"Tertúlia Poética América Miranda” - Homenagem
Auditório Carlos Paredes
3 de Fevereiro de 2018 – 17h.
Decorreu ontem, sábado, em Benfica, uma homenagem à distinta Poetisa, América Miranda.
Sendo igualmente sócia da Associação Portuguesa de Poetas – APP e do Círculo Nacional d’ Arte e Poesia – CNAP, participámos nalgumas Antologias.
Da IX Antologia do CNAP, transcrevo o seguinte poema, também como uma minha singela Homenagem!
«QUEM SEREI EU?
Quando olho a natureza em meu redor
sinto-me mais perto de ti, meu Deus,
analiso meu coração tão sofredor
e tiro da alma os erros meus.
Procuro ser melhor do que os ateus
mas se peco, eu só peco por amor
pedindo perdão por esse amor aos céus
e por amor a Ti, meu Criador.
Já me sinto neste mundo tão perdida
rio com a boca e a alma ferida
tentando enganar o que é só meu.
Vivo o dia-a-dia por viver
gargalhando encubro o meu sofrer
e não sei, afinal, já quem sou eu!»
In. – IX ANTOLOGIA DO CÍRCULO NACIONAL D’ARTE E POESIA – 2006.
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E vou iniciar uma crónica sobre o acontecimento, avisando-o/a, caro/a Leitor/a que esta resenha é parcelar, incompleta, quiçá imprecisa nalguns aspetos, conforme poderá constatar após a leitura total e talvez a sua colaboração seja preciosa, no sentido de corrigir ou colmatar imprecisões ou faltas.
Obrigado, desde já!
Em tarde de jogo do “glorioso” Benfica, no seu Estádio da Luz, decorreu no Auditório Carlos Paredes, nome de insigne músico, uma Tertúlia, não menos gloriosa ou ilustre, homenageando a distinta Poetisa, América Miranda.
Um programa notável, dedicado à Poesia, ao Canto, ao Fado, à Música, no palco do auditório referido!
Na Abertura do evento, a gravação de um poema de autoria da homenageada, declamado pela própria.
Seguidamente, Frassino Machado iniciou a apresentação da Tertúlia, que passará a ostentar o nome da Poetisa, que figurará como presidente honorária da mesma, traçando uma breve resenha da sua intervenção cultural.
Previamente agradeceu a todos os espetadores, pela sua comparência e, antes de entregar a subsequente apresentação a Mário Valejo, agradeceu igualmente aos técnicos presentes na logística de apoio ao espetáculo.
Foram convidadas a testemunhar, pessoas que o quisessem fazer, tendo comparecido, em diferentes enquadramentos, diversas personalidades.
João Coelho dos Santos, que também leu um poema seu; Carlos Cardoso Luís, na qualidade de Presidente da Associação Portuguesa de Poetas; uma Senhora, que conviveu largos anos com América Miranda, de quem leu um texto e o irmão do Poeta Fernando Pinto Ribeiro, também já falecido.
A sequente apresentação coube a Mário Valejo, já mencionado, que, segundo julgo saber, é irmão da célebre fadista Maria Valejo.
Interessante mencionar que este cavalheiro, antes de se iniciar o espetáculo, foi interrogando alguns dos presentes sobre uma peculiar e primordial questão, procurando conhecer o respetivo parecer! Eu apenas lhe respondi que tivesse cuidado, que estava muito frio e se podia constipar!
E o evento iniciou-se propriamente, na sua função principal e com Fado.
Mário Rodrigues fadistou: “Quero e não quero…”, “Saudade vive em nós…” e “Tempo parado”, este, com letra de América Miranda.
Seguiu-se Poesia. E também Canções – Baladas e Música!
Armando David disse um poema de América e um poema humorístico, de sua autoria: “Primo Zé”.
Luís Alves disse poema seu “Entre a vida e a morte” e a celebérrima “Toada de Portalegre”.
Os “Jograis da APP” , iniciando com o Hino da APP, continuaram com: “Hoje é dia de Poesia” – Carlos Cardoso Luís, “Poeta quase louca” – Maria Melo, “Ser poeta” – São Santos, “Neste dia de Poesia” – Carlos Cardoso Luís, “O poeta” – Aline Rocha e finalizaram com poema de Maria Melo, versando a “Liberdade”.
Manuel Pereira e Ricardo Cardoso cantaram e tocaram: “Senhora, partem tão tristes…”, “Não há machado que corte…”, “A cidade…”.
Fernando Marinho disse “Meu lindo Tejo” e “Palhaço”.
Benjamim Falcão, ator, disse: “Força das palavras”, de América Miranda e “Jogos de luz e luar”, de Jaime Cortesão.
Maria José e Francisco Assis cantaram, tocaram e disseram poesia. “Barco do amor”, de América; um soneto acróstico, também dedicado à Poetisa homenageada e cantaram “Poeta não tem tempo” e “Hino do tempo novo”.
Mário Valejo disse um poema dedicado a Bocage.
Fátima Arnauth disse, também de América, “Já lá vem a alvorada” e de sua autoria, “Amor imortal”.
Maria Graça Melo disse poema dedicado a América, “Poeta e força magia” e “Modernices”.
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E tendo feito eu, um pequeno intervalo e quase a ausentar-me, porque já eram dezanove horas e o espetáculo já começara às dezassete e sem haver uma pausa, que será ou não necessária nestes eventos(?!)… Bem!
Ainda entrei no anfiteatro e já se iniciara outro interveniente, cujo nome não consegui apanhar, não sei se seria Fernando Silva…
Só sei que também disse poesia e também cantou: “Eu canto para ti o mês das giestas…”, de Adriano Correia de Oliveira; “A chuva”, de Jorge Fernando; (E a falta que a chuva faz!) e uma canção de Zeca Afonso.
E ausentei-me.
Ouvi que a seguir iria atuar, Luís Filipe Rodrigues…
… … …
E ao sair do edifício… não é que estava mesmo a chover?! Pedido do cantor, já se vê! Pouco, poucochinho, é certo, mas que apanhou muita gente desprevenida, eu, incluído.
E até ao Metro…
E o jogo estaria ainda no começo da segunda parte e a goleada viria só mais para o final.
Gostaria de ter ouvido o eco de um golo no estádio, mas não tive essa satisfação.
Aliás, a minha saída pelas 19h., resultou do facto de não querer ir no Metro, na avalanche previsível da saída do estádio.
No Metro, junto às bilheteiras e entradas, já estavam vários polícias… Para o que desse e viesse… Mas julgo que correu tudo bem!
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O meu pedido de desculpas a todos os intervenientes no evento de homenagem de quem não pude apreciar a respetiva atuação. (Quem ficou a perder fui eu!)
E também lamento possíveis lacunas ou omissões, involuntárias, nesta crónica.
Caso queira ter a amabilidade de fazer sugestões, agradeço.
Obrigado!
(Com a devida vénia, o cartaz foi retirado da internet. In. Twitter.com/tertúliamiranda)