Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
(A primeira, no "Vale de Baixo". A segunda no "Vale do Meio". Nas respetivas paredes.)
(Há muito tempo que não publicava um postal subordinado a este tema - "Que planta é esta?!". Julgo que o último terá sido o nº XVII. Numero este postal como o XVIII. Confirmarei melhor.)
Mas que raio de passarita terá sido a dona destes ovitos?!
O “Quintal de Cima”, ainda que de nome quintal, funciona muito mais como jardim. Tem um reportório interessante de várias plantas designadas de “flores”, porque é essa a sua principal finalidade. As roseiras têm um especial destaque, produzindo belos exemplares de rosas, de várias tipologias, muitas delas já documentadas nos blogues.
Têm várias árvores frutíferas, arbustos mais ou menos ornamentais. Ervas de cheiros. E flores, já disse.
Para além de atrair variedade de insetos, funciona todos os anos como maternidade para a passarada. Que estabelecem os seus ninhos nas diferentes árvores e arbustos. As heras são um local predileto de nidificação e de pernoita. Os melros são clientes certos. As felosas. Também outra passarada. Até rabirruivo preto! Mas da maioria não conheço o nome. A pardalada anda sempre por ali, mas não vejo ninhos. As roseiras são locais de escolha habitual. As murtas também.
Este ano andaram, toda a Primavera, pintassilgos a cantar. Fizeram ninho no quintal do vizinho Francisco. Fotografei ontem, já o ninho vazio.
Também andaram sempre cantando os rouxinóis. Abril e Maio foi de cantoria. Não sei onde terão feito ninho.
Numa das murtas, a mais pequena, descobri um ninho com ovos ainda em Maio. Já em Junho, fotografei os passarinhos por duas vezes. Ontem verifiquei que também já voaram. E ainda bem! Quando os passarinhos estão em nidificação, evito o máximo ir ao quintal. Chego a estar quase uma semana sem lá entrar. As plantas é que sofrem! Mas é por uma boa causa.
Sobre esta ave, ainda que a tenha visto, não a conheço. Ligeiramente mais pequena que pardal, cor entre preto e acinzentado, saltitante como todas, andou alimentando os filhos enquanto eu regava, mas não consegui fotografá-la, que fugiu mal me mexi. Já não voltará, que os filhotes já terão voado.
Na clementina também figura um ninho bem lá no alto, mas nunca me aproximei. Só de escadote o poderia fazer, nunca quis perturbar, por isso não o fiz. Nesta altura do campeonato, se houve criação, também já andarão competindo nos ares.
Mas de todos os ninhos deste ano, os que vi e os que suponho, o que mais me intrigou foram estes ovos, dois, colocados num buraco da parede, bem pequeno, na ombreira da porta, precisamente junto à fechadura.
Mas que raio de passarinho, bem pequenino, terá ido depositar os ovitos, naquele buraquito?!
Não imagino. O vizinho Francisco disse-me que as carriças, por vezes, fazem ninho em buracos. Não faço a mínima ideia.
Nesta altura do ano, ainda hoje precisamente, ainda lá continuam os ovitos. Terá enjeitado o ninho, o passarito. A Mãe, minha, não a do passarito, confirma!
Mas não terá sido por culpa minha. Porque mal descobri o “ninhito” ainda passei a frequentar menos o quintal. Mas também julgo que a barulheira de abrir a porta, de latão, será de ferir os tímpanos de qualquer criatura, ademais ave tão minúscula!
Mas que habilidade de avezita se terá lembrado de ir colocar os ovinhos em buraquinho tão pequeno e em local tão inusitado e incómodo?!
Não sei mesmo que planta é esta. Nem esta pergunta tem a ver com o dia um de Abril! Não sei mesmo. Desconheço. Alguém me saberá dizer o nome deste arbusto? O nome vulgar, que é o que identifico melhor, se tiver nome comum. E o científico, em latim, mas que tenho mais dificuldade em conhecer.
Prolifera no “Caminho da Fonte das Pulhas e do Porcozunho”, que no sentido Leste – Oeste, se inicia na “Azinhaga do Poço dos Cães”. Propaga-se com imensa facilidade, através do raizame, uma espécie de rizoma, que vai avançando pelo caminho, aparentemente no sentido referido. Junto ao portal do “Vale do Meio”, lado sul do caminho, uma colónia que vai crescendo, inclusive nas vetustas paredes e pelo balsedo. Alguns exemplares esparsos, no lado oposto, junto e nas próprias paredes velhas do “Chão da Atafona”. Mais a Oeste, nas bermas do dito caminho / azinhaga centenária, uma verdadeira colónia destas plantas, não sei se autóctones, se invasoras. Ultrapassam o espaço da ETAR, a modos que querendo alcançar a Fonte das Pulhas, a Horta do Porcozunho. Digo eu!...
Já galgaram as paredes e já começaram a colonizar parte do Vale de Baixo, o respetivo lado Sul, frente ao canal de saída de emergência da ETAR.
Pois!... Nos últimos dias de Março, lancei-me no corte e desbaste de todos os ramos iniciando floração, como o da foto documental. Todos os do caminho, bem como os do Vale. A propagação através das sementes será ainda a forma mais eficaz de ela se espalhar. Deste modo, cortando os ramos espigados, iniciando a floração, supostamente impedirei uma maior disseminação da planta invasora. Penso eu…!
Tenho plena consciência que será remar contra a maré. Que a planta continuará a propagar-se sempre mais.
A Autarquia limpará as bermas do caminho, como habitualmente faz todos os anos. Só que essa tarefa será executada mais tarde, lá para Maio, quando o arbusto já terá sementes e assim a sementeira será ainda maior. O trabalho está feito. Veremos se haverá resultados. O ramo documental, após a respetiva foto, também foi cortado. A ver vamos!
Saúde e Paz!
(P.S. – Coloquei foto, mas entretanto diminui várias de postais anteriores. Obrigado, SAPO!)
Foi fotografada na Serra, da Cidade de Régio. Em 2 de Agosto de 2021, no decorrer de um “Passeio em Família”. É ainda uma planta muito jovem, a da foto, conforme se pode ver. Quando adultas, embora possam ser consideradas arbustos, podem fazer-se árvores de algum porte.
Agora, em pleno Outono, as Árvores desta família, adultas, estão carregadas de frutos. Vermelhos alaranjados.
São muito saborosos. Mas convém não abusar, não lhe apliquem o teste de alcoolémia, caso vá conduzir, após se banquetear.
Também existem muitas árvores deste tipo pelas Serras Algarvias. Têm fama esses frutos pelas “águas” que produzem. De Monchique?! Ardentes?!
Uns indivíduos, mais que milionários, resolveram dar umas voltinhas no espaço, para verem a Terra lá de cima. Como se não bastassem os milhares de aparelhos que por lá andam a monitorizar o Planeta, há dezenas de anos.
Se queriam vivenciar uma experiência verdadeiramente imersiva sobre a realidade terrestre, múltiplas e variegadas opções poderiam viver por cá. Ele há tanta gente a viver vidas tão díspares, sem o mínimo de condições básicas de sobrevivência, que eles se poderiam juntar a elas e, vivendo em pé de igualdade, talvez valorizassem os milhões, de que dispõem, na criação de condições para que a vida de milhões de outros Seres Humanos melhorasse.
Um deles, ao que li, não come bifes, para que o impacto negativo sobre a Natureza com a produção de carne seja diminuído.
Não digo que, neste aspeto, não tenha razão. É necessário reduzirmos o consumo. Evitarmos o desperdício, nomeadamente o alimentar, entre outros comportamentos e atitudes que deveremos ter perante a Natureza. Não necessariamente erradicarmos liminarmente o consumo de carne nas nossas dietas.
Mas, convenhamos, a moda que estes multimilionários inauguraram, que de uma moda se trata, e que virá para ficar (?), não será muito mais impactante sobre a Natureza, a Terra, o Planeta, o espaço envolvente?!
Para o Bem? Para o Mal?!
E, a propósito de “Bifes”...
B. Johnson “libertou” os ingleses, das restrições da pandemia, a partir de 19/07/21.
“Dia da liberdade”! Quando os casos de Covid atingiam números record! Contra o parecer de cientistas e de gente avalizada sobre o tema.
Como se a Liberdade se traduzisse no andar a chocalhar por bares, discotecas e pubs, a emborcar cervejas, a encher estádios e arredores, de pessoal de bebedeiras.
Estranho conceito de liberdade!
Sabendo todos como o Reino Unido é uma peça central em todas as comunicações na Europa e no Mundo. São múltiplas e variadas as interações que o conectam com todos os países, de todos os continentes.
E como tem sido também um dos focos transmissores de variantes do Corona.
“Inglesices”, no mínimo.
Outra questão diametralmente oposta ou talvez não.
Li, também muito recentemente, que os lobos a modos que voltaram ao distrito de Castelo Branco. No corpo da notícia depreendia-se regozijo por tal facto.
Eu, que tenho andado atarefado com os efeitos das raves de javalis e javalinas e consequentes “javalinices”, fiquei mais preocupado, do que feliz.
Não fora esse hipotético retorno um mau sinal ou sintoma negativo da vida do nosso Interior: o despovoamento, a desertificação, o abandono dos campos.
Para muito pessoal das Cidades, do Litoral, é “must” a vinda e proliferação dessas bichezas nos campos. Como se o Interior fosse assim uma espécie de reserva cinegética, para contemplar e fotografar aos fins de semana, em experiências muito relaxantes, para cativar amigos no Face e no Insta.
Porque o retorno desses animais ao campo irá provocar destruição desnecessária. Ou pensam que qualquer criador de ovelhas gostará de as ver dizimadas?!
(A propósito, quando retomam a caça aos javalis?! E o abate de cães de matilhas selvagens?)
Não que eu não aprecie a contemplação e vivência natural, sob os múltiplos aspetos que ela nos proporciona: animais, plantas, mundo mineral. Tudo me interessa e a harmonia entre os vários agentes que moldam a Terra cativa-me e toca-me. Pena tenho que fotos de animais, especialmente “selvagens”, tenha dificuldade em tirar. Por isso me volto mais para as plantas e paisagens.
E quanto ao espaço e hipotéticas viagens siderais, atesto que me desinteressam completamente. Não me vejo a viajar por aí. Bastou-me andar de avião. Coisa que não faço há anos. Da última vez que “voei”, foram tais dores de cabeça, que fiquei sem vontade de repetir!
Saúde! Muita! E, Obrigado por me ler até aqui!
(Fotos?! Rosas, rosas e mais rosas / Três rosas e uma hortênsia.)
Hoje, voltamos a percorrer Caminhos de Outrora. Aliás, de sempre. São caminhos que desbravamos com muita regularidade, “Percursos” não assinalados oficialmente, mas que mereciam sê-lo. Por “Fontes, Passadeiras e Pontes”!
Debruço-me sobre Plantas, que passam despercebidas à maioria de nós. Mas que desempenham o seu papel na Natureza, pese serem vistas como um estorvo. E, convenhamos, quando excessivas, tornar-se-ão.
Mas se até as Árvores são completamente ignoradas! A peculiar “Cegueira Botânica”!
Ora aí vamos nós.
Olhos de Mocho: a flor que tutela o postal. Desde criança que assim vi nomear esta planta e respetiva flor.
Esta 2ª flor também já a vi designada, como "Olho de Mocho".
Borragem: planta muito melífera. As abelhas adoram!
Flor do Soajo
Uma variedade de Giesta?
(Esta planta não é muito exuberante, mas florida ganha outra dimensão. As giestas eram muito usadas, antigamente, para fazer vassouras. Antes de entrarmos nas eras dos plásticos e do consumismo. Digamos, anos sessenta / setenta.)
Papoilas, na berma da Azinhaga.
Não sei o nome desta planta. Já o vi escrito, algures, mas não fixei, ou esqueci-me.
Altemira, no meio da Rua, mesmo ao pé de casa.
Corriola, também conhecida por Verdizela. (Este segundo nome vi no dicionário. Há uma povoação na Margem Sul, assim designada.) Esta planta, como muitas outras, tem a particularidade de, à medida que o sol se vai pondo, começar a fechar-se. Esta foto foi já tirada à tarde, por isso já está meio fechada, meio aberta.
Poejo
No meio da Rua / Travessa / Azinhaga. Este ano, um “poejal”!
Dente de Leão.
Preparando-se para desempenhar o seu papel fundamental. “… Multiplicai-vos!”
Todas estas florações e fotos são de Maio. Saudades da Primavera! Apesar de, hoje, o dia estar muito fresco, pelo menos de manhã. Agradam-me especialmente estes dias assim, pelo menos as manhãs frescas. De tarde, ainda não sei bem, mas está mais quente. Por vezes: “de manhã neblina, de tarde, calor de rechina”.
(Já, ao por do sol, haveremos de ter calor, virtual. O jogo!)
Algumas destas plantas estavam na própria rua, na borda dos caminhos, a maioria. Crescem espontaneamente, que é esse o seu modo de ser.
(Azinhaga da Atafona, Azinhaga do Porcozunho, ou da Fonte das Pulhas, Azinhaga da Fonte do Salto: Locais de recolha das fotos. Em Maio, já escrevi. Primavera!
O Verão está quase, quase a chegar. Mas, aqui, pelo Norte Alentejano, parece um dia de Inverno. Uma chuvinha, tudo nublado, fresco. Gosto destes dias assim. Já me basta quando vier o calor a sério. Que venha tarde.
Volto a um postal sobre a Natureza. Com fotos de Maio. Que saudades já da Primavera!
Não me apetece falar da atualidade, mas não tardará pela demora. Euro: 2020 ou 2021?! As politiquices, sem nexo. As futebolices… O Corona que nos atropela… que se lixe o atropelo da Alemanha…tantos atropelos…
Apresento um conjunto de plantas, na época da floração, que assim é Maio, pelos campos Alentejanos. De algumas sei o nome, de outras não.
Na foto anterior, para além das "boninhas" amarelas e brancas, pontificam umas plantas de flores rosadas, que desconheço. Fotos tiradas no "Percurso do Salão Frio", ainda praticamente na Cidade. Nas encostas sobranceiras ao antigo Colégio, ao Convento de Santo António.
Gladíolos Italícus.
Uma "boninha" espreitando e outras plantas.
Esta planta desconheço. No caminho do "Boi 'Água".
Na foto anterior, a planta que desconheço é a da flor lilás. Parece uma trepadeira, que se enrosca nas outras plantas. Também no mesmo caminho do "Boi D'Água". Rodeando essa planta desconhecida, as "boninhas" e as impetuosas acácias mimosas, que tendo sido todas cortadas neste último Outono e Inverno, estão a rebentar por toda a encosta. Como é seu apanágio!
Hipericão, que mal se distingue na profusão dos amarelos de Maio primaveril!
Bole Bole!
Também na mesma zona, com vistas para a Cidade, quase junto ao Miradouro.
Dedaleira.
(Planta muito venenosa. É ela que dá o famoso "Chá de Abeloiras"!)
E, por hoje, termino, com uma imagem da estrutura destes terrenos em que assenta toda esta riqueza vegetal destas encostas da Serra.
Lembra-me algumas pinturas e colagens de alguns pintores cubistas.
Fica muito por contar. Para outros postais. Que as caminhadas fornecem excelente informação documental.