schwartz, (Thierry Godard, o nosso célebre “Gilou” da série “Um Crime, Um Castigo / “Les Engrenages”). É o patrão da serração. Colabora com os ocupantes alemães de quem é fornecedor. É casado com Jeannine, a verdadeira patroa, cujo pai é o capitalista da firma. É amante de Marie Germain, empregada na fábrica, e agente da rede anti alemã.

Pai de Marceau.

(A sua situação familiar, bem como a sua relação face aos ocupantes, irá mudar ao longo das várias temporadas. Mas aguardemos, que ainda agora começou a terceira.)

Jeannine Schwartz, (Emmanuelle Bach, a jornalista intrépida da série “Les Hommes de L’Ombre”). Esposa de Raymond e mãe de Marceau. Mulher atraiçoada, ama loucamente o marido, de quem tem, fundamentadamente, ciúmes exacerbados.

A sua situação também irá mudar no desenrolar da série.

Marceau Schwartz, (Max Renaudin), filho de Raymond e Jeannine. É amigo de Gustave Larcher, de quem é colega de escola. (Ao longo do seriado, têm oportunidade de apresentar a sua versão pessoal de crianças sobre o mundo dos adultos e a situação da ocupação alemã.)

(Neste campo familiar ainda irão surgir outros personagens.)

Joséphine Schwartz, (Natalie Bienaimé), empregada dos Schwartz, na 3ª e 4ª temporada; esposa de Raymond na 5ª temporada.

 

“Os Germain”

 

Lorrain Germain, (Dan Herzberg), caseiro dos Schwartz, marido de Marie Germain, pai de Raoul e Justin. Morreu na 2ª temporada, morto pela mulher. (Não vi este episódio.)

Marie Germain, (Nade Dieu), mulher de Lorrain e mãe de Raoul e Justin. Faz parte da Resistência Gaullista, juntamente com Albert Crémieux e Jules Bériot. Torna-se chefe dum movimento da Resistência. É amante de Raymond.

Desempenha um papel relevante no seriado não só no contexto político-social, como no campo romanesco.

Neste enquadramento familiar incluem-se os filhos do casal, Raoul e Justin, mas que ainda não me apercebi da sua participação nos episódios.

 

“Os Crémieux”

 

Albert Crémieux, (Laurent Bateau), industrial judeu, que nesta 3ª temporada está em negociações com Raymond Schwartz, para este lhe comprar a sua fábrica de betão, como forma de os alemães não se apropriarem da mesma.

Não tendo este dinheiro, nem sendo o do sogro suficiente para tal fim, Crémieux oferece-lhe emprestado, a juros convidativos e na condição de que ao terminarem as hostilidades e a serem abolidas as leis anti-semitas, metade da firma reverta para os Crémieux.

(Esta situação ocorreu no episódio treze, julgo que o negócio terá sido concretizado, talvez no episódio catorze, o último, que não vi.)

Após a transação, Albert envolve-se na Resistência, juntamente com Marie Germain, Jules Bériot e Vernet.

(Segundo li, será morto na temporada quatro, no decurso de uma ação movida pela polícia de Vichy contra a sua rede.)

Nesta família incluem-se ainda Anna, a esposa de Albert e a filha de ambos, Hélène, e igualmente judias. Terão sido ambas assassinadas em Drancy.

 

“No Comissariado”

 

Henri de Kerven, (Patrick Descamps), companheiro de Judith Morhange. Inicialmente era o Comissário Chefe da Polícia de Villeneuve, mas será substituído por Marchetti. Está envolvido na Resistência, deixa Villeneuve, na temporada quatro e será prefeito de De Gaulle, em 1944, temporada seis. Tem um papel fundamental na guerrilha anti alemã e anti colaboracionista, pela posição e função nefrálgica que ocupa e desempenha na vila.

(Será ferido pelos milicianos e salvo por Daniel com a ajuda de Kurt.)

Jean Marchetti, (Nicolas Gob), agente dos Serviços de Informações Gerais, uma espécie de “Polícia Política”. Esteve encarregue da perseguição aos comunistas, desde a primeira temporada, ainda antes do começo da guerra. Inicialmente comissário de polícia de Villeneuve tornar-se-á chefe. É colaboracionista.

Amante de Hortense Larcher, mais tarde de Rita Witte, uma judia, que ele esconde. Terão um filho: David.

(Como já referi, nesta série, o Amor não conhece barreiras!)

No final da sexta temporada, será preso pela Polícia Francesa e transferido para Dijon, para aí ser julgado.

No Comissariado ainda há mais um agente também pertencente à Resistência, Vernet, que será assassinado pelos milicianos, juntamente com a mulher e os dois filhos.

 

“Na Escola”

 

Lucienne Borderie, (Marie Kremer), jovem professora primária, ingénua e apaixonada, protagonista e despertadora de amores e paixões, desde o primeiro episódio, em que o seu colega, e primeiro flirt, foi abatido pelo caça alemão , durante o piquenique dos alunos.

Ao longo dos poucos episódios que tenho visto, essa faceta amorosa está sempre presente, para além do lado carinhoso e maternal que transparece na sua relação com as crianças.

Violada pelo chefe da Gestapo, Henrich Muller, na sequência da sua luta pela libertação do colega e diretor da Escola, Jules Bériot, que fora preso por esconder uma velha arma de caça, no relógio de sala, existente na Escola.

Jules que tem uma verdadeira idolatria por ela, a ponto de a desposar, apesar de a saber grávida de uma outra sua paixão, Kurt, um soldado alemão, após este ter sido enviado para a frente leste da guerra.

Judith Morhange, (Nathalie Cerda), inicialmente diretora da Escola, perdeu o lugar, por ser judia. Companheira do comissário da Polícia, Henri de Kerven, será enviada para Drancy, mas escapa à deportação, graças à intervenção do sub-prefeito, Servier. Voltará a Villeneuve, morrendo na temporada quatro.

Jules Bériot, (François Loriquet), sucede a Judith na direção da Escola. Apaixonado por Lucienne, com ela casará, na temporada 4.

É franco-maçon, opõe-se ao regime de Vichy, tornando-se responsável pela Resistência em Villeneuve.

 

“Resistentes Comunistas e Gaulistas”

 

Marcel Suzanne In. culturclub.com

 

Destaca-se Suzanne Richard, (Constance Dollé), funcionária dos Correios, protagonista de vários enredos e ações anti alemãs e anti governamentais, enquanto militante na rede clandestina. É amante de Marcel Larcher, como ele próprio declarou, no célebre episódio dos panfletos “Boches, fora!

Deste enquadramento ainda se nomeiam: Edmond, Max, Natacha, Émilie, Madame Berthe, Yvon, Victor, Vincent, Claude, Anselme.

 

Outro contexto de personagens enquadra “Os Habitantes de Villeneuve”, em que se incluem Ezechiel, judeu, Eliane e Inès, secretária de Raymond, na serração.

 

As “Autoridades Francesas”, incluindo Servier, Philippe Chassagne, Morel e Dupas. Todos “pétainistas” e colaboracionistas.

 

“Autoridades Alemãs”

Helmut von Ritter, (Gotz Burger), Kreiskommandant de Villeneuve. Transferido para a frente de Leste, no final da 2ª temporada.

Heinrich Müller, (Richard Sammel), Chefe da Gestapo. Torna-se amante de Hortense no decurso desta 3ª temporada. Tem ainda muita história para contar, para além do que já protagonizou. 

Kollwitz, (Peter Bonke), Kreiskommandant de Villeneuve em substituição de Von Ritter.

Kurt, (Samuel Theis), soldado alemão, amante de Lucienne e pai biológico da sua filha. Será enviado para a frente russa, regressando posteriormente a Villeneuve. Safou-se de morrer na frente Leste...

Há ainda outros intervenientes: Ludwig, Schneider, Krüger.

 

 

As “Milícias Francesas”, um corpo para-militar armado, formadas por fascistas, incluem: André Janvier, Alain Blanchon, Alban, Xavier.

 

E ainda “As Autoridades Americanas”, capitaneadas por Bridgewater, (John-Christian Bateman), a quem Maria pede para se dirigirem para Villeneuve, para afastarem os alemães e impedirem uma repressão, como certamente eles teriam feito ao retirarem, face ao avanço dos Aliados.

Mas isso ocorrerá só lá para a sexta temporada e ainda a série vai na terceira!

 

Vamos acompanhando a Série, à medida que pudermos!

 

Et, au revoir!

Les Personnages

 

"Hospital Real"! Ainda?!

"HOSPITAL REAL"

Um Série Galega de grande gabarito, transmitida na RTP2

 

Bem, volto a organizar um post sobre esta série que passou na RTP2, em Setembro.

Ontem, recebi dois "comentários" sobre esta Série e sobre a forma "desarticulada", digo eu, como terminou. De visualizador "Desconhecido", mas que agradeço a amabilidade de recordar a série e ter enviado link no facebook, para acedermos a comentários feitos na Galiza sobre o finalizar da série, em que figuram também opiniões das "nossas conhecidas" "Dona Irene" - Maria Vásquez e "Irmã Úrsula" - Susana Dans.

Foi a partir desse link que obtive o conjunto de fotos em anexo, com imagens de vários dos artistas em cenas finais.

Artistas de "Hospital Real". In facebook.

 Pena que a Série tenha terminado. Assim, daquele modo tão inconclusivo, se não pretendem dar continuidade a nova temporada!

Porque, mesmo decorrendo a ação em 1793, ainda havia muito a desenvolver a curto prazo, com aquelas  e aqueles personagens.

Imagine-se prolongar no tempo a narrativa... Só por mais alguns anos.

Tempos tão ricos de História nos anos subsequentes.

Depois desta Série, a RTP2 tem transmitido outras, mas nenhuma terá alcançado as audiências que esta obteve. Digo eu, em função do que observo nas visualizações do blogue.

Mais uma vez, obrigado aos visitantes do blogue e visualizadores dos posts.

E obrigado a "visualizador desconhecido" pelas informações que nos transmite!

 

 

“HOSPITAL REAL” (Síntese) Série de Television de Galicia

Série de Television de Galicia

Transmitida na RTP2

15 Episódios: De  1 a 18 de Setembro de 2015

 

máscara in youtube.com

 

Terminou recentemente, 6ª feira passada, esta excelente Série de “Television de Galicia” que a RTP2, em boa hora, resolveu adquirir. Aliás, na sequência de outras séries europeias que vem transmitindo, desde 2014 e com as quais me comecei a “prender”, a partir de “BORGEN”.

Sobre estas obras fui escrevendo alguns posts, sobre que fui notando o agrado crescente das Pessoas que têm a amabilidade de visitar o blogue. Assim também me fui entusiasmando na escrita e, após Agosto, em que apenas coloquei dois posts, em Setembro procurei responder ao crescente interesse constatado, colocando textos maioritariamente sobre a Série supra citada, mas também diversificando outros temas.

Obrigado a todos os Visitantes e Visualizadores, pelo estímulo e desafio a que me incentivaram.

 

E, agora e sob a forma de síntese, registaria alguns aspetos relevantes desta série, que me fizeram ficar “pegado” ao écran durante estas três semanas e ainda escrever textos comentando os episódios.

 

Par romântico in betafilm.com

 

A saber:

 

- O facto de ser uma série histórica.

 

- No respeitante a História, enquadrar-se numa época de grandes mudanças na sociedade europeia. O final do Antigo Regime, a eclosão da Revolução Francesa e o mais que virá, caso a série continue.

- Cuidado nessa reconstituição, embora não saiba muito sobre o assunto, mas o vestuário; os temas abordados tanto na medicina como na ciência; os objetos utilizados pelos médicos e enfermeiras, as plantas usadas na botica; o papel e transformações nas classes sociais; as problemáticas na Igreja e os vários posicionamentos relativos dos vários intervenientes, por vezes até contraditórios e contrários à própria essência do cristianismo; a Santa Inquisição.

A intencionalidade em ir-nos situando no tempo narrativo, referência à decapitação de Luís XVI, à declaração de guerra da Espanha a França. E, até no tempo meteorológico. Talvez nem sempre se reparasse, mas quando a narrativa foi avançando e já se estava na Primavera, após a declaração de guerra, quando apresentavam exteriores, tinham o cuidado de mostrar flores, aves a chilrear e saltitar nos arbustos.

 

- A ação decorrer em Santiago de Compostela.

 

- Os temas, o texto e os diálogos. Eram sugestivos e ricos.

Valores, atitudes e comportamentos da época e possibilidade de comparar com a atualidade, constatar mudanças ou verificar persistências.

Preconceitos e tabus, versus surgimento de novas ideias e problemáticas.

A estruturação classista da época, papéis sociais, funcionais e profissionais bem definidos. A estruturação sexista da sociedade.

 

- A representação. Os atores fizeram um ótimo trabalho individual e resultaram muito bem no plano coletivo.

 

- O enredo romanesco. Não posso de deixar de frisar o romance entre os protagonistas, Daniel e Olalha; o par engraçado que formaram Cristobal e Rosália. O Amor de Dom Andrés por Dona Irene.

 

- A intriga, a luta pelo Poder dos vários interessados. As alianças táticas que foram estruturando. Os conluios que foram congeminando.

 

- O mistério dos assassinatos que se vai desvendando, em termos de narrativa, embora não tenham chegado a conclusões finais, mas que para o espetador foi revelado mais cedo, quando Duarte retirou a máscara, após assassinar o Padre Damião.

Mas, e lá vou eu com opiniões, se só tivessem revelado quando ele matou o fidalgo, Dom Leopoldo, ter-se-ia ficado mais tempo na dúvida e consequente expetativa.

 

A estruturação da narração e desenrolar do enredo, como se de uma partida de xadrez se tratasse, sugestão que o narrador formula num diálogo entre Mendonza e Elvira.

 

- A caraterização das personagens através das ações que vão executando e como também vão evoluindo, mudando até na sequenciação temporal e também conforme o contexto e a contracenação.

Destaco mais especialmente Duarte, que foi ganhando protagonismo.

Dona Elvira que se foi afundando, tal qual a classe que simboliza.

…   … …

- O enquadramento num perfil psicológico e de personalidade, personagens que nos vão revelando princípios, valores, atitudes caracterizadoras, agindo nos seus comportamentos em função desses princípios. Os seus conflitos interiores, os seus dilemas, ... 

 

Contudo, acho que se esta série fosse produzida por outros canais televisivos com muitos mais recursos, teria sido tecnicamente muito mais enriquecida.

Veja-se que nos exteriores não há utilização de quaisquer outros meios que não os humanos.

Estando-se em guerra ou em vias disso, não há qualquer sinal, para além da presença de três atores, vestidos de soldados. Não há cavalos, coches, canhões… Não circula qualquer veículo de transporte. A explosão foi filmada como se estivesse a ver-se ao longe…   …

Mas cada um faz o que pode, com o que tem e, nesse aspeto, o trabalho de Television de Galicia foi excecional, sob todos os pontos de vista.

 

E como não tenho a pretensão de esgotar o assunto, diga-nos também a sua opinião sobre o que reteve como síntese da Série. Se faz favor!

 

Ah! E por último: Seria de todo importante que a RTP2 pensasse numa reposição desta série, como está a fazer com Borgen!

Concorda comigo?

16º Episódio

 

“Hospital Real” – 15º Episódio Television de Galicia - Parte I

Série da RTP2

6ª Feira 18/09/15

Parte I

hospital-real_foto-historica in www.clag.es.jpg

 

Bem, e terminou a série! Terminou?!

Pelo menos é dada como terminada, pelo menos por agora. Pois ficou quase tudo em aberto. Certamente para quando tiverem tudo a postos para a subsequente temporada. Que é essa a estratégia dos guionistas das séries.

 

E vamos jogar com algumas personagens… parafraseando-as como se situassem num tabuleiro de xadrez. E pressupondo até que haverá uma possível continuidade na Série...

 

O par Dom Andrés - Dona Irene, permite continuidade na Amizade, que os amigos são para as horas difíceis.

No Amor não se sabe, agora que ele lhe revelou o seu segredo, de que tem a mulher enclausurada, sob vigilância, forma que encontrou para a proteger de si mesma, resguardar a filha desse conhecimento e confronto com essa realidade cruel, de a expor aos outros ou enviar para um hospício, que seria matá-la em vida.

Por enquanto, Dona Irene fica no Hospital, mas a sua permanência deverá ser sujeita a votação do Cabido, que reunido extraordinariamente e já com a presença de Padre Bernardo, Capelão Mor, votou que ela deveria ser entregue à Justiça Civil e entregue ao Alcaide. Porque, Bernardo, liberto do calaboiço da Inquisição e seguindo a sugestão de Doutor Devesa votou de acordo com a cascavel Somoza e a víbora Úrsula. Tendo-se abstido Dona Irene, porque ninguém pode ser juiz em causa própria, é só fazer contas. Apenas dois votos a favor de ela permanecer no Hospital.

Mas numa jogada tática de xadrez, o rei branco, Dom Andrés, face ao rei preto, Mendonza, que, afinal, é apenas segundo Alcaide, condição de bastardo, determinou que a rainha branca, Dona Irene, fosse presa, sim, mas na prisão do Hospital.

E neste ínterim até que surja nova temporada, muita água irá correr debaixo das pontes. E quem sabe, irá Dona Irene salvar-se das garras do Alcaide, que o que realmente pretende é atingir o Administrador e ocupar o seu tão cobiçado cargo. Rei contra Rei.

 

E Mendonza ser efetivamente condenado por mandante dos crimes já cometidos, quiçá mesmo como autor dos mesmos, dado que a máscara usada pelo criminoso foi encontrada na sua própria casa, pelos homens do Arcebispo, Malvar de nome.

 

Arcebispo que desse facto teve conhecimento pela denúncia efetuada por Duarte, o verdadeiro assassino, mais uma vez fazendo-se passar por Doutor Alvarez de Castro. E as consequências que essa delação teve!

E dado o poder que tinha no contexto da História e a Classe social a que pertencia, à época; e nesta história, sob a perspetiva de xadrez, quando joga, como que peça joga o Arcebispo?

Só pode ser bispo branco, não acha?! O seu ataque é contra o rei preto e, taticamente também se opõe ao bispo da mesma cor.

E quem será o bispo negro?

 

E, esta forma de relatar o episódio de ontem, como se de uma partida de xadrez se tratasse, foi-me sugerida a partir do diálogo de Mendonza com Dona Elvira.

Que o texto e os diálogos nesta série estão muitíssimo bem trabalhados. A vantagem de ser também uma língua irmã da nossa melhora ainda a situação.

E, Dona Elvira, que peça prefigura?

Sendo aliada, dependente e interdependente do rei preto….

 

E, agora, Duarte que, ao longo de todo o enrolar/desenrolar do enredo, foi ganhando um protagonismo cada vez maior, construindo e desconstruindo a história.

Numa perspetiva de xadrez, em termos de importância relativa no Hospital, será apenas um peão. Mas estes, por vezes, põem em xeque o rei e, neste caso, o rei preto, Mendonza, foi por ele colocado nessa situação. Não foi xeque-mate, que por mim, e fora eu o guionista, já teria sido. Duarte matar Mendonza e assim faria justiça pelas próprias mãos. Só que o rei preto tem poder, que usa de múltiplas formas e Duarte, apesar de o enfrentar, dele também tem medo. E podemos mencionar que, na forma como atuou, fez uma jogada muito inteligente.

E Duarte, sendo peão, será preto ou branco? Penso que de ambas as cores, conforme com quem joga.

E tem sempre a vantagem de, como peão, passar despercebido.

Peões que, muitas vezes, vão comendo peças importantes do xadrez, e foi isso que ele foi fazendo, assassinando-as.

 

Com Olalla, é peão branco, em silêncio a ama, ou não fosse ele mudo, com desvelo a recolhe e ampara, quando foi atirada do varandim.

Será que ela se vai salvar?

E já que estamos em Olalla, que esta história é um novelo, foi ela atirada para o fosso das escadarias, por Clara, despeitada?!

E será que a nossa mocinha, salvando-se, vai voltar para o herói?!

 

E, eu, mais do que narrar o que aconteceu ontem ponho-me a especular sobre o que poderá ocorrer num futuro, que nem sei se virá a existir, pois nem sei se haverá outra temporada…

Mas a narrativa tem poder… e leva-nos por caminhos que não prevíramos. E para Santiago também há muitos Caminhos, embora todos se dirijam ao mesmo Lugar Santo: o Túmulo do Apóstolo.

E os Caminhos para Santiago continuam atualmente também perigosos, tal como em finais de século XVIII. Que o diga a turista americana que desaparecida há meses, já foi encontrado o corpo em local ermo, indicado pelo próprio assassino, entretanto preso.

 

E já que estamos em assassinatos, de que esta série está cheia, e de mortes, mesmo de crianças e de recém-nascidos, que estamos numa época de grande mortalidade, para mais agora em guerra, e o que ainda estará para vir, se a história continuar, que a História continuou e nós sabemos o que foi em Espanha, nos anos que se seguiram e em Portugal também, que Napoleão, à data desta história, 1793, ainda não chegara ao Poder, na França Revolucionária, mas, em breve, lá chegaria.

E quem chegou agora à narrativa foi o nosso herói, o nosso Daniel, Doutor Álvares de Castro.

Herói, anti-herói, salvador de vidas, tem, agora, a vida em perigo, arrastando-se, ferido por golpes de navalha desferidos por Mendonza, rei preto. Nesse arrastamento, estica e ergue o braço na direção da câmara… pedindo ajuda… querendo alcançar algo (?)… ou suplicando ao guionista que não o mate, que lhe dê mais uma oportunidade, tal como pediu a Clara e que continue o seriado?!

 

Não sei! Saberão os/as estimados/as leitores/leitoras?

 

O que ele também não sabe é como pode ser Pai de alguém que está ainda por nascer, sabendo ele que não foi visto para o assunto, embora tenha sido chamado, porque Clara o chamou, e por diversas vezes, só que ele não ouviu, fez que não ouviu, viu e não viu e, deste modo, a que deveria ser só sua mulher, foi mulher de outro, que dela fez mulher e, pelos vistos, irá fazer mãe.

Quando esta lhe disse, porque decidiu que o filho seria do pai que ela quisesse, Daniel ficou parvo de espanto, mudo de estupefação, branco de pasmo! Só não desmaiou, porque os homens não desmaiam; só não caiu para o chão, porque os heróis não caiem, embora ele tivesse terminado arrastando-se, como já referimos, mas para a câmara. E, os heróis, mesmo caindo, levantam-se sempre, que era assim que acontecia nos filmes de cow-boys, em que o herói tinha sempre sete vidas e até se desviava das balas.

Só que ele não se desviou dos golpes certeiros da navalha de Mendonza, equivocado sobre quem o tinha denunciado ao Arcebispo, porque Duarte, peão, fizera jogo de Rei.

Daniel, herói, de papel principal, torna-se vítima.

E que peça de xadrez?!

Por mim, acho que cavalo branco, ou não fosse ele herói.

Os heróis montavam sempre um cavalo dessa cor.

 

E quem montará o cavalo preto, isto é, quem representa essa peça no tabuleiro do xadrez da política hospitalar?

Eu acho que, neste momento da narrativa, essa peça já foi comida. E pelo peão.

Era, só podia ser, na minha perspetiva, o pai do nosso herói, que também montava a cavalo, já que era nobre, e essa era uma das funções dos nobres, montarem a cavalo, terem cavalos para as guerras dos reis, formarem as cavalarias.

Dom Leopoldo, era o cavalo preto, entretanto já comido e fora do tabuleiro.

 

E a Enfermeira Mor, Dona Úrsula, que peça simbolizará?

Dada a forma como se desloca no tabuleiro do Hospital, o peso pesado que é o seu corpo naquelas vestes de monja, e as ações que pratica, só pode ser a torre preta.

 

E há alguém que simbolize a torre branca?!

Só pode ser...

 

Dona Elvira de Santa Maria, fidalga de nobre e antiga linhagem, só pode ser...  a rainha preta.

 

Bem e vou voltar ao princípio, fechando o círculo, que vou terminar este post, para o publicar.

Mas vou terminar a narrativa? Tão incompleta, face a tudo o que se passou ontem?!

Não! Descansem caros leitores e leitoras, que ainda vou voltar.

Irei continuar a contar esta estória, a partir da história de “Hospital Real”, mergulhando também, e algumas vezes, na História.

Só que o poder da narração vai-me levando por caminhos diferentes dos que delineara, esta foi a forma de Caminho que encontrei. Não sei se será o francês, se algum dos espanhóis ou algum dos portugueses.

Mas há outras formas de contar, que isto de que quem conta um conto…

E ainda fica muito por contar, como dizia a minha avó e também Xerazade!

 

E ainda vou voltar para contar sobre personagens e aspetos de que não falei.

 

hospital-real_presentacion-en-santiago.jpg

 

Deixo-vos esta foto do grupo de atores que representou o enredo da série.

Mas não consigo identificar todos, personagem - versus ator/atriz.

Por ex. Úrsula, Alicia, Duarte,…

E há uma figura feminina por detrás de outras que não sei quem é…

E muito obrigado por terem a amabilidade e paciência de me terem lido até aqui.

Bem hajam!

Leia também sobre o 16º Episódio, SFF.

 

 

 

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