Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
Há quem do Tejo só veja
o além porque é distância.
Mas quem de Além Tejo almeja
um sabor, uma fragrância,
estando aquém ou além verseja,
do Alentejo a substância.
“A Poesia sai à Rua numa Homenagem ao Poeta José Régio”!
21/03/2016 – 2ª Feira
Por amabilidade da Coordenadora de “MOMENTOS de POESIA”, tive conhecimento da realização deste Evento, em Portalegre, no qual, neste mês de Março, se integrará também “Momentos de Poesia”, conforme pode consultar no Programa.
No “Dia Mundial da Poesia”!
Parabéns à Cidade de Portalegre!
“POESIA em RÉGIO”
“A Poesia sai à Rua numa Homenagem ao Poeta José Régio”!
Sobre José Régio (1901 – 1969) já tenho aqui falado no blogue. Tanto enquanto Prosador, como na qualidade de Poeta.
No dia 7 de Março, conforme referi, pretendia publicar um Poema deste Autor. Só que, como também explicitei, não tinha na minha posse, de momento, nenhum dos livros deste Poeta.
Dir-me-ão. Mas isso basta colocar o que pretende num motor de busca e encontra dezenas de sites com o que quer. Que isto da net é assim mesmo, acha-se de tudo e mais alguma coisa. É só pesquisar.
Só que, procurar num Livro, tem outro sentir, há o aflorar de um conjunto de sensações e até sentimentos. Além da perceção visual, há todo um manuseamento do papel impresso, uma perspetiva táctil, inclusive, o odor, o cheiro próprio dos livros. Para além dos sentimentos e lembranças a que os Livros nos transportam. O passar e repassar das folhas, como dos anos... Das leituras que neles fizemos, as anotações e sublinhados, recordações que nos trazem, alguns já com vários anos. E são os nossos Livros!
Na internet há, sem dúvida, muito mais rapidez e eficácia, mas também maior frieza e impessoalidade. Fica tudo demasiado fácil.
Contudo não renego nenhum dos veículos comunicacionais. Atualmente até uso mais o computador e a net!
Mas voltemos à temática fulcral do post.
Neste, que aborda uma Homenagem a José Régio, numa das suas Cidades, aquela em passou grande parte da sua Vida, Portalegre, não posso deixar de divulgar um Poema de Régio, como já fiz de Gedeão e de Florbela.
Com esse fito procurei nas estantes, e descobri numa delas, uma “Antologia de Poesia Portuguesa”, Organização e Prefácio de Inês Pedrosa, das Publicações Dom Quixote, Lisboa, 2003, 6ª Edição. Subordinada ao tema “Poemas de Amor”!
E, pesquisando, nela achei um Poema do consagrado Poeta, numa sua faceta talvez menos conhecida. Pelo menos para mim, embora um dos primeiros, se não o primeiro livro que li deste Autor, tivesse sido “O Vestido Cor de Fogo”! Duma célebre coleção da RTP!
Conforme me propus, vou continuar com a divulgação de poemas da Antologia. Um Poema de cada um dos Antologiados. Que tentarei ilustrar com uma imagem mais ou menos sugestiva, original, de preferência, quando tiver alguma adequada, ou então que buscarei na “net”.
Não me foi possível pedir autorização a todos os antologiados, porque não pude contactar com todos. Com os que pude falar, todos autorizaram a publicação.
Inicio a publicação com um Poema de Virgínia Branco:
Bem, volto à escrita no blogue. Parece que, finalmente, desatei o nó que enleava o processo criativo.
E continuamos, como se entre este e o último post não nos separassem nove dias. Dias em que a materialização do que escrever se bloqueava, apesar de saber o que queria e quero transmitir. Mas passar ao ato, à concretização do que idealizava, é que não acontecia. Adiava. Seria amanhã, sempre amanhã! Que chegou hoje!
No texto anterior falei no Solar dos Zagallos e de Almada. E de como é uma Cidade de Cultura e Arte.
Pois aí continuamos.
A imagem apresentada é a digitalização de um postal comemorativo do “25 de Abril de 1998”. Faz parte de um conjunto de postais que a Câmara costuma enviar aos munícipes, como aliás muitas outras entidades autárquicas fazem, evocando essa Data, o Natal, O “Dia Internacional da Mulher”, etc. Costumo colecioná-los.
Este documenta um monumento situado a oeste da Av. Bento Gonçalves, na zona da Ramalha, perto da linha do Metro, onde se entroncam as duas linhas. Estrutura simbolicamente duas mãos entrelaçadas e é de ferro, como vários outros espalhados pela cidade. Autoria: Mestre José Aurélio. Simboliza e evoca o Trabalho!
Como este, vários outros existem sob a forma de “Arte Pública”, localizados nas diversas freguesias da Cidade. São uma forma de fazer chegar a Arte aos cidadãos que dela assim podem usufruir gratuita e livremente. Diremos que materializam um certo ideal estético, é verdade, uma determinada iconografia, até uma certa ideologia. Uma determinada idealização e práxis do exercício do Poder e da Cidadania, dirigidos às Pessoas, aos Cidadãos que assim se educam, ou se pretendem educar, no contacto e com o conhecimento da Arte.
Continuando a linha do discurso e narrativa do post anterior, falemos dos eventos culturais recentes.
No dia 18 de Julho, sábado, encerrou o 32º Festival de Teatro de Almada. Entre os diversos espetáculos, destacamos “BG, Programa de homenagem ao Ballet Gulbenkian”, no Teatro Municipal Joaquim Benite.
No dia 19, domingo, pelas 17h, na sala de espetáculos do Fórum Romeu Correia, Auditório Fernando Lopes-Graça, houve música. A “Casa do Fado”, na voz de Elsa Casanova, fadista; acompanhada em viola de fado por André Santos e guitarra portuguesa, por Hugo Edgar.
E amanhã, 4ª feira, 22 de Julho, inicia-se, também no Fórum Romeu Correia, a 10ª Mostra de Cinema Brasileiro. Entrada Livre!
E tenho dito, em abono do que explanei neste e no post anterior sobre Cidade, Cultura e Cidadania. Serão temas a que voltaremos e que se enquadram nos objetivos deste blogue!
E como não tenho que publicitar só o Trabalho dos Outros, até porque ninguém me paga, contrariamente ao que por aí se publica, divulga e promove...
"Publicito", entre aspas, também o que é meu, relacionando com a imagem apresentada!
E, porque há alguns dias que não venho a este blog.
Segue-se um simples poema, inédito, contrariamente ao que é habitual neste blog, em que divulgo poemas já publicados noutros suportes. Prevê-se a sua publicação na próxima Antologia do Círculo Nacional D'Arte e Poesia, a XIII.
No passado dia 24, sábado, divulgámos o poema "ÍCARO!", inspirado no correspondente mito da Grécia Antiga (1100 A.C. – 146 A.C.), mas numa desconstrução desse mito.
No dia 25, domingo, houve eleições na Grécia atual.
Saiu vencedor o partido SYRIZA. Uma vitória que, de algum modo, também desconstrói o tradicional dos resultados nas eleições nos diversos países europeus.
Pelo menos, por agora, SYRIZA atingiu o paradigma de ÍCARO, poema! Está “bem lá no cimo, entre nuvens”. “…Entre os seus sonhos!”
Agora é preciso construir a realidade. Conseguirá SYRIZA continuar a voar, “com asas tão de cera”?!
Perdoarão os Deuses tamanha ousadia?!
Ou farão como no tradicional mito da Grécia Antiga e haverá o final de Ícaro como no mito clássico?!
Europa, cujo nome também deriva de um mito grego, fará aqui o papel dos Deuses. Que papel?!
Lembre-se a EUROPA, melhor, quem nela manda, que Ícaro, na realidade atual, não é um mito, não é sequer e apenas um partido, é todo um Povo, uma Nação que afundando-se levará com ela outras Nações e outros Povos. E o mito Europa desfazer-se-á, lenta(?), mas inexoravelmente.